Capítulo único
Tempo estimado de leitura: 51 minutos
— O que? Não é possível que ele me tirou quatro pontos por causa disso, eu deveria ter fechado essa questão! Justamente por causa dela, fiquei abaixo da média de novo…
Aish, %Park% %Jongseong%, você me paga!
%Hilda% bufou alto e então amassou a prova corrigida por %Jongseong% e saiu marchando em busca do assistente do professor. O corpo todo dela estava corroído por um sentimento que só ele causava: raiva.
Todos o chamavam de %Jay%, era assim que ele preferia ser chamado. Menos ela, ela sempre o chamava pelo nome completo ou por %Jongseong%, e isso o dava nos nervos de uma forma incrivelmente desconcertante e ir
ritantemente atraente. Como se cada sílaba saindo da boca dela cutucasse um lugar onde ele preferia não ser tocado.
Saiu praticamente voando pelos corredores da faculdade, procurando por ele em alguma sala da mesma, já que ele só ficava enfurnado em qualquer sala que estivesse vazia por longos períodos, pronto para corrigir os trabalhos e provas e auxiliar o professor Wilson com as mentorias.
O sangue de %Hilda% pulsava fortemente nas veias e ela sentia sua têmpora começar a doer, tamanha raiva.
— Se ele acha que vai ficar assim, ele está muito enganado. Não vai mesmo! Ele vai me ouvir, e vai ouvir calado.
E então ela pensou nos lábios dele… Carnudos, delineados com perfeição irritante, do tipo que parecia sempre relaxado demais para alguém tão metódico. Tinha algo nos lábios de %Jongseong% que a tirava do sério — como se cada curva da boca dele fosse feita para provocar. Eram lábios que pareciam feitos para sussurrar ordens, corrigir erros com desdém, e ainda assim fazer o coração dela tropeçar toda vez que se mexiam.
— Inferno… — ela sussurrou para si mesma, ainda andando a passos firmes. — Nem quando eu quero sentir raiva eu consigo de verdade.
Era isso que a deixava mais furiosa. Porque até no auge da indignação, o rosto dele invadia os pensamentos dela com aquele olhar tranquilo demais, com a boca relaxada demais… e tudo nela fervia. Odiava isso. Odiava sentir
tesão por alguém que ela
deveria estar odiando naquele momento.
Mas o corpo… o corpo não obedecia. Abriu algumas salas de aula em busca dele e nada. Tinha uma aula importante dali a alguns minutos, precisava encontrá-lo!
🔥🔥🔥
— Finalmente achei você %Jongseong%! — O som da porta rangendo ao ser aberta, fez com que ele levantasse os olhos.
A voz dela já era conhecida por seus ouvidos, — e por todos os seus instintos.
— Boa tarde, senhorita %Calderón%. Como posso ajudá-la, hoje?
A ironia não passou despercebida por %Hilda% que bateu a porta da sala atrás de si com toda a força que ela tinha.
%Jongseong% afastou a cadeira da grande mesa dos professores que havia na sala, da qual ele estava sentado. Cruzou os braços abaixo o peito e ergueu uma sobrancelha.
— Não precisa estragar a porta da sala, afinal de contas é patrimônio público senhorita %Calderón%. Vai ter que pagar se estragar. Depredando patrimônio público porque não aceita os próprios erros?
Tsc, tsc. — O barulho da língua dele indo de encontros com o lábio inferior fez algo de %Hilda% revirar.
Como ele conseguia ser tão irritante e tão malditamente excitante ao mesmo tempo? — Eu vim sim falar sobre a minha nota. — Ela foi direto ao ponto, atravessando a sala com passos firmes até a mesa onde ele estava. — Você me tirou quatro pontos numa questão interpretativa que claramente estava correta!
%Jongseong% manteve os braços cruzados, o olhar preso nela como se analisasse cada movimento, cada palavra. E talvez estivesse mesmo.
— E eu corrigi exatamente como o professor orientou. Se você não consegue lidar com a crítica, talvez devesse estudar mais e reclamar menos. — Ele disse com aquela voz baixa, perfeitamente modulada, que fazia cada palavra soar como um desafio.
— Ou talvez — ele completou, inclinando-se sobre a mesa com aquele olhar lânguido — devesse parar de olhar tanto pra minha boca durante as aulas e focar no conteúdo.
A boca de %Hilda% se abriu num misto de choque e indignação.
— E você é… — ele se levantou devagar, contornando a mesa com a calma de quem sabe exatamente o que está fazendo. Parou diante dela. — …fascinante quando está com raiva.
%Hilda% engoliu seco, sentindo o corpo trair sua mente. O coração acelerado, os pelos do braço eriçados, e o olhar dele cravado no dela como uma corrente elétrica.
— Isso não muda o fato de que você corrigiu errado.
— Talvez. — %Jongseong% deu de ombros, os olhos descendo pelo corpo dela sem o menor pudor. — Ou talvez você só precise de uma distração para parar de surtar por quatro míseros pontos.
Ela deu um passo à frente, o rosto a centímetros do dele, a raiva e o desejo dançando em combustão entre os dois.
— Cuidado, %Park% %Jongseong%. Eu posso acabar provando que essa distração não vai sair da sua cabeça tão cedo.
Ele sorriu. Um sorriso lento, inclinado, provocante.
— %Hilda% %Calderón%, isso foi uma ameaça... ou uma promessa?
— Você realmente me tirou quatro pontos por não ter usado o termo “abordagem crítica” quando toda a minha resposta foi baseada nisso? — %Hilda% avançou um passo, jogando a prova em cima da mesa.
— Exatamente. — %Jongseong% respondeu, impassível, se levantando com calma. A altura dele se impôs naturalmente, e agora os dois estavam frente a frente, separados apenas pelo canto da mesa. — Não é porque você entendeu, que escreveu direito. Tem que saber se expressar com precisão, ainda mais no meu seminário.
—
Seu seminário? Por acaso é o dono agora? — Ela arqueou uma sobrancelha, o sangue fervendo
.
Ele deu um passo ao lado da mesa, se aproximando, e ela automaticamente se virou para acompanhá-lo com o corpo. Agora não havia barreiras físicas entre eles.
— Acha que essa postura vai te render algum ponto extra, %Calderón%? — A voz dele baixou, mas ganhou uma intensidade afiada. — Ou está acostumada a resolver tudo no grito?
— Estou acostumada a lutar pelo que eu acho certo. Ao contrário de você, que se esconde atrás de regras só pra sentir que tem algum controle.
Os olhos de %Jongseong% brilharam com uma mistura de irritação e algo mais... mais sombrio, mais quente. Ele se aproximou mais um passo. Agora ela podia sentir o cheiro do perfume dele. Amadeirado, seco, com um toque picante.
— Controle, é? — Ele riu, baixo. — Você nem imagina o que eu controlaria se deixasse.
%Hilda% travou. O coração disparou. Ela odiava como o corpo reagia. Como os pelos dos braços se arrepiavam e o estômago revirava, não de raiva — mas de expectativa.
— É isso que você quer? Me desestabilizar? Me punir por não ser como os outros alunos que abaixam a cabeça quando você fala?
— Você nunca abaixa a cabeça — ele murmurou, agora a centímetros dela. — E talvez seja por isso que eu preste tanta atenção em você.
— Você é insuportável… — Ela sussurrou, mas os olhos não conseguiam se desviar dos dele.
Ele sorriu, lento, como se soubesse que ela não resistiria.
— E você é impossível — ele respondeu, a voz grave. — Mas não sai da minha cabeça. E eu sei que também não saio da sua.
Ela poderia ter negado. Poderia ter virado as costas, batido a porta e saído dali. Mas a verdade era que ele estava certo. E essa maldita verdade pesava nos lábios dela como um segredo prestes a explodir.
Ele foi o primeiro a se inclinar, e ela não hesitou. A boca encontrou a dele em um beijo quente, raivoso, intenso. Um beijo de embate e rendição ao mesmo tempo. Os lábios se pressionaram com força, as mãos se agarraram com urgência, e o mundo ao redor se desfez.
Por um instante, só havia aquilo:
a raiva, o orgulho, o desejo. Tudo condensado em um beijo que queimava como gasolina no fósforo.
🔥🔥🔥
Os lábios de %Jongseong% se moviam contra os dela com precisão. Era como se já soubesse exatamente como ela beijava, como gostava de ser tocada — como se tivesse imaginado aquilo muitas vezes.
E, na verdade, tinha mesmo. As mãos dele deslizaram pela cintura de %Hilda%, apertando com firmeza, guiando-a de costas até que ela se chocasse contra a parede mais próxima. O som abafado do impacto fez com que ela soltasse um ar pela boca entreaberta, mas não recuou — muito pelo contrário.
Ela puxou a camisa social dele pela gola, trazendo-o mais para perto, sentindo o corpo dele colado ao seu, quente, rígido, presente. O beijo mudou de ritmo, tornando-se mais lento e mais profundo, as línguas se tocando com provocação, como se se desafiassem a continuar.
%Jongseong% desceu os lábios pela linha do maxilar dela, até alcançar o pescoço. Beijava, mordiscava, respirava contra a pele sensível.
— Você vai continuar brava comigo depois disso? — ele murmurou, com a voz rouca, os dentes arranhando de leve o lóbulo da orelha dela.
— Se continuar me provocando desse jeito… — %Hilda% respondeu entre um suspiro e outro, as mãos percorrendo as costas dele por baixo da camisa social — … vou ficar pior ainda.
— Ótimo. — Ele sorriu contra a pele dela. — Fica ainda mais gostosa assim.
Ela puxou o rosto dele de volta para o seu, com os dedos emaranhados nos cabelos escuros de %Jongseong%, e o beijou com mais intensidade. As mãos dele exploravam agora sua cintura, subindo pela lateral do corpo até a barra da blusa dela, que ele ergueu devagar, provocando o toque com os nós dos dedos.
— Você tá mesmo querendo fazer isso aqui? — ele perguntou, a respiração descompassada, olhando direto nos olhos dela.
— Você já tem a resposta. — %Hilda% respondeu, levando a mão até o cinto dele, começando a soltá-lo sem desviar o olhar.
%Jongseong% prendeu o pulso dela por um instante, segurando firme. O ar entre eles carregado demais, quente demais, intenso demais.
—
Só uma vez. — ele avisou, como se estivesse se convencendo da própria mentira. — Uma única vez, entendeu?
—
Só uma vez. — ela repetiu, com o mesmo tom descrente.
E então os dois se renderam por completo.
Ele puxou a blusa dela pela cabeça com urgência, jogando a peça de lado, antes de voltar a beijá-la — agora descendo pelo pescoço, pelos ombros, até alcançar os seios cobertos apenas pelo sutiã. %Hilda% jogou a cabeça para trás, arfando, os dedos cravando nos ombros dele quando a língua dele deslizou pela pele exposta, alternando entre beijos e mordidas leves.
Ela o empurrou até uma das grandes mesas da sala, ele entendeu o recado. Subiu nela com ela, sem tirar os olhos do corpo dela, agora meio exposto, meio coberto — e absurdamente lindo aos seus olhos.
Os quadris se encaixaram enquanto ele a beijava outra vez, com fome. Os corpos se moviam em sincronia, urgentes, como se quisessem descontar todo o tempo perdido, toda a tensão acumulada em cada correção de prova, cada provocação velada, cada nota descontada.
E ainda havia tanto para tocar, tanto para explorar.
Mas ali, naquela sala, entre papeis e pastas, o mundo se resumia a eles dois e ao quanto desejavam se perder um no outro.
🔥🔥🔥
%Jongseong% percorreu o corpo dela com os olhos antes de voltar a tocá-la. O contraste da pele dela contra a mesa fria parecia excitá-lo ainda mais. Ele se abaixou, beijando o ventre dela com lentidão. A língua passeava como se memorizasse cada centímetro, e os dedos dele traçavam caminhos pelas coxas dela, abrindo espaço entre elas com gentileza firme.
— Abre mais pra mim — ele pediu, a voz baixa, quente, íntima.
Ela já estava só de calcinha e obedeceu sem pensar, os lábios entreabertos soltando um suspiro instável. Sentia o ar rarefeito no pulmão, como se ele tirasse o fôlego só de olhar. Os dedos dele deslizaram por cima da calcinha, pressionando levemente sobre o tecido já úmido.
— Já tá molhada só com os beijos, %Calderón%? — ele provocou, os olhos fixos nos dela. — Imagina quando eu te tocar de verdade…
Ela ia retrucar, mas o gemido escapou antes que conseguisse. %Jongseong% puxou a calcinha com calma, como se tivesse todo o tempo do mundo, e a jogou no chão da sala sem qualquer cerimônia.
Depois, afundou entre suas coxas, com a língua quente e precisa, alternando entre movimentos lentos e toques mais intensos. As mãos seguravam firme nas coxas dela, mantendo-as abertas, enquanto ele explorava cada ponto sensível com dedicação quase cruel.
%Hilda% gemeu alto, os dedos cravando no tampo da mesa, o corpo se arqueando. Estava exposta a ele, completamente entregue — e odiava o quanto amava aquilo.
— Mais… — ela sussurrou, quase sem voz.
Ele respondeu introduzindo um dedo devagar, testando a reação dela, a resistência natural. Os músculos internos a apertavam com força e, com cuidado, ele recuou.
— Relaxa. — murmurou contra sua pele. — Confia em mim.
Ela assentiu, os olhos fechados, o corpo tremendo. Quando ele voltou a introduzir o dedo, agora com mais calma e mais lubrificação da própria boca, %Hilda% gemeu outra vez, sentindo o prazer tomar conta de cada pensamento.
Logo, ele a tinha se contorcendo, gemendo seu nome, agarrada à camisa dele como se fosse a única âncora na realidade. Quando ela chegou ao clímax, a sensação foi devastadora — como se o mundo tivesse explodido atrás das pálpebras fechadas.
%Jongseong% se ergueu devagar, a boca úmida, o olhar faminto.
— Agora é minha vez — ele disse, já desabotoando a camisa com mãos ágeis.
Ela se sentou devagar, ainda ofegante, e levou as mãos até o cinto dele. Tirou com firmeza, sentindo o volume evidente por baixo da calça. Ele gemeu baixo quando ela o tocou, os olhos se fechando por um instante.
— Me mostra — ela pediu, encarando-o. — Me ensina o que você gosta…
— Eu gosto de você assim — ele disse, a voz arrastada. — Com essa vontade. Com esse olhar. Toca como quiser. Eu te guio.
E ela tocou. Primeiro com curiosidade, depois com intenção. Ele a guiava com a mão sobre a dela, soltando gemidos roucos conforme ela o massageava, o prazer dele pulsando sob seus dedos.
— Isso… desse jeito — ele murmurava. — Assim mesmo, %Hilda%… tá perfeita.
Depois de alguns minutos de tensão, %Jongseong% se abaixou para beijá-la de novo, e a deitou sobre a mesa. Tirou a própria calça com rapidez, e posicionou-se entre suas pernas.
— Tem certeza? — ele perguntou, mesmo agora, com os corpos colados e a urgência queimando entre os dois.
— Tenho. — ela respondeu sem hesitar. — Só me toca.
Ele a penetrou devagar, com firmeza, sentindo a resistência inicial e esperando ela se adaptar. Quando o corpo dela o recebeu por completo, um gemido conjunto escapou dos dois.
O movimento começou lento, os olhos nos olhos, os corpos se ajustando como peças de um quebra-cabeça que sempre esteve destinado a se encaixar. Ele entrava e saía com cadência precisa, os quadris colando, os lábios se encontrando entre os gemidos.
— Você é tão apertada… — ele sussurrou no ouvido dela. — Tão boa pra mim…
%Hilda% o arranhava pelas costas, mordia o ombro dele, dizia o nome dele entre sussurros e gemidos. O prazer subia rápido outra vez, e quando ele começou a acelerar, ela perdeu o controle.
— %Jongseong%… — ela implorou.
— Olha pra mim — ele pediu, mantendo o ritmo. — Quero ver quando você gozar de novo pra mim.
Viu os olhos dela se perderem no êxtase, o corpo tremer sob o dele, o clímax a atravessando inteira.
Ele veio logo depois, gemendo contra o pescoço dela, os dois entrelaçados, suados, ofegantes — como se tudo que haviam dito, sentido, reprimido… finalmente tivesse sido dito com o corpo.
🔥🔥🔥
Não o mesmo silêncio que antecede uma discussão. Era um silêncio espesso, morno, carregado de algo que nem os dois sabiam nomear. O som das respirações ofegantes preenchia a sala como um lembrete do que acabara de acontecer. Ainda deitados sobre a mesa, os corpos colados, %Jongseong% apoiou a testa no ombro dela, enquanto %Hilda% encarava o teto vazio, tentando entender em que momento sua raiva virou aquilo.
Nenhum dos dois se moveu por alguns minutos. Apenas deixaram o peso da realidade cair devagar. Quando finalmente se afastaram, %Jongseong% vestiu a calça e abotoou a camisa em silêncio. %Hilda% fez o mesmo, ajustando a blusa amarrotada, puxando a saia de volta para o lugar. Os olhos se cruzaram uma ou duas vezes, mas ninguém disse nada.
O constrangimento era quase físico. Uma barreira invisível entre os dois, feita de tudo o que não foi dito.
Até que %Jongseong% pigarreou, cruzando os braços e se escorando na mesa.
— Bom... espero que agora você tenha entendido a importância da palavra “precisão” — ele disse, sem emoção, mas com o canto da boca levemente repuxado.
%Hilda% girou nos calcanhares para encará-lo, a expressão incrédula.
— Você tá mesmo fazendo piada com isso?
— Quem disse que é piada? — ele ergueu uma sobrancelha. — Eu levei esse seminário muito a sério. Inclusive, acho que você pode considerar isso como uma... vivência prática do conteúdo.
Ela bufou, cruzando os braços com força.
— Você é insuportável. Arrogante, prepotente e insuportável.
— Já falou isso — ele respondeu, ainda encostado na mesa. — Mas aparentemente, irresistível também.
— Você realmente se acha, né?
— Eu só constato os fatos. Você que entrou nessa sala bufando, me xingando e agora… bom, agora tá aí, com o batom borrado e as pernas tremendo.
Ela arqueou uma sobrancelha, o olhar em chamas.
— E você acha que isso muda alguma coisa entre a gente?
— Acho que só deixou tudo mais interessante. — Ele deu de ombros. — A gente discute bem. Transa melhor ainda. Vai ver, é a nossa dinâmica.
%Hilda% caminhou até ele, parando a poucos centímetros.
— Se você acha que vou ser uma daquelas alunas que ficam à sua disposição só porque agora você conhece o meu corpo... você está muito enganado, %Jongseong%.
— E se você acha que vai continuar me tirando do sério desse jeito e que eu não vou fazer nada a respeito... você também está muito enganada, %Calderón%.
O silêncio voltou — mas agora, era outra coisa.
Não constrangimento. Não culpa.
E ela ainda estava acesa.
🔥🔥🔥
A dinâmica entre os dois nos dias seguintes não havia mudado completamente, os dois seguiram discutindo pelas notas baixas que ela tirava, as mentorias eram grupo e a faísca entre os dois só aumentava.
Ele fazia provocações discretas que só os dois entendiam, e ela pagava na mesma moeda, retrucando. A única diferença é que o sexo que haviam feito, martelava dia e noite em suas mentes agora.
Haviam prometido… seria só aquela vez. Não é? Mas a forma como os olhos dele sempre pareciam buscar os dela nos encontros em grupo — ou como ela fazia questão de sentar à mesa mais próxima possível, mesmo quando não precisava — tornava tudo mais difícil.
Os comentários afiados continuavam. Ele implicava com a estrutura das respostas dela. Ela zombava da caligrafia dele nas anotações. Ele corrigia a entonação dela durante as apresentações. Ela dizia que ele
“gostava mesmo era de mandar”. O que ninguém via era a eletricidade por trás dessas farpas.
O que ninguém via eram os olhares demorados, os sorrisos enviesados, a respiração contida quando os corpos se roçavam por acidente — ou quase por acidente.
Na quarta-feira à tarde, durante uma mentoria mais esvaziada, só estavam os dois e mais dois alunos. Ela apresentou o resumo do artigo solicitado, e ele fez questão de comentar:
— Linguagem direta, mas faltou aprofundar o impacto teórico. — Ele olhou direto para %Hilda%, por cima dos óculos de leitura. — Você costuma ser… mais envolvente.
Ela arqueou uma sobrancelha, cruzando as pernas devagar. Não era só a resposta que ele provocava. Era tudo nela.
— Deve ser porque não tive o mesmo tipo de motivação dessa vez — retrucou, com um sorrisinho enviesado.
Os outros alunos não perceberam nada. Mas os dois sabiam exatamente o que estavam fazendo.
Quando todos saíram, %Hilda% se demorou mais um segundo para guardar suas coisas. %Jongseong% também. O clima ficou espesso de novo, como na sala vazia dias antes.
— Vai me dar outra nota baixa de propósito? — ela perguntou, virando-se devagar para ele. — Só pra me fazer voltar aqui?
— Não preciso disso. Você sempre volta. — Ele caminhou até ela. — Sempre arruma um motivo.
— E você sempre responde. Deve gostar.
— Gosto mesmo — ele admitiu, parando perto o suficiente para que ela sentisse seu perfume amadeirado. — Mas não gosto de promessas quebradas.
— Então não faz promessas que não consegue cumprir — ela rebateu, a voz baixa e carregada.
E dessa vez, ela quem se aproximou primeiro.
🔥🔥🔥
Era o final da mentoria. Os dois últimos alunos saíram da sala desejando boa tarde, e %Jongseong% respondeu com um aceno preguiçoso. %Hilda% continuou fingindo que organizava os papéis na mochila, mas os olhos já buscavam os dele pelo reflexo da janela.
Quando a porta se fechou, o clique da maçaneta soou alto demais.
%Jongseong% apoiou as mãos na mesa atrás de si, cruzando os tornozelos e encarando-a com um meio sorriso nos lábios, o olhar lento, como se tivesse todo o tempo do mundo.
— Pronto. Agora pode parar de enrolar. — Ele disse, sem desviar os olhos. — Sei que estava só esperando eles saírem.
%Hilda% fingiu um riso debochado, jogando os cabelos para o lado.
— Quem disse que eu estava esperando você?
— Ah, por favor. — Ele descruzou os braços e deu dois passos na direção dela. — Você praticamente ficou se oferecendo essa semana inteira com essas respostas atravessadas. Um dia ia acabar voltando aqui.
Ela se aproximou também, até que o espaço entre os dois fosse menor que a tensão.
— E você acha que é quem? O dono da verdade? O grande professor da minha libido?
— Talvez. — Ele deu de ombros. — Você tem outra explicação pra ficar sonhando comigo acordada?
Ela engoliu seco. Porque era verdade. Mas preferia morrer a admitir isso.
— O que eu tenho é raiva, %Jongseong%. Muita. — O dedo dela cutucou o peito dele. — E um pouco de pena também. Porque você acha que me conhece.
— Eu te conheço. — Ele segurou o dedo dela e puxou sua mão com firmeza. — Sei como você treme quando eu encosto aqui… — a outra mão passou pelas costelas dela, devagar. — E sei exatamente o que você quer agora.
Ela arquejou. Mas não recuou.
— Então pega, %Jongseong%. Mas dessa vez… me faz esquecer a nota.
O beijo veio como uma colisão. Raiva, frustração, desejo. As bocas se buscavam com fome e fúria. As mãos dele já passeavam por baixo da blusa dela, subindo com firmeza. As unhas dela arranhavam suas costas por baixo da camisa social, arrancando dele um gemido baixo.
Ele a empurrou contra a mesa — a mesma mesa onde corrigia trabalhos — e a ergueu com facilidade, encaixando-se entre suas pernas. Os beijos desceram pelo pescoço, mordendo, marcando. As mãos dela já se desfaziam dos botões da camisa dele, impaciente, desesperada por contato.
— Tira tudo. — ela sussurrou, com os olhos nos dele. — Quero você por completo, agora.
Ele obedeceu. Sem questionar. Sem promessas.
🔥🔥🔥
Os dedos começaram a desabotoar a própria camisa, um a um, com os olhos fixos nos dela.
Ela observava tudo. Cada movimento controlado, cada músculo se revelando aos poucos, como uma dança silenciosa feita só para ela. Os ombros largos, a pele quente, os resquícios das marcas que ela mesma deixara dias atrás.
— Interessante… — %Hilda% sorriu de canto. — Como você obedece bem quando quer. Aposto que nem nos seus sonhos mais ousados imaginou me ouvindo assim.
— O que te faz pensar que eu nunca sonhei com isso? — ele retrucou, tirando a camisa por completo e jogando-a sobre a cadeira ao lado. — Você sempre me deu ordens sem perceber.
Ela se aproximou devagar, deixando que a ponta dos dedos percorresse o peito dele — o toque era leve, quase distraído, mas o olhar não mentia: ela estava se divertindo com o poder que tinha naquele momento.
— Engraçado… — ela sussurrou, os olhos ainda cravados nos dele. — Você fala tanto, corrige tanto, sempre querendo ter a última palavra. Mas quando está assim… quieto, esperando que eu diga o que fazer… fica bem mais interessante.
%Jongseong% a puxou pela cintura, colando seus corpos.
— Então manda — ele provocou contra a boca dela. — Manda o que você quiser. Só para de olhar desse jeito.
— Desse jeito? — %Hilda% o provocou, mordendo o lábio inferior. — Que jeito?
— Como se já soubesse que eu vou me perder de novo em você.
Ele a calou com um beijo. Um beijo que misturava raiva, desejo e rendição.
As mãos dele foram até a barra da blusa dela, puxando a peça por cima da cabeça com um certo desespero contido. O sutiã logo seguiu o mesmo destino. %Hilda% gemeu contra os lábios dele, arranhando as costas nuas com as unhas, marcando-o.
As roupas caíram aos poucos, como se o desejo os despisse mais rápido do que a razão permitia. Quando os dois estavam nus, %Jongseong% a ergueu pela cintura e a deitou sobre o tampo da mesa. Mas dessa vez, era diferente. Não havia mais pressa.
Ele se inclinou e começou a beijar sua pele como se quisesse decorar cada milímetro. A barriga. As coxas. O interior das coxas.
— Ainda sabe tudo o que me faz tremer… — ela murmurou, os olhos fixos nos dele.
Ele sorriu contra a pele dela.
— Nunca esqueci. E vou te fazer lembrar também.
A língua dele deslizou até seu centro e o corpo dela reagiu no mesmo instante. As costas arquearam, os quadris se moveram contra a boca dele como se tivessem vida própria.
Ele alternava o ritmo, explorando, descobrindo — e se deliciando com cada gemido que arrancava dela. Os dedos firmes em suas coxas, segurando-a no lugar, como se ela fosse tentar escapar de tanto prazer.
Ela o puxou pelos cabelos, pedindo por mais. Implorando, sem dizer.
Quando ele se ergueu, os olhos escuros brilharam ao encontrar os dela. Silêncio. Apenas desejo. Ele a penetrou devagar, com um gemido grave que escapou da garganta. Os corpos se reconheceram como antes, mas dessa vez, havia algo novo: uma intensidade carregada de provocação e rendição ao mesmo tempo.
A camisa dele já estava esquecida na cadeira, mas ela ainda estava vestida — e %Jongseong% sentia isso como uma tortura pessoal. Ele a encarava, os olhos escuros, famintos, enquanto os dedos deslizavam com calma pelo cós da calça jeans que ela usava.
Mas antes que ele pudesse se mover, foi %Hilda% quem tomou o controle.
Ela o empurrou para a cadeira e ficou entre suas pernas, as mãos indo direto para o cinto dele.
— Já que você obedeceu tão bem antes… agora é minha vez de descobrir o que mais você sabe fazer em silêncio. — O sorriso dela era puro veneno doce.
Desabotoou a calça dele com precisão, os olhos cravados nos dele o tempo inteiro. %Jongseong% arqueou uma sobrancelha, o maxilar tenso — ela estava brincando com fogo, e ele deixaria queimar.
%Hilda% puxou a calça e a cueca de uma vez, libertando o membro rígido dele, que pulsava com expectativa. Ela não escondeu o suspiro que escapou. Era desejo puro, sem disfarces.
Passou a ponta dos dedos pela extensão dele devagar, como quem testa um território novo, mapeando as reações. %Jongseong% suspirou, inclinando a cabeça para trás por um breve momento.
— Tão quieto agora, %Jongseong%… — ela provocou, fechando a mão ao redor dele e começando um movimento lento. — Cadê o assistente de professor metido?
Ele olhou para ela, os olhos semicerrados.
— Ele tá ocupado tentando não perder o controle.
Ela sorriu e se inclinou, passando a língua pela glande, provocando um gemido grave e abafado. Depois, envolveu-o com a boca, lentamente, deixando que ele sentisse o calor, o ritmo, a intenção.
%Jongseong% segurou nos braços da cadeira, os dedos apertando com força. Cada movimento dela era uma provocação e uma promessa.
— %Hilda%… — ele murmurou. — Se continuar assim, não vou durar muito.
Ela se afastou só o suficiente para sussurrar contra ele:
— Então faz alguma coisa a respeito.
Em um impulso, ele a puxou pela cintura e a ergueu, colando seus corpos. Suas mãos deslizaram para dentro da blusa dela, levantando-a devagar até tirá-la por completo. O sutiã seguiu logo depois, e os lábios dele desceram até os seios, onde se demorou com beijos e mordidas suaves, provocando gemidos cada vez mais baixos da parte dela.
As mãos de %Jongseong% desceram pela lateral do corpo dela, até a cintura da calça. Ele desabotoou e puxou com firmeza, sem hesitação. Ela o ajudou a se livrar da peça e da calcinha ao mesmo tempo, até estar completamente nua diante dele.
Foi aí que ele se ajoelhou no chão, entre as pernas dela, os olhos subindo lentamente como se estivesse prestes a fazer uma reverência.
E fez — com a língua, com os dedos, com a boca.
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A língua dele tocou a pele sensível de %Hilda% com a precisão de quem sabia exatamente o que fazia — e o que queria provocar. %Jongseong% começou devagar, traçando um caminho tortuoso entre suas coxas, observando cada arrepio, cada suspiro, cada movimento involuntário do corpo dela.
As mãos firmes seguravam suas coxas abertas, mantendo-a exposta, vulnerável — mas não havia medo ali. Só a ânsia insuportável de sentir mais.
%Hilda% jogou a cabeça para trás, os dedos cravando no encosto da cadeira, gemendo baixo quando ele passou a língua bem devagar sobre seu centro. Ele alternava o ritmo, a pressão, como quem decifra um segredo com a ponta da língua.
— Ahn… %Jongseong%… — ela arfou, a voz já embargada, uma mistura de raiva e rendição. — Por que… você sabe fazer isso tão bem?
Ele ergueu o rosto por um segundo, o queixo e os lábios molhados, os olhos cravados nos dela.
— Porque eu esperei tempo demais pra fazer. — E voltou com mais fome.
Quando %Hilda% puxou seus cabelos, implorando por mais com os gestos, ele introduziu um dedo devagar, sem romper o ritmo da boca. Ela arqueou o quadril com força contra ele, o corpo inteiro em brasa.
Mais um dedo, mais pressão, e ela estava tremendo. Se contorcendo. Quase chorando de prazer.
Mas antes que ela explodisse, %Jongseong% se afastou. Os olhos ainda cravados nos dela enquanto se levantava, os músculos dos ombros contraídos, o membro completamente rígido.
Ela mordeu o lábio inferior, os olhos passando por todo o corpo dele como se estivesse gravando cada detalhe.
— Se parar agora, eu juro que nunca mais discuto uma nota sua. — Ela tentou provocar, mas a voz veio rouca demais, fraca demais para convencer.
— Você vai discutir sim — ele respondeu, aproximando-se até que os corpos se tocassem. — Mas depois.
Ela puxou a nuca dele com as duas mãos, os lábios se encontrando em um beijo desesperado, úmido, cheio de língua, de desejo acumulado.
%Jongseong% guiou seus quadris até o centro dela, posicionando-se devagar, como quem entra em território sagrado. Quando penetrou, um gemido grave escapou dele, e %Hilda% o acompanhou, ofegante, apertando as costas dele com força.
Ele começou com estocadas lentas, firmes, deixando que os corpos se acostumassem um ao outro de novo. Mas logo, os movimentos aumentaram de ritmo. As respirações ficaram mais rápidas. Os corpos se colavam com força, o som da pele contra pele preenchendo a sala silenciosa.
Ela o arranhava, ele a segurava pela cintura com força. As bocas se encontravam entre gemidos e beijos desajeitados, vorazes. Os olhos permaneciam abertos, presos um no outro, como se estivessem dizendo tudo o que ainda não tinham coragem de verbalizar.
— Olha pra mim — ele murmurou, ofegante. — Quero ver você quando gozar.
— Você me enlouquece… — ela arfou, as pernas tremendo.
Ele segurou seu rosto, mantendo os olhos fixos nos dela enquanto aumentava ainda mais o ritmo. E quando ela gozou, foi com um grito preso na garganta e os olhos cravados nos dele, exatamente como ele queria.
🔥🔥🔥
%Jongseong% veio logo depois, o corpo se curvando contra o dela, os músculos retesados, um gemido grave escapando de sua garganta enquanto ele se derramava.
Só as respirações pesadas preenchiam a sala agora. E o som dos corações ainda descompassados.
O silêncio que veio depois não era desconfortável — era pesado, denso, como se os dois estivessem tentando entender o que, exatamente, tinham acabado de fazer.
%Jongseong% se afastou devagar, os dedos passando pela pele do quadril dela como se ainda não quisesse soltar. E %Hilda% apenas fechou os olhos por um instante, sentindo o corpo ainda pulsar em ondas, como se tivesse levado um choque e ainda estivesse reagindo.
Ele vestiu a cueca primeiro, depois a calça, puxando o zíper com calma. Observou de canto de olho enquanto ela se sentava na borda da mesa para pegar a calcinha — e, mesmo naquela movimentação pequena, o desejo deu um último espasmo dentro dele.
— Vai ficar me olhando assim toda vez? — ela provocou, deslizando a peça pelas pernas com uma lentidão calculada.
— Se você continuar se vestindo assim… — ele respondeu, dando de ombros. — Provavelmente sim.
Um meio sorriso apareceu no canto da boca dela. E logo sumiu. Os dois agora estavam parcialmente vestidos, respirando melhor, mas sem saber direito o que dizer.
%Hilda% ajeitou a blusa, os dedos ainda tremendo levemente.
— Foi um erro de novo, né? — Ela disse, mas a voz não soou convicta. — Só mais um.
%Jongseong% se encostou na beirada da mesa, cruzando os braços. Olhou para ela como se pudesse ver além da frase.
— Você sempre diz isso antes de discutir a próxima nota. — Ele arqueou uma sobrancelha. — Acha que vai continuar me odiando depois disso?
Ela bufou, fingindo uma risada seca.
— Eu odeio a sua arrogância. E o seu prazer em me irritar.
— Mas não odeia quando eu coloco a boca em você.
—
%Jongseong%… — ela avisou com a voz carregada de ameaça, mas o rubor já se espalhava pelo rosto.
— Eu só tô constatando fatos, %Calderón%. — Ele deu de ombros, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Os olhos dela o fuzilaram. Mas no fundo, havia algo mais. Um brilho diferente.
Ela pegou a mochila que havia jogado no chão quando entrou furiosa. Estava prestes a sair, mas hesitou na porta. Olhou por cima do ombro.
— Eu ainda vou subir minha média. E o dia que isso acontecer, você vai engolir cada uma dessas provocações.
Ele inclinou levemente a cabeça.
— E se eu preferir engolir
outra coisa?
Ela soltou um riso abafado, entre indignação e excitação.
— Mas você voltou. — Ele rebateu, olhando nos olhos dela.
Por um segundo, ela ficou ali. E ele achou que ela fosse voltar.
Mas então ela saiu, batendo a porta — dessa vez, com um pouco menos de força.
E do outro lado, ambos sabiam: essa história estava longe de terminar.
🔥🔥🔥
DUAS SEMANAS DEPOIS
— Então é oficial… você vai ter que engolir suas palavras, %Park% %Jongseong%.
A voz de %Hilda% preencheu a sala vazia com uma mistura de provocação e triunfo. Ela segurava a prova corrigida entre os dedos como se fosse um troféu, o olhar carregado de satisfação e desafio. %Jongseong% ergueu os olhos da pilha de trabalhos à sua frente e encontrou os dela — vivos, elétricos, perigosos.
— Tirou quanto? — ele perguntou, já sabendo a resposta.
— 9.3 — ela ergueu a folha. — Maior nota da turma.
— E está aqui para me humilhar?
— Estou aqui para colher o que é meu por direito. — Ela caminhou até ele, parando do outro lado da mesa. — Você disse que o dia que eu subisse minha média, ia engolir cada uma das provocações. Vim cobrar.
Ele fechou o laptop com calma e se recostou na cadeira, olhando para ela com um sorriso lento e enviesado.
— E se eu quiser pagar com outra coisa?
Os olhos dela brilharam, mas ela cruzou os braços, firme.
— Você não vai fugir da humilhação, %Jongseong%.
Ele se levantou, devagar, circundando a mesa até parar diante dela.
— Com gosto. — %Hilda% pegou a folha e o estalou levemente no peito dele. — Você disse que eu não era dedicada. Que não merecia passar.
— Disse que não merecia aquela nota específica. E talvez eu só estivesse… testando você.
Os dois estavam próximos agora. Muito. Respirações se misturando. A tensão, mais uma vez, preenchendo todos os espaços entre eles.
— Vai fugir de novo? — ela provocou, os dedos encostando na gola da camisa dele. — Ou vai…
Antes que ela terminasse, %Jongseong% a puxou pela cintura e colou os lábios nos dela. A provocação virou urgência. A urgência virou necessidade.
As mãos dele estavam em suas costas, deslizando com firmeza. Ela sentiu as pernas fraquejarem quando ele a empurrou, de leve, contra a borda da mesa.
— Quero você de novo — ele murmurou entre beijos. — Agora. Aqui.
— Então me prova que não tava só me testando.
Ela tirou a blusa sozinha, mantendo o contato visual o tempo todo. E o modo como ele a olhou — como se ela fosse o prêmio e o castigo ao mesmo tempo — fez o corpo dela vibrar antes mesmo de ser tocado.
%Jongseong% não perdeu tempo. As mãos dele estavam em toda parte: explorando, apertando, guiando. As bocas se encontraram de novo, os beijos mais intensos, mais famintos.
Ela tirou a camisa dele, empurrando-a pelos ombros e se deliciando com cada centímetro exposto.
— Sabe… — ela sussurrou entre um beijo e outro — ...esse 9.3 foi mais gostoso do que eu esperava.
— Ainda bem que não tirou 10. — Ele mordeu levemente seu maxilar, os dedos abrindo o botão da calça dela. — Senão eu teria que me ajoelhar aos seus pés.
— Talvez eu gostasse disso.
— Talvez eu goste de ser desafiado.
E então não houve mais palavras. Só respirações pesadas, roupas caindo no chão, e dois corpos colidindo como se fossem feitos um para o outro — com a intensidade de quem briga, mas nunca consegue se afastar de verdade.
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As mãos dele a agarraram pelas coxas e a ergueram com facilidade para sentá-la na borda da mesa. %Hilda% se apoiou com as mãos para trás, ofegando enquanto ele se posicionava entre suas pernas.
Os olhos de %Jongseong% percorriam cada centímetro dela como se quisessem memorizar — e ela deixava, de propósito, o peito arqueado, o pescoço exposto, a boca entreaberta num convite silencioso. A excitação era palpável. As mãos dele deslizaram pela sua cintura até alcançar seu sutiã, os polegares pressionando devagar contra a pele antes de abrir o fecho com habilidade.
— Mais dedicada mesmo. — Ele sussurrou ao ver os seios dela livres, com aquele sorriso sacana nos lábios. — Parece que finalmente entendeu o que significa foco.
— E você parece ainda mais idiota sem a camisa, %Park%. — Ela mordeu o lábio inferior, desafiando, mesmo com o corpo todo pulsando.
Ele se inclinou e sugou um de seus seios com lentidão, a língua fazendo círculos enquanto a outra mão massageava o outro. O gemido que escapou dela foi baixo, mas firme. %Hilda% segurou na nuca dele, pressionando, exigindo mais.
— Isso é… — ela arfou, a voz falha quando ele alternou a sucção com mordidas suaves — isso é sua forma de me parabenizar?
— Tô apenas corrigindo sua média. — Ele respondeu, arrastando a boca até a curva do pescoço dela e descendo em seguida. — Você passou… agora precisa da recompensa completa.
Ela riu, com deboche e desejo misturados.
— Achei que você gostasse de punições, não recompensas.
— Depende do comportamento da aluna. — Ele se ajoelhou entre suas pernas e puxou a calcinha dela devagar, os olhos cravados nos dela. — E você se comportou muito bem, %Calderón%.
A boca dele tocou seu centro com um beijo que era quase uma provocação. A língua explorava com calma, depois com ritmo firme, depois com variações que faziam o corpo dela tremer. %Hilda% jogou a cabeça para trás, segurando com força na beirada da mesa.
Ele murmurou algo contra a pele sensível dela, mas o som era abafado pelo próprio desejo.
Quando ela começou a se contorcer demais, prestes a gozar, ele se ergueu. O rosto molhado, os olhos famintos.
— Ainda não. Quero você sentindo tudo, comigo dentro.
Ela abriu o zíper da calça dele com pressa, os dedos desajeitados pela ansiedade. Quando ele se livrou das últimas roupas, ela o puxou para mais perto, beijando-o com tanta intensidade que seus dentes se chocaram.
Ele a penetrou devagar, como da primeira vez. Os dois gemeram juntos, os corpos se reconhecendo de novo. Só que agora, havia mais entrega. Mais fome. Mais raiva, mais saudade, mais tudo.
— Me olha. — Ele pediu, ofegante. — Quero ver quando você gozar de novo pra mim.
Ela o puxou pela nuca, ofegando contra a boca dele.
— Mandona. — Ele sorriu, estocando mais fundo. — Tô viciado nesse seu jeito mandona.
Os corpos se chocavam, o som abafado dos gemidos preenchendo a sala vazia. As mãos dele seguravam firme a cintura dela, enquanto a boca encontrava a dela entre os movimentos. %Hilda% arranhava suas costas, deixava marcas, gritava o nome dele quando ele acertava o ponto mais fundo, mais intenso.
Quando ela gozou, foi com um grito abafado contra seu pescoço, o corpo tremendo descontroladamente. Ele a seguiu segundos depois, gemendo rouco, quase colapsando contra ela.
Ficaram ali por minutos, suados, ofegantes, os corpos ainda grudados.
%Jongseong% foi o primeiro a quebrar o silêncio:
— Acho que você tem talento pra mais do que notas altas.
— E você ainda é um idiota. — %Hilda% respondeu, com o rosto enterrado no ombro dele.
Ele riu, beijando sua testa antes de se afastar um pouco.
— Mas sou o idiota que você ama odiar.
Ela olhou nos olhos dele, e por um segundo, a provocação deu lugar a algo mais suave. Mais íntimo.
— E talvez… — ela começou, vestindo a blusa devagar — …você seja o idiota que eu não quero parar de discutir.
Fim