Satou-san to Ayasaki-kun

Escrita porLiv
Revisada por Liv

Há características verdadeiras e fictícias sobre Quioto/Tóquio para melhor adaptação da história.


Capítulo 9 • tension, apologies and family

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

  A sala da diretoria estava silenciosa, de modo que ninguém ousou dirigir a palavra ao diretor; as poltronas ocupadas por mim e Ayasaki-kun são de frente para a de Kobayashi-san, que diferente de minutos atrás, evitava fazer contato visual conosco, e o seu sorriso havia sido desfeito também. Respirei fundo e espiei o garoto do meu lado, vendo que ele fez o mesmo e nós dois assentimos com a cabeça brevemente, como se disséssemos que tudo ficaria bem.
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  Levou cerca de dez minutos para vermos Mei e Haru entrarem no local, visivelmente confusos e preocupados por conta da situação. Um momento depois, uma mulher alta e que beirava os seus quarenta anos se juntou a nós, e pela semelhança, julgo ser a mãe de Kobayashi-san. Ela se limitou a olhar de relance para Ayasaki-kun, sem demonstrar qualquer sentimento ao menino que cuidou desde os seus cinco anos, e isso provocou em mim uma leve irritação, que logo se desfez ao ouvirmos a voz do diretor.
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  — Desde ontem há boatos circulando em nossa instituição sobre os alunos Ayasaki Kyo e Satou Fumi. — O homem suspirou, prosseguindo. — Uma montagem dos dois foi compartilhada por toda a escola e enviada para a direção. Por mais que alguns docentes quisessem suspender ambos, não acho que seja necessário, visto que não fizeram nada de errado. A menos que os jovens queiram ficar em casa por um dia, para que a poeira abaixe.
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  O diretor entregou a foto para Mei e Haru, e nos olhou com uma feição terna, de modo que nos tranquilizasse. Yuki e Aoi já haviam me dito que o diretor era extremamente carismático e legal, além de ser mais novo do que os dos demais colégios – quarenta e cinco anos recém completados, de acordo com elas. No meu primeiro dia, eu não tive muito contato com ele, já que a minha sensei que ficou encarregada de cuidar de mim e de Ayasaki-kun, então, até agora, não sabia o que esperar do homem. Felizmente pude sentir um alívio ao ver que o diretor não acreditava na montagem, mas é triste saber que ainda há professores que preferem punir a vítima por ser literalmente uma vítima, sem se importarem com a veracidade dos fatos.
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  — Asseguramos que os boatos serão cessados em breve e que os professores conversarão com as turmas para que não ocorra mais casos. — O mais velho ofereceu um sorriso de desculpas, ajeitando os seus óculos em seguida.
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  — Ficamos felizes em saber que a gestão da escola está em boas mãos — onee-chan disse séria, quase amassando a foto em suas mãos.
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  Troquei olhares com Haru e, assim como eu, ele tinha plena noção de que se o diretor não falasse o que aconteceria com quem espalhou o rumor, Mei lidaria com o fato ela mesma.
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  — Espero que o culpado seja punido de acordo com as normas do colégio, e que repense bastante em como as suas ações podem afetar o outro — minha irmã disse ainda olhando para o diretor, contudo, era óbvio que suas palavras foram direcionadas à Kobayashi-san.
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  — Desculpe-me, diretor — a mãe da garota entrou na conversa.  — O que isso tem a ver com a minha filha? Como deve saber, eu não sou mais a responsável pelo Ayasaki Kyo.
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  — Estava prestes a chegar nesse ponto. Estou ciente que o novo responsável pelo jovem é o Aoyama Haru, que está presente conosco, e que o avô de Ayasaki-kun já entrou em contato com a administração em relação a isso. A questão é que Kobayashi Yoshiko e suas amigas foram quem criaram e compartilharam a montagem. — A mulher ficou visivelmente surpresa, provavelmente não pensou que tinha sido chamada por sua filha ser a culpada. — Gostaria de reforçar que nossa instituição não compactua com esse tipo de comportamento e aplicaremos uma advertência. Também decidimos suspendê-la por três dias, e a senhorita e suas amizades — se dirigiu a garota — deverão fazer um pedido de desculpas para Ayasaki-kun, Satou-san e toda a sua classe. Os pais das outras meninas já foram acionados, e todas receberão a mesma punição. Mais uma vez, peço desculpas em nome da escola pelo ocorrido e, se precisarem de algo, minhas portas estarão abertas para vocês.
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  O diretor nos liberou primeiro, solicitando que mãe e filha ficassem na sala; ao fecharmos a porta, Mei e Haru envolveram nós dois em um abraço apertado, que retribuímos na mesma intensidade, sentindo o conforto que queriam demonstrar.
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  — Vocês estão bem?
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  — Na medida do possível, estamos — Ayasaki-kun respondeu em meio ao abraço.
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  — Isso é um alívio, sinceramente. – Haru se afastou o suficiente para bagunçar nossos cabelos. — Quem diria que eles passariam por dramas parecidos, certo, meu bem?
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  — Achei que essas coisas tinham ficado no passado, sabe? — Mei encostou a cabeça no ombro do noivo, relembrando seus dias de adolescente. — Pelo menos o diretor é alguém decente. Eu teria arranjado uma briga caso quisessem suspender vocês!
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  — Nós sabemos, onee-chan — segurei sua mão —, nós sabemos.
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  — Bom, sobre faltar um dia, vocês querem? — ela questionou.
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  — Não sei — respondi um tanto pensativa. — Por mais que seja bom, não é como se a montagem tivesse nos afetado muito.
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  — Concordo com a Satou-san.
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  — Tudo bem, pensem certinho e depois nos digam. Se quiserem faltar, entramos em contato com a escola amanhã cedo para informá-los. — Haru olhou o seu relógio de pulso, percebendo a hora que era. — Vocês não precisam ir trabalhar hoje. Aproveitem o restante do dia como bem entenderem, sim? Só peço que estejam em casa na parte da noite para jantarmos juntos lá no apartamento.
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  — Pode deixar, Haru-nii! — Demos um high five automaticamente.
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  — Depois nos digam qual será a sobremesa, vamos levar da confeitaria e…
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  A porta da diretoria abriu e mãe e filha saíram, ambas quietas e com feições indecifráveis, vindo em nossa direção. Elas se aproximaram o suficiente para que ainda mantivéssemos uma distância e a mais velha começou a falar:
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  — Eu e minha filha gostaríamos de nos desculparmos pelo seu comportamento. — Elas inclinaram os seus corpos, em um gesto que podia significar “desculpas”. Ao se levantarem, a garota evitou de nos olhar.
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  — Quando o pedido for sincero e vier de quem deve ser feito, pensaremos se aceitaremos ou não. — Ayasaki-kun se limitou a essas palavras e logo entrelaçou seus dedos com os meus por trás de nossas costas, buscando um pouco mais de conforto. Imagino que para ele não deva ser fácil encarar a mulher que supostamente era amiga da família e sua responsável.
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  Mas, Ayasaki-kun, não temas! Minha onee-chan cuidará disso! Fighting!
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  — Assim como o diretor disse, se precisarem de algo, estarei à disposição.
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  — Terei que cortá-la aí, Kobayashi-san. — Mei cruzou os braços um tanto irritada. — Não é necessário ser solícita, não precisamos de benevolência de alguém que teve coragem de colocar um adolescente para fora de casa. O que espero é que pelo menos com sua filha Kobayashi-san saiba educar e cuidar da menina para que não ocorra nada do tipo futuramente. Agora, eu e minha família temos que ir.
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  Não demos tempo para que retrucassem, apenas seguimos o corredor até o final, felizes por termos com quem contar e nos apoiarmos.
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  N/A: Cheguei com mais um capítulo!
  Sei que foi curtinho, futuramente tentarei trazer capítulos maiores <3
  Fechamos essa questão (por enquanto) das ações da Yoshiko \o/ daqui pra frente teremos mais momentos fofos do que nunca, além de vários eventos que acontecem em mangás (spoiler? hehehehe)
  Amo a Mei <3 Mal posso esperar para vocês conhecerem a história dela e do Haru (vai demorar, já adianto)
  Até a próxima att <3

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Lelen

Te dizer que esse “(por enquanto)” na NA me deixou com a pulga atrás da orelha HAHAHAH
Yoshiko é desprezível, mas eu sei que tem um motivo aí – apesar de eu achar mais fácil pensar que ela é simplesmente assim porque é e pronto kkkk
A MEI É MINHA HEROÍNA, MEU DEUS, EU QUERO UMA CENA EM QUE ELA VAI POR OS PODERES DE LEOA PROTETORA DELA EM AÇÃO HASIHAOSIASNP
Mas essa patada com garras do final na mãe da Yoshiko foi ótima também <3

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