

26 anos. Gosto e humor questionável. Propensão ao exagero e insanidade. De acordo com avaliações uma: INTJ (mas se perguntar irá dizer que não sabe o qual é, porque, realmente, ela não sabe), fleumática-melancólica, sagitariana com ascendente em touro e um TDAH forte. Nunca descobriu o sentido da vida ou o propósito dela. Queria ser Diógenes, mas sempre será, Czar. Gosta de escrever sobre homens miseráveis que perderam tudo, mulheres com problema de raiva, e animais fofinhos. Se alguém disser que ela sabe o que está fazendo, duvide, pois na maior parte do tempo, não, ela não sabe.
- Assumiu sua burrice no ano de 2019 e desde então não faz questão de ser inteligente.
- Já participou de um concurso da Revista TodaTeen de fanfics e ficou entre as top 20 (isso é sério, eu tava no 6º ano, foi uma brisa)
- Sonha em sair no braço com Nietzsche.
- Não consegue imaginar as coisas que escreve (o que é curioso, porque eu consigo imaginar o que outras pessoas escrevem)
- Joga para sempre ficar em último lugar.
• Quando você começou a escrever fanfics?
Na adolescência. Uma amiga de infância minha costumava escrever fanfics do One Direction (sempre com o Zayn ou o Harry), e então um dia pedi para ler. Como eu não era muito fã da boyband, passei a explorar as outras categorias e achei uma que era voltada somente para a Marvel. Na primeira vez que vi uma fanfic interativa, eu entrei em pânico porque achei que tinha “baixado vírus” no meu celular, depois disso comecei a escrever, então parei, veio a vida adulta. as contas, pessoas doentes para cuidar, e agora retornei para o mundo das fanfics porque, sinceramente, é divertido, então, por quê não?
• Qual gênero você se sente mais à vontade de escrever?
Eu gostaria muito que fosse Comédia, mas na verdade, provavelmente é Drama. Sinto maior facilidade em escrever conflitos, brigas e discussões, e em partes acredito que seja por causa da minha própria bagagem pessoal. Acredito que exista algo de divertido e interessante em explorar as reações, as falas e trejeitos, em como somos humanos diante de um confronto. Ninguém reage da mesma forma, mas a maneira com que a gente reage diz muito sobre nós mesmos.
• Como autor, qual é o maior desafio na hora da escrita?
Finalizar. Sem sombra de dúvidas é finalizar minhas histórias. Eu tenho todos os finais bem claros na minha mente, como a história se desenvolve, termina e se terá ou não uma provável continuação (muito provavelmente não tem, detesto ter que passar muito tempo na mente do mesmo personagem), mas até chegar nesse ponto… vamos dizer que eu tenho o costume de chegar em um ponto da história e querer reescrever ela do início. Acho que vem muito da ideia de que eu posso fazer melhor do que estou entregando, mas isso acaba criando um ciclo interminável até eu acabar desistindo da história, porque nunca vai estar perfeito, né?
• O que você diria ser sua principal característica como autor?
Hmmm… nossa eu não faço ideia para ser sincera. Suponho que sejam os personagens moralmente cinzentos que beiram a loucura, e a tendência de incutir meu texto com perspectivas mais cínicas e pessimistas? Ah, tem sempre um Johnny!
• De onde vem a inspiração para suas histórias?
Acredito que venha muito do meu próprio cinismo com o mundo. Quer dizer, tem muita coisa boa no mundo e em estar vivo, mas somos humanos e tem essa parte nojenta e podre dentro de todo mundo que se revela somente em momentos bem específicos: momentos de desespero, de poder, de vulnerabilidade. Seja lá qual a “justificativa”, gosto de pensar que não existe bem ou mal, só pessoas tentando acertar dessa vez, e minhas histórias vem dessas piras, desses pequenos momentos que a gente decide que vai ser melhor, vai ser a pessoa superior, e se desta vez não fosse? E se uma pessoa x cansar de tentar ser bom, o que vai sobrar dela? Quando você é um produto do ambiente e sociedade que está inserido, o que você se torna? E se você quiser ser o monstro, não o heroi? E se você quiser vingança, não o perdão? Esse tipo de coisa.
• Qual história sua você indica para um leitor que acabou de te conhecer?
Nenhuma ksksks tá, olha, para ser sincera, nesse último ano tenho escrito mais como prática, para desenvolver e aprender meu próprio ritmo e estilo, então não acho que tenha alguma história que eu pense: “nossa, essa aqui é uma boa, leia que você vai gostar”, sou muito crítica com o que produzo, e nada parece ficar legal (meu TDAH também não ajuda na qualidade). A que provavelmente tem mais reconhecimento é White Devil, então, se você gosta de personagens moralmente cinzentos, condutas questionáveis e jornadas de personagens pessimistas, talvez se divirta lendo.
• Você prefere escrever fanfics ou histórias originais? Por quê?
Originais, nossa sem dúvidas originais! Eu sou horrível para captar a essência de personagens já estabelecidos, fico paranoica, e tentando entender como a mente dos personagens funcionam, como eles reagem às coisas, gírias e posturas específicas, como ele reagiria a x coisas, é loucura pura. Já personagens originais são mais fáceis, eu tenho controle sobre como agem e quem são, qual é a história deles, sabe? Bem mais fácil.
• Como você dribla o bloqueio criativo?
Não driblo. Quando vem, só vem, aprendi a aceitá-lo e seguir em frente. Uma alternativa que gosto, para não ficar no limbo do bloqueio criativo, ou muito tempo parada, é colocar os pontos principais da história em perspectiva, entender o porque estou travada nessa parte específica da história, e então começo a testar, como se fosse blocos de montar mesmo. Entender outras perspectivas, e criar outras cenas, cenas paralelas, às vezes adicionar um ou mais dois capítulos, ou encurtar um arco de personagem, recolocar em outro momento ajuda até conseguir sair do bloqueio. E, quando não funciona, eu só reescrevo tudo mesmo.
• Existe alguma ambição que deseja realizar como autor?
Só terminar as histórias que escrevo. Talvez traduzir minhas histórias para o inglês futuramente, mas nada além disso.
• Alguma história sua possui um significado pessoal para você, que queira dividir com seus leitores?
Provavelmente seria Fear, meu propósito ao escrevê-la sempre foi refletir e explorar questões como autonomia e manipulação, e tem um pouco de minhas próprias experiências em situações que a protagonista passa, a despersonalização, a sensação de falta de controle, agência, e até mesmo o sentimento de culpa por se ver como um cúmplice ao aceitar certos comandos e tratamentos. A gente se questiona, sabe? Porque eu não fiz algo diferente, porque não impedi, porque eu aceitei isso, e a verdade é que você não enxerga, não passa na sua cabeça que alguém que diz se importar com você teria total capacidade de te ferir dessa forma, de te manipular, você quer acreditar nesse afeto, nessa troca, só que não existe. Sob esta ótica, acredito que seja, até agora, minha história mais pessoal.
Total de 10 histórias
- A protagonista de White Devil e a protagonista de Fear, eram, na verdade, a mesma personagem. Ambas foram fragmentadas por desempenharem papeis diferentes nos atuais roteiros, mas no inicio eram a mesma pessoa.
- O protagonista de The Runes, no começo era uma mulher. Ela ainda existe em uma história paralela.
- O protagonista de White Devil é profundamente inspirado no personagem Gambit, dos X-men.
- Nenhum dos meus personagens são heterossexuais.