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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Visium

Escrita porPams
Revisada por Lelen

7 • Vision

Tempo estimado de leitura: 28 minutos

“The best vision is insight.”
“A melhor visão é a intuição.”
[ Thomas Edison ]
  
  Outono de 2014

  Nunca o coração de %Mia% sentiu tanta aflição com os passar dos dias, principalmente pela estação em questão. Ela havia feito um acordo com o jovem Watts, que lhe contaria toda a sua história com todos os detalhes possíveis, em troca, ele retornaria para Chicago.
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  Em menos de dois dias após a ligação, %Jeremy% estava mais uma vez longe de sua antiga casa, e este retorno certamente aconteceria mais cedo ou mais tarde, sem a necessidade de uma barganha. Fato é que a delicada Grimes estava disposta a salvar todas as pessoas de sua visão, mesmo que no final tenha que sacrificar a si mesma para isso.
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  Inicialmente, diante de toda a história, %Jeremy% demonstrou-se cético ao dom de sua nova amiga, porém, assim que a menina relatou em detalhe uma visão aleatória que teve da morte da mãe dele, não havia mais espaços para questionamentos. Principalmente por ele também ter tido diversos sonhos com %Amelia%, antes de conhecê-la, sendo relatados também a ela.
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  — Você pode me contar, só mais uma vez, a visão da livraria — pediu o rapaz, deixando seu olhar reflexivo no horizonte enquanto permanecia com as mãos apoiadas no peitoril da janela.
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  — Já te contei tudo em detalhes umas doze vezes — respondeu %Mia%, permanecendo sentada na banqueta o olhando atentamente.
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   %Jeremy%, mesmo retornando para Chicago, ainda não havia se resolvido com o pai, mesmo o amando e temendo os relatos da garota, ele ainda sentia uma raiva inexplicável. Então, sob a interferência do chefe Brown e um pedido silencioso e desesperado de Gregori, o rapaz havia sido acolhido pelo tenente Mills, se abrigando em um minúsculo quarto nos fundos da garagem de sua casa. Era visível para Amélia que o orgulho dos homens da família Watts seria seu maior desafio para vencer suas visões.
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  — Você realmente está contando? — Ele riu baixo, soltando um suspiro depois. Mesmo estando ali e acreditando nas palavras dela, %Jin% ainda se sentia estranho pelas visões e toda ligação entre as duas famílias.
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  — Desculpa. — Ela riu junto, tentando descontrair o ambiente, pois minutos antes ambos haviam tido uma pequena discussão sobre a importância de ele retornar para o apartamento do pai.
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  — Está tudo bem. — %Jeremy% se virou, deixando o corpo escorado na janela, cruzou os braços e fitou o olhar nela. — Eu é que peço desculpas… Por ter alterado minha voz.
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  — Você está com raiva pela morte da sua mãe, mas não sabe como jogar isso pra fora e acaba descontando nas pessoas que gosta — explicou ela, com suavidade na voz, como se conseguisse lê-lo com clareza. — Eu sei o que é perder alguém que ama e ter medo de perder sua única família.
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  — Como consegue? — perguntou o rapaz, desviando o olhar para o chão, tentando reprimir seus sentimentos de frustração.
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  — Como consigo o que? — indagou %Mia%, com o olhar confuso.
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  — Entender as coisas dentro de mim melhor do que eu mesmo — confessou o jovem Watts, lutando contra suas emoções ao sentir os olhos marejados.
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   %Amelia% apenas sorriu com sutileza, um pouco envergonhada pelo olhar profundo e confuso dele. Ela se levantou da cadeira e se aproximou dele, a passos lentos e cautelosos, enquanto o rapaz mantinha sua atenção fixa nela. Então, parando a sua frente, a garota respirou fundo ao se concentrar em sua visão.
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  — Você realmente quer ouvir de novo? — perguntou ela, deixando seu olhar mais sério e temeroso.
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  Prometendo a %Jin% que contaria tudo em seus mínimos detalhes, %Amelia% não conseguiu nem mesmo omitir a parte importante de sua visão, aquela que a deixava angustiada em tentar salvar a todos, pois a companhia de %Jeremy% lhe dava esperança, porém, ao mesmo tempo também a deixava assustada.
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  Naquelas poucas semanas que se passaram entre as mudanças de estações após o retorno do garoto, ambos se encontravam todas as tardes após a aula e antes do curso noturno de confeitaria. Em meio às muitas conversas aleatórias que surgiam, a curiosa conexão entre eles foi ficando ainda mais intensa e evidente, ao ponto de constatarem que o jovem Watts realmente era o gatilho para as visões de %Amelia%.
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  — Quero. — %Jeremy% segurou em sua mão dando um sorriso de canto discreto, seu olhar sereno transmitiu a ela a segurança necessária. — Não vou soltar a sua mão em nenhum momento.
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  — Obrigada... — Agradeceu ela, retribuindo com um sorriso singelo em gratidão.
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  Com o assentir de %Jeremy%, ela respirou fundo fechando os olhos, então, mais uma vez, se concentrou em reproduzir em palavras o mesmo cenário que havia gravado em sua mente, por vê-lo repetidas vezes tanto dormindo quanto acordada.
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  — %Jeremy%… — sussurrou ela, ao apertar um pouco a mão do rapaz quando repentinamente de suas memórias, foi transportada para mais uma visão da mesma livraria em chamas.
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  — %Amelia%, eu estou aqui. — O jovem manteve seu olhar fixo na garota, de alguma forma, internamente, conseguiu entender que ela estava em uma visão. — O que você está vendo?
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   %Mia% respirou fundo, sentindo todo seu corpo estremecer em um calafrio, exceto suas mãos que seguravam as dele. Se %Jeremy% era seu gatilho para as visões, certamente também era seu ponto de apoio para passar pelas mesmas, sem que sentisse as dores de quando estava sozinha, não deixando dúvidas que a presença do rapaz era como um refrigério para ela.
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  — O que está vendo?! — insistiu ele, mais uma vez, ao receber um breve silêncio dela.
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  Não que a garota não quisesse responder, contudo, ela estava tentando processar a inesperada mudança em sua visão, a livraria não estava em chamas, havia objetos que não existiam antes e estavam presentes no ambiente, assim como um leve dedilhado de piano, que formava uma melodia suave, tocando ao fundo. Aos poucos a sensação de estranheza foi crescendo dentro dela, fazendo-a passar por uma crise de ansiedade.
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  — %Mia%… — %Jeremy% deixou sua voz mais entonada, já se preocupando com o silêncio dela e seu estado de paralisia. — %Amelia%, fala comigo, eu estou aqui, está me ouvindo?
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  Quanto mais ele a chamava, mais a sua voz era abafada pelo fundo musical presente na visão, enquanto isso, a garota continuou a passos lentos e curtos seguindo para fora da sala onde sempre iniciava. Aos seus olhos, era inacreditável uma mudança tão específica no cenário diante dela.
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  Logo um vulto passou por ela, o que a fez segui-lo de imediato tentando entender o que estava acontecendo. Em segundos, a respiração de %Amelia% começou a ofegar, um grito preso na garganta como se quisesse pedir por socorro, a sensação de agonia havia retornado a ela, até que %Jeremy% a puxou para perto e lhe abraçou.
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  Em um piscar de olhos, ela voltou ao normal e, ao perceber o abraço dele, apenas se aninhou nos braços do rapaz, respirando fundo para se acalmar.
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  — Está tudo bem, eu estou aqui — sussurrou ele, ao perceber que ela não estava mais em transe. — %Mia%…
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  — Vai acontecer, %Jin%… — Ela se afastou dele, seu olhar assustado era visível, mas, diante dos fatos, ela precisava ser ainda mais forte e corajosa. — Eu não sei como, mas está pra acontecer.
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  — O que está pra acontecer? O que você viu? — indagou ele, tentando entendê-la e não ficar em surto no processo.
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  — A livraria não estava em chamas, tinha detalhes novos e eu vi alguém… — Ela fechou os olhos com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu vi a pessoa que vai incendiar, eu vi como ele fez como se estivesse no momento exato ao seu lado.
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  — Você viu em tempo real? — perguntou ele, um pouco temeroso pela profundidade que o dom dela havia chegado.
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  — Eu não sei, mas… — Ela puxou o ar mais forte para dentro dos pulmões.
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  — Se for, ainda podemos impedir. — Ele segurou a mão de %Mia% e a puxou para seguirem para a porta de saída.
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  — Para onde vamos? — indagou ela confusa pelo rompante dos gestos do amigo.
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  — O seu pai é policial, não é? Ele pode ajudar, sua visão mudou, se conseguirmos impedir… Ninguém morre, nem o meu pai e nem o seu.
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  — Sim. — Assentiu ela.
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  Ali estava o ponto central da visão de %Amelia%. Em todas as vezes que encarou o seu dom, a garota sempre se deparava com a mesma cena final, ambos os pais mortos naquele incêndio, um tentando salvar a vida do outro.
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  Ao passarem pela garagem, %Jeremy% avistou a moto de Mills estacionada próximo da porta, pegando os capacetes, entregou um para ela e colocou o outro em sua cabeça. Juntos, eles seguiram até a delegacia, com a esperança de encontrar o detetive Grimes.
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  — %Amelia%?! — A voz surpresa de Margareth soou, atrás deles.
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  Ambos estavam na recepção da delegacia.
  — Tia Margo. — A garota se voltou para ela, com um olhar desesperado. — Onde está o meu pai?
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  — Eu não o vi hoje — respondeu a mulher, intrigada pela presença da garota na delegacia. — Mas pelo que sei, ele tem andado ocupado ajudando a 24ª DP com os casos de incêndio nas áreas comerciais.
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  Ao ouvir aquilo, %Amelia% virou seu olhar para %Jeremy%, sentindo um aperto no coração.
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  — E se… — ela começou a dizer.
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  — O que está acontecendo, %Amelia%? — indagou Margareth, se preocupando com as expressões dela. — Você teve alguma visão?
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  — Sim… Eu vi o incendiário, eu vi a livraria e… — %Amelia% respirou fundo, para se acalmar e manter-se racional as circunstâncias.
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  — As visões dela mudaram. — %Jeremy% tomou a palavras para explicar melhor. — Acreditamos que vai acontecer hoje e que podemos impedir se chegarmos antes do criminoso.
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  O rapaz estava certo de que as mudanças causadas nas visões de %Amelia%, geradas por sua presença na vida dela, poderia ser considerada a luz no fim do túnel e o sinal de que as maldições poderiam de transformar em bênçãos.
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  — Eu vou ligar para seu pai e vamos impedir isso de acontecer. — Margo retirou o celular do bolso da calça e iniciou sua chamada.
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  A cada minuto que passava sem nenhum tipo de retorno, mais a garota demonstrava seu nervosismo e apreensão pela falta de localização do pai, até que John finalmente atendeu a ligação e %Amelia%, controlando o desespero, lhe contou tudo o que tinha visto naquela tarde.
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  Havia duas livrarias com as mesmas características que a filha descreveu e, pela ironia do destino, o detetive Grimes estava justamente próximo a uma delas. Margareth aconselhou o amigo para aguardar a chegada de reforços, enquanto ela fazia a batida na outra livraria, reforçando a ele os relatos de %Amelia%, que possivelmente o incêndio seria naquele dia e eles precisavam se dividir para a melhor eficiência da missão.
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  Enquanto a equipe de policiais se dividiu para cobrir ambos os perímetros, o 21º Batalhão de Corpo de Bombeiros foi mobilizado discretamente pela capitã Morattis. Os dois jovens foram aconselhados a esperarem na DP por notícias, contudo, com o passar de algumas horas, agora era %Jeremy% que se forçava a controlar a ansiedade.
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  — %Jeremy%. — %Amelia% se aproximou dele, seu olhar já dizia tudo.
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  — Eles não vão conseguir impedir, não é? — indagou o rapaz a ela, sentindo uma angústia interna.
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  — Eu não sei — sussurrou %Mia%, ao sentir as pupilas dos olhos dilatarem, fixando-os na janela.
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  — %Mia%?! — Ele segurou a mão da amiga. — Outra visão?
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  — Não… — Ela se voltou para ele. — %Jeremy%, está acontecendo… Eu posso sentir.
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  — Não podemos ficar aqui, precisamos salvá-los! — Assim que ele a puxou para saírem da sala da capitã, ambos já se depararam com uma intensa movimentação do lado externo.
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  Nem todos no departamento de polícia sabiam do dom de %Amelia%, porém, assim que a equipe de John se movimentou em divisão de perímetro, vários outros chamados apareceram, deixando todo o lugar um caos de ligações com pedidos de socorro.
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  De relance, %Amelia% escutou o comentário da recepcionista ao telefone dizendo que aquele dia estava sendo uma turbulência, principalmente pela loja em chamas na área comercial. Sabendo a localização, ambos se deslocaram para o lugar na moto do rapaz, no meio do trajeto, em flashes, %Amelia% conseguia acompanhar a evolução do incêndio e o que ela mais temia.
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  Seu pai havia conseguido chegar à livraria, porém, não a tempo de impedir o criminoso de atear o fogo. Em um confronto regado a combate corpo a corpo e uma troca de tiros, o homem do fogo foi abatido, enquanto John se encontrava ferido aos fundos do depósito e desacordado. Para a jovem, ver aquela cena sabendo que estava acontecendo em tempo real, lhe deixava ainda mais angustiada pela possibilidade de perdê-lo.
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  — Chefe Brown — disseram os jovens ao se aproximarem do homem após ultrapassarem a linha de barreira de segurança para os civis.
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  — %Amelia%, %Jeremy%?! O que fazem aqui? — O olhar repreensivo do homem não assustou o rapaz.
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  — Nossos pais estão lá dentro — informou %Jin% de forma segura.
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  — O detetive Grimes está lá?! — A expressão facial de Brown ficou um pouco mais preocupada, pois o último relatório que havia tido do esquadrão de resgate era que todos os civis já haviam sido retirados.
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  — Sim. — Assentiu %Amelia%.
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  — %Jeremy%, seu pai informou há dois minutos que o prédio estava limpo, mas que faria uma varredura no andar de cima — disse o homem — Como sabem que eles estão lá?
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  — %Amelia% viu ambos — contou o jovem. — Por favor, nos ajude.
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  Brown sabia sobre o dom de %Mia%, contudo, mesmo presenciando em alguns casos as habilidades da garota, se deixava permanecer cético devido a suas crenças pessoais.
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  — %Amelia%, me informe exatamente onde está o seu pai — pediu o capitão, dando um voto de confiança a eles.
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  — No depósito, há uma porta à esquerda no final do corredor que dá acesso às escadas para lá — respondeu ela prontamente, já com a planta do lugar decorada em sua mente. — O pai de %Jeremy% está bem próximo a este corredor.
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  — Capitão Watts… — disse o chefe, pelo rádio transmissor. — Capitão Watts na escuta?
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  — Chefe Brown. — Ouvir a voz do pai, fez com que %Jeremy% soltasse um suspiro de alívio. — Posso te ouvir alto e claro, não achei mais nenhum civil, estou saindo.
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  — Não! — gritou %Amelia%, sendo amparada pelo amigo.
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  — Capitão, temos um policial no depósito do prédio — informou Brown, de acordo com as coordenadas que %Jeremy% lhe passava. — Ele está ferido, há uma escada de acesso no final do corredor em que você está.
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  — Vou tentar chegar lá — disse Gregori, se preparando para enfrentar as chamas que haviam a sua volta.
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  — Pai! — %Jeremy% gritou, fazendo o homem reconhecer a voz do filho.
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  — %Jeremy%?! — Watts conteve suas emoções, pois era a primeira vez que ouvia a voz do filho após a discussão de ambos.
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  Diante do prédio em chamas, %Jin% também precisou conter suas emoções e, pedindo o rádio para Brown, sentia lá no fundo que precisava orientar seu pai. O chefe dos bombeiros entregou o objeto ao garoto que, ao respirar fundo, pegou-o reunindo forças para continuar otimista até o final.
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  — Pai… Eu… — Ele sentiu sua voz falhar inicialmente. — Me desculpe.
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  — Filho, eu sei, está tudo bem. — Assentiu o bombeiro, entendendo os sentimentos do filho.
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  — Se o senhor for, poderá não voltar… — O rapaz olhou para %Amelia% que segurava as lágrimas no canto dos olhos. — Mas se não for, o detetive Grimes não vai sobreviver.
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  — Não se preocupe, filho, tudo vai acabar bem. — Assegurou Gregori, mesmo não tendo a certeza de suas palavras. — Eu vou encontrá-lo.
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  Um ligeiro silêncio pairou no rádio, até que o capitão Watts deu sinal, informando que havia encontrado o detetive Grimes, contudo, suas opções de saída haviam sido bloqueadas por uma estrutura que desabou no processo de resgate. %Jeremy%, ao ouvi-lo dizer que não conseguia encontrar uma alternativa, lembrou-se de cada detalhe que ela havia dito sobre a primeira visão, então voltou seu olhar para %Amelia%, sabendo o que ambos precisavam fazer.
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  — Agora eu entendo — sussurrou ele, ao segurar sua mão. — O porquê sonho com você todas as noites.
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  — %Jeremy%. — A primeira lágrima escorreu no rosto dela, com o coração angustiado.
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  — Nós podemos salvá-los — disse ele, com segurança no olhar. — Você pode encontrar a saída para eles.
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  — Eu não sei se consigo. — Ela estava assustada e com medo.
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  — Você consegue. — %Jeremy% a abraçou forte, deixando sua mão que segurava o rádio mais próximo do rosto. — Feche os olhos e se concentre, não está sozinha, vou entrar lá com você.
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   %Amelia% assentiu com o rosto, se aninhando nos braços do rapaz. Por mais que o jovem não pudesse se transportar com ela no meio da visão, de alguma forma a garota conseguia sentir sua presença através daquele abraço.
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  Levou alguns instantes para que ela conseguisse controlar seu emocional e pensar com a razão para salvar a vida de duas pessoas importantes para eles. Assim, a cada informação que ela lhe dizia, %Jeremy% repassava ao pai, que com certa dificuldade seguia milimetricamente sua orientação. Demorou alguns minutos até que finalmente o capitão Watts conseguiu avistar um duto de ar por onde rastejou, enquanto puxava o corpo desacordado de John, que amarrou a ele.
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  Enquanto isso, uma equipe de quatro homens começou a furar um buraco na parede lateral onde %Amelia% havia apontado para a saída deles, pois o duto não tinha uma ligação externa com a rua. As duas ambulâncias de resgate já estavam a postos esperando pela saída deles que, ao finalmente serem retirados do duto, foram amparados e levados aos veículos às pressas. Mesmo as condições de John sendo graves, ele tinha boas chances de recuperação, e fora levado ao hospital, na companhia de sua filha.
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  Já %Jeremy%…
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  — Pai! — disse o rapaz ao correr até a ambulância e abraçar o pai, não se importando com o estado do mesmo, deitado na maca. — Achei que fosse te perder.
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  — %Jin%! — Gregori tossiu um pouco, mas demonstrou felicidade ao sentir o abraço dele. — Você jamais vai me perder filho.
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  — Obrigado — sussurrou o filho, sentindo o coração aquecido por finalmente se sentir em casa ao lado de seu pai.
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  Mesmo com todas as diferenças de ambos, pai e filho tinham apenas um ao outro e estavam felizes por ainda serem uma família.
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Três semanas depois…

  — Então, como está o seu pai? — perguntou %Jeremy% ao aparecer da janela.
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  — Ele está bem… Se recuperando. — %Mia% girou levemente a cadeira em que estava sentada e sorriu de forma meiga, o observando entrar em seu quarto. — E o seu?
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  — Está vivo, é o que importa — brincou ele, sorrindo de canto.
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   %Jeremy% manteve o olhar sereno para a amiga, permanecendo escorado na janela. Nunca imaginou viver tantas emoções em um curto espaço de tempo, mas estava grato a Deus por tudo o que tinha vivido. Principalmente pela garota dos seus sonhos ser real e tê-la conhecido.
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  — E como vocês estão? — indagou ela, curiosa para saber se tinham melhorado a convivência.
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  — Ah, temos conversado sobre algumas coisas… — respondeu o rapaz, sem jeito e com um olhar envergonhado. — Falamos sobre a morte da mamãe ontem.
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  — E como foi? — O olhar curioso de %Mia% o deixava admirado, ela se levantou da cadeira para se aproximar dele.
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  — Choramos muito — confessou num sussurro.
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  — Não é vergonhoso um homem chorar — disse ela num tom descontraído. — O que mais conversou com seu pai?
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  — Hum… Falamos sobre o futuro — contou %Jeremy%, soltando um suspiro fraco, atento a aproximação dela.
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  — Futuro? — %Mia% se colocou ao seu lado, interessada no restante da história. — O que falaram sobre o futuro?
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  — Bem… Eu faço dezessete na próxima semana — explicou ele, pensativo na indagação dela —, falamos sobre a possibilidade de ir para a faculdade.
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  — Mas você deseja ir? — Mantendo a atenção no amigo, %Amelia% sentiu um leve aperto no coração, já que era mais nova que ele.
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  — Não sei, mas tenho certeza que não serei um bombeiro no futuro. — O rapaz riu com leveza, como se lembrasse disso como uma sugestão do pai.
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  — Você pode virar um policial como o meu pai — sugeriu ela, de forma espontânea.
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  — Policial? — Ele não tinha pensado no assunto, contudo, achou interessante.
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  — Sim. — %Mia% voltou sua memória no dia do incêndio dos seus pais. — Você foi tão seguro e incisivo em salvar nossos pais, a forma como conduziu minhas visões para isso.
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  — Acha mesmo? — %Jeremy% se pegou confuso diante daquelas palavras, não acreditando em si mesmo e no seu potencial.
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  Ela assentiu com sutileza no olhar, o que o fez sorrir de canto novamente, mantendo seu olhar profundo fixo nela. O coração de %Mia% acelerou de imediato no momento em que %Jeremy% foi se aproximando suavemente de seus lábios. Porém, em um piscar de olhou, John bateu na porta, fazendo o casal se afastar rapidamente e assim que o rapaz pulou a janela, ela abriu para o pai entrar.
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  — O que foi papai? — indagou ela, tentando disfarçar sua sutil frustração.
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  — Hum… Vim te chamar para fazermos o jantar juntos. Não está com fome? — respondeu o homem, observando-a balançar a cabeça negativamente, o pai voltando o olhar para a janela. — Bem, caso mudem de ideia, sinta-se convidado também, %Jeremy%.
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  Do lado de fora o rapaz ficou confuso pela situação e, respirando fundo, apareceu novamente na janela.
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  — Boa noite, senhor Grimes. — O olhar envergonhado do garoto foi surpresa para ela.
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  — Entre rapaz, sei que também cozinha bem — comentou John, num tom descontraído para que o jovem não sentisse receio de seu convite.
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  — É ele quem cozinha para o batalhão do chefe Brown — contou %Amelia%, com um sorriso bobo no rosto.
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  — Fome eu não passo. — Assentiu ele, sendo modesto, ao entrar novamente no quarto.
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  — %Jin%! Filho?! — A voz de Gregori soou do lado de fora, até que ele se colocou de frente a janela do quarto de %Mia%. — Algum problema aqui?
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  — Nenhum — disse John, ao passar pela filha, adentrando mais no quarto. — Eu estava planejando cozinhar com minha filha, mas… Acho que as conversas do casal adolescente têm sido mais interessantes do que passar um tempo com seus pais.
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  — Pai?! — %Amelia% olhou para o pai, o repreendendo, cheia de vergonha.
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  O capitão Watts riu baixo, entendendo a situação.
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  — Olha, eu ia chamar meu filho para ver o jogo dos Lakers comigo, mas… Já percebi que também serei trocado — reclamou Gregori num tom brincalhão. — Não seria nada mal uma nova companhia.
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  — Você tem cerveja gelada, aí? — perguntou John, ignorando totalmente a presença dos filhos ali.
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  — Mas é claro, e uma TV de 50 polegadas — completou o bombeiro, ao respondê-lo.
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  — Por que não disse antes? Eu adoro os Lakers. — John soltou uma gargalhada e passando pelo jovem Watts, o olhou com seriedade. — Ah, juízo, hein, rapaz, seu pai está aqui, mas eu ainda sou um policial.
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   %Jeremy% ficou estático por um momento, apenas observando John passar por ele e seguir seu pai para entrar no apartamento ao lado, pela janela do seu quarto.
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  — Você entendeu o que aconteceu aqui? — perguntou o rapaz ao voltar seu olhar abobalhado para mia.
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  — Não, mas foi engraçado sua cara com a ameaça do meu pai — disse ela, em risos.
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  — Ah, é! — %Jeremy% se fez de ofendido pela reação da garota. — Você gosta de rir de mim?
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  Ele se aproximou dela e começou a lhe fazer cócegas, rindo de suas gargalhadas. %Amelia% tentou fugir do rapaz, porém, sem sucesso, e ao se desequilibrar, caiu ao chão o puxando consigo.
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  — Opa… — disse ele, ao sentir suas respirações sincronizadas.
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  — %Jin%… — sussurrou ela, com o coração visivelmente acelerado.
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  — Obrigado — sussurrou o rapaz, de volta.
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  — Pelo que? — indagou %Mia%, confusa por suas palavras.
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  — Por entrar na minha vida — explicou o jovem, aproximando mais seus rostos.
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  — Eu que agradeço — retrucou ela, sentindo um frio na barriga com o arrepio do seu corpo por ele estar com seus lábios a milímetros de distância.
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  — Pelo quê? — perguntou %Jeremy%.
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  — Por me deixar ficar…
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  Ela nem mesmo finalizou sua frase direito e já foi interrompida por um beijo singelo, doce, apaixonado e intenso vindo dele.
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Sou realmente agradecido por te ter
O presente que Deus me deu.
- Sing for You / EXO

  “Ver: Visão sem ação é sonho. Ação sem visão é pesadelo.”
  [Provérbio japonês] - By: Pâms

Fim

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Lelen

EITA QUE CHEGOU O FINAL. EITA QUE FOI AGUENTA CORAÇÃO.
Fiquei com medinho de a autora dar aloka e resolver não ouvir minhas preces de tudo terminar bem e resolvido OIHASNDPOASNDP
AMEI que o Jeremy e o pai fizeram as pazes e se entenderam enfim, AMEI o John todo fofo já sabendo da relação desses dois adolescentes. E AMEI AINDA MAIS QUE OS DOIS PAIS VIRARAM AMIGOS. É ISSO AÍ. COISA MAIS LINDA.
Eu quero continuação porque quero ver Jeremy policial. MAS POR FAVOR, NÃO MATA NINGUÉM NESSA PARTE QUE SEJA DESSE CÍRCULO LINDO DE AMIZADE/FAMÍLIA. Mata gente que não tem importância sentimental aqui OIASNDOPASNDP
Amei acompanhar esse suspense/mistério e vou adorar saber se depois disso tudo as visões da Mia acabaram ou se continua e como é essa coisa da ligação do Jin com ela HEHEHE
SOU ABUSADA MESMO OIASHDOIASBDOIASD

Pâms

Obrigada por ler, comentar sempre, pelos surtos! ❤❤❤❤❤❤

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