Youth

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 5

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

A chamei para tomar um café comigo, e como todos os compromissos de hoje e do resto da semana estavam cancelados por causa do nascimento do monstrinho, eu tinha o tempo que eu quisesse para pensar sobre o que fazer e como fazer. O que fazer já estava decidido, como fazer eu descobriria durante a conversa, quando a conhecesse melhor.
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  - Conte-me sobre sua história. - digo antes de colocar a xícara de café que a cafeteria do hospital oferecia. Havia pedido uma sala privada para que nenhum ambulante disfarçado de paciente ou parte da equipe pudesse ouvir e tirar conclusões precipitadas. Atualmente eu andava muito na mídia, portanto, qualquel notícia sobre mim valia tanto para eles, que eu não me surpreenderia se alguns deles quebrassem alguma parte do corpo somente para terem acesso ao hospital. - Mas antes, me diga seu nome. Sou %Luke%. %Blanc%, da companhia %Blanc%. Já deve ter ouvido falar.
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  - Claro. - ela diz ainda não tocando em sua xícara e olhando para os lados. - Sou %Joyce%. %Whiteside%, uma atual autônoma. Por que precisamos de uma sala privada?
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  - Autônoma? - levanto minha sobrancelha, ignorando a pergunta dela. Vi seu dedo da mão direita coçar atrás de sua orelha, mostrando seu desconcerto.
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  - É um modo educado de dizer que sou uma desempregada.
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  Solto uma risada.
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  - Bom humor. - comento e a vejo com um pequeno sorriso nos lábios.
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  - Não é muito legal brincar com a própria situação... - diz baixo e desfaço o sorriso, limpando a garganta. - Com a gravidez de Belle, minha irmã, meus pais a deserdaram. Coisa de pais que acreditam fortemente na religião. - ela balança a mão querendo dizer muita coisa, mas não dizendo nada, o que para mim é ótimo, porque ateu como eu era, Deus e crenças não era meu assunto favorito a conversar. - Ela apareceu em casa há alguns meses chorando e não pude deixá-la na rua, é minha irmã mais nova. Meus pais, ao saberem, ficaram extremamente aborrecidos comigo e decidiram não querer falar comigo por um tempo. Então decidi que nos mudar para Nova Iorque era melhor do que ficar em Kansas.
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  - Você é do interior?
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  - Qualquer um que chega em Nova Iorque é do interior. - ela comenta e solto uma risada. Ao ver que não a acompanhei, fechou o sorriso: - Chegamos há um mês.
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  - E como está se mantendo?
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  - Tiramos algum dinheiro do pai da criança, mas ele sumiu. - ela levanta os ombros. - Controlando os gastos, conseguiremos nos manter até daqui a uns dois meses. Enquanto isso, estou procurando algum emprego.
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  - O que você faz?
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  - Sou formada em fisioterapia.
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  Concordo com a cabeça.
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  - Solteira?
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  Vejo sua boca abrir em um 'O' grande, transformando-se logo em seguida em um riso.
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  - Afinal, qual é o ponto disso tudo? - ela aponta para nós dois, me fazendo abrir meu sorriso branco número 2, usado em casos urgentes, quando devo conquistar a presa rapidamente. – Me parece uma entrevista de emprego misturado com flertes.
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  - Na verdade, eu estou deixando a conversa rolar. Não há um ponto no meio disso tudo, mas convenhamos que você foi a única que não me deu atenção como se eu fosse uma celebridade ou um cara rico. Muito rico. Não acha normal eu me interessar em ter um relacionamento com alguém assim?
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  Ela soltou uma risada e balançou a cabeça, enquanto encarava a mesa. Levantou a cabeça e disse:
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  - Honestamente? Não, não acho que esse seja seu tipo.
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  E não era.
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  Abro um meio sorriso. Havia sido pego de surpresa. Minha cabeça automaticamente começou a trabalhar, tentando arranjar um modo de contornar a situação. Não precisei me esforçar muito, pois logo %Joyce% voltava a tomar conta da conversa:
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  - Qual é o seu problema? Para chegar ao ponto de paquerar uma mulher nada atraente?
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  A encaro desconfiado por um tempo. Foi quando suas sobrancelhas foram erguidas que eu resolvi ser honesto. Respirei fundo e me inclinei de modo que ela percebesse que era algo bem mais pessoal do que ela imaginava:
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  - Você não ouviu falar sobre o meu caso, não é?
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  Ela levantou os ombros:
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  - Não, tenho um emprego a achar, não tenho tempo para acompanhar as fofocas da sua vida, sinto muito. Mas deve ser algo relacionado à mãe do seu filho, já que não quis vê-la.
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  - Perceptiva. - a elogio. - Ela fazia parte do clã que exportava os órgãos aos países baixos. Quase rodei por causa disso. Acontece que depois disso tudo, ela chegou com o papo de ter engravidado. O teste de DNA confirmou. Não gosto de crianças e acho que tenho muito o que viver ainda antes de sequer pensar em cuidar de uma segunda vida. Preciso de alguém que se passe por algo mais próximo a mim, porque a juíza especificou que não devo contratar babás. Você precisa de dinheiro, eu preciso de alguém para fingir por mim. E não me importo com quanto irei gastar com isso, desde que dê certo.
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  Parei de falar, olhando bem no fundo dos seus olhos. Não consegui distinguir através de seus olhos, o que ela achava sobre o assunto. Olhou para o lado diversas vezes e demorou um tempo até finalmente dizer para mim:
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  - Por isso a sala particular. – apontou ao redor.
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  - Sim. – confirmei.
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  - Você quer alguém para fingir ser sua namorada.
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  - Sim.
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  - E você trairá essa namorada com outras mulheres, em festas ao redor do mundo.
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  - Procurarei ser discreto e minha equipe de relações estará a postos para abafar tudo antes de ser lançado.
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  Com uma risada descrente, a vi balançar a cabeça e me olhar com um sorriso:
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  - Você não acredita mesmo em amor, não é?
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  Solto uma risada, encarando-a com uma expressão irônica, como se ela tivesse dito a coisa mais hilária e ao mesmo tempo, ridícula.
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  - Eu não acredito em nada que não tenha acontecido comigo.
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