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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Temporary Bliss


Escrita porBetiza
Editada por Lelen

Quarto Capítulo

Tempo estimado de leitura: 16 minutos

"Eu sou o seu único quando você está sozinha, amor, porque você está me chamando? E não a outra pessoa? Não estou tentando  ser sua vida inteira, eu não quero adormecer..."

  Os dias passaram arrastados.
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  Silêncio. Nenhuma mensagem. Nenhuma ligação. Nenhum sinal dela.
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  Pela primeira vez, eu não fui atrás. Não procurei, não mandei mensagem, não apareci na porta do apartamento dela. E, honestamente, isso estava me matando por dentro.
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  Mas eu estava firme.
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  Ou pelo menos tentava estar.
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  A música alta preenchia o estúdio de dança, vibrando nas paredes. Meus pés deslizavam pelo chão com precisão, cada movimento carregando a tensão acumulada dos últimos dias.
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  Girei o corpo, deixando o ritmo me consumir, tentando dançar até que o corpo doesse mais que a mente. Até que a memória dela sumisse.
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  Mas então...
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  O reflexo no espelho me pegou de surpresa.
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  Lá estava ela.
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  Parada na porta, uma bolsa pendurada no ombro, os cabelos amarrados de qualquer jeito, e a pele brilhando de suor — provavelmente vinda direto da academia.
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  Ela me olhava como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse me deixado naquele vazio.
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  Meus passos vacilaram.
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  A música continuava, mas eu não.
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  — O que você tá fazendo aqui? — minha voz saiu mais dura do que eu planejei.
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  Ela não respondeu de imediato. Só me encarou, como se escolhesse as palavras com cuidado.
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  E aquilo me irritava.
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  Ela sempre escolhia o silêncio primeiro.
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♣️♣️♣️

  %Karin% permaneceu parada por alguns segundos, os olhos fixos nos meus. O silêncio entre nós ficou pesado, quase sufocante. Ela ajustou a alça da bolsa no ombro e deu um passo à frente.
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  — Eu tava passando por aqui… — disse com a voz calma, mas carregada de algo que eu não soube decifrar. — E resolvi entrar.
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  Eu ri, seco.
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  — Passando por aqui? — Cruzei os braços, sentindo a respiração acelerar. — É isso mesmo que você veio me dizer?
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  Ela deu de ombros, o olhar desviando por um instante, como se evitasse encarar a verdade.
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  — Achei que você quisesse conversar.
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  Balancei a cabeça devagar.
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  — Agora você quer conversar? Depois de dias em silêncio? — minha voz saiu baixa, mas carregada de frustração. — Você some, finge que nada aconteceu e simplesmente aparece aqui como se nada tivesse mudado.
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  Ela mordeu o lábio inferior, um gesto que eu já conhecia bem. Significava que ela estava tentando segurar alguma resposta atravessada.
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  — Eu não vim aqui pra discutir, %Niki%. — O tom dela ficou mais firme. — Se você não quer me ver, tudo bem. Eu vou embora.
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  Ela virou de costas, pronta para sair.
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  — É isso que você faz, não é? — minha voz cortou o espaço entre nós. Ela parou, mas não se virou. — Vai embora quando as coisas ficam difíceis.
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  O silêncio dela me deu a resposta.
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  Suspirei, passando a mão pelo cabelo molhado de suor.
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  — Quer saber? Eu não vou impedir você. Mas, se entrou por aquela porta, então fala o que veio falar.
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  Devagar, %Karin% se virou. O olhar estava mais suave, mas ainda carregava aquela barreira invisível que ela sempre mantinha.
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  — Eu… — ela hesitou. — Eu não sei o que você quer ouvir.
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  Dei uma risada amarga.
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  — Eu queria ouvir qualquer coisa que fosse de verdade.
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  Ela me encarou por alguns segundos, e por um breve momento achei que fosse falar. Que ia derrubar aquela parede.
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  Mas tudo que ela fez foi suspirar e dizer:
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  — Eu senti falta de você.
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  As palavras bateram fundo.
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  Simples. Diretas.
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  E ainda assim, vazias demais pra consertar o que estava quebrado.
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  — Sentiu falta de transar comigo… é diferente.
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  Os olhos dela se arregalaram por um breve instante com minhas palavras, mas ela não recuou.
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  Pelo contrário.
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  %Karin% continuou andando lentamente na minha direção, cada passo carregando uma confiança que me deixava ainda mais tenso.
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  Quando ficou a poucos centímetros de mim, inclinou levemente a cabeça para o lado e deixou um sorriso torto surgir nos lábios.
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  — Também, %Niki%. Também. — A voz dela saiu baixa, quase um sussurro, mas carregada de algo que me fez prender a respiração.
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  Aquela resposta bateu fundo, queimando por dentro.
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  Eu queria explodir. Queria gritar.
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  Mas tudo que consegui fazer foi encará-la, sentindo a raiva e o desejo se misturando de novo.
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  Ela estava brincando comigo.
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  Sempre esteve.
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  %Karin% deu mais um passo à frente, tão próxima que pude sentir o cheiro suave do suor misturado ao perfume adocicado que sempre grudava na minha pele depois das noites com ela.
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  Ela ergueu uma das mãos e, com a ponta dos dedos, traçou uma linha lenta pelo meu braço, subindo até meu ombro. O toque era leve, mas incendiava cada parte de mim.
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  — Você tá tão tenso, %Niki%… — murmurou, a voz baixa e arrastada. — Achei que dançar ajudasse a aliviar.
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  Ela se inclinou mais, os lábios quase tocando a minha orelha.
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  — Ou será que sou eu quem deixa você assim?
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  Minha mandíbula travou. Eu não podia ceder. Não dessa vez.
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  Mas ela sabia exatamente como quebrar minhas defesas.
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  %Karin% deslizou a mão pelo meu peito, sentindo a batida acelerada do meu coração. Seus olhos subiram lentamente até encontrarem os meus, cheios de provocação.
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  — Sabe o que é pior? — O sorriso dela se alargou. — Eu também tô morrendo de vontade…
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  Ela se afastou um pouco, só o suficiente para me olhar de cima a baixo, mordendo o lábio inferior.
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  — Mas, pelo visto, você tá ocupado demais me odiando pra fazer alguma coisa.
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  A raiva misturada com desejo explodiu dentro de mim. Ela estava me provocando porque sabia que eu estava lutando contra isso. Contra ela.
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  E pior… estava ganhando.
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♣️♣️♣️

  A noite caiu pesada, e as luzes da cidade piscavam como um lembrete cruel de tudo o que eu estava tentando esquecer.
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  Eu andava de um lado para o outro no meu quarto, as mãos enfiadas nos cabelos, o coração acelerado sem motivo aparente.
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  Mentira. Eu sabia o motivo.
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  Cada vez que fechava os olhos, a imagem dela surgia nítida: o sorriso torto, o tom provocador, o jeito como ela sussurrou "Também, %Niki%. Também."
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  Eu estava tentando ser forte, mas a verdade era que estava desmoronando por dentro.
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  Sem perceber, já estava pegando a jaqueta jogada na poltrona.
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  As chaves deslizaram pela palma da minha mão, frias, e mesmo assim eu as agarrei com força.
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  Porra.
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  Suspirei pesado, odiando o quanto estava cedendo.
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  Mas antes que pudesse racionalizar, já estava trancando a porta do meu apartamento.
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  A rua estava vazia, o frio cortando minha pele, mas eu continuei andando. Cada passo me levava direto para ela.
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  Para o erro que eu estava louco para cometer de novo.
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  Quando percebi, já estava diante da porta do apartamento dela.
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  Hesitei.
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  Levantei a mão para bater, mas ela abriu antes que eu pudesse fazer qualquer coisa.
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  Como se soubesse que eu viria.
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  %Karin% estava ali, de moletom largo e cabelo preso de qualquer jeito, mas ainda assim insuportavelmente linda.
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  Ela me olhou de cima a baixo, o canto da boca se curvando em um sorriso discreto.
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  — Demorou.
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  Eu não disse nada. Apenas entrei.
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  E dessa vez, não havia resistência alguma em mim.
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♣️♣️♣️

  — Para o que exatamente você veio %Niki%? — %Karin% fechou a porta atrás de si e me encarou enquanto encostava as costas na porta, agora fechada.
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  Engoli em seco, sentindo a garganta seca e o peso da pergunta dela pairando no ar.
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  As palavras simplesmente não vinham.
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  %Karin% estava ali, encostada na porta, os braços cruzados e aquele olhar que me desmontava. Não era só provocação dessa vez. Tinha algo mais.
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  Mas eu não sabia o que dizer.
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  Não podia dizer que estava ali porque sentia falta dela, porque isso soaria fraco. Nem que estava ali porque não conseguia tirá-la da cabeça, porque isso me tornaria vulnerável.
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  Então fiquei em silêncio.
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  Ela arqueou uma sobrancelha, como se esperasse que eu fosse mais corajoso.
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  — Nada? — Ela riu, mas não era um riso leve. Soava como um desafio. — Foi difícil chegar aqui, %Niki%? Ou tá difícil admitir o que você quer?
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  Eu fechei a mão em punho, frustrado comigo mesmo.
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  Porque sim.
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  Estava difícil.
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  Respirei fundo, desviando o olhar por um segundo, mas voltei a encará-la.
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  E mesmo sem dizer nada, eu sabia que ela já tinha a resposta.
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  Eu soltei um suspiro pesado, finalmente quebrando o silêncio que pairava entre nós.
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  — Eu não deveria estar aqui, %Karin%.
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  Aquelas palavras saíram como uma confissão, mas, no fundo, eu sabia que era uma mentira. Eu deveria estar ali. Eu só não queria admitir.
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  %Karin% não pareceu se importar com a minha hesitação. Ela se moveu na minha direção com um sorriso sutil, mas cheio de intenção.
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  Antes que eu pudesse reagir, ela empurrou suavemente meu peito, forçando-me a dar um passo para trás e me sentar no sofá.
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  Eu me deixei levar, sem forças para resistir à forma como ela tomava o controle da situação mais uma vez.
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  Ela ficou de pé à minha frente, os olhos fixos nos meus, enquanto uma expressão divertida surgia em seu rosto.
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  — Mas você está, %Niki%. — A voz dela era tranquila, mas havia algo perigoso nela. — E isso é tudo o que importa agora.
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  Ela inclinou a cabeça para o lado, observando-me com aquele olhar desafiador, como se esperasse algo de mim, mas eu ainda não sabia o que fazer com a situação.
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  Eu não sabia como dizer o que estava engasgado dentro de mim, mas ela não parecia se importar. Ela sempre soube como me colocar onde queria.
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  Eu respirei fundo, sentindo o calor no meu peito aumentar à medida que ela continuava a me encarar com aquele olhar afiado, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando, o que eu estava tentando evitar.
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  Minhas mãos, quase por instinto, começaram a se mover em direção às suas pernas. Passei-as com leveza pelo contorno de suas coxas, um toque silencioso, mas cheio de intenções não ditas. A sensação da pele dela, quente e suave, fez meu corpo se apertar de desejo, e a resistência que eu tentava manter se dissolveu lentamente.
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  Eu olhei para ela, sem palavras, mas com tudo o que precisava dizer no olhar. A verdade estava ali, óbvia, em cada movimento, em cada toque. Eu estava mentindo para mim mesmo ao tentar lutar contra isso.
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  — Eu... — minha voz falhou um pouco, mas continuei, finalmente cedendo. — Eu também quero, %Karin%. Mesmo que eu tente negar.
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  Eu podia ver o brilho de satisfação nos olhos dela. Ela sabia que, mais uma vez, ela tinha me dominado. E, por mais que eu quisesse resistir, não conseguia.
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  Eu me aproximei, as mãos ainda descansando em suas pernas, sentindo o calor delas, e ela se deixou ir, permitindo que o espaço entre nós ficasse ainda mais íntimo.
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  %Karin% não perdeu tempo. Com um movimento suave, ela se sentou sobre o meu colo, os quadris roçando contra os meus, enviando uma onda de eletricidade por todo o meu corpo. Eu engoli em seco, sentindo o peso dela sobre mim, e tudo ao meu redor parecia desaparecer, restando apenas nós dois naquela tensão carregada.
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  Ela envolveu meus ombros com as mãos, puxando-me para mais perto, até que nossas testas se tocaram, o calor da sua pele se misturando ao meu. A proximidade dela fazia meu coração bater descompassado. Eu podia sentir a respiração dela, lenta e profunda, e a minha própria se tornando cada vez mais ofegante.
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  — Você sempre faz isso comigo, não faz? — %Karin% sussurrou, a voz suave, mas carregada de algo que eu não sabia identificar. — Me faz querer mais do que eu deveria... faz eu me entregar mais do que eu deveria me entregar.
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  Eu fechei os olhos por um momento, tentando organizar meus pensamentos, mas não consegui. Ela estava ali, sobre mim, tão perto, tão certa, que nada mais parecia importar. Eu queria dizer algo, queria responder, mas as palavras simplesmente não vinham. Só o que eu sabia era que, mais uma vez, ela tinha me capturado completamente.
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  Ela afastou a testa da minha, seus olhos brilhando com uma mistura de satisfação e desafio.
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  — Você não vai me impedir, vai? — Ela perguntou, quase como uma constatação, enquanto um sorriso travesso se formava em seus lábios.
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Quarto Capítulo
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