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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Temporary Bliss


Escrita porBetiza
Editada por Lelen

Segundo Capítulo

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

"Não consigo evitar, estou viciado... Mas eu não posso suportar o sofrimento imposto pela manhã. Você não está se segurando em mim..."

  A luz do dia já começava a invadir o quarto quando eu acordei, os olhos se abrindo lentamente, ainda turvos da noite que passamos. A sensação do seu corpo ao meu ainda estava viva em minha pele, e por um momento, eu permaneci ali, deitado, tentando encontrar sentido de tudo. O cheiro do seu perfume estava no ar, o calor do seu corpo ainda me envolvia, mas algo dentro de mim sabia que tudo isso seria temporário.
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  Eu me levantei com cuidado, não querendo a acordar, mas minha mente estava alerta. O que eu sentia por ela não era só desejo, era algo mais profundo, algo que me fazia querer ficar. Mas eu sabia que, em breve, ela me empurraria para longe, como sempre fazia. Eu conhecia o jogo, mas não queria jogar dessa vez. Não queria ser mais uma de suas manhãs vazias, não queria ser apenas mais um que passava pela vida dela e desaparecia ao amanhecer.
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  Sai da cama e caminhei silenciosamente até o banheiro, onde, ao abrir a porta, vi o reflexo dela debaixo do chuveiro, os cabelos cor-de-rosa, longos e molhados caindo suavemente sobre seus ombros. A visão dela me fez parar por um instante, observando-a com uma mistura de admiração e frustração. Ela parecia tão tranquila, tão serena, mas eu sabia o que isso significava. Eu sabia que, em instantes, ela voltaria a ser a mulher distante e irreconhecível que eu conhecia demais, aquela que não se permitia se prender a nada nem a ninguém.
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  Eu fiquei ali, parado, observando o fluxo da água escorrendo pelos seus cabelos, sentindo o vazio se formar em meu peito. Ela estava linda, como sempre. Mas sabia que, antes das 08 da manhã, ela teria uma desculpa pronta para me fazer sair, uma desculpa que nunca falhava. Um simples "preciso trabalhar" ou "tenho compromisso", algo que me afastaria da cama dela e do seu mundo, deixando-me com a sensação de que tudo o que compartilhamos não passava de uma breve ilusão.
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  A raiva começou a crescer dentro de mim, uma raiva silenciosa, porque eu sabia que, por mais que ela fosse tudo o que eu queria, ela nunca permitiria que fosse algo real. Eu não queria mais me sentir como um intruso, como algo passageiro. Mas, ao mesmo tempo, o que eu poderia fazer? Eu estava viciado nela, na forma como ela me fazia esquecer de tudo ao nosso redor, mesmo sabendo que isso não passava de uma farsa.
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  Eu a observei por mais alguns segundos, sentindo a frustração tomar conta de mim. Eu sabia o que viria a seguir, mas ainda assim, algo dentro de mim desejava que fosse diferente.
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  Ela abriu o box do banheiro com um movimento tranquilo, como se nada estivesse acontecendo. Seus olhos se encontraram com os meus e, em um tom suave, ela me chamou:
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  — Vem tomar um banho, %Niki%.
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  Eu senti um nó apertar no meu estômago ao ouvi-la, como se a familiaridade das palavras tivesse um efeito completamente diferente dessa vez. A forma como ela se comportava com tanta leveza, como se não houvesse nenhum peso no que estávamos compartilhando, fazia meu coração se apertar. Ela estava ali, completamente à vontade, e eu… bem, eu estava começando a me perder.
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  Passando os olhos pelo corpo dela mais uma vez, sem conseguir evitar, percebi como ela ainda exalava uma confiança serena, como se nada realmente importasse para ela, nem mesmo a nossa interação. O olhar dela não estava carregado de significado, ao menos não da maneira como eu queria que fosse. No entanto, não consegui desviar os olhos, e ao encará-la, tudo o que eu sentia era uma mistura de desejo e frustração.
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  Suspirei pesadamente, meu corpo reagindo automaticamente à visão dela, mas ao mesmo tempo, a sensação de ser descartável começava a pesar ainda mais. Eu sabia como esse jogo funcionava, mas estava farto de ser apenas um corpo para ela, algo temporário. No entanto, sem conseguir evitar, eu me despojei da roupa novamente, os pensamentos confusos ainda emaranhados, e caminhei até o chuveiro.
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  O som da água me aguardava, e, enquanto eu me aproximava, não pude deixar de sentir a presença dela atrás de mim, algo que só tornava a situação mais complicada. Eu sabia que, em breve, ela teria uma desculpa, que tudo isso seria apenas mais um capítulo que se fecharia assim que o dia realmente começasse. Mesmo assim, eu não conseguia afastar a sensação de que queria mais. Queria que algo fosse diferente dessa vez. E, por mais que eu tentasse me convencer do contrário, o que eu sentia por ela parecia ser algo mais forte do que eu conseguia controlar.
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  Quando a água morna começou a cair sobre as minhas costas, senti um leve alívio, mas, ao mesmo tempo, a tensão dentro de mim só aumentava. A cada gota que escorria pela minha pele, eu a queria mais perto. Não queria mais sentir a distância entre nós, mesmo que ela fosse emocional. Sem pensar duas vezes, segurei sua cintura, puxando-a com suavidade para mais perto de mim. O calor do corpo dela misturado com a água morna criou uma sensação quase hipnótica. Eu encostei minha testa na dela, fechando os olhos por um segundo, tentando me agarrar a qualquer tipo de conexão que pudesse ser real.
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  Eu queria mais, algo além do que costumávamos ter, mas ao mesmo tempo, sabia que essa ilusão poderia se desvanecer a qualquer momento. Só que naquele instante, o que mais me consumia era o desejo de ter ela ali, de sentir o toque dela de uma forma mais profunda.
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  Mas, para minha surpresa, ao invés de sentir a mesma tensão que eu carregava, ela simplesmente riu baixinho, um som suave e sem pressa. O riso dela, que parecia não se importar com nada, apenas me deixou mais frustrado. Ela passou as mãos pelo meu rosto com a leveza de quem não tem nenhum peso no que faz, e os dedos dela dançaram por minha pele, deixando um rastro de fogo.
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  — Você é bonito, %Niki%… — ela disse, os olhos dela brilhando, como se eu fosse apenas uma visão bonita e passageira. — Muito bonito, sabia?
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  Aquelas palavras, em toda a sua leveza, me atingiram com um impacto inesperado. Não era o tipo de elogio que eu esperava ouvir, nem o tipo de gesto que me faria sentir mais próximo dela. Pelo contrário, elas me lembraram do quão distante ela estava, mesmo ali, nos meus braços. Eu queria mais, mas ela, como sempre, parecia jogar esse jogo com uma frieza que só aumentava a distância entre nós.
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  Eu não sabia o que procurar ali, no calor da água e no toque dela, mas eu só sabia que queria mais. Queria sentir algo real, algo que ela não fosse capaz de dissipar com um simples sorriso.
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  Ela continuou com aquele sorriso despreocupado, como se não percebesse o peso do silêncio que pairava entre nós. Seus dedos deslizaram suavemente pelo meu rosto antes que ela se inclinasse lentamente e pressionasse um beijo demorado na minha bochecha. Os lábios dela ficaram ali por um instante a mais, quentes e suaves, mas ainda assim distantes.
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  Eu fechei os olhos por reflexo, querendo acreditar que aquele toque significava algo mais, mas antes que eu pudesse me perder na sensação, ela se afastou. Sem pressa, saiu de dentro do box, os passos calmos e o corpo ainda molhado refletindo a luz fraca do banheiro.
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  — Aproveita o banho, %Niki%. — disse com a voz baixa, mas sem olhar para trás.
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  E então ela se foi, me deixando ali sozinho, com a água quente batendo nas minhas costas e a cabeça cheia de pensamentos confusos.
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  A sensação do beijo ainda queimava na minha pele, mas a ausência dela já fazia o ar ao meu redor parecer mais frio. Eu queria segurar ela por mais tempo, queria que ela ficasse. Mas, como sempre, ela era como fumaça entre meus dedos — impossível de prender.
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  Fiquei parado ali, deixando a água escorrer pelo meu corpo, me perguntando quanto tempo mais eu conseguiria aguentar ser só mais um capítulo da história dela.
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Segundo Capítulo
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