Sol do Inverno

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Capítulo 2 • Flor do Inverno

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

  %Anna% estava servindo o chocolate quente pedido pelos hóspedes que haviam descido de seus quartos há pouco tempo no hall quando %Elsa% apareceu agasalhada com a chave da sua caminhonete.
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  — Vai ao vilarejo, irmã? — %Anna% perguntou, se aproximou ao vê-la pegar o cachecol pendurado.
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  — Sim. Estamos sem ração fortificada para as renas e o %Chris% não poderá trazer.
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  — Ah, sim, verdade. Hoje ele foi ao campo cortar lenha...
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  A voz meiga de sua irmã ficava ainda mais doce quando %Anna% falava de %Chris%. %Elsa% então sorriu por estar cada vez mais nítido o quanto aqueles dois se gostavam, mas não assumiam.
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  — Você sempre foi uma mulher ousada, %Anna%. Deveria dar o primeiro passo!
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  — Do que está falando?
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  — Declare-se logo para ele. %Chris% também é apaixonado por você, mas... Ele é um homem tímido. Não vai arriscar um fora, e é um lerdo também!
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  — Não fale assim dele!
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  — Oras, não é mentira! Como ele pode ainda não ter notado que vocês se gostam se até os hóspedes cochicham isso por aí?
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  %Anna% enrubesceu — outra coisa que %Elsa% achava adorável e nunca aconteceria com ela —, colocando a bandeja em cima do balcão e se pondo a empurrar a irmã para fora.
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  — Anda! Vai logo!
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  — Já estou indo! — %Elsa% riu e antes de entrar no carro pronunciou: — Cuide da pousada direitinho.
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  — Eu não sou mais criança, %Elsa%!
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  Deu partida risonha ao ver a irmã caçula bufar e bater o pé antes de entrar. Dirigindo devagar, %Elsa% desceu a montanha em direção ao vilarejo. Não era um caminho longo, na verdade, assim que chegou à loja de rações percebeu algum tumulto diferente na porta da loja.
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  — Bom dia — ela pronunciou e foi respondida com afeto e simpatia pelas pessoas.
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  %Elsa% era muito querida por todos na cidade e acreditava ser por sua discrição, já que não se sentia uma mulher muito simpática para ser querida. Na verdade, %Elsa% acreditava que era por %Anna% que as pessoas lhe tratavam bem. Desde a infância as duas órfãs eram muito queridas na vila, a irmã mais velha sempre muito responsável, mas era a %Anna%, a criança mais extrovertida. As duas foram criadas pela família de %Christopher%, e quando %Elsa% completou os dezoito anos, a jovem já tinha juntado dinheiro o suficiente para cuidar de si e da sua irmã. Apenas não sabia que os pais haviam lhe deixado uma pousada. Então, desde então, as irmãs eram donas da pousada Olaf.
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  %Elsa% entrou na loja e foi atendida como de costume pelo dono do estabelecimento. Ao sair da loja, vendo o homem levar os sacos de ração para a traseira de sua caminhonete, %Elsa% escutou um burburinho que lhe chamou a atenção.
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  — Como assim, apareceu?
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  — Derreteu! O gelo derreteu e finalmente podemos ver as cores delas!
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  — Mas... se elas têm cores... significa que são flores normais!
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  — Sim, sim! Meu avô estava certo em dizer que eram flores comuns tomadas pelo inverno… Mas eu sempre acreditei na lenda da flor do inverno! E mais ainda: após todos estes anos, o gelo está derretendo!
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  %Elsa% aproximou-se confusa e surpresa do grupo de pessoas conversando, e perguntou:
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  — Desculpe, mas... do que estão falando?
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  — %Elsa%, querida! — disse uma mulher que como as outras pessoas em volta deviam ter quase a mesma idade que a sua. — As flores de inverno! Elas não estão congeladas, elas estão aparecendo!
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  — Como assim? Quantas? — %Elsa% perguntou surpresa.
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  — Eu não sei! Esta manhã eu tive este susto ao abrir a janela da minha cozinha e ver o meu jardim... florido.
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  — Será que é a chegada da primavera? Será que o inverno vai finalmente acabar em Winterland? — um dos homens do grupo perguntou à moça que havia respondido à %Elsa%.
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  %Elsa% apenas despediu-se e saiu apressada para seu carro. Pegou seu rádio de comunicação e chamou por %Chris%, que lhe disse estar a caminho da pousada.
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  — %Chris%! Tem algo estranho nos campos?
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  — Na verdade, tem sim, %Elsa%. Já estou voltando para a pousada, inclusive!
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  — Me espere aí! Estou indo até você.
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  Quando %Elsa% desceu de sua caminhonete, %Chris% a aguardava ao lado de sua caminhonete também. A traseira já estava lotada de lenha e o homem de braços cruzados observava ao grande campo, repleto de flores campestres, coloridas e de grama verde. Aquilo era assustador. Há trinta anos não se via nada além de gelo em Winterland. %Elsa% se aproximou dele e pôde finalmente ter a mesma visão do homem, sentindo dentro de si um aperto muito grande.
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  — %Elsa%! — ele bradou ao vê-la ao seu lado, catatônica: — Você está bem?
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  — O que é isso, %Chris%? Por que o gelo está derretendo?
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  — Eu não sei. É estranho quando os seus poderes parecem descontrolados, não é? — Ele olhou para as flores e novamente para %Elsa%. — Acha que isso que está acontecendo tem a ver com você?
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  — Eu não sei... Mas a cidade dos meus pais neva desde que eu nasci. E mesmo por todos estes anos, nunca aconteceu algo estranho comigo ou com Winterland. Algo provocou a vinda de uma nova estação e não fui eu.
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  %Christopher% entendia o que ela dizia. Fazia muito sentido. Ele levou %Elsa% até a principal flor da cidade. Quando o vilarejo de Winterland começou a congelar, tudo começou por uma única flor de gelo. E a partir dela, todo o solo começou a congelar e a natureza ao redor entrou no inverno, como um efeito dominó. No dia que a flor de gelo surgiu, foi também o dia em que %Elsa% nasceu. %Elsa% sabia que aquela flor, possivelmente, estaria ligada a ela e se algo acontecesse com o gelo da flor magna, também aconteceria a ela. Somente %Elsa% e %Chris% sabiam da existência da flor da lenda da cidade e sua localização, e por anos investigaram juntos em segredo os mistérios dos poderes dela e descobriram aquilo: havia uma ligação entre a mulher e a flor, mas não era só aquilo. Ainda não haviam descoberto tudo!
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  — Graças! Ela não mudou! — %Elsa% falou aliviada, olhando para %Chris% logo que os dois entraram na caverna congelada.
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  — Acha ainda que você está ligada à flor?
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  — Acho... Mas, bem... Não terei essa resposta. No momento, precisamos descobrir o que está acontecendo com Winterland!
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  — %Elsa%... — %Chris% tocou no ombro dela a fim de consolar. — Enquanto você ainda conseguir acender as lareiras, tudo estará normal.
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  — Eu não sei, %Chris%... eu sempre tive o controle dos meus poderes, por que agora eles não me obedecem? Acender lareiras quando eu bem queria era o normal, mas agora é como se... Todo o inverno de Winterland estivesse vindo para mim...
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  %Chris% a encarou preocupado. Aquilo era tudo muito misterioso e novo para eles. %Elsa% sorriu agradecida. Não sabia dizer se desejava se livrar ou não dos poderes gelados. Achava que sim, mas tinha medo. Afinal, o que aconteceria a ela se por acaso ela se tornasse uma mulher comum como sua irmã?
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Lelen

Hmm, quero saber mais sobre essa tal “flor do inverno” e o que tem a ver com a Elsa. O inverno está dando tchau e vindo a primavera, o que isso vai acarretar na vida desses personagens?

Ray Dias

Ansiosa para suas descobertas ao longo da leitura, Leles ♥ Obrigada por ler e comentar!

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