Telekinesis

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 11

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

  - Tony, se você não me responder onde está, terei de enviar um míssil rastreador até você para que pare de querer salvar o mundo sozinho.
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  - Não se preocupe, Nick, já o encontrei. – Stark pode ouvir o contato entre os avengers. Antes mesmo de olhar para o lado ao finalmente sentir a presença de Thor, sua armadura sofreu um leve arranhão com o soco que tomou do asgardiano.
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  O Homem de Ferro tentou manter-se no ar, mas a surpresa foi grande demais para fazê-lo parar antes de cair no telhado de um prédio em construção. Enquanto se recompunha, pode ver o ponto de Thor se aproximando até parar à sua frente.
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  - Onde ela está? – ele perguntou.
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  - Me nocauteando não fará com que eu fale, etê. – Tony anunciou, abrindo a máscara de sua armadura, para que pudesse enxergar a expressão séria de Thor, que mantinha o martelo bem preso em mãos. – Estou sabendo que seu irmão entrou pro time.
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  - Meu irmão está aqui somente...
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  - Porque vilões se entendem. – Loki se aproximou com Steve. – Olá Tony Stark.
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  - %Jennifer% não é uma vilã. – Tony diz, se levantando. Olhou para Steve, que se manteve calado, diferente do usual. – Você e eu temos que conversar.
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  - Correção. – Loki falou. – A conversa do garanhão aí tem de ser com o pai de %Jennifer%, se é que você me entende. – abriu um pequeno sorriso.
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  - Loki. Este não é o momento certo. – Thor repreendeu o irmão, que encarou-o com o mesmo tom de riso que utilizava com Tony.
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  - É mesmo, irmão? E quando será? Quando ele a encontrar abraçada à mãe, que está fazendo uma lavagem cerebral? Ele já foi enganado uma vez por ela, quem garante que não será novamente agora?
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  - O relacionamento que Tony e Emily tiveram não tem nada a ver com o futuro de %Jennifer%. Nossa preocupação agora é trazê-la de volta... – Steve começou a falar, mas foi logo interrompido por Loki:
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  - Vocês não dão a mínima para os sentimentos da garota, não é? – sua voz repentinamente mudou. – Acham que ela é somente uma criança fácil de ser manipulada. – o riso desta vez não foi irônico, parecia mais como soltar toda a aflição que permanecia dentro de si. – Deixe-me dizer então o que irá acontecer: - cruzou os braços em frente aos três heróis. – Ela ouvirá a mãe dela, porque foi a única pessoa que, apesar de ter acabado com a vida de várias pessoas, foi a única que se importou em lhe dizer a verdade; em Asgard, o povo tem uma péssima mania, e eu falo sério, de ter uma grande consideração pela pessoa que lhe diz a verdade. %Jennifer% não cresceu diferente das outras crianças, por isso, no fim desta jornada, meus caros, vocês estarão todos em um longo coma ou mortos.
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  - Você acha que a conhece demais. – Steve começou a falar. - Ser ilegítimo não significa que vocês possuem a mesma mentalidade. Há a possibilidade de %Jennifer% ouvir Emily e se voltar contra nós? Sim. Mas não há como ela sofrer uma lavagem cerebral em vinte e quatro horas.
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  - A não ser que possua um aparelho que o faça... – Tony resmungou para si mesmo.
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  - O quê? – Thor perguntou. – Existe uma máquina dessas?
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  - Até então não, mas...
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  Sem esperar por uma conclusão, o quarteto foi calado por um som estrondoso. Ao fundo, uma bolha laranja se formava, mostrando a explosão que acontecia em um local próximo à:
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  - Merda. – Tony não esperou a companhia dos companheiros. Fechou a armadura e levantou voo.
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  - Aquilo foi... – Thor olhou para os dois restantes. Loki foi o primeiro a entender a situação; logo, começou a rir:
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  - Oh boy... Alguém terá muito trabalho na segunda-feira.
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  %Jennifer% olhava para os escombros e corpos caídos no hall de entrada da empresa de Tony. O Mecânico. Seu pai. Enquanto assistia ao grupo que obedecia sua mãe vandalizar todo o espaço que estava sob o som e luzes de emergência, pensa no sentido do ser humano chegar ao ponto de mentir sobre uma vida inteira. As pessoas daquele grupo, enganadas pela sociedade, por entes queridos que se aproveitaram de suas inocências para subir no pedestal agora encontravam na raiva uma desculpa para se vingar do sofrimento que reprimiram por tanto tempo.
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  Olhou para o lado e encontrou Emily, sua mãe biológica, em pé ao seu lado com um brilho no olhar. Durante a conversa entre mãe e filha, %Jennifer% imaginou como seria se tivesse crescido ao seu lado. Se ela tivesse forjado junto sua morte. Não era impossível, ela poderia fazê-lo. Talvez ela não fosse tão importante quanto seu plano; talvez Emily estivesse receosa em não conseguir criá-la em um ambiente digno de uma criança inocente. Quaisquer resposta, nenhuma parecia satisfazer sua consciência. Cresceu observando todas as crianças felizes com suas famílias e tentou durante toda a juventude ignorar a sensação de que algo lhe faltava. Crescer em Asgard foi melhor, um fato inquestionável; mas foi o melhor para ela? Era tão difícil para Tony abandoná-la? Seu ódio era tanto que não conseguia nem dividir um espaço?
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  Tudo o que %Jennifer% sabia agora, era que não sabia de nada. Sua vida foi uma mentira. Os ideais que lhe ensinaram não pareciam fazer sentido. Ninguém nunca lhe ensinou a lidar com a notícia de que não era asgardiana, mas sim uma garota jogada fora pelos pais. As pessoas que a criaram a amam de verdade? Sua mãe a ama de verdade? O pai que esteve onisciente, mas em partes, presente, a odeia como Emily disse? Por que ninguém nunca cogitou lhe dizer a verdade? Procurando as respostas para tais perguntas, viu que todas elas se remetiam ao sentido da vida. De sua vida.
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  Durante todo o tempo em que observava a destruição ser feita, sua mente estava fora de órbita. Quando a S.H.I.E.L.D. chegou, minutos depois do estardalhaço ser iniciado e começou a derrubar eficientemente todos os soldados mascarados de Emily, %Jennifer% permaneceu pensativa ao invés de ajudá-los com seus poderes de telepatia como lhe era pedido pela mãe. Encarava todas aquelas pessoas lutando por seus próprios ideais, dependendo de si para sobreviverem. Por um momento, não quis salvá-los. Não quis ajudar sua mãe. Nem seu pai, Thor ou Steve, a quem confiou tanto e estava quase cedendo seu coração para que ele cuidasse. Pensou em suas conversas; seu comportamento também poderia ter sido programado. Uma preocupação falsa que demonstrava toda vez que se machucava, quando estava presa ou caminhando pelos corredores, perturbada.
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  E assim, no momento em que observou as quatro pessoas que mais amava – ou deveria amar – na vida observá-la apreensivos como se não a conhecessem e esperassem algum tipo de ataque, não pode deixar de se sentir ofendida. Em sua mente, havia somente uma conclusão:
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  O planeta Terra era realmente uma bola de lixo.
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Capítulo 11
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