Telekinesis

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 3

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

  Desde o término da reunião onde Tony foi obrigado a aceitar a permanência de sua filha nas pendências da S.H.I.E.L.D., o herói se manteve mais em laboratórios e seu próprio quarto afim de evitar se encontrar com %Jennifer% e ter de lhe dirigir a atenção, e mais ainda, a palavra. A garota, por outro lado, não se importava nem um pouco de ter um dos heróis companheiro de seu irmão mais velho lhe ignorando e fugindo de si. Sua preocupação atual era melhorar com a ajuda de Steve Rogers para que possa finalmente descer à Terra e passar um tempo com Thor e Jane Foster, que tanto adora.
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  - Se você fizer dessa maneira, todos os humanos civis que estiverem ao seu redor irão morrer na queda. – Steve diz assim que, ao atacar %Jennifer% no campo ilusório criado para treinamento dos heróis, a garota levita tudo o que está a um rastro de metros para que ninguém possua mobilidade com os braços ou pernas para ataca-la. Ela olha ao redor e vê que todas as “pessoas” que o computador criara para completar o ambiente real da Terra estavam levitando por causa de seu poder; mas estavam tão altos que realmente, quando %Jennifer% cessasse o poder, a queda seria brusca demais e os humanos, no mínimo, quebrariam alguns ossos do corpo. Desviou então seu olhar para Steve, que era um dos humanos levitando. Mais uma vez ele tinha razão e ela estava errada; quanto mais isso acontecia, mais ela se sentia longe de ir ao seu planeta favorito. A verdade é que Steve era um treinador muito melhor que Natasha porque ele lhe explicava muito do que ela queria saber; por outro lado, ele também falava muitos defeitos que ela tem e deve melhorar, que %Jennifer% acabou descobrindo não ser poucos. Lidar com vilões e humanos ao mesmo tempo era muito mais difícil do que imaginava; além disso, ela já sabia que não tinha muito controle sobre seus poderes, mas não fazia a menor ideia de que era tão ruim assim com sua lógica em utilizá-los. Desanimada, deixa os braços caírem ao lado do corpo, fazendo com que tudo caia ao seu redor, voltando à gravidade da Terra e fazendo com que a máquina de simulação ilusória anuncie que ela havia falhado no teste. – Você não se machucou. – observou ao ver o herói cair de pé no chão.
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  - Assim como você, tenho alguns privilégios que os humanos não têm. – ele disse, tentando evitar criar mais dúvidas na cabeça curiosa da garota. Não sabia de onde %Jennifer% tirava tantas perguntas, mas sendo filha de Tony Stark e irmã postiça de Thor, não poderia esperar nada menos do que uma pessoa inclinada a querer respostas para tudo. – Veja bem, a coisa mais básica que você deve saber e que eu já havia lhe dito é...
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  - Os humanos são frágeis, eu sei, eu sei! – a garota bagunça o cabelo que até à pouco estava preso em um belo rabo atrás da nuca. – Não sei o que me acontece, ajo por impulso. Minha cabeça não consegue pensar quando estou calma demais e meus poderes são mais fortes quando estou assim! – ela olha para as palmas das mãos viradas para cima e suspira. – Estou descontrolada, não sei o que fazer.
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  - Veja bem. – Steve se aproximou da garota. – Todos fomos descontrolados um dia. Seu irmão até hoje faz da Terra um campo de luta sem se importar em destruir algumas construções que os humanos demoram meses para construir. É por isso que a trouxemos para cá, para que você destrua quantas construções forem necessárias antes de ir até a Terra e lidar com a realidade.
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  %Jennifer% assentiu. Olhou para Rogers, que tinha o mesmo olhar que Thor carregava quando queria lhe explicar algo. Não queria demonstrar fraqueza, mas desde quando os treinamentos se iniciaram, sua cabeça tem doído com mais frequência e intensidade. Viu os lábios do herói se mexerem, indicando que continuava a lhe consolar ou dar novas instruções, mas seus ouvidos já não captavam mais nenhum som senão o da dor que se intensificava em sua cabeça. Sem perceber, faz uma careta, deixando-se cair para frente, onde é segurada por Rogers que lhe pergunta o que está acontecendo.
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  - Minha cabeça... – ela tenta dizer, mas está centrada demais na dor pulsante. – Pare com essa dor... – tenta bater no local onde dói, mas é impedida pela mão de Steve, que sem saber o que fazer, a pega no colo e corre para fora do laboratório, indo direto para a sala do único que acha que poderia ajuda-lo.
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  - Robert! – chuta a porta, sem se importar com o estrago que fez ao vê-la ir de encontro ao lado oposto da sala, onde algumas máquinas foram quebradas pelo impacto. O físico olhou para trás com seu ar calmo e se assustou ao ver a garota com expressão de dor no colo de Steve. – A garota começou a reclamar de dor de cabeça e parece que está piorando.
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  - Coloque ela aqui e vá chamar Natasha. Precisamos da máquina dela. – Robert disse, empurrando uma mesa comprida que passou a servir de maca para %Jennifer%. Olhou para os lados pensando no que fazer para ajudar a garota, mas não sabia ainda qual a gravidade ou o problema dela. – %Jennifer%, preciso que você se acalme.
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  - Não... Consigo... – a garota se encolheu na mesa, ficando em posição de feto e fazendo com que Robert tentasse ajuda-la.
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  - Se você não colaborar, não poderei te curar, seja o que isso for. Fique ereta na mesa, vamos, você consegue. – o físico disse, vendo a garota começar a tentar fazer o que ele mandava. – Agora, me diga onde exatamente está doendo.
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  - Minha cabeça inteira... Está doendo por inteiro!
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  - Tudo bem, tente se acalmar. Quanto mais nervosa, a pulsação dos seus neurônios irão intensificar e a dor não irá cessar. – Robert disse, vendo Natasha correndo com Steve ao seu alcance.
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  - Coloque-a aqui. – a Viúva Negra ordenou apontando para um espaço ao lado da mesa. – %Jennifer%, onde dói.
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  - Ela disse que dói tudo. – Robert disse, tentando ajudar a ruiva, que retirou alguns pontos ligados por um fio à máquina. – Thor? – olhou para Steve.
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  - Deve estar vindo. – o Capitão América disse, se ponto em uma ponta da mesa assim que Natasha mandou que segurasse os pés da garota que não parava de se contorcer.
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  - %Jennifer%. Quero que me diga exatamente onde começou a dor. Deve ter começado por algum lugar. – Natasha dizia para a garota, que não conseguia pensar. – %Jennifer%, me ouça. – a ruiva segurou a cabeça da garota. – Qual foi o primeiro lugar a doer?
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  - O que está acontecendo aqui? – Thor adentrou rapidamente, deixando seu martelo de lado e correndo ao lado de %Jennifer%, que rapidamente segurou o braço do irmão, pedindo para que ele parasse a dor. – O que está causando essa dor?
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  - É o que estamos tentando descobrir. – Natasha disse, séria. – Mas está forte demais para ela conseguir pensar.
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  - Faça alguma coisa! – Thor apontou para a ruiva, recebendo um olhar gélido em retorno. – Pare com a dor! – continuou.
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  Enquanto Robert ajudava Natasha com o aparelho de leitura do cérebro, Thor tentava acalmar %Jennifer%, que tinha seus pés presos por Steve.
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  - O que você fez para deixa-la assim? – o deus olhou para Rogers, que levantou o olhar para ele. – Que tipo de treinamento está dando para ela chegar a esse ponto?
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  - Ficamos somente no simulador ilusório testando o poder dela. Não pareceu nada grave ou que exigisse muito de seu poder. – o capitão América começou a explicar, sentindo-se culpado pela garota estar naquela situação.
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  - Tente o B45. – Natasha disse para Robert, que se afastou da máquina assim que ela respondeu com um barulho grave e então agudo. Voltou segundos depois com um frasco pequeno e retirou uma pílula.
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  - O que é isso? – Thor colocou a mão em frente a Robert para impedi-lo de se aproximar da irmã. – O que compõe isso?
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  - Chama-se Belfonato 45. Nós apelidamos de B45, ele serve para relaxar os músculos do cérebro para que possamos averiguar melhor o que pode estar acontecendo com ele. Aparentemente, ela está em uma dor muito maior do que aparenta porque o cérebro está interpretando que seu corpo inteiro está sofrendo pancadas fortes. – Robert explicou. – Na nossa língua, hum, humana, nós chamamos isso de analgésico. Mas muito mais forte; para pessoas, ahm, como nós. – apontou para todos, não querendo praticar nenhum tipo de preconceito contra os heróis e humanos.
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  Relutante, mas satisfeito com a explicação dada por Robert, Thor retirou a mão da frente do físico, que pediu que o deus ajudasse a levantar %Jennifer%, agora mais fraca por ter gastado muita energia durante o momento inicial da dor. Com o copo de água que serviu, os dois fizeram a garota tomar a pílula. Tão rápido quanto a dor se intensificou, %Jennifer% deixou-se relaxar pela pulsação estar diminuído, até chegar a sentir somente seu coração batendo; contudo, o ataque acabou com a pouca força que possuía, fazendo-a desmaiar nos braços do irmão.
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  - Você a matou? – foi a primeira reação de Thor ao ver a irmã desfalecer em sua frente.
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  - Não, ela apenas desmaiou por não ter força o suficiente para se manter acordada. – Natasha explicou. – É até melhor para estudarmos o que aconteceu. Vamos leva-la para o ambulatório. Lá temos um equipamento melhor para leitura dos sensores cerebrais. – a mulher se retirou na frente, tendo Thor logo atrás com a garota em seus braços.
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  Assim que saíram da sala, o deus pode ver a tempo a perna direita de Stark sumindo ao fazer a curva do corredor. Pensou em correr atrás dele, mas achou que somente o fato dele ter acompanhado o sofrimento da garota de perto foi o suficiente para saber que ele estava, no mínimo, preocupado com sua filha.
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Capítulo 3
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