Semiapagados

Escrita porRay Dias
Editada por Lelen

Capítulo 8

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

Tempo Presente
Narração por Luan

  — Ei filho, o que você achou do show do papai?
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  — Foi muito legal, papai! Eu quero ser igual você quando crescer!
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  Miguel estava mais animado do que o normal depois de ter visto o último show da minha turnê. Berta preparava um café da manhã especial para o meu garotinho e nós dois sorrimos com a empolgação dele.
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  — E o que a mamãe acha disso? — perguntei a ele na intenção de descobrir se %Mel% aprovava que o filho sonhasse em ser cantor.
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  — Ela disse que eu sou muito talentoso, igual você.
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  — Claro que é! — Berta respondeu sujando a bochecha dele de cobertura de chocolate.
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  Miguel ria espalhando sonoridade pela cozinha. Eu pensava o que faria sobre minha relação com %Melissa%, a turnê havia acabado e eu poderia descansar um pouco do trabalho e focar na minha vida. A vida de verdade que eu abandonei. Peguei uma xícara e me servi de café, olhando o céu pela grande janela da minha cozinha. Sorri ao lembrar, o quanto %Mel% insistiu naquelas janelas grandes por toda a casa. Berta surgiu ao meu lado, e cutucou o meu braço indicando o garotinho curioso na bancada da cozinha.
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  — Papai?
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  — Oi filho!
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  — Você ficou triste?
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  — Não, de forma nenhuma! Eu estou é muito feliz porque estou com você!
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  Arranquei cócegas dele, o enchendo de beijos. E como era ótimo ouvir a gargalhada dele.
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  — Do que nós vamos brincar hoje?
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  — O que você quer fazer?
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  — Jogar futebol! — Ele respondeu levantando os braços em comemoração.
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  Peguei meu moleque o colocando sobre os ombros, beijei o rosto de Berta e saímos correndo para a varanda gramada. Antes de começarmos a jogar bola, Miguel iniciou um pique pega entre nós. E após algum tempinho, eu pedi para que ele fosse até seu quarto buscar a bola de futebol que esquecemos. Entramos juntos na cozinha, Miguel correndo para buscar a bola.
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  — Não corre Miguel! – gritei para ele e fui ao filtro buscar água.
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  Berta bateu em meu braço com o pano de prato, fazendo-me notá-la ao telefone. Sorri e pedi desculpas, enquanto ela me olhava. Não me atentei à conversa até ouvir o nome dela.
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  — Sim dona %Melissa%, mas é claro que eu posso…
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  Berta olhou-me com um sorriso bobo, indicando com caretas que %Melissa% estava fazendo cerimônia em pedir-lhe algo. Aquelas duas sempre seriam muito mais do que patroa, ou melhor, ex-patroa e governanta.
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  Bebi meu copo de água ansioso por saber que ela estava conversando com Berta, e tamborilava meus dedos na bancada. Berta se despediu, esmoreci ao achar que ela não queria falar comigo, mas logo, a governanta estendeu o telefone para mim. Puxei o aparelho de suas mãos, ansioso e antes de falar algo, respirei fundo.
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  — %Mel%?
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  — Olá Luan, bom dia. Tudo bem?
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  — Sim, e com você?
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  — Também… Eu posso falar com o Miguel?
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  Era isso. Ela ligou para falar com o Miguel. Mas é lógico! Onde eu estava com a cabeça?
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  — Ele foi ao quarto buscar a bola de futebol… — Ela demonstrou satisfação por seu sorriso audível — Mas, é claro que pode falar com ele, só aguarde um instante, por favor.
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  — Obrigada Luan.
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  Fui com o aparelho no ouvido até o quarto de Miguel. Queria ficar na linha escutando a respiração dela do outro lado. O nosso pequeno estava em seu quarto, no meio de seus brinquedos a procurar a bola de futebol e mal se incomodou em parar quando me viu chegando.
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  — Filho, a mamãe quer falar com você.
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  Ele sorriu e correu para o telefone.
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  — Alô, mamãe?
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  Fez uma pausa na conversa com ela e ordenou a me ver observando-o no telefone:
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  — Papai! Procure a bola, não vai dar tempo de brincar tudo!
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  Sorri e baguncei seus cabelos. Miguel caminhou até sua cama e sentou-se para se concentrar na voz da mãe. E eu, procurando a bola, me concentrei na conversa dos dois.
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  — Sim mamãe, foi muito legal! Tinha um monte de gente gritando o nome do papai! E um monte de meninas querendo agarrar ele!
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  Não, Miguel! Não!
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  — Mas ele não agarrou as meninas, mamãe!
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  Isso aí, filho!
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  — Eu quero fazer igual ele, quando eu crescer mamãe! — Miguel soltou uma gargalhada e eu estava certo de que %Melissa% havia feito uma palhaçada para ele — Sim, eu ‘tô divertindo. A tia Berta fez bolo de chocolate! E agora eu vou jogar futebol com o papai. Também te amo, mamãe. Você vem pra cá?
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  E meu coração se espremeu ao ouvir meu filho, com seus pequenos sinais, demonstrando a nossa falta.
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“Não vai dar tempo de brincar tudo”
“Você vem pra cá, mamãe?”

  — O papai pode ir aí pra casa amanhã?
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  Eu me sentia na obrigação de reparar meus erros, com o meu filho. E com a minha esposa.
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  — Tá bom… Eu também te amo, mamãe.
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  Miguel me entregou o telefone.
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  — Ela quer falar com você, papai.
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  — Oi, %Mel%.
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  — Luan, amanhã você vai levar o Miguel à escola, mas nem eu e nem o Luke poderemos buscá-lo. Então a Berta vai trazê-lo para mim, tudo bem?
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  — Eu o levo!
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  — Sabemos que você é ocupado, Luan. E eu já combinei com a Berta.
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  — De forma alguma, eu vou buscar o meu garoto na escola e levá-lo para você. Precisa de mais alguma coisa, %Mel%?
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  — Não, obrigada. Você já falou com ele, sobre o aniversário da sua mãe?
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  — Ainda não, e você vai?
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  — Eu não sei, provavelmente não, Luan. Mas, por favor, não esqueça de me avisar se o Miguel decidir ir com você…
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  — Fique tranquila…
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  — Obrigada Luan, até mais. Qualquer coisa me ligue!
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  Ela desligou a chamada e eu sabia que com “qualquer coisa” ela se referia a “qualquer coisa com o Miguel”. O pequeno já não estava mais no quarto e nem a bola de futebol. Desci as escadas e o encontrei brincando sozinho no gramado, bastante feliz.
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  — Berta... — chamei-a observando meu garoto e colocando o telefone na base: — Não precisa buscar o Miguel amanhã, eu vou levá-lo para a mãe dele.
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  — E a %Melissa% está bem, Luan?
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  — Ela disse que sim, mas… Por quê?
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  — Não reconhece mais o tom de voz triste dela?
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  — Eu só achei que fosse coisa da minha cabeça, ou que ela não quisesse falar comigo.
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  — Se fosse isso, ela simplesmente não falaria. Você não conhece mais a sua mulher?
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  Berta me olhou desafiante, suspirei e ia responder, mas Miguel gritou meu nome cobrando que eu não estava lá fora com ele.
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Narração por %Melissa%

  — Eles estão jogando futebol.
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  Contei ao Lucas, que estava temperando o lombo de porco.
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  — E este sorrisinho, aí? — Ele perguntou me observando de soslaio.
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  — É bom saber que o Miguel está aproveitando o pai.
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  — Você também poderia estar lá aproveitando.
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  — Não começa Luke, já conversamos sobre isso.
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  — Deixa de ser impassível!
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  — E esta carne aí? É melhor ficar bem temperada!
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  — Você e a sua mania de mudar de assunto quando se trata da sua felicidade!
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  — Onde você colocou as batatas que compramos? — perguntei vasculhando a geladeira a fim de mudar definitivamente o assunto — Não me diga que esqueceu!
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  — Não se faça de sonsa, estão na gaveta da geladeira.
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  Eu sorri escondidinho e me juntei ao Luke na bancada da pia.
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  — E o que ficou resolvido? A Berta poderá buscar o Miguelzinho para nós?
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  — Sim, mas o Luan fez questão de trazê-lo.
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  — Ah… E como ele vai entrar dona mocinha? Ou ele tem uma chave do seu apartamento e você nunca me contou!?
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  — Bom, ele tinha. Mas, não sei... Não pensei nisso… Eu vou ligar para a Berta e pedir para emprestar a chave dela para ele.
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  — Ele tem esta chave, acredite. Pode não saber onde guardou, mas ele tem.
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  Luke e eu preparamos o almoço, e dividimos uma garrafa de vinho. E enquanto o lombo assava, eu preparava as minhas coisas para o trabalho do dia seguinte. Lavei um dos meus jalecos, pois, havia esquecido e separei as pastas dos meus pacientes. Lucas apareceu na porta do meu quarto, com as taças de vinho e eu já estava guardando minhas coisas.
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  — Seu ex te ligou.
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  — Aconteceu alguma coisa com o Miguel? — perguntei assustada me levantando da cama e puxando o telefone no móvel de cabeceira ao meu lado.
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  — Seu outro ex.
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  Olhei aliviada para Lucas, feliz por não ser Luan já que, certamente ele ligaria para falar de Miguel. E desdenhei aquela informação desnecessária e recém-dita por Luke. A carne estava quase pronta, saímos do meu quarto para preparar a mesa.
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  — Não vamos colocar a mesa só para nós dois hoje, %Mel%... — Lucas reclamou manhoso.
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  — Tudo bem, então tire a carne do forno e deixe-a fatiada, por favor.
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  Colocamos nossos pratos e fomos para a sala. E assim que ligou a televisão, Luke colocou em um canal que reprisava o último show de Luan. No caso, o show da noite anterior.
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  — É sério isso?
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  — Ah para! Eu quero assistir! Quero ver se o Miguelzinho aparece.
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  — Ele sabe que não deve expor o Miguel assim.
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  — Deixa de ser chata, eu sei que você também queria ter assistido o show dele ontem e só não viu porque é uma orgulhosa.
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  — Não tem nada disso, eu estava bem cansada. E só.
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  — Quietinha, vai começar o show do seu amor.
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  Decidi não discutir mais com Luke, era óbvio que ele sempre torceria para que Luan e eu ficássemos juntos. E no fundo, eu também torcia, mas havia muito receio. Embora as lembranças de quando nos separamos não mexessem mais comigo como antes, eu ainda recordava de cada palavra. Cada cena.
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  Luan era o marido perfeito, e de repente sua carreira se colocou entre nós e nossa família. Com toda a certeza de que me relacionar com ele nunca seria um problema por seu trabalho, eu investi fundo em nós dois. E me apaixonei como nunca. E vivi os momentos mais felizes que jamais havia imaginado e como um flash dos muitos holofotes em volta dele, tudo acabou.
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  Eu não fazia ideia se Luan tinha outra pessoa em sua vida naquela altura do campeonato. Ele não era mulherengo, nem o tipo que misturava trabalho com a vida pessoal — isso no início do nosso namoro e da sua carreira —, mas estar em turnê pelo tempo que havia ficado... Eu decidi acreditar que ele tentou seguir a vida dele. Assim como eu, erroneamente, tentei seguir a minha. A verdade é que eu estava completamente enfurecida com a separação, e me dediquei somente ao meu filho no começo. Mas, com o tempo a fúria diminuiu dando lugar à decepção por todas as expectativas criadas sobre o casamento, e percebi que deveria dar uma nova chance a mim. E foi ali que surgiu o encosto, pelo qual eu havia rompido há um dia. E cujo, o mesmo, ligava ao meu telefone no momento em que eu estava concentrada no show do meu ex-marido, compenetrada em seu desempenho e nas palavras daquela canção que eu conhecia muito bem.
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“Promete que vai ser só minha?”...

  O estridente volume do aparelho telefônico tocando, me tirou daquele transe e irritou Luke.
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  — Pelo amor de Deus, %Melissa%! Fala com ele!
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  Puxei o aparelho e saí da sala para não atrapalhar o entretenimento de Luke.
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  — Alô?
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  — %Mel%... A gente precisa conversar.
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  — Não, não precisamos. A minha decisão foi dada ontem. E talvez a única coisa que eu ainda tenha a te dizer é, me desculpar pela forma rude como agi. Embora eu estivesse bastante correta da minha escolha, eu não poderia tratar você como tratei.
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  — %Mel%, eu quem peço desculpa. Você não tem que se desculpar.
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  — Está perdoado. Seja feliz.
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  — Não faz assim, %Mel%... Olha, eu errei! Eu não deveria me colocar entre a história que você teve com o Luan. Eu sabia que ele sempre seria um fantasma na sua vida, e aceitei isso quando me envolvi, mas eu não quero perder você por uma bobagem.
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  — Ainda que você estivesse sendo sincero agora, Pedro, eu não posso acreditar em você simplesmente porque não consigo. Eu não consigo confiar duas vezes. E eu não quero ao menos tentar. Então, seja feliz.
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  Desliguei a ligação antes que ele continuasse a choramingar qualquer coisa. E quem começou a chorar na cama do meu quarto, fui eu. Não por ele, mas por tudo.
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  Se Luke estava certo, eu estaria sendo impassível demais em mal dar uma chance para conversar com Luan sobre nós. No entanto, ele não demonstrara momento algum que havia interesse naquele tipo de diálogo. Eu estava dividida entre romper o meu “não confiar duas vezes” e, manter a cautela do medo do passado.
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Narração por Luan

  De manhã cedinho, Miguel e eu tomamos café juntos prevendo o tempo que não poderíamos fazer aquilo de novo. E com esperança de não mais me separar dele, eu perguntei se ele gostaria de ir para casa da avó.
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  — Sábado é aniversário da vovó, e ela gostaria muito que você fosse para o sítio. Você quer?
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  — Mas sábado é o dia da mamãe... — falou cabisbaixo enquanto bebia seu leite, e Berta beijou sua cabeça em carinho.
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  — Acontece que eu já conversei com a mamãe, e ela disse que se você quiser ir não tem problema. Mas no outro fim de semana você ficará com ela duas vezes.
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  Ele ainda mantinha a cabeça baixa e, sério, pensando nas opções.
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  — E também... A vovó quer que a mamãe e o tio Luke vão. Só que aí eu não posso te prometer nada filho, porque eu convidei, mas se eles não quiserem ir é direito deles. Pense na vovó, quando for fazer sua escolha. Qual o tamanho da vontade de vê-la?
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  — Muito, muito papai!
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  — Pois é! E vão estar todos os seus primos e tios por lá! E o vovô... Mas, se você não quiser ir Miguel, não tem problemas, o papai te leva pro sítio outro dia.
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  — A mamãe pode ir?
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  — Mas é claro!
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  — É o que seu pai mais quer Miguelzinho! — pronunciou-se Berta me deixando envergonhado na frente do meu filho.
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  — E o tio Pedro?
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  — Quem?
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  — O namorado dela, papai! E se ela falar que só vai se for com ele?
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  A fala de Miguel me deixou com raiva, mas eu me contive:
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  — Não acredito que sua mãe desejaria que ele fosse para a casa da vovó... Mas, ela pode levar quem ela quiser.
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  — Eu quero ir, mas não quero ficar muito tempo sem te ver depois.
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  — Não vai ficar filho, o papai está de férias agora. Passarei mais tempo em casa, e trabalhando nas novas músicas, então eu vou te ver mais vezes! Façamos assim: eu te levo para a escola — Eu disse me levantando e o colocando em minhas costas enquanto Berta levava as coisas dele para o carro: — E quando eu for te buscar, você me diz o que decidiu. Que tal?
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  — VOCÊ VAI ME BUSCAR NA ESCOLA? — gritou Miguel um tanto quanto animado.
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  — Sim, e vou te levar para a casa da mamãe!
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  — EEEBAAA!
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  — Luan... Você tem a chave? %Melissa% pediu para lhe emprestar a minha.
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  — Se ela não trocou as fechaduras, eu ainda tenho a minha cópia, Berta.
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  — Sério?
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  — Qual o espanto? Por acaso eu já não contei que eu amo demais a %Melissa% para desistir dela?
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  Berta olhou para Miguel na tentativa de notar se ele havia escutado o que eu dissera, mas ele estava concentrado com os brinquedos dentro da mochila. Beijei a testa de minha amiga governanta, afivelei o cinto de segurança na cadeirinha de Miguel, e entrei no carro pronto para mais um dia de retorno à casa.
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  Naquela manhã após deixar Miguel na escola, retornei para minha casa e trabalhei na nova música escrita. Cuja a inspiração fora saber que a minha %Melissa% estava com outro. Liberei a Berta de qualquer outra responsabilidade aquele dia, pois, eu não almoçaria em casa.
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  Ao meio-dia eu já estava na porta da escola, pronto a buscar meu filho e um paparazzo, que havia me flagrado, tirou fotos de nós dois. Decidi que fugir não seria prudente.
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  — Papai, porque tem um moço tirando fotos nossas?
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  — Dê um tchauzinho para ele, filho. É um fotógrafo, e eles tentam tirar fotos do papai no dia-a-dia.
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  — Ah tá... Isso acontece quando estou com a mamãe também. Ela falou que é por sua causa.
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  — Ela fica muito chateada com isso, filho?
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  — Só às vezes, normalmente ela fala para eu ignorar.
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  — Ela está certa.
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  Entramos no carro, e eu segui pensando o quanto a nossa união mexeu definitivamente com a vida de %Melissa%. Ela sempre seria a mãe do meu filho, a ex-mulher — ou não, eu torcia — e mesmo que ela soubesse disso quando nós nos unimos, eu ficara extremamente culpado por não ter valorizado os sacrifícios dela como deveria.
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  — %Mel%? — falei assim que ela atendeu a chamada que eu fiz.
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  — Luan? Aconteceu alguma coisa?
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  — Estou a caminho com Miguel.
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  — Ah sim, obrigada. Eu não poderei chegar cedo, tem certeza que não é melhor pedir à Berta para ficar com ele?
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  — Não, tudo bem. Eu tenho a tarde livre. Não se preocupe.
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  — Certo... Obrigada. Então, fique à vontade.
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  — Até mais.
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  Após o telefonema rápido, perguntei ao Miguel se ele gostaria de almoçar em algum lugar comigo, ou se preferia que eu cozinhasse para nós. E obviamente, o garoto escolheu a segunda opção. E eu achei ótimo. Seria uma boa surpresa para %Melissa% chegar em casa e ver que eu preparei um belo almoço. Ou pelo menos, eu pensava que seria.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖


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Lelen
  — Claro que é! — Berta respondeu sujando a bochecha dele de cobertura de chocolate." Leia mais »

Eu amo a Berta <3

Lelen
  — Se fosse isso, ela simplesmente não falaria. Você não conhece mais a sua mulher?" Leia mais »

Eu amo a Berta <3 +3248239431283913

Lelen
  — Seu outro ex." Leia mais »

EURIALTO OSIADNFAPSODN

Lelen

Só pra deixar claríssimo: EU AMO A BERTA <3
E o Pedro ressurgindo – ainda bem que por ligação só – do além na história (eu já tinha esquecido dele HEHEHEHE). Sai daqui, ninguém te quer nesta história neste momento 🧐
Amo o Luke também e o Miguel nem precisa falar, né? Menino precioso demais. Tô esperando essa tarde aí pra ver no que vai dar. Bora, Melissa, tu vai dar segunda chance sim porque vai 😇😇😇

Ray Dias

Feliz demais que você tá curtindo Lelen! A Berta é mesmo sensacional! ♥ Obrigada por comentar ♥

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