Sirena del Atlantis


Escrita porHels
Revisada por Natashia Kitamura


Capítulo 6

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

  Enquanto voltávamos para o navio, eu pensava em inúmeras tentativas de fuga, mas todas elas terminavam comigo morta. Mas, confesso que a morte não me pareceu tão ruim quando começamos a subir a rampa do navio.
  Espio Taehyung algumas vezes pelo canto do olho, mas ele não estava prestando atenção em mim, e Namjoon parecia não saber o que estava acontecendo.
  Quando terminamos de subir a rampa, Inez surge na nossa frente.
  — Capitão, já fiz a contagem e está faltando cerca de treze tripulantes. O que houve? Andou brigando? — Ela pergunta assim que nota o corte no supercílio de Taehyung.
  — Reúna alguns piratas e vão atrás deles. — Taehyung dá a ordem ao entrar no navio, sem responder à pergunta de Inez, que apenas assente e vai fazer o que ele pediu.
  Quando vejo Taehyung e Namjoon irem em direção à porta da esquerda, no convés, onde eu sabia que dava para o seu quarto, me apresso a correr até o alçapão, dando de cara com Jack, que estava prestes a subir para o convés.
  — Oh, meu Deus, você voltou! Pensei que estivesse morta, ou que foi vendida pra algum pervertido dono de algum prostíbulo. — Segurando nos degraus de madeira da escada, e com um saco de pano debaixo do braço, ela suspira aliviada.
  — Desça. — Peço e olho ao redor, vendo os tripulantes se espalharem pelo convés. — Era enganação. Aquele cara queria me molestar, mas eu teria dado uma surra nele se o Taehyung não tivesse aparecido. — Confesso, assim que piso no chão do segundo andar do navio.
  — Você encontrou o Capitão? — Jack me fita surpresa.
  — Ele me encontrou. — Digo, e meto a mão dentro da minha bota, puxando o pequeno saco de moedas. — Acho que você vai enviar isso pra sua família. De qualquer jeito, não conseguimos mesmo. — Suspiro e entrego o saco de volta para ela.
  — Nada disso. — Jack sorri para mim e coloca seu saco de moedas na bota, antes de abrir o saco que ela apoiava debaixo do seu braço, fazendo os meus olhos se arregalarem.
  — Como você conseguiu isso? — Pergunto espantada, fechando o saco em suas mãos, enquanto olho ao redor para me certificar de que ninguém nos veria.
  — As mulheres do cabaré. Você estava demorando demais pra voltar, então pensei que alguma coisa havia acontecido e, por isso, tentei me virar. Conversei com uma tal de Cayo, e ela acabou me dando essa pistola. Ela disse que todas as dançarinas e cantoras do cabaré têm pistolas para se defenderem, porque o cabaré é atacado por pervertidos com frequência. Lá, elas são daquele tipo de pessoas querem igualdade entre homens e mulheres, então quando eu disse que queria apenas me defender dos piratas, ela me ajudou.
  — Eu não posso acreditar nisso! Nós conseguimos! — Completamente animada, abraço Jack, que ri. — Ficamos com a arma e com o dinheiro. — Sorrio abertamente para ela.
  — Sim. Mas é melhor a escondermos logo. Dana está lá no quarto e já me perguntou ao menos umas duas vezes o que havia dentro desse saco. Eu disse que eram as minhas moedas e então ela falou que eu deveria guardá-las ao invés de andar com isso como se fosse o meu filho.
  — Certo. Vamos levar lá pra baixo e esconder em alguma gaiola velha. — Digo e Jack assente.
  Posterior a darmos uma checada no ambiente, corremos em direção ao alçapão que levava para o terceiro andar do navio e prisão.
  Como já estava entardecendo, a prisão estava um pouco mais escura e, por isso, precisamos da ajuda de uma das lamparinas para iluminar o caminho.
  Quando começamos a passar em frente as celas, onde algumas estavam abertas, me sinto surpresa ao ver que ainda haviam cinco prisioneiros aqui, pois pensei que todos ancorariam também.
  Ignorando os olhares curiosos daqueles que estavam deitados e sentados sobre o feno que cobria o chão das celas, Jack e eu passamos em frente a todas até estarmos na parte das gaiolas e jaulas. Ao contrário dos cinco prisioneiros, não havia mais nenhum animalzinho no navio, eles levaram todos.
  — Ali é bom. — Jack aponta em direção ao lado que eu estava, em um canto bem escuro e escondido.
  Assinto para ela e pego o saco de sua mão, o ajeitando atrás de uma gaiola, que cubro com um pano velho.
  — É tão escuro que nem dá para ver. — Digo, e Jack concorda.
  — O que estão fazendo? — Uma voz feminina vinda das celas, pergunta.
  Jack me olha alerta, e eu faço um gesto silencioso para que ela fique calma.
  — Só estamos checando se todos os animais foram levados. — Saio de perto das gaiolas e me aproximo das celas.
  Reconheço a mulher magra que se aproxima das barras da cela. Era a mesma que acordou com a voz alta daquele antigo prisioneiro que não estava mais aqui.
  — O Capitão nunca mandou que checassem nada aqui. — Ela segura nas barras com seus dedos finos, fazendo assim, os outros prisioneiros se tornarem curiosos para nossa conversa.
  — Bem, só estamos seguindo ordens. — Jack se junta a mim, parecendo um pouco mais tranquila agora.
  A mulher aperta um pouco os olhos, como se quisesse nos enxergar melhor.
  — Billy estava mesmo certo. Vocês não são piratas, são novatas. — Ela diz, e ficamos em silêncio. — Ele foi levado hoje. Nós nunca sabemos o que acontece com os prisioneiros que saem do navio. — Ela suspira de forma pesarosa, encarando o chão no mesmo momento em que o navio começa a se mexer.
  — Sinto muito pelo seu amigo. — Falo, sincera.
  — Esse é o preço de não seguir as ordens dessa porcaria de navio. — Ela diz de forma irônica. — Mas isso poderia mudar se vocês nos ajudassem a escapar daqui. — Ela nos encara com os olhos bem abertos, e os demais prisioneiros fazem o mesmo.
  — É melhor irmos. — Jack segura no meu pulso e começa a me puxar para frente.
  Encaro a senhora e depois os outros prisioneiros.
  — Sinto muito. — Falo, antes de me afastar deles e ir em direção ao alçapão.
  Paramos em frente aos degraus de madeira e Jack os ilumina com a lamparina.
  — Deve ser horrível estar no lugar deles. — Suspiro pesadamente.
  — É. E se você não quiser se juntar as eles, então é melhor subir isso rápido. — Jack aponta para os degraus do alçapão.
  Assim que passamos pelo alçapão e voltamos para o segundo andar, nós duas escutamos passos pesados e vozes altas demais vindas do convés de cima.
  Jack me olha desconfiança e, com isso, nós acabamos não voltando para o quarto, mas indo para o alçapão, que nos levou para a bagunça do convés.
  Havia uma roda de piratas no centro do convés, onde alguns tripulantes estavam ajoelhados no meio.
  Vejo Jungkook por perto, então me aproximo dele.
  — Serena! Você sumiu. — Ele diz assim que Jack e eu paramos do seu lado.
  — O que está acontecendo? — Pergunto, sem desviar meu olhar da cena.
  — Esses novatos foram pegos tentando fugir e pedindo ajuda para os moradores de Suli.
  Arregalo um pouco os olhos.
  — E agora? — Jack pergunta.
  — Agora eles serão levados para a prisão e ficarão lá até a próxima ancorada, ou até o Capitão resolver que eles andarão na prancha. Depende do seu humor nos próximos dias.
  Os piratas que cercavam os tripulantes, os seguram pelos braços e os forçam a se levantarem. Em seguida, organizam eles em uma fila e os fazem descer o alçapão até que todos sumam de vista. Os poucos tripulantes e piratas que restaram no convés, ficam em silêncio.
  Escuto um baixo assobio, e quando procuro por ele, vejo Taehyung parado no convés superior, manuseando o leme. Seus olhos estavam em mim.
  Meu corpo fica tenso no lugar quando ele cochicha alguma coisa para Inez, que estava do seu lado, assim a fazendo descer para o convés debaixo e vir em minha direção.
  — Venha comigo. — Ela segura no meu braço.
  — Para onde? — Permaneço no mesmo lugar, tentando puxar meu braço para mim.
  — O que está acontecendo? — Jack nos encara confusa.
  — Por favor, não dificulte as coisas, Serena. — Ela diz, mas eu não me mexo.
  Inez suspira alto e puxa o meu braço com força, fazendo meu corpo ir para frente em um tranco. Ela me arrasta para perto de um pirata que logo reconheço pelo tamanho e por sua careca.
  — Stu, o Capitão pediu para amarrá-la no mastro.
  — O quê?! — Olho assustada para a mulher de cabelos loiros e chapéu.
  O mesmo pirata que já acertei com uma chaleira sorri de forma sórdida para mim, antes de me pegar pelas pernas e me jogar nos ombros.
  — Me solta, seu idiota! Me solta agora! — Começo a me debater e acertar suas costas com socos e tapas, mas isso não o impede de caminhar para perto de um dos grandes mastros do navio, desenrolando uma corda presa que havia ali, antes de a segurar com uma mão só.
  — Pode soltar a outra corda. — Ele diz para Inez que se aproximou. Em seguida, com isso, sinto o seu corpo deixar o chão e subir para cima com brutalidade e rapidez, como se fosse um tiro de canhão.
  Completamente desesperada, grito quando somos lançados no ar em uma altura aterrorizante, fazendo todos embaixo ficarem pequenos. Tomada pelo exaspero de que cairíamos e morreríamos, fechos os olhos posteriormente a ver Jack correr para perto do mastro.
  Sinto o impacto do corpo de Stu quando seus pés batem em algo que faz um alto barulho. E quando tomo coragem para abrir os olhos, percebo que estávamos dentro de um pequeno abrigo redondo que havia no topo do mastro, o ponto mais alto do navio. Segundos depois, Inez surge no ar, subindo da mesma maneira que nós. Seus pés também batem dentro no pequeno abrigo, enquanto ela apoiava um rolo de cordas nos ombros.
  — Eu não sei o que você fez, mas agradeça que não está indo para prancha. — Inez joga o rolo de cordas no chão do abrigo e começa a desenrolar.
  — Eu não vou ficar aqui! Me coloca no chão agora!
  — Tem certeza? — Stu ri alto e faz menção de me jogar do mastro. Solto um grito e seguro com força em suas roupas sujas.
  — Para com isso, Stu. — Inez o repreende, ao mesmo tempo em que se levantava do espaço apertado do abrigo. — Coloca ela aqui.
  Stu me tira dos seus ombros e empurra meu corpo contra a larga coluna arredondada de madeira, enquanto Inez começa a passar a corda pelo meu redor, prendendo os meus braços e o meu tronco no mastro.
  — Quietinha agora e obedeça às ordens do Capitão, piranha. — Stu sorri próximo ao meu rosto, me enchendo de raiva. Por isso, sem pensar duas vezes e antes que Inez termine de me amarrar, uso meu joelho para chutar bem no meio das pernas de Stu, fazendo ele se apoiar no abrigo, enquanto segura suas bolas amaçadas e geme de dor.
  — Bem feito. Você mereceu. — Inez diz, começando a amarrar as minhas pernas, me deixando completamente imóvel. Ela podia ser uma mulher, mas conseguia apertar esses nós como um marinheiro velho. — Pronto, está feito. Vamos descer agora. — Ela se afasta o quanto pode de mim, checando se eu estava bem presa.
  Stu me encara raivoso, com a rosto vermelho e olhos lacrimejados.
  — Foi merecido, não tente revidar. Vamos logo. — Inez pega uma das cordas presas nas velas do mastro e entrega para Stu, enquanto ela mesma segura a outra.
  — Por favor, não me deixa aqui sozinha. — Peço exasperadamente para Inez que, com um suspiro, pula do mastro, acompanhada de Stu.
  Tendo a companhia apenas do forte vento daqui de cima e da chegada da noite, olho para baixo, vendo que Jack trouxe Dana e ambas estavam perto do mastro olhando para cima, e próximo a elas, estava Jungkook. No convés superior ainda estava Taehyung que, mesmo não podendo ver seu rosto, eu sabia que ele sorria.
  Eu não posso acreditar no que esse maldito cretino fez.
  — Aproveite a vista! Vai ficar aí até o café de amanhã! — Ele grita, em sua voz soa bem ao longe, quase baixa, me fazendo mergulhar fundo em uma grande onda de raiva.
  Eu odeio piratas!

***

  Meu estômago ronca pela sétima vez. Eu estava com tanta fome que até comeria aquela gordura pura que tem na cozinha.
  Olho para baixo, vendo um pequeno pontinho acesso em meio a escuridão do navio. Era a lamparina daquele maldito pirata, ele havia trazido um barril para se sentar e me observar. Já estava ali a horas, só saiu para buscar o barril e, mesmo assim, foi rápido. Taehyung realmente estava disposto a tornar isso mais ruim do que já era.
  O vento gelado me atinge mais uma vez, fazendo os meus cabelos loiros voarem para frente do rosto, atrapalhando minha visão, enquanto pinicam e coçam minha pele. Suspiro uma, duas, três, quatro vezes, e a cada suspiro eu ficava mais irritada.
  Estava tudo planejado, enquanto estive presa aqui, eu pude pensar em como me livrar de cada um desses malditos piratas, começando pelo Capitão. Assim que essa porcaria de castigo acabar, eu organizarei um motim. Isso! Um motim! Vou me juntar com os prisioneiros do navio e os convencerei. Não vai ser difícil, os que estão presos há mais tempo já querem fugir, e os que foram mandados para lá hoje, devem estar tão furiosos quanto eu. E com o nosso motim, aqueles que também foram forçados a se juntar à tripulação, ficarão do nosso lado e, assim, seremos mais numerosos que os piratas.
  Provavelmente vai fazer um mês que estou nesse navio, e já tive as piores experiências da minha vida. Não vou aguentar por mais tempo esses piratas me tratando como um vassalo. Vou embebedar Namjoon e roubar a chave da prisão e algumas armas, e as darei para os prisioneiros e, juntos, nós iniciaremos um motim e será o fim desse sequestro dos piratas, do quais farei questão de entregar à guarda do rei.

CAPITÃO INFÂMIA: EL ACUERDO

  O Capitão estava com uma lamparina de óleo estendida bem perto do seu rosto, iluminando a porta que ele trancava. Ali dentro ficava a sua sala dos tesouros, abrigando as joias daqueles que ele matava e depois jogava no mar.
  Quando deu a última volta da chave na fechadura, Jin sentiu o ar ficar mais denso e frio, como um rápido vento que passou por ele. Seus sentidos estavam atentos agora e, com calma, ele guardou a chave no bolso detrás das calças, antes de arrastar a mão para frente, puxando de dentro do cós, sua pistola.
  Ágil como só ele era, Jin destrava sua pistola com apenas uma mão e se vira, apontando-a a arma para o ilustre visitante sentado em uma das cadeiras ao redor da mesa retangular.
  — Quem é você? — Ele pergunta calmamente, sem medo.
  O homem de cabelos loiros e lábios levemente rosados sorri abertamente, enquanto cruza suas pernas e apoia suas mãos na mesa da cabine.
  — Capitão Infâmia... — O feiticeiro aperta os olhos em um olhar estreito. — Foi difícil te encontrar. O mar é gigante.
  — Como entrou no meu navio? — Jin pergunta, enquanto coloca a lamparina sobre a mesa, mas mantém a pistola apontada em direção a Jimin.
  — Eu sou um feiticeiro. — Jimin sorri de novo e movimenta seus dedos, fazendo a lamparina deslizar sobre a mesa até que esteja na sua frente.
  Jin arqueia as sobrancelhas, acompanhando a lamparina deslizar por toda mesma.
  — E o que está fazendo no meu navio, feiticeiro? Você precisa começar a responder as minhas perguntas antes que eu perca a paciência. — Jin puxa a cadeira da ponta, que ficava frente para Jimin, mas do outro lado da mesa. Ele se senta, apoiando o cotovelo na madeira e mantendo seu alvo na mira.
  — Estou aqui para propor um acordo. — Jimin entrelaça os dedos e apoia o rosto nas mãos unidas.
  — Pois então proponha. — Jin estava começando a se interessar pela conversa.
  — Sei que você está procurando Atlantis.
  — Todos estão. — Ele interrompe o feiticeiro, que sorri.
  — Sim, todos estão. Entretanto, apenas você e outro pirata têm partes do mapa. — Jimin ri nasalado, fazendo o ar sair por seu nariz. — O seu irmão, Capitão Hanna, não estou certo?
  Jin se recosta contra a cadeira.
  — Sim, o meu irmão. — Um pequeno sorriso que não passa desapercebido pelo feiticeiro surge nos lábios de Jin.
  — Bom, vou direto ao ponto. A minha querida sobrinha está a bordo do navio do seu irmão, e ela é... especial, assim como eu. — Era impossível não notar o desdém em seu tom de voz. — Mesmo sem perceber, ela está levando seu irmão até a sexta parte do mapa de Atlantis e depois levará até à sétima.
  Jin inclina sutilmente a cabeça para o lado, enquanto aperta os olhos.
  — Eu não quero que ela o faça, por isso, me ajude a impedir essa tragédia e, no final, você terá as sete partes do mapa.
  — E o que te faz acreditar que confiarei em você? Por que me entregaria as partes do mapa que faltam? — Jin é filho de um pirata, ele foi ensinado desde cedo a desconfiar de tudo e todos, e não confiar em nada que não fossem suas moedas de ouro.
  — Porque estamos firmando um acordo. O tesouro de Atlantis é grande o suficiente para nós dois. Eu te ajudo a chegar lá e nós dividimos tudo, meio a meio. O que me diz, Capitão? — Jin percebeu no sorriso de Jimin que ele estava mentindo, mas não importava, porque ele também mentiria. Deixaria o feiticeiro do mar lhe mostrar o caminho, e quando ele menos esperasse, mandaria sua cabeça direto para Davy Jones, e ficaria com o tesouro de Atlantis só para ele.
  Antes de responder, os olhos de Jin captam a figura silenciosa se aproximando de Jimin. Ela vinha do convés, chegando cada vez mais perto das portas abertas da cabine.
  O olhar de Jimin desvia do de Jin, assim que ele escuta o "click" da pistola e sente o cano da mesma encostar na parte detrás de sua cabeça.
  — Só os ratos entram de forma silenciosa em um navio. — O pirata de expressão séria, diz com sua voz arrastada e grave.
  — Tudo bem, Yoongi. Nós só estamos fechando um acordo. — Jin tranquiliza seu contramestre, seu pirata de maior confiança que, mesmo após abaixar sua pistola, o fita mal-encarado.
  — Que tipo de acordo? — Yoongi escora seu braço na cadeira em que Jimin estava sentado, o encarando com desconfiança. O feiticeiro sabia que esse pirata era do tipo problema, um leal ao Capitão e que estaria de olho em tudo. Jimin precisaria ser cuidadoso com Yoongi.
  — Depois te explico tudo. — Jin volta a fitar Jimin. — Vai ficar?
  — Se não for muito incômodo. — Jimin sorri para Jin, e se fosse qualquer outro a receber esse sorriso, talvez diria que era um sorriso gentil e agradecido, mas isso não funcionaria com o Capitão Infâmia.
  — Yoongi, por favor, prepare um quarto para o nosso mais novo convidado.
  O pirata assente e guarda sua pistola no cinto.
  Jimin se levanta e procura dentro do seu grande casaco preto, algo no bolso escondido.
  — Essa aqui é Serena. Fique com esse retrato dela. É bom que saiba quem é ela quando a encontrarmos. — Apenas com o balançar dos dedos, Jimin faz o retrato flutuar até Jin. Yoongi fica surpreso com o que vê, mas não deixa que isso transpareça em sua feição.
  Jin segura o papel dobrado, mas não o encara até que Yoongi leve Jimin para fora da sua cabine. O feiticeiro havia roubado aquele retrato de sua sobrinha após fazer uma pequena visita ao seu quarto, enquanto os pais dela dormiam e sonhavam angustiados com o paradeiro da filha desaparecida durante a invasão dos piratas a Marlli.
  Assim que Yoongi fecha as portas da cabine, Jin desdobra o papel e encara o retrato da bela garota de longos cabelos ondulados e levemente texturizados como os das sereias que ele já encontrou pelos mares.
  — Pois será você que me levará para Atlantis, Serena? — Jin sorri para o retrato, antes de guardá-lo junto às suas joias em sua sala dos tesouros, como o bem mais valioso que ele tinha a partir daquele momento.

Capítulo 6
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