Youth

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 11

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Com as férias, tudo o que eu precisava fazer, era ficar de olho em Liam quando estávamos na praia, já que Vita era dorminhoca e gostava de dormir debaixo do guarda-sol. Mesmo com a piscina limpa, as crianças gostavam da areia. Liam, principalmente. %Joyce% ficava tomando sol ao lado da sombra onde Vita dormia e eu levava Liam até a borda do mar, onde ele se divertia com as ondas e as conchas quebradas. Mesmo com os chinelos, ele gostava de ouvir o barulho delas quebrando ainda mais debaixo de seus pés.
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  Nós ficávamos o dia inteiro com as crianças, e à noite, depois de jantarmos os quatro às sete da noite, %Joyce% geralmente estava cansada e ia dormir assim que punha os dois na cama. Diferente do que eu achava ser, a vida dela era tão agitada quanto era a minha quando eu ainda trabalhava na empresa de minha mãe. Liam era hiperativo e Vita gostava de ficar com %Joyce% sempre, portanto, ela tinha de ter tempo para olhar os dois e ainda cuidar de toda a alimentação dos dois, além de mim.
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  Comigo ali, ela tinha mais tempo para se dedicar à ela, como aceitar o banho de ofurô que as nativas faziam uma vez na semana. Ela havia se dado bem com as mulheres do local, aprendia algumas palavras básicas, mas sempre se comunicava no inglês.
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  - Soraia disse que gostaria que eu fizesse um jantar para você. - %Joyce% diz quando deixou minha limonada na mesa ao lado de minha espreguiçadeira, enquanto Liam tirava uma soneca com Vita no cercado; um local coberto por colchas de pluma cercado por um cercado de bambu forrado com pele de carneiro. Olhei para ela através de meus óculos de sol, e sorri:
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  - E o que pretende preparar?
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  Ela levanta os ombros:
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  - Algo daqui, acho. Ainda não sei o que tem de ingrediente.
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  - Então vá para a cozinha, eu sou bem exigente quanto ao paladar.
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  - Não sou uma boa cozinheira. Digo, para coisas novas. - ela olha para o lado sem graça.
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  - Gosto de viver perigosamente. - comento, a fazendo rir e então olhar para os dois. - Eu acho que consigo colocá-los para dormir sozinho.
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  - Tem certeza?
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  - Não. Mas eu tento. - sorrio e a vejo se virar e caminhar até a porta que dava para a cozinha. - Tudo bem, antes de tudo, acordá-los. - me preparo, levantando e indo até o cercado.
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  Já faziam três horas que eu havia ido com as crianças até o banheiro delas e tentava dar-lhes banho para colocá-los no berço. Aparentemente, eu era uma péssima pessoa para dar banho e pior ainda para fazê-los se aquietarem. Soraia entrou no banheiro aos risos e me tirou do posto, mexendo as mãos para que eu saísse dali, murmurando as palavras 'jantar pronto' para mim. Olho incerto para ela, e quando ela balançou as mãos novamente, agradeci, saindo do banheiro.
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  Desci até o primeiro andar e senti o cheiro bom de peixe assado. Eu não era o maior fã de peixe, mas o cheiro não estava ruim. Assim que entrei na cozinha, vi o ambiente mudado, com velas e folhas de bananeira importadas do Brasil. Levantei as sobrancelhas e %Joyce%, ao ver minha expressão, disse sem graça:
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  - Soraia me obrigou.
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  Rio.
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  - Você quis que fosse assim. - a provoco. A vejo abrir a boca sem graça e olhar para o lado. - Bom, a decoração está boa, o cheiro está bom...
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  - Senta, senta. - ela diz correndo até o forno e pegando a luva térmica.
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  Me sentei na cadeira que não estava servido o vinho, e olhei para ela chegando com a assadeira. Vi um embrulho de papel alumínio e sorri ao vê-la abrir. O peixe estava dourado e bem cozido, o cheiro estava bom, e era acompanhado de batatas souté.
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  Comi muito mais do que deveria, mas como ela não acreditava que eu havia gostado, me obriguei a comer tudo, a fazendo sorrir aliviada.
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  - Vou saber se é verdade se não vomitar até amanhã. - comentou, tirando a mesa e colocando tudo na pia.
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  - Que tal uma volta? - digo, abrindo a porta. Ela levanta o olhar para mim e aponto com a cabeça para fora, onde a luz estava ainda crescendo, e não havia muitas estrelas no céu, o que não era tão ruim. A noite não estava muito clara. Ela olhou para o andar de cima. - Soraia está com eles.
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  - Você não conseguiu colocá-los na cama, não é? - ela diz aos risos, me acompanhando até a praia.
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  - Não passei da fase da banheira ainda. - respondo em tom culpado. - Eles são fogo!
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  Ouço mais risadas de %Joyce% e então ela se espreguiçar.
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  - Daqui a quatro anos... - pergunto, a vendo ainda olhar para o céu. - Quais são seus planos?
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  Ela me olha antes de voltar a atenção aonde estava. Levantou os ombros e resolvi acompanhá-la, apenas a ouvindo.
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  - Eu não tenho planos... os que eu tinha, Belle estragou com uma carta.
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  Nada digo.
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  - E você?
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  Respiro fundo.
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  - Eu pretendo morar longe de minha mãe.
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  - Você está morando longe dela.
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  - Então eu pretendo continuar morando longe dela.
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  - Por que a odeia tanto?
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  - Porque é isso o que ela quer.
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  - Por que ela gostaria disso de seu próprio filho?
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  - Porque eu lembro o marido dela que a deixou para morrer com a outra.
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  - Ah...
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  - Não é uma história legal. - comento.
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  - Ainda assim, é sua história. Eu gosto de histórias.
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  - Não a minha. - digo sério.
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  - Romeu e Julieta é uma linda história. Trágica. Eles acabam separados. E mortos. Mas não deixa de ser linda. - sorrio, enquanto encaro a lua e sou guiado pelas ondas que quebravam na praia. - Você está vivo, se divertindo com seu filho... quem se importa com um passado, quando o futuro é próspero?
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  - Você acabou de dizer que gosta de histórias.
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  - Quando eles valem a pena.
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  Desvio meu olhar para ela. Pego em sua mão, a fazendo parar de andar, e a vejo olhar para mim surpresa:
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  - Você está apaixonada por mim, não está? - pergunto, a fazendo arregalar os olhos e olhar para o lado sem graça.
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  Eu não sei bem quando foi que eu me aproximei dela. Apenas sei que quando senti seus lábios nos meus, não foi diferente de todos os outros lábios que toquei, mas era o único que eu não queria soltar. Minhas mãos percorreram seu corpo, fazendo-a estremecer diversas vezes. Seus braços enlaçados ao redor de meu pescoço, desabotoei sua saída de praia e deixei que o vento retirasse-o de seu corpo para mim. O biquíni branco e bege que usava escorregava de seu corpo com a maneira que nós nos mexíamos. Meus lábios desceram até seu pescoço, enquanto minhas mãos desciam de acordo com que eu ia agachando.
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  As ondas abafaram o som de nossas respirações aquela noite.
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