Satou-san to Ayasaki-kun

Escrita porLiv
Revisada por Liv

Há características verdadeiras e fictícias sobre Quioto/Tóquio para melhor adaptação da história.


Capítulo 2 • i know i get the feels

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

  A ficha do que eu acabei de dizer ia caindo lentamente, assim como toda a cena; respirei fundo três vezes na tentativa de aliviar a adrenalina, mas sabia que ela não me daria folga tão cedo. Agir na impulsividade é um dos meus fortes, e infelizmente nem sempre é a melhor saída, ainda mais no meio de uma discussão, contudo, não consegui ver como Kobayashi-san forçava Ayasaki-kun a fazer algo que não queria. Decidida a manter a atuação, permaneci segurando o pulso do garoto levemente, descendo meus dedos para que déssemos as mãos, com medo da garota apertá-lo de novo. Entrei no meio dos dois com a feição séria, demonstrando que não pretendia sair dali e não demorou para que a menina rolasse os olhos, claramente irritada com a minha intromissão.
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  – Ayasaki-kun, isso é verdade? – O seu tom é incrédulo, e eu não a culpava por pensar que era uma mentira, já que, bem, era mesmo.
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  – Sim, estamos namorando há dois meses. – Tanto eu quanto Kobayashi-san o olhamos desconfiadas, ela mais do que eu, obviamente.
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  Ayasaki-kun retribuiu o meu olhar e sorriu, me fazendo observar de perto os seus olhos castanhos esverdeados que brilhavam por conta do sol, hipnotizando toda a minha atenção para si.
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  A sensação de que o holofote pertence somente a nós dois surgiu novamente e eu tinha plena noção que precisava voltar do transe para terminar a situação que criei.
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  – Não quero atrapalhar, no entanto, temos um encontro marcado – comentei entrelaçando nossas mãos ao sentir o braço dele envolver o meu ombro.
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  – Kobayashi-san eu e Fumi-chan precisamos ir. Se cuida.
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  Começamos a andar para longe da garota e de sua casa, e as suas reclamações não passaram despercebidas; Ayasaki-kun continuou na mesma posição até depois de sairmos do radar da outra, e nos separamos quando encontramos um banco afastado do cenário anterior – não que eu me importasse de ficarmos do jeito que estávamos segundos atrás.
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  Definitivamente há algo no garoto que está mexendo com todos os meus sentidos, e eu me pego pensando se isso não é o que chamam de amor à primeira vista?
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  É, eu realmente devo ter enlouquecido.
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  Reparei que estávamos perto de casa e mandei uma mensagem para Mei, explicando brevemente a situação para que ela não se preocupasse. Ofereci um picolé de morango para Ayasaki-kun, procurando o de uva para mim, me deliciando com o gosto que eu adorava sem delongas. O silêncio não é nem um pouco incômodo ou constrangedor, é engraçado dizer que o acho reconfortante, talvez fosse por não nos conhecermos, ou por parecer que nos conhecíamos desde sempre. Independente da razão, aproveitei a brisa fresca de modo que complementasse o momento, sendo interrompida pela voz de Ayasaki-kun:
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  – Obrigado pelo picolé e me desculpa por te chamar pelo nome, Satou-san. É que eu vi que na sua bolsa está gravado, e para dar mais veracidade ao que você falou. – Ele coçou a nuca desconcertado e eu achei uma graça, também envergonhada após assimilar tudo.
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  – Eu é quem deveria pedir desculpas – abanei a mão para que entendesse que estava tudo bem. – Acabei me metendo na situação e falei que era a sua namorada! – Virei o rosto timidamente, com as bochechas quentes e coradas. – Mas… eu gostei da forma que Ayasaki-kun me chamou.
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  – Quando nos conhecermos melhor – se aproximou, igualmente corado e sussurrou perto do meu ouvido –, te chamarei sempre que quiser pelo seu nome. Tudo bem, Satou-san?
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  A única coisa que ecoava em minha mente eram as batidas aceleradas do meu coração, e eu fiquei sem reação, a mercê dessa nova doce e estranha sensação que invadiu o meu corpo. Ficar desse modo com alguém é inusitado, porém, eu estava gostando mais do que imaginava.
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  – Entretanto, tenho uma condição! – exclamou, dando um ar de suspense em seguida. – Satou-san terá que me chamar pelo meu nome hoje, para ficarmos quites.
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  – Essa é a única condição? – Arqueei a sobrancelha.
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  – Sim. – Ele apoiou um dos braços no banco e deitou a cabeça em seu próprio ombro. – E quando nos conhecermos melhor, claro.
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  – Temos um combinado então! – Apertamos as mãos, selando os termos do contrato.
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  Devoramos mais um picolé cada, e a sorte é que eu tinha comprado bastante sorvete, que é o favorito de Mei. A pequena praça me fez recordar a de Tóquio, a qual minha onee-chan me levava para passar a tarde brincando com as folhas, visto que nenhuma das duas se sentia verdadeiramente em casa na nossa antiga residência. Era o horário do meu dia que eu almejava muito, e vê-la me esperando na porta da escola com nossos lanches prontos e com um sorriso alegre provocava uma felicidade sem igual. Sou extremamente sortuda por ter a Mei na minha vida.
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  – Kobayashi Aimi-san era amiga dos meus pais – Ayasaki-kun falou, me tirando dos meus pensamentos distantes. – Eles sofreram um acidente há cinco anos e, por meus parentes morarem bem longe, Kobayashi-san decidiu cuidar de mim. A garota que você viu, Kobayashi Yoshiko-san, é sua filha, e era a única que sonhava com um futuro em que fôssemos uma família. Acho que não teve um mês em que não discutíssemos e, mesmo que em todas as discussões eu quase não falasse, a culpa era sempre minha, de alguma forma. – O garoto suspirou pesadamente. – Tudo piorou com o pedido de divórcio. Seu marido me tratava bem e, não sei por qual razão, a mais velha achou que eu era o motivo da separação. Foram oito meses de brigas e com a mudança para cá, a mulher me expulsou de casa.
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  Escutei sua risada sem humor, enquanto minha reação foi de irritação; do que adianta encher o peito para dizer que é um adulto se não tem a capacidade de agir como tal e cuidar das suas responsabilidades? Expor uma pessoa a situações que claramente não tem culpa é tão errado, ainda mais vindo de quem deveria protegê-la.
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  – Sinto muito, Ayasaki-kun. – Lhe entreguei outro picolé, agora de uva. – Eu meio que entendo isso. Satou Ume-san é o nome da minha mãe ou de quem era pra ela ser. Perdi o meu pai na infância, e antes de me terem, o seu sonho era de ter um filho, ocasionando na adoção da minha onee-chan. Acho que sempre foi um desejo mais do lado do meu pai, de qualquer maneira – o gosto da sobremesa havia se tornado amargo. – Mesmo sem ter a obrigação, quem fez o papel de mãe foi a Mei, e foram incontáveis vezes que a vi me defender de brigas que eu nem compreendia. Nos mudamos da casa da mais velha assim que Mei-chan atingiu a maioridade, e hoje, após anos morando em Tóquio, finalizamos a nossa mais recente mudança para Quioto. Tudo isso foi possível com a ajuda de seu noivo, Haru-nii.
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  – Oh, sinto muito, Satou-san. Parece que temos várias coisas em comum. – O seu riso baixo foi acompanhado pelo meu.
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  – Realmente – encarei o céu, logo me pondo de pé de forma abrupta, o assustando. – Bom, podemos descobrir novidades um do outro durante o nosso caminho.
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  – Satou-san – o olhei curiosa –, eu meio que não tenho lugar para ir. Não precisa se preocupar comigo.
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  – Tarde demais. Mandei uma mensagem para Mei e ela disse para irmos ao seu encontro assim que possível. – Estendi minha mão e abri um largo sorriso. – Vamos para casa, Kyo-kun.
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  Suas bochechas coraram imediatamente ao ouvir seu nome ser chamado, provavelmente o peguei de surpresa com isso. Confesso que queria ver sua reação, e era nítido que tinha sido igual a minha mais cedo; Ayasaki-kun aceitou minha mão, confirmando o convite com um “ok”.
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  Essa doce e estranha sensação tinha um sabor gostoso de verão.
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  E de picolé de uva e de morango.
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  N/A: Segundo capítulo fresquinho para vocês!
  Algumas perguntas respondidas, e conhecemos um pouco mais dos nossos protagonistas! Eu prometo que não terá tanto drama assim hehe
  O que acharam? Não deixem de comentar!
  Até a próxima atualização <3

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Lelen

Mulher, tu tá pior que eu na sofrência dos personagens KKKKKKKK
Ok, eu tava parcialmente certa na minha teoria de quem era quem na história, mas eu tava muito pensando “acho que a moça aí que tava discutindo com o Kyo tem interesse nele” kkkkkkkkkk
Espero que você cumpra com a coisa de não ter tanto drama “assim” (ESSE “ASSIM” MUITO ME PREOCUPA, VEJA BEM)

No aguardo <3

Tsubaki

Gente , eu sei que ela só apareceu por pouco tempo , mas eu tenho 0 paciência pra Kobayashi kkkk
E MDS o Ayasaki é um conquistador ;-; até eu cairia no charme dele ;-;

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