The Hidden Depths


Escrita porVictoria Fideles
Revisada por Lelen


Prólogo

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

  O cheiro de carvão e fumaça ainda pairava no ar da noite de outono, misturado ao aroma adocicado da grama recém-cortada do quintal. O riso dos amigos há muito se fora, substituído pelo silêncio suave da casa adormecida. David, com o avental sujo de molho barbecue, guardava as últimas cadeiras de plástico enquanto Margareth recolhia os copos descartáveis, os dois trabalhando em um ritmo cansado, mas feliz. Emily, de apenas três anos, já dormia profundamente em seu quarto, alheia à festa que a exaurira. Eram quase oito da noite, um dia perfeito terminando em paz.
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  Depois de trancar todas as portas e ativar o sistema de alarme de última geração — aquele com o símbolo da empresa mais confiável da cidade, que David e Margareth instalaram para se sentirem absolutamente seguros —, eles se recolheram. O apito agudo confirmando o "alarme ativado" ecoou na escuridão, um som reconfortante que selava o lar contra o mundo exterior.
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...

  A manhã seguinte trouxe a luz pálida de um novo dia. Na cozinha, o aroma de café recém-passado se espalhava. Margareth, com a caneca quente nas mãos, sentiu o sol morno no rosto e sorriu. Era a hora de acordar sua pequena Emily.
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  Ela caminhou pelo corredor, um passo leve e animado, até a porta do quarto infantil. Abriu-a devagar, pronta para o ritual matinal de beijos e abraços sonolentos. Mas a cena que se apresentou a seus olhos fez o sorriso morrer em seus lábios e o coração gelar.
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  O quarto estava vazio.
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  A cama de Emily, perfeitamente arrumada, sem um único lençol amassado, parecia intocada. O brinquedo favorito, um ursinho de pelúcia, jazia solitário no chão, como se tivesse sido gentilmente colocado ali. Nada estava fora do lugar. Nenhuma janela aberta, nenhuma porta forçada.
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  — Emily? — A voz de Margareth saiu fraca, quase um sussurro de descrença. Ela chamou mais alto, o desespero crescendo. — Emily!
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  Atravessou a casa como um raio, verificando cada cômodo, cada canto. Todas as janelas estavam trancadas. Todas as portas, seladas. O painel do alarme na entrada brilhava em verde, indicando que o sistema estava ativo e sem violações.
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  David, no banho, ouviu o grito agudo de Margareth, um som de puro terror que o fez desligar o chuveiro abruptamente e correr para o corredor, o coração aos pulos. Ele a encontrou pálida, os olhos arregalados, apontando para o quarto vazio.
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  — Ela sumiu, David. Emily desapareceu.
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  A polícia chegou minutos depois, uma equipe de peritos, detetives e oficiais, seus rostos sérios refletindo a gravidade de um desaparecimento infantil. Eles vasculharam cada centímetro da casa, cada gramo de solo no quintal. Mas não havia nada. Nenhum arrombamento. Nenhuma pegada estranha. Nenhuma pista, nenhum vestígio. Apenas o silêncio atordoado de um lar onde uma criança simplesmente havia sumido no meio da noite, como se tivesse evaporado. Um mistério limpo, perfeito, e aterrorizante.
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Prólogo
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