Youth

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 1

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Meu pé direito obedecia às minhas ordens enquanto eu diria meu carro até o ponto de encontro que Luna, minha ex-namorada, havia pedido para eu ir como um último pedido antes de sumir da minha vida assim como eu havia mandado. Não que eu pareça um completo canalha que manda todas as pessoas simplesmente desaparecerem de minha vida; eu faria, se fosse necessário, o que não é o caso. Luna, como disse anteriormente, é minha ex-namorada de sete meses. Fora um namoro relativamente longo, depois de Rachel, que, de acordo com meus amigos, só durou porque ela morava no Vietnã e eu aqui nos Estados Unidos. Namoro a distância... Sempre uma boa solução.
0
Comente!x

  O que aconteceu é que o governo americano decidiu cair de cabeça nos casos de órgãos sendo ilegalmente retirados do país, tráfico esse mais conhecido por mercado negro. O governo nunca fez isso, mas a notícia teve uma repercussão tão forte em países tanto aliados, quanto os invejosos, que eles se obrigaram a simplesmente voltar com o caso e punir todos aqueles que os obrigaram a se ver nessa delicada situação. Luna era uma delas; o que ela fazia era organizar todos os esquemas da imigração dos órgãos e enviá-los para o México, onde o policiamento era bem mais fraco.
0
Comente!x

  No meio de toda essa confusão, obviamente eu não poderia sair ileso. Tive de pagar sete advogados e comprar mais doze policiais para que eu conseguisse provar minha inocência e não rodar que nem todas as pessoas envolvidas no caso. Toda a situação fora grave demais para eu continuar não tendo nojo de ver o corpo adotado como espetacular pela People; Luna era modelo sul-africana que conquistou o mundo com seu corpo cheio de curvas, seus olhos azuis, os fios loiros do cabelo e os lábios carnudos. Era uma tentação de mulher, tanto quanto uma decepção. Na frente de todas as autoridades, mandei-a ficar longe de mim antes de lhe dar as costas e ouvir seu choro. Lágrimas. Sou o tipo de homem que não se comove com lágrimas em olhos femininos. Se ela chora ou se faz escândalo, quem estará pagando o mico será somente ela.
0
Comente!x

  Mas Luna me ligou há dois dias e disse que lhe obrigaram a devolver as joias que eu havia lhe dado durante o nosso relacionamento. Meu secretário agendou um horário em um restaurante, onde soube que estariam com ela um representante da justiça e vários policiais, apenas por segurança para que ela não fugisse deles.
0
Comente!x

  Assim que entrei no Gabbana, um restaurante havaiano que ela adorava por causa das cores reluzentes e chamativas, pude sentir o cheiro do coco e abacaxi, duas frutas que eu odeio. O caminho até a mesa era repleto de folhas de bananeiras absurdamente grandes e paredes de madeira criadas para imitar coqueiros do Havaí; o chão de vidro por mostrar uma vitrine de conchas abaixo ou pequenos lagos com peixes de diversas cores faziam com que as pessoas parassem ou andassem mais lentamente, me fazendo ter de ultrapassá-las sem paciência. As luzes eram amarelas, parecendo que eu estava em uma rua deserta em um filme de terror, além disso, irradiavam um calor insuportável para quem estava trajando terno como eu. Caminhei com meus sapatos de couro de jacaré até a mesa reservada em um espaço privado do restaurante, o mais rápido que chegasse lá, mais rápido sairia. Fui servido de um coctel que ignorei assim que sentei na mesa sem dizer uma única palavra à ela.
0
Comente!x

  Luna estava vestida em uma jeans com moletom, os cabelos presos em um coque malfeito e tinha olheiras debaixo de seus olhos. Vi que o formato de seu rosto estava um pouco mais inchado, me perguntando se ela havia apanhado na prisão, antes de ser enviada para o Kuait em alguns meses. Se eu a visse nesse estado quando nos conhecemos, certamente ela não teria chamado tanto a minha atenção e eu não teria tido uma dor de cabeça nos últimos meses. Respirei fundo e cruzei a perna, encostando na cadeira e demonstrando meu completo aborrecimento por estar ali com ela. Sua presença me incomodava incontavelmente mais do que a presença dos oficiais, que perto de mim pareceram bem simpáticos; talvez eles esperasse que eu os pagasse também, como fiz com os colegas deles.
0
Comente!x

  - Onde estão? - pergunto com a voz grossa e sem emoção. Virou sua cabeça para o lado e o policial colocou uma sacola de plástico na mesa e levantei as sobrancelhas, pasmo com a falta de cuidado que estavam tratando joias que, juntas, valiam mais do que a casa de todos eles juntos.
0
Comente!x

  - Gostaria que o senhor conferisse todo o conteúdo e nos diga se há mais algo que deu e não está aí. - o representante disse, certamente simpático. O encaro aguardando uma explicação, afinal, mesmo que não sejam muitas as coisas que dei para Luna, tudo o que comprei não valia menos que quinhentos mil dólares. - Precisamos ter certeza de que todos os bens que não fora comprado pelo dinheiro dela sejam devolvidos. Vamos confiscar os bens e congelar sua conta, portanto, se há algo que o senhor queira de volta, deve dizer agora para que possamos providenciá-los ao senhor.
0
Comente!x

  Respiro fundo, pegando a sacola de má vontade. Aquilo era uma tremenda perda de tempo, além de um completo desconcerto. Me fazer verificar joias dentro de uma sacola de plástico? Além disso, meus advogados sabem muito bem a lista de materiais que comprei para Luna durante nosso relacionamento, eles poderiam tê-los chamado juntamente com o meu contador e não me fazer cancelar três reuniões com empresas internacionais.
0
Comente!x

  Não afim de discutir com nenhum oficial por um longo tempo, verifiquei joia por joia.
0
Comente!x

  - Está tudo aí. - digo fechando a sacola e voltando a me encostar na cadeira. - Era só isso?
0
Comente!x

  - Não, há algo mais. - o oficial diz, olhando agora para Luna, que abaixou a cabeça, envergonhada. Imaginei o que poderia ser, mas não consegui pensar em nada que pudesse deixa-la sem graça em frente a mim. - Imagino que ela mesma queira dizer ao senhor.
0
Comente!x

  - Que seja logo então. - olho para o relógio Rolex que eu havia ganhado de minha mãe no meu aniversário de dezessete anos. O único bem que carregava comigo a todo lugar. - Greg disse que queriam apenas vinte minutos, tenho uma reunião logo às duas.
0
Comente!x

  Ficamos calados olhando para Luna, que olhava para a mesa como se tivesse hipnotizada. Revirei os olhos, mexendo a cabeça ao ver que os oficiais não iriam pressioná-la a dizer logo, assim, perguntei impaciente:
0
Comente!x

  - Você vai dizer ou...
0
Comente!x

  - Estou grávida. O filho é seu. - ela disse rapidamente e de uma vez. Mantive-me com a boca aberta por um tempo até soltar um riso nasalado e balançar a cabeça, agora descrente.
0
Comente!x

  - Você não se cansa de mentir? De causar? Olha a besteira que está falando para mim! – meu tom de voz elevou sem minha permissão.
0
Comente!x

  - Senhor %Blanc%... - o oficial parecia compreensivo com Luna, deve tê-la conhecido durante sua época de modelo. Antes que eu pudesse descontar minha raiva nele, retirou de sua pasta de plástico um papel branco. - Leia isso antes.
0
Comente!x

  - Eu não tenho tempo de ler nenhuma mentira! - aquilo parecia até uma brincadeira daqueles realities shows estúpidos. Levanto, nervoso, e pego a sacola brutamente e aponto para ela. - Saia de minha vida e veja se dá um jeito nessa sua mania de falar mentiras.
0
Comente!x

  - Senhor %Blanc%. - o representante da justiça se levanta e vem até mim. - Por mais mentiras que ela tenha lhe contado... Dessa vez não é.
0
Comente!x

  Me viro para ele pronto para retrucar, mas ele fora rápido o bastante para dizer antes:
0
Comente!x

  - Um teste de DNA fora feito durante os testes exigidos pelo governo. Está aprovado que o filho que ela espera é do senhor.
0
Comente!x

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Todos os comentários (1)
×

Comentários

Você não pode copiar o conteúdo desta página

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x