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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Sangue e Chocolate

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

História inteiramente escrita por Pâms.


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Tempo estimado de leitura: 12 minutos

Wick House, Chicago

  — Não deveria ter feito isso. — sussurrei para ela, após terminar o beijo.
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  — Seus olhos me dizem o contrário. — ela manteve o olhar seguro. — Do que você tem medo?
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  — Só não quero te colocar em perigo. — aleguei a ela.
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  — Me colocar em perigo? — ela riu. — Eu já não estaria só de morar com você? Podemos ser amigos, mas não podemos passar disso?
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  — Acredite, é melhor assim. — eu me afastei e segui até a área de serviço.
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  Pegando um pano, retornei à cozinha e a encontrei vazia. Respirei fundo e limpei toda a bagunça que fizemos. Passei a noite no porão organizando minha maleta para a viagem e tentando não pensar no quão chateada ela estaria. No meio da madrugada passei por seu quarto e a porta estava entreaberta, abri um pouco e fiquei alguns segundos observando-a dormir.
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  Era louco a forma como me transmitia paz até mesmo vê-la assim. No meio do caos da minha vida escura e cheia de sangue, eu a tinha como um chocolate que adoçava todo o gosto amargo do meu mundo.
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  — Ela ainda vai me deixar louco. — sussurrei ao seguir para meu quarto.
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  Na manhã seguinte, ao nascer do sol, já estava entrando no táxi com destino ao aeroporto. Algumas horas até Atlanta e finalmente pude com precisão e rapidez cumprir meu trabalho. Exatamente como Hill havia dito, não demorou nem meia hora para finalizá-lo com sucesso a tempo de pegar o último embarque para Dallas. E não, não voltaria tão cedo para casa, pois meus dias de descanso haviam terminado e tinha mais três serviços para realizar.
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  Quatro dias em Dallas, três dias em Los Angeles, e última parada em Manhattan. Não me contive em me hospedar no Continental, já que haviam reativado e consagrado novamente, mantendo a direção de Winston.
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  — %Nathaniel%. — disse Winston ao me ver, um sorriso singelo manteve no rosto. — Estou feliz em vê-lo, principalmente depois das turbulências envolvendo seu irmão.
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  — John gosta de chamar a atenção, estou feliz por ele ser o popular da família, assim as pessoas não se lembram de mim. — brinquei voltando o olhar para Charon, o concierge. — O mesmo quarto de sempre, está vago?
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  — Sim, senhor Wick. — respondeu o homem. — Para quantas noites?
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  — Apenas uma. — respondi.
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  — Espero que não arrume confusões como seu irmão. — continuou Winston, mantendo o olhar analítico para mim. — Andei ouvindo boatos a vosso respeito.
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  — Sobre? — eu o olhei.
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  — Igor Magnus. — respondeu.
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  — Eu só estava ajudando um amigo. — aleguei em minha defesa.
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  — Sua ajuda fez o homem dobrar a segurança. — revelou ele.
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  — Bem, este problema não é meu. — retirei duas moedas do bolso e coloquei em cima do balcão e pegando as chaves. — Agradeço pelo quarto.
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  Me afastei deles e segui para o elevador. Só precisava de uma noite de sono para voltar para casa. Hill não tinha conseguido minha reserva para aquele dia e eu estava preocupado por passar tanto tempo longe de casa. %Alice% poderia estar desprotegida, ainda mais pelos boatos que rondava com meu nome e a maldita ajuda que tentei dar a Hugh.
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  — Nunca mais eu ajudo ele. — sussurrei para mim mesmo, retirando a camisa e entrando no banheiro. — Só me deu dores de cabeça, pelo menos meu caminho cruzou o de %Alice%.
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  Como eu conseguia ver um lado bom nisso, se agora eu estava mais do que envolvido com ela. E sim. Ser apenas um amigo era algo pesado demais para mim que agora senti o gosto do seu beijo. Eu queria mais e estava decidido a levar adiante minha loucura de me permitir gostar de alguém.
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  — Olha só quem ainda está vivo. — disse a senhora Height ao esbarrar em mim no corredor do Continental na manhã seguinte. — O homem que recusou um trabalho de mim.
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  — Senhora Height. — abaixei um pouco o olhar em cumprimento.
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  — Por favor, pode me tratar com menos formalidades. — ela sorriu de canto. — Me chame de Lauren.
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  — Lauren, não imaginava que alguém de padrões altos frequentava o Continental. — comentei olhando-a desconfiado.
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  — Bem, estou aqui a negócios. — explicou ela. — Mas este lugar também serve a Alta Cúpula, não somente pessoas como você.
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  — Verdade. — concordei.
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  — Posso lhe convidar para uma bebida? — perguntou ela, seu olhar ficou mais sugestivo.
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  Ergui meu pulso direito e olhei no relógio as horas. Ainda tinha um tempo e estava curioso para saber o que ela queria com aquele convite.
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  — Acho que disponho de alguns minutos. — aceitei.
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  Um leve sorriso se abriu em sua face e seguimos para o restaurante do hotel. Sentados em uma mesa ao canto, pedimos uma garrafa de vinho Bordeaux Sauvignon Blanc 1997. O olhar da mulher se manteve fixo em mim e com uma pitada de desejo também, o que pela primeira vez me fez sentir incomodado. Talvez por meus pensamentos estarem na ansiedade de ver %Alice% novamente.
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  — Qual o teor do seu convite? — perguntei após saborear o primeiro gole do vinho. — É intrigante. Para uma mulher casada e conhecida, pode não ser bem visto.
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  — Por favor, por que não esquecemos a parte do casada? — sugeriu ela. — Eu apenas curiosa para conhecer o irmão mais novo de John Wick; se realmente é parecido com ele em todas as formas.
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  — Devo levar como um elogio? — perguntei com serenidade no olhar.
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  — Claro. — ela riu com delicadeza. — Quando ouvi sua voz ao telefone, senti o forte desejo de te conhecer pessoalmente, confesso que é exatamente como pensei.
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  — Espero não ter decepcionado. — mantive o tom sério.
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  — Não, pelo contrário, me deixou surpresa. — eu senti sua perna tocar a minha.
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  Era o início de uma possível sedução de sua parte. Já havia passado por esta situação muitas vezes. Contudo, ao contrário de antes, nenhuma mulher conseguiria mais minha atenção momentânea. Havia uma em minha casa que detinha tudo para ela.
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  — Eu agradeço pelo vinho, mas é somente isso que conseguirá de mim. — tomei mais um gole e me levantei.
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  Antes que pudesse me afastar, ela segurou em meu pulso, olhando de forma rancorosa.
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  — Recusou meu serviço, e me recusa também? — seu tom tinha traços de amargura e irritação.
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  — Aconselho-te a voltar para seu marido. — peguei em sua mão com cuidado para não machucá-la e a soltei de mim. — Jamais teremos algum tipo de assunto em comum, não vou trabalhar para você, Lauren.
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  Me afastei e segui para o balcão de recepção e fechei a conta. O táxi me aguardava na porta com a rota para o aeroporto.
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  Finalmente quando cheguei em casa, soltei um suspiro aliviado ao entrar e me deparar com %Alice% na cozinha fazendo alguma coisa, e Boris tentando chamar sua atenção passando por suas pernas.
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  — Boris, não pode ficar me desconcentrando. — a voz dela soou despreocupada. — A forma está quente, poderia tê-la derrubado.
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  — Devo pensar que fez algo para mim? — perguntei, fazendo-a notar minha presença.
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  — %Nathaniel%, você voltou. — ela tentou conter a alegria em me ver, mas seus olhos brilharam um pouco.
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  — Demorei mais do que o planejado, mas estou de volta. — disse fechando a porta ativando a fechadura eletrônica e colocando a maleta de armas ao lado do sofá. — Estou curioso pelo cheiro, tem chocolate no meio.
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  — Fiz cookies novamente. — respondeu ela.
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  — Hum… — sorri de canto caminhando em sua direção.
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  — Você aceita…
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  Nem mesmo a deixei terminar a frase e lhe beijei de surpresa. O que eu queria fazer a muito tempo, envolvê-la em meus braços sem medo dos riscos que poderia atrair para sua vida. Agora entendia um pouco mais meu irmão, quando abriu mão do trabalho da família para ficar com sua esposa. Ali estava eu trilhando o mesmo caminho, temendo que acontecesse comigo o mesmo no futuro.
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  — O que foi? — perguntei, ao sentir seu afastamento após o beijo.
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  — Você ainda está com medo. — afirmou ela.
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  Como conseguia sentir isso com apenas um beijo? Eu havia colocado todas as minhas emoções naquele momento.
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  — Já que…
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  — Posso ficar em perigo ao seu lado. — completou ela, mantendo o olhar sério — Que perigo é esse?
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  — Uma parte de mim é como um monstro que não se pode prender em uma gaiola. — comecei a explicar para ela, subjetivamente. — Você pode se machucar por causa dessa parte.
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  — Está relacionado aos seus trabalhos? Com aquele homem do concurso? — perguntou ela.
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  — Sim. — assenti.
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  — Eu não me importo. — ela parecia mais decidida e corajosa que eu.
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  Era vergonhoso para mim. E ao mesmo tempo um consolo.
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  — Você tem sido a melhor parte do meu dia. — revelei a realidade atual.
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  — Me deixe ser a melhor parte da sua vida então. — ela segurou em minha mão, entrelaçando nossos dedos.
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  — Por quê? — perguntei — Sou um estranho com problemas de socialização e que pode trazer riscos à sua vida.
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  — Estamos há meses dividindo a mesma casa, te achei bem sociável ao longo desse tempo. — ela riu. — E quanto à minha vida, acho que você pode me proteger…
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  Ela mordeu o lábio inferior e se aproximou mais de mim.
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  — Está nítido que não quer que eu vá embora, e eu não quero ir. — continuou ela — Tem algo em você que me atrai, e não é porque passou uma noite com minha amiga.
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  Ela soltou uma gargalhada boba e sutil.
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  — Mas confesso que não parei de pensar em você desde aquela madrugada. — ela desceu um pouco o olhar, pareceu pensativa — Eu deveria estar com medo, mas… Todo esse mistério que te rodeia me deixa ainda mais atraída.
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  Seu olhar subiu para mim novamente com uma pitada de inocência reluzindo. O que me fez beijá-la novamente com mais intensidade e menos culpa. De forma doce e maliciosa, envolvi meus braços em sua cintura e a senti aninhar-se em mim, causando um arrepio em meu corpo. Notei que seu coração também estava nitidamente acelerado.
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  — Obrigado por me fazer sentir paz. — sussurrei para ela.
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  Percebi um singelo sorriso no seu rosto, que me aqueceu ainda mais por dentro. %Alice% era realmente o que faltava em minha vida, mas que relutava em deixar entrar. O amor que poderia me redimir de todos os meus pecados, para que houvesse um pouco de luz em minha vida.
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Eu não preciso de um mapa, meu coração me leva a você
Mesmo que o caminho seja perigoso,
Eu não posso parar agora
Eu nunca me esqueci de você por apenas uma hora.

- Black Pearl / EXO

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