Capítulo 13 • Verdadeiramente, loucamente, profundamente
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– É impressionante não é? Eu tive a mesma reação quando era criança, fiquei deslumbrado com o tamanho da casa – comentou Harry ao entrar na casa e notar o quanto Sarah parecia encantada.
– Aqui é tão imenso e aconchegante! – Sorriu dando um giro a sua volta, analisando cada detalhe, as mobílias, as decorações, os quadros em família. A impressão que tivera foi de que Harry havia sido muito feliz ali pelo modo como ele sorria nos quadros de família pendurados na parede. – Você deve adorar esse lugar – deduziu.
– Eu adoro, com toda minhas forças! – garantiu sorridente. – Você ainda nem viu a melhor parte, vem, vou te mostrar a casa. – Deixou as malas de lado em qualquer parte da sala e segurou a mão de sua garota, guiando-a.
– Espera, Harry! – pediu carinhosamente. – Esse ursinho da foto é o mesmo que está na estante? – Indicou para que ele seguisse a qual urso ela se referia.
– É sim... Minha mãe fez questão de guardar o primeiro brinquedo que fiz questão de não destruir.
– Que fofo.
Sarah riu de tal forma que podia se ouvir o eco da sua gargalhada pela ampla sala. Ainda curiosa, aproximou-se dos quadros, observando-os de perto. Sorriu sapeca, prendendo a risada.
– Eu já sei o que você está olhando, e pra começar não sei o que essa foto está fazendo aí! – Harry disse envergonhado.
– É o sutiã da sua mãe, Harry? – perguntou referindo-se a foto em que ele parecia maior, onde fazia uma pose vestido com o sutiã aparentemente da sua mãe.
– Eu devia ter uns sete anos de idade quando minha irmã me obrigava a brincar de desfile de moda com ela, e como você pode ver, virei uma Angel – zombou fazendo pose.
Sarah gargalhou novamente e aproximou-se de outro quadro.
– Quem é essa? – Sorriu admirando cada foto e cada história que nela transmitia. Em outra foto Harry estava ao lado de uma garota loira parecida com ele, deduziu ter 17 anos de idade.
– Essa é Gemma, somos gêmeos, mas como você pode ver herdei toda beleza da família – brincou.
– Estou impressionada, você é lindo em todas as fases. E continua mais lindo a cada dia – Sarah se virou, ficando de frente para ele e abraçando sua nuca. – Eu estou tão feliz em está aqui com você, em poder te conhecer mais um pouquinho.
– Eu também estou muito feliz de te ter aqui comigo, só nós dois. Agora venha, quero te mostrar algo lá fora! – Selou seus lábios rapidamente.
– Para onde vamos agora, Sr. Styles? – perguntou na esportiva, permitindo ser guiada e curtir o momento descontraído entre eles.
Agora, estavam na parte de trás da casa, nela havia uma espécie de jardim e uma casa na árvore.
O cheiro de terra molhada a fazia se sentir acolhida ali, como se estivesse em casa. Não havia palavras para explicar o quanto seu coração estava transcendente por compartilhar momentos assim ao lado de Harry.
– Esse era e ainda é meu lugar preferido dessa casa, passava quase que meu tempo todo refugiado aí dentro – contou.
– Eu sempre quis ter uma casa na árvore, sabia? Mas minha casa é muito pequena, como você mesmo pode perceber aquele dia. – Sorriu triste e encarou a casinha.
– Essa pode ser a nossa casa na árvore, não me importaria de dividi-la com você. Vêm, quero que você entre comigo.
Sarah sorriu de orelha a orelha com sua resposta e, sem pensar duas vezes, subiu animada as escadas, Harry estava logo atrás dela. Do alto, tinha uma bela visão do jardim e da casa.
– Estou realizando um sonho daqui de cima.
– Esse lugar sempre foi meu refúgio quando brigava com minha mãe ou minha irmã. A vista daqui sempre foi a melhor parte, mas ela ficou ainda mais bonita tendo você como parte da paisagem.
Seus olhos foram de encontro com sua boca, de lábios tão desejáveis, e deitou sua testa com o dela, roçando os narizes em um beijo de esquimós. Sarah inalou seu perfume profundamente, como ela amava sentir seu aroma doce amadeirado, que era tão característico de Styles, ela amava cada detalhe seu, cada pedacinho do seu ser, sua personalidade e sua habilidade de saber o que precisa ser dito na hora certa, a verdade é que ela o amava, mais do que achou possível amar alguém, como nos filmes clichês de romance que tanto odiava e que agora pareciam tão compreensíveis para ela vivenciando tais momentos.
Então porque simplesmente não dizer como se sente?
– Harry... – começou a falar mas logo perdeu a coragem. – Esquece, era apenas uma bobagem.
– Você sabe, estou aqui para te ouvir – incentivou mas Sarah negou com cabeça. – Então eu vou dizer, você é definitivamente a melhor parte dessa viagem. – Selou seus lábios em resposta.
– Pronta para a próxima parada? – perguntou e a mesma confirmou com a cabeça. – Agora quero te mostrar meu lado cozinheiro, vamos fazer nosso jantar!
– Leu meus pensamentos, estou faminta!
(...) – Eu sei que fico muito sexy de avental, mas não precisa me olhar assim! – comentou Harry se divertindo com os olhares maliciosos de sua amada sobre ele. – O que você quer comer hoje?
– Depende, você está incluso no cardápio? – brincou ela.
– Talvez... Mas você com toda certeza está inclusa no meu mais tarde.
– Okay, doutor Styles, vamos direto para os finalmentes, e pode desmanchar esse seu sorrisinho porque eu me refiro a comida – fingiu dar um sermão nele e logo ele fez uma feição triste, de cachorro sem dono.
– Quero que você me surpreenda! – desafiou com um sorriso sapeca.
– Meu amor, eu sou bom em tudo que faço, mas que tal uma macarronada italiana?
– Acho maravilhoso! Quer ajuda com os temperos?
– Sua ajuda é sempre bem vinda, meu bem, mas antes irei pegar um bom vinho para nós dois. – Pegou as taças e esperou que fossem devidamente depositadas.
Enquanto Sarah o ajudava na preparação dos temperos, Harry ia colocando as massas no fogo, logo após entregar os temperos prontos para ele, Sarah virou-se de costas para lavar suas mãos.
– Acho que a gente poderia pular a parte do jantar, você não acha? – Harry disse com a voz sedutora em seu ouvido, a prensando sobre a pia.
– Harry – advertiu –, ainda não.
Harry ainda mantinha seu corpo próximo ao dela, querendo roubar um beijo de qualquer maneira e quando Sarah foi protestar se assustou com as chamas que saíam da frigideira.
– HARRY! – gritou apavorada e mesmo virou na mesma hora.
– Calma, Sarah. Está tudo sobre controle, isso faz parte do nosso prato, estou apenas flambando nosso molho.
– Quer me matar do coração? – falou com a mão no peito. – Achei que iria tocar fogo na casa.
– Não era minha intenção te assustar, amor, só queria te impressionar com meus dotes culinários. – Tentou sorrir, mas estava muito assustada.
– Só não estava preparada. – Riu da situação.
Depois do susto, ambos se reuniram na mesa para provar o jantar. Harry estava com a expectativa lá em cima, ele queria agradar sua garota e compensar o susto que havia dado minutos antes.
– A comida está maravilhosa, está aprovado, Styles.
– Agora que já comemos, o que acha de um filme? – sugeriu ao limpar a boca com o guardanapo.
– Até parece que você tinha tudo planejado – brincou ao recolher os pratos. – Qual filme de hoje?
– Na verdade, eu tinha tudo planejado. – Sorriu vitorioso. – Eu tinha pensado em Up Altas Aventuras, mas se você quiser podemos mudar.
– Up é meu filme favorito! – Sorriu animada. – Adoraria assistir com você.
– Então vamos, a sala já está preparada.
Harry a ajudou a limpar a louça e logo depois pediu para que ela o esperasse enquanto preparava o ambiente para deixar mais romântico, segundo ele mesmo havia dito. Após sua permissão, Sarah entrou na sala e a mesma estava toda equipada, a lareira aquecendo o cômodo ao redor, diversos edredons sobre o sofá, o mesmo estava aberto semelhantemente a uma cama grande e aconchegante. O gesto de Harry, todo dedicado a cada detalhe para ambos se sentirem confortáveis para apenas assistir um filme, só a fez garantir a si mesma que o que já devia ter aceitado a muito tempo, estava apaixonada por aquele incrível homem.
– Eu sei que não está perfeito, mas tudo isso foi feito para você com muito carinho.
– Harry eu não sei o que te dizer, eu simplesmente amei. – Dando um último selinho em seus lábios se aconchegou no sofá para dar início ao filme.
Sarah nunca havia conhecido esse lado de Harry, um lado extrovertido e brincalhão, e em alguns momentos até sentia malícia mas ao mesmo tempo era tão doce e gentil. Como poderia resistir a Harry Styles?
O filme começou e devido ao cansaço da viagem Sarah acabou cochilando em seus braços, perdendo sua parte favorita do filme.
Um sorriso no canto dos lábios de Harry se formou ao vê-la de olhos fechados, deitada ao seu lado. Com todo cuidado do mundo passou os braços com calma por debaixo de seu corpo, a carregando em seu colo. Passou pela sala rodeada de cortinas longas, os passos eram leves e a olhava com total atenção, observando sua respiração. Aproximou seu rosto ao dela e sussurrou em seu ouvido:
– Ei... Você dormiu o filme todo. Fique tranquila, estou levando você para nosso quarto.
Havia chegado na porta do quarto, onde gentilmente acariciou o seu rosto no dela, pedindo levemente para que acordasse.
Conforme Sarah despertava aos poucos, não demorou para ficar devidamente em pé.
Harry a agarrava por trás, passando novamente os braços ao redor de sua cintura e a puxava contra si, dando total espaço para que a mesma andasse, mas seguindo-a logo atrás.
O momento foi oportuno, continuou falando novamente em tom baixo em seu ouvido, ali de trás mesmo:
– Quero que abra a porta do nosso quarto, e me diga o que achou dele, por favor, meu amor.
Boa parte do quarto tinha detalhes que o mesmo tinha escolhido, entre as outras partes tinha o trabalho de um arquiteto específico contratado para deixá-lo o mais sofisticado e majestoso ao seu gosto. Pela grande janela do quarto, a brisa fresca abraçou seus pelos do corpo deixando-a arrepiada, uma noite fria.
Observava com total atenção a reação dela ao olhar o quarto, e novamente o sorriso veio ao seu rosto, exibindo-o mesmo sem ela perceber.
– Minha nossa! – disse quase sem fôlego finalmente adentro. – Estou me sentindo uma princesa.
Ainda agarrado a Sarah, falou em alto e bom som:
– Preparei pra ti essa surpresa, meu amor. Para aproveitar muito bem a nossa noite, sem desperdiçar um minuto sequer! – Depositou um beijo doce em seu ombro, subindo para o pescoço, dedicando suas carícias ali. Ele sabia qual era o ponto fraco de Sarah e como usá-lo.
Com os olhos fechados, aproveitando as carícias, deixou-se levar pelos toques gentis e suaves de Harry por seu corpo. E mais uma vez, seus lábios foram de encontro aos seus, em um beijo apaixonado.
Suas mãos macias deslizavam por sua pele, retirando as peças de roupas que faltavam, aprovando sua atitude, fez o mesmo ao retirar as dele, era um caminho conhecido para ambos, despir-se um ao outro aumentava a libido. Não sabia ao certo, mas existia algo nela que o fazia acender em chamas, seu corpo inteiro queimava e pulsava por ela, implorando por seu toque.
Sensualmente, fez uma trilha de carícias com a língua pelo ventre de seu garota, subindo em direção aos seios. Escutá-la gemer era vibrante, só o estimulava ainda mais para proporcionar mais prazer. Desceu os beijos molhados por sua região pélvica, com os dentes retirou o pano que o atrapalhava de visualizar sua intimidade perfeitamente. Arqueou as costas assim que Harry chegou pincelando em sua intimidade com a língua, mordiscou sua região sensível a deixando mais excitada, usou a língua e os dedos simultaneamente para proporcionar um prazer maior, um grito sôfrego indicou de que havia atingido seu ápice, tamanha era sua satisfação ao visualizar tal cena.
– Mais Harry! Por favor. Eu quero mais…
Sorrindo maliciosamente, mordeu os lábios a provocando, se posicionou sobre ela e ergueu suas pernas nos ombros para que assim tivesse uma abertura maior para sua penetração. Não havia pudor ali, ou delicadeza, era apenas sexo no momento, e Sarah estava gostando do lado selvagem que acabara de descobrir de Harry. Umidificou os dedos e massageou o clitóris dela em seguida, lubrificando para sua passagem, vagarosamente preencheu sua carne com seu pênis, arrancando grunhidos e gemidos sensuais.
Mantendo o contato visual, ele a penetrava intensamente, o suor começava a brotar de sua testa, deixou escapar “porra” pois tamanha era sua excitação, devorando cada extensão de sua vagina, não havia sensação melhor do que aquele calor em contraste com a noite fria do lado de fora.
(...) Exausta, Sarah caiu no sono após a noite de amor que tivera com Harry minutos atrás, um sono tão profundo mas que parecia tão real.
Ela estava em um jardim, extremamente lindo, como aqueles retirados de um conto de fadas, correu e rodopiou pela grama, aquela sensação de paz e liberdade era tão boa, de repente parou ao sentir os olhares de alguém sobre ela, fixou o olhar na silhueta a sua frente.
Era ele, seu primeiro amor, Zayn.
Seu coração disparou ao vê-lo diante de seus olhos. Como ela sentia falta dele, de abraçá-lo e sentir o seu cheiro forte ficar impregnado em sua blusa.
Zayn continuava o mesmo, do jeitinho como ela se lembrava, usando sua jaqueta típica de couro preto e jeans, ele tinha um sorriso mais contagiante que tivesse visto antes, parecia feliz em vê-la.
– Zayn! Você está aqui – disse emocionada, já sentindo seus olhos lacrimejarem.
Algo estava errado.
Assim que correu até ele, Zayn correu para outra direção, a deixando confusa. Porque ele estava correndo dela? O que ele estava fazendo?
Foi quando ele sorriu pra ela e indicou em um gesto com a cabeça onde queria chegar, que ela enfim percebeu, talvez ele queria ser seguido.
– Zayn, por favor me espera! – pediu ao não conseguir mais alcançá-lo e ficar pra trás entre os arbustos.
Mas já era tarde, Sarah havia perdido Zayn de vista.
Escutou sussurros e pessoas chorando ao seu redor, seguiu os sons e se deparou com a sepultura do ex namorado, o jardim havia se tornado um cemitério e aquele mesmo cenário que trouxera felicidade anteriormente, também trouxe toda sua dor e lástima daquele fatídico dia.
Zayn estava morto, e nada mudaria isso.
Angústia havia voltado avassaladoramente, tudo que Sarah fez foi se ajoelhar diante da lápide e chorar copiosamente. Ela só queria que nunca tivesse o perdido.
– Sarah, precisamos conversar. – Escutou a voz de sua amiga e levantou em seguida secando as lágrimas.
– Eu sinto muito por sua perda – Becca disse triste.
– Mas uma hora isso iria acontecer, e eu não queria ter que escolher entre vocês, eu não queria que você morresse. Talvez seja melhor do jeito que está.
– Do que está falando? – indagou indignada.
– Eu não queria te perder, ele precisava saber a verdade, ele não estava mais te fazendo bem, Sarah, essa é a verdade.
– Eu não sei do está falando, seja clara! – Sarah não gostava do tom que sua amiga usava ao se referir a Zayn, e o modo em como ela conduzia a conversa.
– Eu contei a verdade pro Zayn, sobre aquele dia no banheiro da escola, e ele surtou e bateu o carro. – Becca começou a chorar. – Eu não queria que tivesse acabado assim, por favor me perdoe.
Suas veias alteram na hora, Sarah apenas queria gritar a plenos pulmões toda angústia e raiva que estava sentindo, descarregar pra fora toda sua dor e fúria. Como sua melhor amiga pôde a trair daquela maneira? Por culpa das suas implicâncias Zayn havia batido o carro e agora estava morto, perdoa-la não o traria a vida.
– Assassina – Sarah murmurou com os olhos cheios de lágrimas.
– Sarah, por favor não…
– ASSASSINA! – gritou.
Sarah acordou assustada e suando frio, o sonho que tivera havia a deixado perplexa. Será que isso realmente aconteceu? Sarah recordava que estava afastada da amiga, mas não sabia o porquê, teria sido esse o motivo? Ou havia sido apenas um sonho? Fechou os olhos e tentou voltar a dormir, dessa vez abraçada a Harry, tateou por seu lado no qual Harry deveria estar, mas estava vazio, o que a deixou confusa.
Levantou da cama vestindo um roupão e caminhou na direção onde ouvia-se notas melódicas distantes de um violão. Lá estava ele, Sarah encontrou Harry concentrado em um caderninho e um vilão em seu colo.
– Harry... O que está fazendo? – perguntou manhosa ao se aproximar.
– Sarah... Pensei que estivesse dormindo, por acaso eu te acordei?
– Não. – Esfregou os olhos afastando o sono. – Tive um sonho ruim, senti sua falta na cama.
– Você quer conversar? Vem, senta aqui. – Harry deixou o violão de lado para que ela pudesse sentar em seu colo, assim ela o fez.
– Foi estranho. Eu sonhei com o Zayn no dia do velório. Não queria falar sobre isso. – Harry consentiu sem dizer uma palavra. – Mas, estou curiosa, o que estava fazendo aqui em baixo?
– Bem, eu... Eu perdi totalmente o sono depois que me peguei te observando dormir, então ideias surgiram em minha cabeça e eu precisava colocá-las no papel.
– Que tipo de ideias?
– Eu sempre gostei muito de músicas, no colégio sempre era chamado para fazer apresentações em alguns eventos, hoje eu componho algumas músicas e a de hoje é sobre você.
– Uma música, Styles? Sobre mim? – Sorriu alegre com a revelação. – Você poderia cantar pra mim?
– Claro... Não sei se você irá gostar, mas é mais ou menos assim... – Afastou-se para pegar o violão de volta.
Estou dormindo, estou acordado, ou algo assim?
Não posso acreditar que você está deitada ao meu lado
Ou eu sonhei, que estamos perfeitamente entrelaçados
Queria poder congelar esse momento em uma moldura e ficar desse jeito
E em todos esses dias e semanas e meses eu tentei roubar um beijo
E todas essas noites sem dormir e devaneios onde eu imaginei isso
eu estou totalmente, completamente apaixonando
Então baby, diga que você sempre irá me manter
Verdadeiramente, loucamente, profundamente apaixonado por você
Apaixonado por você.
Ouvir cada palavra que ele pronunciava e cada olhar apaixonado fazia seu coração bater mais forte, ninguém havia escrito uma música pra ela antes e aquela música encheu seu coração de paixão. Quanto mais o conhecia mais se apaixonava, a letra da música se encaixava perfeitamente com o que ambos sentiam e Sarah pensou que não haveria momento mais apropriado do que aquele para finalmente revelar o que já estava claro a muito tempo.
– Eu te amo, Harry – confessou timidamente.
– Você não faz ideia de como é bom ouvir isso... Eu te amo Sarah.
(...) Harry pensou em tudo, planejou programas para os dias recorrentes, em companhia de Sarah ao seu lado. Terminaram a primeira etapa da semana juntos com um passeio pela cidade em que havia nascido, e o retorno pra casa como sempre era ela sorrindo abertamente, saltitante.
Enquanto Harry estava no banho, Sarah caminhou aleatoriamente pela casa explorando-a, curiosa, deparou-se com uma porta para o sótão que estava fechada, curiosa em saber o que estava atrás da porta tentou abrir e por sua sorte estava destrancada.
Encontrou ali um quarto empoeirado e meio vazio, tinha apenas objetos para pintura como pincéis antigos, algumas tintas e uma tela branca. Surpresa e com uma ideia que acabara surgindo na mente foi até o quarto onde Harry tomava banho.
– Amor? – chamou pelo mesmo assim que desceu.
– Estou aqui! – Saía do banho, ainda bastante molhado. O cabelo comprido era jogado pra trás, com os fios pesados e encharcados. Enrolou uma toalha na cintura, respondendo de imediato.
A recebeu com um sorriso e, um tanto pervertido, imaginando vontades absurdas e descontroladas ao vê-la, aproveitando ao fato de que estava somente com a toalha.
– Eu estava passeando pela casa e encontrei uma porta que dava no sótão. De quem é aquela tela para pintura? – perguntou.
– Ah, a tela era da minha mãe, quando morávamos aqui ela adorava pintar.
– Sério? O que ela pintava? – perguntou interessada.
– Ela gostava muito de pintar a paisagem daqui, o lago... A casa na árvore, essas coisas.
– Sabe, você não é o único que possui habilidades, tenho que te mostrar uma coisa. – Sorriu sapeca imaginando a sua reação quando soubesse.
– Me espera aí, já volto – disse depressa indo buscar os materiais que estavam no sótão.
Após responder suas perguntas, ficou ainda mais intrigado em querer saber o que ela havia pensado em fazer, mas estava se divertindo com sua empolgação. Logo Sarah voltou para o quarto com os devidos matérias que trouxera consigo da sala esquecida.
– Posso saber o que senhorita tem em mente? – Observou todo o movimento intrigado.
– Eu gostaria de te pintar – revelou.
– Me pintar? E como você gostaria de me pintar, Sarah?
– Eu não sei. – Sorriu envergonhada. – Não pensei em nada, só iria esperar a inspiração surgir e fazer a mágica acontecer.
O sorriso um tanto cafajeste e amoroso brotou nos lábios de Harry, passou a ponta da língua somente no inferior, olhando-a enquanto segurava a base da toalha com uma única mão.
– E o que você acha de me pintar... Nu?! – sugeriu.
– Acho... Uma ideia interessante, admiro sua confiança. – Riu. – Bom, quer fazer aqui no quarto?
– Onde você se sentir mais inspirada, meu amor.
– Tá bem, vamos pra sala.
Seguindo para a sala, Harry faz total questão de jogar-se no sofá, e posicionava exatamente de frente pra ela. Deixando a toalha de lado, pondo uma das pernas no estofado e o braço direito para trás, deixando o corpo relaxado, assim como o que estava em meio das pernas.
As tatuagens em seu corpo pegavam a iluminação ideal, refletindo as gotinhas de água do banho recente, a pele um tanto úmida e a animação vindo, pois sentia-se entusiasmado em estar sendo desenhado por sua Sarah, e com isso situações incontroláveis ocorreram durante o período em que pousava pra ela.
Em meio a sorrisos desajustados, suas feições amorosas eram nítidas, por mais inquietas e safadas que fossem, estava amando ser pintado por ela.
– Terminei. Gostaria de vê como ficou? – anunciou chamado sua atenção.
– Sarah, você realmente tem talento! – disse impressionado. – Está idêntico a mim, parabéns, meu amor.
– Me deixa muito feliz que tenha gostado, estou um pouco enferrujada, mas até que não ficou ruim. – Encarou suas lindas orbes cor de esmeraldas, que naquela luz pareciam mais escuras, Sarah já conhecia aquele tipo de olhar.
Mesmo nu, estava pertinho dela, e foi se aproximando ainda mais de seu corpo, no estado em que estava, ainda desviando os olhares entre a tela e ela.
– Está perfeito amor – respondeu sedutor de frente a ela.
Harry tomou posse de seus lábios, sugando-os com voracidade, o que resultaria em bocas avermelhadas, estava faminto mais uma vez, ele precisava senti-la ali e naquele momento. Sem contestar, Sarah estava se entregando, ela também o queria.
Sem desgrudar um segundo sequer do beijo, tirou suas roupas com agilidade, ficando de lingerie onde sentia os olhares de Harry devorando-a, percorreu suas mãos por toda extensão de seus músculos perfeitamente desenhados, era como se ele tivesse sido esculpido por mãos divinas.
Entregue a seus toques, Sarah percebeu que estava em vantagem, era sua vez de ficar no controle. Beijou e lambeu cada percurso de seu peito coberto pelas tatuagens, escutou suspirar quando ameaçou avançar sobre seu membro, mas ao invés disso mordiscou a região interna de sua coxa.
Seu pênis pulsava de tal maneira que era possível notar as veias saltando dele. Não tinha como resistir aos seus charmes, o modo sugestivo como a olhava, desafiando a ir além dos seus limites era tão sexy, que fez sua vagina molhar de tesão. Habilidosamente abocanhou seu membro, em um vai e vem molhado eficaz, a essa altura Harry explodia de tesão que pronunciava coisas sem sentido, estava em êxtase, sua boca era tão quente e macia, seu gemido preenchia o eco da sala, tornando o ambiente mais sensual.
– Sarah.... Oh.. Eu vou eu vou! – implorou a mesma entendeu o recado parando em seguida. – Quero gozar olhando em seus olhos, rebola pra mim minha gostosa – ordenou sentando no sofá, Sarah retirou as peças que faltavam e ficou nua, dando uma visão fascinante de suas curvas para ele.
Encaixando-se em seu colo, seus movimentos eram vagarosas mas intensos, roçando e causando impacto em suas intimidades, rebolou com a ajuda das mãos fortes de Harry em sua cintura, ambos em deleite e gritando de prazer.
(...) Deitada sobre o peito de Harry, Sarah fazia desenhos aleatórios em seu peito, perdida em seus pensamentos. Enquanto ele estava de olhos fechados mas ainda acordado, apenas se recuperando da noite quente que tiveram minutos antes. Harry não largou Sarah por um só segundo, com uma mão abraçando sua cintura, enquanto a outra que estava desocupada retribuía o carinho em seus cabelos.
Ele estava curioso sobre o porquê dela está tão quieta, talvez esteja apenas descansando apenas como ele, ou talvez algo a deixava preocupada.
– O que tanto você pensa, meu amor? – espiou com um olhar rápido.
– Minha mãe... – respondeu ainda se distraindo com suas tatuagens. – Sabe, assim que eu soube que minha mãe havia ido embora quando eu ainda estava no hospital, foi um momento muito difícil pra mim, eu me sentir abandonada, descartável... – fez uma pausa para se recompor, ainda a magoava lembrar disso. – Mas desde que eu me recuperei, ela vem tentando se aproximar de mim, mas eu simplesmente não consigo. É difícil pra mim, saber que minha mãe me deixou pra trás e agora ela acha que tudo vai ficar tudo bem entre a gente, só porque eu a perdoei? Mas é como se tivesse um grande buraco em meu peito, entende? Ainda não consigo esquecer o que ela fez.
– Eu sei que o que sua mãe fez não foi certo, mas agora ela quer recuperar o tempo que foi perdido enquanto você estava lá, eu acho que você deveria seguir seu coração e perdoá-la, ela te ama.
– Talvez você tenha razão. – Beijou seu ombro como resposta. – Apesar de que agora, a situação é completamente diferente, minha mãe é casada com outro homem e já tem um filho – explicou. – Ela inclusive pediu minha ajuda na festa de um ano dele. A gente poderia ir junto, você iria comigo.
– Eu... Bem... Sarah acho que ainda não é hora de conhecer sua família. Olha amor, não me leve a mal, mas ainda é tudo muito recente, deveríamos esperar mais um pouco.
– Eu sei, Mas... Eu gostaria de te apresentar a minha mãe, mesmo a gente não tendo nada sério, e seria muito importante ter o seu apoio nesse dia – pediu na esperança de que ele mudasse de ideia. – Você não quer conhecer minha família?
– Claro que eu quero conhecer sua família... Só não é a hora certa ainda, meu amor, eu não estou pronto e preciso de um tempo para raciocinar, por favor, espero que entenda e tenha paciência comigo. E também, eles podem nos julgar por eu ser seu médico... mas eu te prometo que poderei conhecer sua família – justificou.
– Tudo bem – foi tudo que conseguiu dizer, e virou as costas pra ele. – Estou com sono, acho melhor eu dormir, boa noite.
Sarah se esforçou para mostrar que realmente estava tudo bem, ela não iria chorar em sua frente, seria infantil de sua parte. Mas acontece que, diante de sua declaração, só conseguia lembrar de Zayn, uns dos motivos de suas brigas era o fato de ele querer assumir seu relacionamento mas ela sempre o negava, e nesse momento ela entendia perfeitamente sua dor. E como doía.
Como ele tem coragem de pedir paciência e tempo? Quer mais prova de amor e certeza dos sentimentos dela do que esses dias que passaram juntos? Ela não conseguia entender, tentava cogitar as possíveis explicações para Harry não querer um relacionamento com ela mas nada parecia justificável.
– Eu quero que nossa relação dê certo tanto quanto você, eu te amo mas ainda não me sinto preparado. – Beijou a curva de seu pescoço.
Sarah não disse nenhuma palavra, apenas consentiu com a cabeça e começou a ouvir a suave voz de Harry em seu ouvido cantando pra ela.
Verdadeiramente, loucamente, profundamente, eu estou
Totalmente, completamente apaixonando por você.
Os dias passaram em um piscar de olhos, a semana na casa do lago havia chegado ao fim, Harry fez questão de levá-la em casa. Desde a conversa que tiveram na última noite, Sarah não deu nenhuma palavra durante a viagem, apenas para dizer o cordial, ele sabia o motivo. Por estar envergonhado, a única atitude que se tornou coerente para ele foi travar o carro, antes que Sarah saísse.
– Antes de você ir embora, eu só queria dizer que sou muito grato por esses dias que esteve comigo, obrigado por fazer desses dias os melhores da minha vida, eu te amo. – Beijou gentilmente sua bochecha.
– Eu também, só tenho a agradecer. – Sorriu e parou para refletir. – Sobre ontem, quando me calei, eu quero que você saiba que eu te amo Harry, e é por causa desse amor que eu irei respeitar seu tempo, para quando estiver pronto estarei te esperando de braços abertos para ficarmos juntos.
Beijou carinhosamente sua mão que estava entrelaçada com as suas. Ouvir aquela declaração só acendeu mais ainda a chama do amor de Harry por ela, havia uma esperança de que no fim tudo acabaria bem, e que já estava mais do que na hora de ele tomar sua decisão, ele não deixaria sua garota esperando por muito tempo.
– Logo poderemos gritar para o mundo que somos o casal mais feliz de todos – garantiu selando seus lábios.
Harry estava bastante confiante e feliz, as peças do quebra cabeça finalmente iriam se encaixar e tudo ficaria bem no final das contas. Sarah o amava e o compreendia, ele não perderia a chance de finalmente poderem ser um casal, ele não quer perder a sua confiança. Ele estava decidido a tomar a decisão certa dessa vez, independente das consequências, ele ligaria para Elizabeth e contaria toda a verdade, ele não podia e nem queria viver essa mentira por mais tempo.
Abriu a porta de casa e quase caiu duro no chão, tamanho foi seu susto.
– O que... Como... O que está fazendo aqui? – Arregalou os olhos.
– Eu voltei amor, voltei finalmente para você. – Elizabeth correu para seus braços.