Telekinesis

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Introdução

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

  - Tony, ela está fazendo novamente. - Emily, com seus cabelos longos e loiros, dizia encarando a pequena garota de um ano e dois meses sentada à sua frente. A menina, como diz a regra da primeira filha puxar o pai, era escrita a Tony Stark. Com apenas os olhos claros vindo de herança da mãe, Tony via sua única filha se remexer em risadas enquanto tinha sua atenção à torradeira, há pouco depositada na bancada de mármore da cozinha. Entretanto, o objeto de aço rapidamente levitou assim que se tornou alvo dos olhos azuis de %Jennifer%, a pequena garota que acalmou os nervos antes hiperativos de Tony. Mesmo continuando sendo uma pessoa negligente, o dono das empresas Stark já não era tão rebelde; ao menos em seu próprio ponto de vista. Rhodes, seu melhor e provavelmente único amigo, disse não conseguir ver tanta mudança no comportamento de Stark, mas claramente o empresário desempenhou melhor do que imaginava o papel de pai.
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  Desde quando %LJ% (Little %Jenny%), como Tony gosta de chamar %Jennifer% nasceu, o milionário passou a se dedicar ainda mais aos deveres de casa, principalmente em mantê-la intacta e sem reformas por mais de dois meses seguidos. Quando %Jenny% fez cinco meses e seus olhos eram tão grandes quanto os da mãe, o lustre de cristal da sala de jantar caiu à mesa, fazendo-a rir ao invés de chorar como qualquer bebê normal.
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  Observando o comportamento da criança e os movimentos dos objetos sempre quando estava presente, Tony e Emily descobriram o poder de Telecinésia que %Jennifer% possuía; um poder diferente para alguém que era a filha de pessoas comuns, não que vieram de outro mundo, como Thor; ou foi parte de testes, como Steve.
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  Ao contrário de qualquer mãe, Emily não aprovava este tipo de poder, começando a criar um tipo de repulsão pela neném que movimentava objetos cada vez maiores, de acordo com que ia crescendo.
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  - Ela é só uma criança, Em, não irá matar ninguém. - Tony riu assim que viu o belo rosto da esposa corar com o nervosismo. - Nós só temos que procurar alguém que não a ache um mutante; alguém como o professor Xavier. - soltou mais uma gargalhada com a piada malfeita e terminou sem graça ao ver que a mulher, diferente das vezes anteriores, não rira.
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  - Eu não estou brincando, Tony. Nossa filha pode ser considerada um perigo para a nação. Você já imaginou milhares de homens usando as armas que você vende para render sua própria filha? Isso não tem nenhuma graça. - Emily, já de pé com as mãos na cintura, aumentava o tom de voz para o marido, que coçou atrás da orelha.
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  Tony não queria dizer que ela estava sendo um pouco “mãe” demais para %Jennifer%. Ele era o Homem de Ferro, se a filha fosse uma ameaça, ele saberia ou no mínimo receberia um alerta da S.H.I.E.L.D. informando sobre a neném. Vendo a mulher se enervar tanto, não teve coragem de dizer tais palavras, principalmente porque também se preocupava com o poder de %Jennifer%. Achava ser um dom. Emily achava que a tornaria uma aberração.
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  Os meses que se seguiram foram ainda piores. Depois de entender que Tony não procuraria uma escola para crianças especiais para %Jennifer%, que a cada vez mais levitava objetos mais pesados, Emily passou a evitar a filha. Não comia na mesma mesa que ela e não saía da cama ao ouvi-la chorar durante a noite. Tony tentava conversar com ela sobre a filha e nunca recebia uma resposta; era como se Emily quisesse fingir que a filha nunca nascera. Durante o tempo, Tony não se preocupava tanto, achava que era uma birra da esposa; entretanto, depois de mais de seis meses fugindo da filha, ele imaginou que as coisas não poderiam se manter assim, principalmente quando uma criança precisa claramente do carinho, amor e cuidado de uma mãe. %Jennifer% ainda era um bebê, mas ao crescer, poderia se tornar uma rebelde por não ter a atenção de Emily.
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  Foi quando %Jennifer% completou seus dois anos que o primeiro perigo veio a acontecer. Estando em uma escola indicada pelo agente chefe da S.H.I.E.L.D., o diretor do colégio para crianças especiais - um colégio escondido do mundo, mas reconhecido pelo governo -, informou Tony que era possível que, pela criança estar começando a ter seus poderes testados pela escola para saberem o nível da força, poderia realizar testes em casa, já que não entende muito bem a diferença entre o ambiente escolar e o ambiente de casa. O pai de família não se importou e sua esposa, muito menos. Assim que ele colocou %Jennifer% na escola que ocupava ¾ do dia da criança de dois anos, Emily passou parecer mais alegre com Tony. Tratava-o melhor e conversava mais. Ao contrário do que esperava, não viu um marido mais feliz com seu comportamento anterior voltando:
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  - O que %Jenny% é para você? - Tony perguntou durante o almoço que Emily o chamou para ter com ele em um dos dias da semana que a criança não estava junto ao pai. Ao ouvir o nome da filha ser mencionado, Emily, com seus olhos incrivelmente azuis e os cabelos louros presos em um rabo baixo logo atrás da nuca olhou com seriedade para o esposo. Ao ver a expressão da mulher, Tony não pode deixar se levar pelo arrependimento de vê-la séria depois de tanto tempo aguardando ver seu sorriso. - Nós somos uma família.
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  - Achei que você soubesse há tempos que eu não considero aquela criança parte da minha família. - a voz, fria, que saiu por entre os lábios de Emily surpreenderam Tony.
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  - Ela veio de você, Em.
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  - Um erro. Se eu soubesse que seria essa aberração, eu… - fechou os olhos, nervosa. - Não quero falar sobre ela. Não quero que nunca mais mencione essa criança em minha frente.
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  - Você é a mãe dela. Ela precisa de você, Emily. - Tony, ainda tentando convencê-la, depositou sua mão em cima da dela, que segurava o talher. Afim de se desvencilhar do toque do marido, soltou o garfo e colocou a mão no colo.
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  - Esse tipo de ser não precisa de amor materno. Eles podem ser extremamente perigosos… Tony, você não entende? Ela é um perigo! Pode nos matar.
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  - Está na escola para não cometer este tipo de erro!
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  - O que você sabe sobre isso? - a mulher disse. - Você saiu da escola e mesmo assim destruiu diversas cidades com todas essas missões que tem por causa da agência estúpida que participa! - Emily empurrou o prato para frente, indicando que não comeria mais. Seus olhos se mantinham fincados em Tony, que não conseguia entender a razão dela estar tão nervosa; a razão dela odiar tanto a filha. - Durante todos estes anos eu dei o meu melhor para aceitar sua profissão extra de “super-herói”; isso era algo que fazia antes de nos conhecermos, não poderia simplesmente pedir para parar. Achei que fora isso, você seria meu, mas desde que essa criança nasceu, você só tem olhos para ela, preocupação com ela. Você não se preocupa na minha segurança; fica somente encantado com os poderes bizarros que essa criança tem! - e, com uma única movimentação, a mulher se levantou e se retirou da mesa, deixando o marido pensativo para trás.
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  No final de semana que se aproximou rapidamente, Tony precisava sair em missão com a S.H.I.E.L.D. e precisava deixar a filha com a esposa; entretanto, como sempre, a mulher não poderia aceitar facilmente em cuidar da criança que tanto odiava. Tony pediu durante o dia inteiro, mas de nada adiantara. Ao invés de concordar em ceder algumas poucas horas do dia para cuidar de %Jennifer%, Emily pegou o telefone de uma babá indicada pela escola que %Jennifer% passava a semana inteira e pediu para que ela passasse a noite na mansão Stark para ficar de olho na criança. Mesmo contra sua vontade, Tony deixou a mansão em seu traje de Homem de Ferro, pensando se seria bom deixar %Jennifer% e Emily sozinhas em casa.
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  Mesmo com várias missões acontecendo depois do nascimento de %Jennifer%, Tony tinha a ajuda de Rhodes para cuidar da neném enquanto estava fora; contudo, neste final de semana em especial, o amigo estava fora do país em missão pelos Estados Unidos. Não havia outra escolha senão aceitar uma estranha em casa cuidando da filha.
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  Duas horas depois de sair de casa, Tony recebe o telefonema que mudou sua vida de direção. Tenente Walter, que cuidava da segurança da cidade ligava para o Homem de Ferro afim de avisá-lo sobre um acidente que houve em sua mansão. Aparentemente, a criança perdeu o controle e destruiu parte da casa. A parte que Emily estava.
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  Saber sobre a morte da esposa foi um choque; mas não tão grande quanto descobrir que a causa da perda foi a filha. Emily passou os dois últimos anos avisando sobre o perigo de %Jennifer% e Tony nunca sequer a ouviu. Agora ela estava morta e a filha não tinha a menor ideia de que havia matado a própria mãe. Olhar para a criança como uma assassina e enterrar a mulher foi o seu maior pesadelo. Emily era o amor de sua vida, a única pessoa que o fazia querer se apaixonar novamente pela mesma pessoa. Mesmo sendo %LJ% sua filha, ele não conseguia encará-la mais; assim, enviou-a para a Asgard, terra de Thor, onde a S.H.I.E.L.D. seguramente garantiu que ela receberia a educação apropriada para crianças com poderes especiais.
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