Smooth Criminal

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo Oito

Tempo estimado de leitura: 23 minutos

“Você é como um anjo que me deixou em algum lugar,
Eu preciso de você.”
— 1004 (Angel) / B.A.P

Eu me lembrava de %Kyuhyun%, me lembrava de tudo que havia acontecido, principalmente me lembrava do motivo de eu ter acordado no hospital, eu havia levado um tiro para salvar ele. Eu saí do banheiro e comecei a procurar pelos corredores o homem que passou por mim, eu me lembrava dele também, JinHo o amigo que %Kyuhyun% colocou para me proteger.

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— Eu sabia que não tinha ido embora. — eu disse ao chegar perto dele.

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— Então se lembrou de mim? — perguntou ele mantendo sua atenção no quadro que estava na parede a sua frente.

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— Me lembrei de tudo. — eu hesitei por um momento — JinHo, a última coisa que me lembro era do %Kyuhyun% gritando meu nome. Onde ele está?

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— Eu não sei. — ele me olhou — Tenho suspeitas.

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— %Siwon%? — eu desviei meu olhar para a vidraça atrás de nós.

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— Acho que não.

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— %Nalla%, eu estava te procurando. — disse %Hae% ao se aproximar de nós — JinHo, o que está fazendo aqui?

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— Vocês se conhecem? — eu olhei para %Hae%.

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— Sim. — %Donghae% disfarçou — Bem, estudamos juntos no ensino médio.

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— Acho melhor eu ir. — JinHo se afastou um pouco de nós — Nos vemos depois %Nalla%.

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— Até. — eu o olhei indo — %Hae%, você poderia me levar para casa?

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— Está tudo bem?

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— Não estou me sentindo bem, preciso mesmo ir.

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— Tudo bem.

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Ele me levou até seu carro e deu a partida, demorou alguns minutos até ele estacionar em frente a casa da tia Ana. Eu me despedi rapidamente dele e saí do carro, esperei %Donghae% dar partida e ir embora, quando me virei notei que tinha outro carro parado na porta, reconheci logo.

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— Voltei tia. — eu disse ao entrar fechando a porta.

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— Oh que bom flor. — tia Ana veio da sala acompanhada por %Siwon% — Estávamos te esperando.

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— Olá %Nalla%. — disse ele.

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— %Siwon%. — eu olhei para tia — Onde está tio Han?

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— Foi ao mercado para mim com ChoHee, bem vou deixa-los mais à vontade. — tia voltou para cozinha tranquilamente.

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— Não parece surpresa em me ver. — disse ele se aproximando de mim.

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— Bem. — eu disfarcei, não pretendia dizer a ele que me lembrava de tudo — Eu reconheci seu carro na porta.

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— Ah, denunciado pelo meu carro. — ele riu de canto.

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— Parece que sim. — eu me direcionei para a escada até ele me pegar pelo braço, eu o olhei tentando não demonstrar receio.

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— Você está estranha. — ele me olhou, um olhar profundo como se tentasse ler minha mente.

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— Estranha como? — eu sorri tentando disfarçar.

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— Está fugindo de mim. — ele se aproximou mais — Está com medo de mim?

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— Eu? — eu ri — Como pode achar isso. — eu realmente estava com medo, será que ele sabia de algo sobre meu passeio com %Donghae%, ou meu encontro com JinHo.

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— Por que está mentindo? — ele acariciou meu rosto — Eu realmente queria que fôssemos próximos.

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— %Siwon%… — eu respirei fundo, ele estava se aproximando ainda mais.

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— Ops. — disse tia Ana ao entrar — Me desculpem.

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— Tia. — eu me afastei dele — Bem.

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— Eu estou atrapalhando? — ela olhou para ele meio sem graça.

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— Não, de forma alguma. — %Siwon% sorriu suavemente.

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— Chegamos em segurança. — disse tio Han ao entrar com ChoHee.

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— Omma, eu ganhei chocolate. — disse ChoHee ao correr até minha tia mostrando o embrulho.

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— Que bom, mas só depois do jantar. — ela sorriu — Agora indo lavar as mãos.

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— Tudo bem. — ela saiu correndo em direção ao banheiro de visitas.

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— Você vai ficar para o jantar, não é? — disse tio Han para %Siwon%.

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— Bem, eu não sei. — disse ele.

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— Ah, por favor, fiquei. — insistiu tia Ana.

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— Sim, eu comprei duas garrafas de soju, não quero toma-las sozinho. — completou tio Han.

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— Bem, se não for incomodo. — %Siwon% olhou para mim.

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— Sua presença é sempre bem-vinda. — eu sorri para ele, mas no fundo estava insegura.

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Eu subi até meu quarto e tomei uma bucha rápida, troquei de roupa e desci bem na hora que tia Ana estava colocando os pratos na mesa. Nos sentamos, %Siwon% ao meu lado, eu tentei manter calma e tranquila, mas não conseguia. Em minha mente algo me dizia que %Siwon% sabia que eu já havia me lembrado de tudo, e que ele tinha algo a ver com o sumiço de %Kyuhyun%.

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“Não importa o quão longe estivermos um do outro, se fechar meus olhos,
Veja, nossos corações estão conectados.”
— All My Love Is For You / Girls Generation

— Sua comida está uma delícia como sempre. — elogiou tio Han.

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— Sim, muito gostosa, me faz lembrar da minha mãe. — completou %Siwon%.

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— Que bom que gostaram. — tia Ana olhou para ChoHee que estava sentada ao seu lado — Come tudo, se não nada de chocolate.

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— Vou sim, estou comendo bem. — disse ChoHee com um sorriso fofo.

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— Você não me disse como está a reforma no escritório. — eu olhei para %Siwon% — Vai demorar muito para terminar?

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— Acho que umas duas semanas, mais ou menos.

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— Você terá muito tempo para ficar em casa então. — brincou tio Han — Pode trabalhar no seu projeto particular.

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— Que projeto? — eu perguntei disfarçando, eu sabia que era aquele projeto que não existia, mas que sempre servia como meu álibi.

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— Ah, me esqueci de que ainda não se lembra. — ele foi servindo seu copo e o de %Siwon% com o soju — Mas com certeza vai se lembrar, eu vi você desenhando um dia.

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— Hum. — eu desviei meu olhar para o relógio que estava — Eu espero isso também.

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Após o jantar tio Han e %Siwon% foram para sala, eles tinham a missão de terminar a segunda garrafa, eu ajudei tia Ana com os pratos e a organizar a cozinha, enquanto isso ChoHee foi para sala de tv ver desenho.

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— Hum, eu senti que apareci na sala em uma hora inapropriada mais cedo. — comentou tia Ana enquanto lavava as vasilhas.

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— Tia. — eu peguei uma das panelas para secar com o pano de prato — Por que pensou assim.

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— Ele ia te beijar, não ia? — ela colocou o último prato no escorredor e fechou a torneira me olhando — Não é novidade que os olhares dele para você são de interesse.

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— Tia Ana. — eu a olhei — Ele não ia me beijar, bem, eu não sei.

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— Está com medo de ficar apaixonada. — ela cruzou os braços — Ele me parece uma boa pessoa, e Han o conhece desde criança.

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— Há mais do que um simples medo de me apaixonar tia. — eu a olhei — Mas isso é coisa minha.

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Tia Ana me abraçou de leve, nós terminamos de guardar tudo e fomos para sala, quando chegamos vimos mais umas três garrafas desconhecidas em cima da mesa.

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— É impressão minha ou deveria ter somente uma garrafa nessa mesa? — disse tia Ana ao colocar a mão na cintura olhando sério para tio Han.

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— Bem, eu não me contive, diante de um companheiro tão agradável — explicou tio Han dando sinais de princípio de embriagues.

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— Tio, acho melhor o senhor não continuar. — eu disse rindo.

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— Eu também. — concordou tia Ana — %Nalla%, pegue alguns lençóis no armário do seu quarto para %Siwon%.

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— Como? — eu e %Siwon% dissemos juntos.

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— Isso mesmo, não vou deixar %Siwon% dirigir neste estado. — tia Ana ajudou tio Han a se levantar.

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— Não precisa se preocupar, eu pego um taxi. — disse ele.

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— Não é um convite. — tia Ana estava séria — Vamos querido, está na hora de dormir.

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Eu subi juntamente com tia Ana e tio Han, fui para meu quarto e peguei um lençol e uma colcha para ele, além de um travesseiro, ao passar pelo corredor vi tia Ana entrando no quarto de ChoHee junto com ela, eu desci as escadas ainda rindo. Quando cheguei na sala estendi o lençol no sofá e dei a colcha e o travesseiro para %Siwon%.

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— Me desculpe por isso, mas não sei dizer não para seu tio. — ele me olhou pegando as coisas da minha mão.

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— E quem sabe? — eu ri — Acho que nem a minha tia consegue dizer não para ele.

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— Mas estou feliz por estar aqui. — ele colocou as coisas no sofá — Quer ajuda com as garrafas?

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— Ah, sim. — eu ri — Será uma boa ajuda.

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— Que bom.

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%Siwon% me olhou com uma suavidade, me fez por um momento esquecer tudo que ele tinha feito no passado, não acreditava, mas será essa a verdadeira face dele? Eu não sabia, mas comecei a ter uma certa vontade de conhece-lo um pouco mais, mesmo sabendo dos riscos que poderia ocorrer, mas o fato da tia Ana ter falado que tio Han o conhecia, me deixou meio balançada. Ele me ajudou a jogar as garrafas no lixo da rua, quando voltamos para dentro de casa, eu me virei para escada quando ele pegou em minha mão.

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— Espera.

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— O que? — eu o olhei, não sentia mais aquele receio de sempre.

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— Eu quero realmente saber o que você acha sobre mim? — ele respirou fundo — Não quero que tenha medo, ou algo do tipo. Não sou essa pessoa.

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— Que pessoa? — eu sorri de leve — Não estou entendendo.

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— Você sabe do que estou falando.

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Eu realmente sabia do que ele estava falando, senti que ele queria que eu assumisse tudo, mas eu não conseguia. Pela primeira vez eu conseguia ver alguma verdade no seu olhar, havia uma parte boa em %Siwon% que eu estava começando a conhecer. Uma parte que eu estava com medo de gostar, estava com medo de criar um laço de amizade ou ao a mais com ele, eu ainda pensava que %Siwon% pudesse ter feito alguma coisa ruim com %Kyuhyun%.

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— Acho que devemos ir dormir. — eu desviei meu olhar para escada — Você não está como meu tio, mas… — não consegui terminar, %Siwon% me beijou de repente.

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Não consegui assimilar o que estava acontecendo, o beijo foi tão surpreendente para mim, acho que acabei retribuindo um pouco, o que deu em mim? %Siwon% de afastou de leve, acho que nem ele esperava essa reação de sua parte.

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— Mianheyo, %Nals%. — ele olhou para o lado — Não sei o que me deu.

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— Bem, acho melhor eu subir. — eu subi as escadas correndo.

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Não encontrava palavras para definir o que estava sentindo, eu que tanto esperava um beijo de %Kyuhyun%, acabei recebendo um de %Siwon%. Eu só queria sair do centro de todo esse mistério e ter uma vida normal, me joguei na cama, pelo menos dormindo eu teria um pouco de sossego, ou pelo menos era isso que eu desejava.

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“Eu preciso de você, garota
Por que eu me apaixono e
digo adeus sozinho?
Eu preciso de você, garota
Por que eu preciso de você mesmo sabendo que vou me machucar?”
— I Need U / BTS

Ao amanhecer, quando desci para a cozinha vi que %Siwon% já não estava na sala. Achei estranho, será que ele já tinha ido embora?

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— Ele já foi, se é isso que está se perguntando. — disse tia Ana.

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— Tia. — eu a olhei — Não vi que estava aí.

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— Seu tio anda está dormindo, eu vou levar ChoHee para escola.

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— Ok. — eu me despedi de ChoHee dando um beijo sem sua testa e fui para cozinha.

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— O café já está pronto. — gritou tia Ana ao sair pela porta.

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— Sem problema. — eu ri, esse era meu jeito de agradecer a ela.

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Eu tomei um café reforçado, voltei para o quarto e liguei para JinHo. Ele me disse que tinha um forte palpite de onde %Kyuhyun% estaria, eu não hesitei em saber se era perigoso, eu só queria encontrar ele. Estava preocupada, e queria tirar esse pensamento que %Siwon% estava mesmo envolvido. Tomei uma ducha rápida e fria para me acalmar, coloquei um conjunto de moletom cinza peguei minha bolsa transversal e saí.

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Quando cheguei em frente o endereço que JinHo me enviou, era um hotel que parecia luxuoso. Mas é claro que eu teria surpresas, %Donghae% apareceu ao lado de JinHo.

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— O que você está fazendo aqui? — perguntei a ele.

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— Estou aqui para te impedir de fazer uma loucura. — disse %Hae%.

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— Loucura? — eu olhei para JinHo — O que você disse a ele?

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— O necessário.

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— Se %Kyuhyun% possivelmente está aqui, eu vou procurar, com ou sem a ajuda de vocês.

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— %Nalla%, isso pode ser perigoso. — disse %Donghae%.

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— Já estive em situações piores. — disse me lembrando tiro que levei.

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— Não vamos conseguir te fazer mudar de ideia? — disse JinHo.

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— Não. — eu o olhei séria e firme.

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Ambos não tiveram escolha a não ser assenti meu desejo, eu e %Donghae% entramos pela entrada da frente, enquanto isso JinHo entrou pela dos funcionários. %Donghae% fez o check-in naturalmente e pegou duas chaves, eu não entendi por que, mas percebi que teríamos que ser discretos, eu olhei de relance para as chaves, número 118. Pegamos o elevador e nos encontramos com JinHo no décimo oitavo andar.

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— Então, pegaram? — disse JinHo.

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— Aqui está? — %Donghae% sacudiu as chaves — Que bom, vamos entrar e esperar.

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Eu fiquei em silêncio, tentava entender que esquema era aquele entre JinHo e %Hae%, eles pareciam próximos de mais para quem só havia estudado o ensino médio. Tentei não me focar nisso e me manter fixa em encontrar %Kyuhyun%. Passamos uns trinta minutos no quarto esperando, foi quando JinHo recebeu uma mensagem no celular.

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— É agora. — disse ele ao guardar o celular no bolso — Temos que ser rápidos.

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— Está pronta? — %Hae% me olhou.

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— Sim.

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Por mais que eu não soubesse o que aconteceria ao sairmos daquele quarto, eu estava confiante que tudo terminaria bem, de alguma forma. JinHo pegou algumas ferramentas desconhecidas para mim e foi até a porta ao lado do quarto que %Donghae% havia pegado, será que %Kyuhyun% estava lá?

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“Mesmo se parecer que você está prestes a cair de um penhasco
Eu definitivamente não vou soltar a sua mão
Indestrutível...
Porque eu vou proteger você até o fim.”
— Indestructible / Girl's Generation

Depois de mexer no segredo da fechadura ele conseguiu abrir, quando entramos eu levei um choque a primeiro momento, %Kyuhyun% estava amarrado em uma cadeira desmaiado, seu rosto estava sangrando, ele havia apanhado muito.

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— %Kyuhyun%. — eu corri até ele tentando me manter calma — O que fizeram com você.

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— Me ajuda aqui. — disse JinHo para %Donghae% ao se aproximar tentando desamarrar as cordas.

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— %Nalla%. — sussurrou %Kyuhyun% como se estivesse acordando.

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— Não fala. — eu disse — Você precisa poupar energia.

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— Vocês estão aqui. — disse %Siwon% ao entrar de repente pela porta.

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— Foi você não foi? — eu caminhei até ele e o empurrei.

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— Não. — ele segurou em meus braços — Não foi eu, e as pessoas que fizeram isso estão voltando, precisamos ser rápidos.

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— Terminamos. — disse %Donghae% ajudando JinHo a segurar %Kyuhyun%.

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— Que bom, vão pelos fundos, saída de emergência. — %Siwon% segurou em minha mão com sua mão esquerda e pegou sua arma com a mão direita — Nós vamos distraí-los pela frente.

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— Vamos? — eu olhei para arma dele, respirei fundo, acho que não estava preparada para aquilo.

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— Vocês vão ficar bem? — perguntou %Donghae%.

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— Não se preocupe, cuide do %Kyuhyun%, eu cuido dela. — os olhos de %Siwon% estavam firmes, mesmo naquela situação eu me senti segura com aquele olhar.

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Nós saímos do quarto rapidamente, com um pouco de dificuldade %Donghae% e JinHo pegaram o elevador de carga dos funcionários, %Siwon% ainda segurava em minha mão, nós andamos com cautela pelo corredor, quando viramos o corredor o primeiro tiro acertou a parede ao meu lado, nós recuamos e %Siwon% atirou na direção deles. Eu não sabia quem e nem quantos eram, mas os tiros eram muitos e não paravam. Eu e %Siwon% corremos até o elevador e entramos pela porta da escada de emergência.

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Nós descemos algumas lanças de escada sempre nos desviando das balas, aqueles homens estavam nos seguindo e não tinham motivos para desistirem de nos alcançar. Nunca imaginei que chegaria em um ponto da minha vida que viveria momentos de adrenalina como esse, %Siwon% me puxou e saímos em outro andar, ele não tinha ideia do que fazer e de onde me levar, até que olhou para a parede ao lado do elevador de serviços e viu uma pequena porta por onde as camareiras jogavam as toalhas sujas para lavanderia.

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— Ah, não. — eu dei um passo para trás — eu não vou pular aí dentro.

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— Ou você entra. — ele abriu a porta — Ou nós morremos, por que eu não vou deixar você aqui.

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Sem pensar em mais nada, eu entrei e fechei meus olhos enquanto caía, no fundo tinha um grande cesto de roupas sujas que amorteceu nossa queda. %Siwon% caiu logo atrás de mim, me pegou pela mão novamente me levantando e saímos correndo de novo. Eu me lembrei do dia em que eu e %Kyuhyun% corremos dele e de Yoonghee, se me dissessem que eu viveria aquele momento ao lado de %Siwon%, eu não acreditaria.

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Quando chegamos na rua, corremos até o carro dele, mal entramos e mais tiros em nossa direção, colocamos o cinto de segurança rapidamente e ele deu a partida. A perseguição durou alguns quarteirões eram três carros nos seguindo, eu gostaria de saber quem odiava tanto %Kyuhyun% para seguir até mesmo seu primo, foi então que %Siwon% seguiu por uma rua movimentada e conseguiu despistar eles.

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Colocamos mais duas horas de corrida, mesmo não sendo mais seguidos, %Siwon% queria garantir minha segurança logo. Mesmo estando naquela situação, eu não conseguia esquecer o rosto machucado de %Kyuhyun%, quem poderia ter tão sangue frio de fazer aquilo com ele, eu o vi em poucos minutos e senti meu coração pulsar mais forte. Não sabia se ficava aliviada por que ele estava em segurança, ou agoniada por não saber se ele estava realmente bem.

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%Siwon% parou em frente a um portão de grade, eu olhei mais atentamente, tinha um muro grande em volta, ele esperou o portão se abrir e seguiu. Aos poucos fui percebendo que aquele lugar se tratava de uma mansão, e o jardim era lindo cheio de flores e pequenos arbustos muito bem aparados. Eu avistei de longe uma piscina que parecia ser grande e seu formato parecia de um piano, isso me deixou impressionada, ou melhor, o que me deixou impressionada foi o tamanho da mansão, sua cor era azul claro, os beirais das portas e janelas brancas além das sacadas do que pareciam os quartos eram brancos também, com beirais de vidro.

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%Siwon% estacionou em frente a mansão, ele respirou fundo e me olhou, eu o olhei de volta, ele deu um sorriso segurando mais o riso, com certeza minha cara estava mesmo engraçada.

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— Chegamos. — disse ele — Bem vinda a casa da família Chang.

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Senti meu coração congelar e se aquecer ao mesmo tempo, se isso for possível de acontecer.

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“Levados pela brisa ao seu mundo, yeah
Eu vou bem perto de você e você me pergunta de onde eu vim
Você me perguntou inocentemente, então eu respondi que era segredo
Porque se nós apenas andarmos juntos assim
Onde quer que formos, será o paraíso.”
— Angel / EXO

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