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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Sangue e Chocolate

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

História inteiramente escrita por Pâms.


8 • Ice Cream Cake

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Aeroporto Particular Continental, Vegas

  Uma semana no Continental de Vegas foi umas das melhores da minha vida, entretanto, tinha que voltar aos negócios; e enquanto %Alice% retornava para a agora nossa casa em um jatinho particular oferecido pelo senhor Magnus, estava curioso para saber o breve interesse dele por minha esposa, principalmente pela situação que ocorreu envolvendo nós três.
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  Igor Magnus sabia que eram apenas negócios e que eu estava prestando um favor a um amigo endividado. Contudo, o mundo dá voltas, muitas voltas. Em um piscar de olhos seu inimigo de hoje pode se tornar o amigo de amanhã e vice-versa.
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  — Confesso que ainda me impressiono alguém como você conquistar um coração tão puro como o de %Alice%. — Magnus manteve o tom baixo, porém firme, em sua voz, com a atenção voltada para o jatinho que decolava com minha esposa dentro.
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  — Acredite, eu me faço a mesma pergunta desde o dia em que ela aceitou meus sentimentos por ela. — confessei voltando o olhar para o chão. — Antes que eu fique com ciúmes por falar tanto da minha esposa, vamos aos negócios. O que deseja de mim?
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  — Bem, eu poderia até te pagar para retribuir na mesma moeda, mas tenho minhas suspeitas da pessoa que quer me destruir, então… — Magnus olhou novamente para o horizonte, parecia refletir em suas próprias palavras. — Tenho outro contrato para você, preciso que entregue um recado a uma pessoa.
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  — Alguém da Alta Cúpula? Sabe que não me envolvo com eles. — mantive firme em meus princípios.
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  — Eu sei, você é mais prudente que seu irmão John e sua falecida mãe. — afirmou ele. — Não se desafia a Alta Cúpula, mas pode desafiar as pessoas que trabalham para eles.
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  — Onde pretende chegar com essa conversa? — coloquei as mãos nos bolsos da calça, analisando cada expressão dele.
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  — A mesma pessoa que matou sua mãe, matou uma grande amiga minha, e tenho certeza que você deseja saber quem é a pessoa. — ele sorriu de canto, seu olhar parecia sincero.
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  — Você tem um nome? — indaguei.
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  — Sim, e desejo que entregue um recado a ele. — assentiu.
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  No início, desacreditei das palavras seguintes de Igor Magnus, mas no mundo da Alta Cúpula em que nasci e fui criado, já sabia que não podia confiar em ninguém, nem em minha própria sombra. Após um aperto de mão amigável, me afastei dele e segui para um carro de aluguel, tinha algumas pendências no Hotel Brasilei antes de seguir para Manhattan. Hill era a melhor assistente que eu poderia ter, sempre com os trabalhos que me rendiam melhores pagamentos. 
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  Algumas horas para finalizar o que deveria, peguei o primeiro voo para New York. Quanto mais rápido a execução dos meus serviços, mais rápido estaria em casa. Claro que já me passou pela cabeça a aposentadoria, porém, mediante tudo que havia acontecido com meu irmão John e as consequências de sua saída, me deixava convicto que a melhor opção era continuar na ativa. O que também poderia garantir a segurança de %Alice%.
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  Chegando em Manhattan, fiz o check-in no Continental e segui para meu quarto. Precisava de algumas horas de preparação e análise da planta do prédio em que meu alvo estaria. Às sete horas da noite em ponto, estava eu parado em frente ao Metropolitan Opera, adentrando o prédio avistei um rosto conhecido no hall.
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  — A trabalho, Wick? — a voz sinuosa de Bridget acompanhava seu olhar desejoso para mim.
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  — Sempre. — mantive minha voz seca e o olhar sério direcionado para frente. — E você?
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  — A passeio, tirei um mês sabático e quero aproveitar minhas férias. — respondeu ela.
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  — Está no Continental? Conseguiu resolver seus problemas com eles? — perguntei.
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  — Sim, o Winston é um homem caridoso. — respondeu ela.
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  Ficamos em silêncio por um momento, observando as pessoas que passavam para o auditório onde seria o espetáculo da noite. Meu olhar estava fixo em meu alvo, que seguia pelas escadas em direção ao camarote. Entretanto, conseguia sentir o ar de curiosidade emanando dela.
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  — Diga seus pensamentos, Bridget. — disse.
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  — Soube que se casou. — ela foi direta.
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  — As notícias correm. — comentei rindo baixo.
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  — O sobrenome Wick é muito popular em nosso meio. — explicou ela.
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  Conseguir notar que ela não parecia muito satisfeita, já que sempre disse abertamente seu interesse amoroso por mim. Eu me despedi dela com o olhar e me afastando, segui até as escadas. Olhei para o relógio em meu pulso e cronometrei o tempo da apresentação, o serviço seria feito no ápice dos instrumentos no palco. Mesmo com o silenciador, precisava ser cauteloso e me certificar que o olhar e atenção de todos estivesse na orquestra.
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  Um banho quente e uma ligação para casa foi tudo que eu quis ao retornar ao Continental. Nossa videochamada foi meio longa, mas serviu para me deixar com mais saudades e ansioso para retornar no dia seguinte.
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  — Você realmente estará em Chicago amanhã? — indagou ela novamente com o olhar desconfiado.
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  — Sim, pedi a Hill que reduzisse a carga de trabalho este mês, quero te ajudar com a cafeteria. — confirmei mantendo meu olhar sereno. — Ou você quer fazer isso sozinha?
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  — É claro que não. — ela riu. — Seus braços fortes são sempre bem-vindos!
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  — Ah, senti uma ponta de interesse aí. — brinquei.
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  — Estou com saudade, aconteceu alguma coisa ontem? Você disse que ligaria e não o fez. — perguntou ela.
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  — Está tudo bem, só estou um pouco cansado. — respondi.
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  — E o que o senhor Magnus queria com você? Achei surpreendente ele ter oferecido o jatinho pra mim. — seu olhar confuso era tão fofo.
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  — Somente negócios, mas vou resolver isso. — poucas palavras, ela não precisava saber a história toda.
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  — Não pode me contar ou não quer me contar? — essa indagação havia se tornado rotineira quando o assunto era meu trabalho.
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  — Um pouco dos dois, não quero te preocupar. — sorri de leve. — O que estava fazendo antes de te ligar?
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  — Hum… — ela fez um olhar pensativo. — Estava vendo filmes com o Boris, ele também está sentindo sua falta.
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  — Foi tranquilo quando o pegou no hotel de animais? — perguntei.
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  — Sim, o gerente gravou meu rosto e não tive problemas, mas parece que o Boris emagreceu um pouco, a cuidadora disse que ele não comeu muito por saudade de você. — explicou ela.
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  — Hum…
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  — Mas agora ele está comendo direitinho, acho que também se acostumou comigo. — ela sorriu um pouco.
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  — Ele precisa mesmo se acostumar com você. — afirmei. — Já que agora também é dona dele.
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  Logo que falei, Boris apareceu na tela do celular, se esfregando em %Alice%. Consegui ouvir seus miados baixos e ri um pouco, também estava com saudades do meu amigo de quatro patas.
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  — Vou desligar agora, nos vemos amanhã. — disse a ela.
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  — Eu te amo. — sua voz soou com doçura.
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  — Idem. — respondi piscando de leve.
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  Assim que encerrei a ligação, ouvi o som de alguém batendo em minha porta. Achei estranho, pois não tinha pedido serviço de quarto e se fosse uma visita teriam me ligado da recepção. Levantei da cama e caminhei até a porta, assim que abri meu olhar ficou surpreso com a figura diante de mim.
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  — Lauren Height. — disse o nome da mulher que se mantinha com o olhar profundo para mim.
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  — %Nathaniel% Wick. — sua voz firme não me surpreendeu, mas sua presença ali sim.
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  — Algum problema? — perguntei a ela, sem lhe convidar para entrar.
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  Notei seu olhar descendo do meu rosto para meu corpo, estava sem camisa, e não era proposital. Afinal, não esperava sua presença ali.
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  — Todos… E o meu desejo é você. — ela mordeu os lábios inferiores.
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  — Infelizmente para você, não vai me ter, não por seus status, mas porque eu sou um homem casado e pertenço apenas a uma mulher. — deixei soar de forma áspera a minha voz. — Se é apenas isso, aconselho que volte para seu quarto, caso esteja hospedada aqui. 
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  Direto e claro, me movi para fechar a porta. 
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  — Eu sabia que diria isso. — ela colocou a mão na porta interrompendo minha ação. — E eu não costumo desistir fácil do que quero.
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  — Lauren…
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  — Tenho um serviço para você. — continuou ela.
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  — Já disse que não vou trabalhar para você. — retruquei.
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  — Tenho certeza que esse vai querer. — ela insistiu, o que me deixou curioso. — Posso entrar?
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  Eu não deveria, mas assenti abrindo um pouco mais a porta para ela passar. Fiquei observando-a dar seus passos sinuosos pelo quarto, se atentando a cada detalhe até parar na janela e se voltar para mim. Um sorriso nebuloso no canto do rosto.
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  — Diga. — me pronunciei.
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  — Como sabe, sou casada com Godric Height, e por mais que meu marido me dê tudo o que eu quero, ninguém dura para sempre, ainda mais se for da Alta Cúpula. — ela iniciou seu discurso de introdutório. — Depois que meu marido descobriu estar doente, por dias eu me peguei pensando, eu não posso dar filhos ao meu marido, infelizmente minha genética não me permitiu, se ele morrer, o que será de mim?
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  — Você é casada com ele, não é a herdeira? — perguntei intrigado com a sua preocupação.
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  — Claro que logicamente eu seria, isso se não fosse por um pequeno problema. — ela encostou no beiral da janela e cruzou os braços. — Meu marido tem uma filha bastarda, de um romance de anos atrás, e em seu testamento ele deixou tudo para ela.
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  — Então se ela não existir, pela lei, tudo passa a ser seu. — conclui a história.
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  — Exatamente onde quero chegar, e tenho certeza que vai me ajudar com isso, já que são somente negócios. — afirmou ela.
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  — Como tem certeza que vou te ajudar? Não tem nada a me oferecer. — indaguei.
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  — Nem o nome da pessoa que matou sua mãe? — ela sorriu de canto.
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  — Eu já sei quem foi e seu destino está sendo traçado por mim. — coloquei as mãos no bolso da calça de moletom em meu corpo. — Se é somente isso, pode ir.
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  — Não quer saber o nome dela? — instigou.
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  — Para quê? Eu não vou trabalhar para você. — permaneci firme.
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  Lauren se afastou da janela dando alguns passos até mim. Parando em minha frente riu de leve.
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  — Vou te dar algumas para pensar, ela pode morrer pelas suas mãos ou pelas mãos de outro assassino. — ela continuou convicta. — Não importa quem vai ser, colocarei a cabeça dela a prêmio.
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  — Por que quer tanto que eu faça isso? — perguntei curioso.
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  — Porque tenho certeza que seria melhor ela morrer pelas mãos do seu marido. — o sorriso nebuloso se manteve em seu rosto.
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  E eu não tive reação para retrucar ou ameaçá-la. Ao mesmo tempo que estava estático ao saber que ela se referia a %Alice%, eu estava confuso por minha esposa ser filha de alguém tão poderoso na Alta Cúpula.
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"Someone call the doctor."
- Overdose / EXO

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