Smooth Criminal

  Assim que chegamos em frente às instalações da fábrica, que se localizada no distrito industrial de Tóquio, dois diretores da fábrica já nos esperavam logo na entrada. %Donghae% estacionou o carro próximo ao portão de entrada e descemos, seguindo em direção a portaria.

  — Bom dia senhores, espero não ter atrasado. — disse %Hae% ao se curvar para eles.

  Eu curvei de leve a cabeça dando um sorriso simples.

  — Pontual como sempre pequeno %Lee%. — disse um dos homens.

  — Senhores, quero que conheçam a nova arquiteta da construtora, senhorita %Nalla%. — ele me apresentou num tom formal e se voltando para mim — Estes são Ryota Kise e Aomine Daiki, os diretores responsáveis por essa fábrica.

  — É um prazer conhecê-los senhores. — disse mantendo minha face séria, mas com suavidade.

  — É uma honra para nós conhecê-la senhorita, eu e Kise ficamos admirados quando %Donghae% nos mostrou um de seus projetos. — comentou o homem de cabelos grisalhos.

  — Mostrou?! — olhei para %Donghae% meio confusa.

  — Digamos que estes senhores colocaram a sua falta de experiência a prova. — explicou %Hae% com um sorriso singelo — Então tive que mostrá-los que você é muito competente e profissional.

  — Tento fazer o meu melhor na medida do possível. — desviei meu olhar um pouco envergonhada.

  — Ah sim, nós gostamos muito do seu projeto sustentável para o jardim de inverno da YG, foi um dos pontos que nos motivou a seguir adiante com a reconstrução da fábrica. — concordou Aomine.

  — Acho melhor entrarmos, assim poderemos ver esta brilhante profissional em ação. — Kise riu de leve.

  — Tenho certeza que irão se surpreender com ela. — %Hae% olhou de leve para mim e piscou, sorrindo um pouco.

  Entramos pelos grandes portões e seguimos pelo asfalto onde alguns carros estavam estacionados. Eu aproveitei para tirar algumas fotos do local, seriam muitos detalhes para analisar e trabalhar, estava tão distraída com a parte mafiosa da família Chang que acabei me esquecendo, que minha profissão também trabalhava com vidas e tinha que ter atenção e cautela.

  Felizmente os arquivos e documentos da construção da fábrica estavam acessíveis, algumas cópias já estavam separadas para nós, e enviariam o restante por e-mail. Assim que %Donghae% me entregou a prancha arquitetônica com a planta geral de todo o terreno, comecei a pensar em como eu poderia melhorar os espaços e as funcionalidades, já que eles planejavam montar um showroom de sabonetes na próprias fábrica, além de melhorar os espaços de trabalho e lazer dos funcionários.

  Todo o lugar teria que ser moderno e sustentável, outro ponto daquele novo projeto. Para os diretores a melhor forma de modernizar ainda mais a fábrica era demolir tudo, porém para mim poderíamos aproveitar as fortes estruturas de ferro já existentes, substituindo as paredes de tijolinho que já estavam, por concreto armado e madeira de demolição. A parte interna seria coberta com iluminação zenital, para aproveitar a luz do sol e o máximo da ventilação natural.

  — O que acha de deixarmos essa área para o lazer dos funcionários? — sugeri apontando na planta onde seria o espaço — Como já tem uma vegetação atual, poderíamos expandir o espaço e organizar melhor.

  — Boa ideia, tem algo de especial em mente? — ele me olhou curioso.

  — Hum, acho que pouco mais à frente poderia ter uma parede d'água, separando esse espaço com o showroom, aproveitamos a vegetação nos dois ambientes. — mantive meu olhar fixo na planta — O vidro da parede d’água poderia ser serigrafado com uma arte mostrando a evolução do sabonete, e a parte do showroom poderia ser aberta e coberta por um pergolado, como uma varanda.

  — E você pensou nisso tudo agora? — ele sorriu.

  — Sim. — eu o olhei — Por que? Está surpreso?

  — Sempre me surpreendo com você.

  Seu olhar era singelo e cativante como sempre, não tinha o mistério de %Siwon% nem a intensidade de %Kyuhyun%, mas conseguia me deixar sem palavras da mesma maneira. Logo o senhor Kise entrou em sua sala, onde tinha nos deixado, Aomine estava na área da produção resolvendo alguns problemas com o novo carregamento de matérias primas, então nos deixaram para resolver.

  — E como estão meus profissionais, espero que bem instalados. — Kise abriu um largo sorriso.

  — Para uma primeira reunião, já temos tudo o que precisamos. — respondeu %Donghae% com segurança — Além de muita ideias.

  — Imagino que estejam saindo dessa linda dama. — elogiou ele.

  — Tenho que admitir que sim. — concordou %Donghae% ao olhar para mim.

  — Acho que tudo isso se deve a minha empolgação, estou motivada a fazer um projeto excepcional para a fábrica. — expliquei enrolando as pranchas e colocando no tubo de folhas.

  — Isso também me motiva a uma comemoração. — retrucou Kise — Posso convidá-los a um jantar esta noite?

  — Seria uma honra senhor, mas já temos um compromisso para esta noite. — respondeu %Donghae% tranquilamente.

  Eu o olhei surpresa, como se quiser falar: Temos?!

  — Que pena, mas oportunidade não faltará, ambos estão convidados a um café da manhã na sexta, assim poderão nos apresentar a ideia do projeto. — anunciou ele como se fosse um ultimato — Além do mais, temos que fechar oficialmente este negócio.

  — Considere seu convite aceito. — %Donghae% se voltou para mim — Vamos?! Ainda temos um jantar.

  — Claro.

  Assenti pegando minha bolsa e seguindo %Hae% até a saída, Kise nos acompanhou. Ele e %Donghae% foram um pouco mais na frente conversando sobre algo, que eu definitivamente não estava prestando atenção. Estava mais concentrada nas fotos que tinha tirado pelo celular de %Donghae%, o que estava me fazendo ter muito mais ideias para aquele projeto, principalmente para os espaços de lazer e a área das máquinas.

  Assim que nos despedimos e entramos no carro, %Donghae% seguiu em direção ao centro comercial da cidade, pensei que voltaríamos para casa, mas segundo ele, eu precisava de uma vestido novo para nosso jantar. Suas explicações vagas sobre as reais finalidades de nosso compromisso à noite, estava me deixando ainda mais curiosa.

  — E eu que pensei que fosse exigente, mas estou vendo que você é bem mais. — eu ri um pouco dele enquanto mantinha meu olhar nas vitrines.

  — Não sou muito exigente. — reclamou ele — Só acho que uma mulher como você, merece um vestido à sua altura.

  — E os últimos cinco não eram? — eu o olhei admirada — Eles eram lindos.

  — Sim, mas no seu corpo não, eles não realçavam sua beleza, te ofuscavam. — explicou ele tranquilamente.

  — Como pode saber tanta coisa assim de moda? — cruzei os braços.

  — Minha mãe é estilista. — respondeu ele voltando seu olhar para a vitrine da loja — Ela tem uma marca de roupas masculinas e eu sou o modelo particular dela.

  — Nossa, estou começando a perceber que as mulheres dessa famílias são muito talentosas, primeiro a ajumma, agora sua mãe. — eu ri baixo — E a mãe de %Siwon%? O que ela fazia?

  — Ela era professora. — respondeu num tom triste — Foi minha professora no jardim de infância, ela gostava muito de crianças.

  — Lamento pelo que aconteceu, mesmo não tendo conhecido ela, pela sua voz imagino que era uma mulher admirável. — o olhei suavemente.

  — Sim. — ele sorriu de leve — Ela era a segunda mãe de todos.

  Ele riu um pouco, parecia estar se lembrando de algo.

  — Para ser sincero, acho que sempre tivemos três mães. — completou ele.

  — Tivemos?!

  — É. — ele me olhou — Eu, %Siwon% e %Kyuhyun%, a mãe de um sempre foi a mãe do outro, quando a Yoona ajumma morreu, todos nós sentimos como se algo tivesse arrancado de nós, ela era a mãe mais doce e compreensiva de todas, sempre com sábios conselhos.

  — Imagino. — sussurrei.

  — Por isso ficamos sem entender, por que %Kyuhyun% nos traiu. — sua voz estava mais baixa e falha desta vez.

  — Talvez... — parei por um tempo para escolher bem as palavras — %Kyuhyun% somente pensou que ela não iria querer que outro inocente morresse nesse conflito todo, assim como ela morreu.

  Ele me olhou com carinho e sorriu, me fazendo sorrir junto.

  — Você me lembra ela.

  — Eu?! — por essa eu não esperava.

  — Sim. — assentiu com a cabeça — Seu sorriso, é tão acolhedor quanto o dela.

  Ele suspirou um pouco e pegou minha mão.

  — É, acho que você já pode entrar para a família.

  — Ah, posso?! — ri um pouco.

  — Sim, além de linda e inteligente, é corajosa. — ele respirou fundo e voltou a andar me puxando consigo — Vamos, ainda temos um vestido para comprar.

  — Tudo bem. — concordei rindo.

  Caminhamos pela rua por mais algum tempo, até que paramos em frente à loja da Prada, segundo %Hae% só existia uma marca que poderia vestir bem uma princesa, segundo as palavras sábias de sua mãe. Passar aquele tempo com ele estava sendo divertido e muito interessante, pois pela primeira vez ele estava contando sobre sua vida e sua família, assim como os Chang, a família %Lee% também tinha muitos segredos e curiosidades.

  A companhia de %Donghae% era mais que agradável, me fazia lembrar meus primeiros dias com ele em Seoul, das voltas para casa com ele me contando histórias sobre a arquitetura coreana. E agora, ouvir histórias de sua infância com os outros, estava ainda melhor.

  — Hum, agora sim. — disse ele assim que saí do provador, com o sétimo vestido que ele tinha me feito provar — Você está maravilhosa, ou melhor, ainda mais maravilhosa.

  — Ainda estou curiosa sobre nosso jantar, que me pede para usar um vestido longo e luxuoso, você já olhou a etiqueta do preço? — o olhei desacreditada.

  — Sim, e não me importo com o preço. — ele riu de mim.

  — Claro você não, mas em todos os meus estágios no Brasil, meus salários não eram nem dez por cento desse vestido. — disse num tom meio indignado.

  — Bem-vinda ao meu mundo. — ele olhou no relógio conferindo a hora e voltou seu olhar para a moça que nos atendia — Poderia por favor guardar as roupas dessa dama em uma de suas sacolas?!

  — Claro senhor %Lee%.

  — O que? — eu o olhei — Eu vou sair daqui com esse vestido?

  — Sim, não temos tempo para passar no apartamento. — ele ajeitou o blazer que estava vestindo e esticou sua mão para mim — Vamos?!

  — E a conta? Não vai pagar?! — disse ao pegar em sua mão.

  — Eles enviam depois. — ele piscou de leve novamente e sorriu.

  — Seu mafioso. — eu ri.

  A atendente me deu a sacola da loja, onde tinha colocado minhas roupas, %Donghae% moveu sua face enigmaticamente para ela, como se estivesse passando alguma coordenada e me puxou para a saída da loja. Foi difícil não ficar encantada com a arquitetura moderna da Prada de Tóquio, e me esquecer que tínhamos outro lugar para ir.

  — Não vai mesmo me contar que jantar tão importante vamos? — insisti ao entrarmos no carro.

  — Quando chegar, te explicarei. — disse ele ligando o carro.

  — Não está me sequestrando né? — brinquei.

  — Bem que eu gostaria.

  Eu olhei sua face pelo retrovisor e vi um sorriso meio malicioso em sua face, ri um pouco e virei meu olhar para a rua, mantendo minha atenção nas pessoas do lado de fora. Minutos depois ele estacionou em frente a um restaurante, as instalações eram modernas e muito bem decorado, as paredes de vidro davam charme e mais luxo ao lugar.

  — Boa noite, senhor %Lee%. — disse um funcionário ao se aproximar do carro — O senhor Wang está a sua espera.

  — Agradeço. — %Donghae% entregou as chaves do carro para o homem e segurou firme em minha mão, ele parecia um pouco nervoso e ansioso.

  — Está tudo bem? — perguntei a ele meio preocupada.

  — Sim, está. — ele me olhou e sorriu.

  Uma mulher vestida com uma vestido típico chinês, todo vermelho com dragões desenhados se aproximou de nós.

  — Boa noite senhor %Lee%, por aqui por favor.

  Ela se manteve séria e assim como o outro funcionário, agiu como se eu não estivesse ao lado de %Donghae%, seguiu na frente nos mostrando o caminho. Passamos pelo hall onde havia alguns clientes sentado e outros fazendo o pedido de uma mesa, seguimos pelo corredor até chegar no salão onde tinha as mesas. Pensei que já tínhamos chegado, porém a mulher continuou seguindo em frente.

  — %Donghae%, eu não sei falar mandarim. — disse um pouco insegura — Não acho que deveria ter me trago.

  — Não se preocupe, eles sabem falar coreano e inglês. — ele piscou — Haja naturalmente, não vou sair do seu lado.

  — Se você diz.

  Subimos algumas lanças na escada de vidro que tinha ao centro do salão, até chegamos a outro corredor que nos levou ao terraço, que para minha surpresa também era uma extensão do restaurante e tinha muitos clientes sentados nas mesas espalhadas. Me mantive em silêncio, olhando tudo ao meu redor, sentindo %Donghae% segurar minha mão mais forte a cada vez que nos aproximamos mais da mesa que sentaríamos.

  — Senhor Wang, seu convidado chegou. — disse a mulher.

  — Ah, estou feliz que tenha aceitado nosso convite. — o homem desviou seu olhar para mim — E vejo que está muito bem acompanhado.

  — Eu que agradeço o convite senhor. — %Donghae% se curvou em respeito e depois olhou para mim — Aproveitei a oportunidade para apresentar nossa nova arquiteta contratada, %Nalla%.

  — É um prazer conhecê-lo senhor. — me curvei também e mantive meu olhar baixo.

  — Igualmente senhorita, imagino que não saiba quem sou. — supôs ele acertando.

  — Não senhor, mas adoraria conhecê-lo. — subi meu olhar e o encarei, demonstrando firmeza.

  — Que moça mais corajosa. — disse uma senhora ao se aproximar de nós — E muito bonita, pena que não a apresentou como sua namorada pequeno %Donghae%.

  — Boa noite senhora Wang. — ele se curvou para ela — Bem, esta garota gosta de outra pessoa.

  — Aposto que é a pessoa por quem ela levou um tiro. — a senhora Wang deu um sorriso gentil para mim.

  Mesmo com seu sorriso meu corpo gelou.

  Será que eu já era uma pessoa conhecida nesse meio deles?

  — Estou um pouco surpresa por saberem quem eu sou e sobre o tiro. — me encolhi um pouco e apertei a mão de %Hae%.

  — E como não saberíamos sobre a nova protegida dos leões asiáticos. — retrucou a senhora Wang se sentando ao lado do senhor Wang.

  — Leões? — eu olhei para %Donghae% sem entender.

  — É assim que somos conhecidos. — sussurrou ele se referindo a sua família e dos outros — Te explico depois.

  Assenti me sentando na cadeira que dava de frente para a senhora, %Donghae% se sentou de frente para o senhor Wang, aparentemente pareciam um casal gentil e educado, mas o olhar dele era mais frio e calculista.

  — Confesso que estou feliz por tê-la trago, estava ansiosa para conhecê-la. — disse a senhora.

  — Fico mais aliviado com isso senhora Wang. — %Donghae% sorriu de leve e voltou seu olhar para o homem — E estou curioso pelo convite.

  — Acho melhor jantarmos primeiro, não é querido?! — ela lançou um olhar de autoridade para o homem, como se não estivesse somente sugerindo — Eu escolhi o cardápio com tanta dedicação.

  — Está certa querida. — ele voltou seu olhar para %Donghae% — Vamos degustar nosso jantar primeiro.

  Mesmo com toda formalidade e troca de gentilezas, eu conseguia sentir que o clima em nossa volta estava muito pesado. Eu como uma boa observadora, percebi que todos os seguranças daquele lugar estavam discretamente armados e com seus olhares fixos em nós, o que me deixava um pouco apreensiva.

  O jantar estava delicioso e segundo a senhora Wang, a sobremesa de chocolate tinha sido em minha homenagem, o que me deixou intrigada se ela já sabia que eu iria com %Donghae% a aquele jantar. Assim que o senhor Wang pediu um café para ele e %Hae%, a senhora Wang me convidou para ver o pequeno jardim vertical, que ela havia contratado para construírem naquele terraço.

  — Não precisa ficar preocupada com ele, nosso pequeno %Donghae% sabe como lidar com o Li, além de ser muito cauteloso nas palavras. — disse ela ao notar que eu estava olhando para a direção da mesa pela sexta vez.

  — Me desculpe senhora, força do hábito me preocupar com ele. — voltei meu olhar para o jardim, que era de orquídeas.

  — Oh, querida, pode me chamar de Mei se quiser, já estamos um pouco mais íntimas agora. — ela sorriu gentilmente.

  — Conhece a família deles a muito tempo? — perguntei.

  — Sim, já fomos amigos e inimigos. — ela suspirou um pouco e tocou uma das orquídeas — O que achou do meu jardim?

  — Muito bem cuidado, e muito bem projetado. — respondi, percebendo que ela queria mudar de assunto.

  — Mas finalizando a resposta, para que fique mais tranquila, atualmente nossas famílias possuem uma relação de respeito e cordialidade.

  — Saber sobre isso me deixa mais tranquila sim. — eu a olhei — O jantar de hoje, é sobre o tiro que levei?

  — Talvez. — seu olhar ficou mais preocupado — Querida, posso te fazer uma pergunta?

  — Claro senhora, ou melhor, Mei. — sorri de leve.

  — Até onde você acha que sua coragem pode te levar? — perguntou suavizando sua face.

  — Minha coragem? — fiquei um pouco confusa pela pergunta.

  — Sim. — reforçou — Amigos, inimigos, imparciais, mesmos aqueles que se mantém longe desta interminável guerra, todos acabaram descobriram que você existia, assim que se colocou no lugar de %Kyuhyun%.

  — Sinceramente, não havia pensado nisso. — admiti, mas agora estava começando a pensar — Até hoje não sei o que tinha em mente, só não queria que ele se ferisse.

  — É assim que começa, até estarmos literalmente envolvidas. — ela riu — Então, é a ele que seu coração pertence?

  — Só porque levei um tiro por ele, não significa que eu esteja com…

  — Ah, não, sei que não. — ela riu — Mas, será que seu olhos brilhem na mesma intensidade quando está falando de %Donghae% ou %Siwon%? Ah… — ela suspirou um pouco — Estar entre os três pode ser revigorante e ao mesmo tempo perturbador, tenha cuidado.

  — É o que mais ando tendo, cuidado.

  Assim que as palavras saíram da minha boca, senti a mão de %Donghae% segurar a minha.

  — Mais uma vez, agradeço pelo jantar senhora Wang. — ele se curvou de leve — Vamos %Nalla%.

  — Mais já?! — eu o olhei assustada.

  — Sim.

  Eu olhei para a Mei e sorri sem saber o que dizer.

  — Vá em paz querida, estará sempre protegida com eles. — ela sorriu para mim e inesperadamente me abraçou forte — Com toda sinceridade que tenho, lhe desejo segurança e felicidade.

  — Igualmente Mei. — sorriu novamente para ela e segui com %Donghae%.

  Eu não sabia o que tinha rolado na conversa, mas %Donghae% parecia um pouco mais apreensivo e sério que antes.

  O que me deixava ainda mais preocupada, principalmente depois de saber que todos do seu meio mafioso, sabiam quem eu era.