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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Sangue e Chocolate

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

História inteiramente escrita por Pâms.


5 • Tamales

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Algum lugar de Chicago

  Permaneci em um dos cantos do imóvel apenas olhando-a caminhando pelo lugar ainda impressionada. Logo seu olhar desconfiado se voltou para mim novamente e sua face ficou mais séria.
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  — Isso tudo aqui é mesmo real? — indagou ela pela terceira vez.
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  — Não acredita em mim? Depois de todo esse tempo? Achei que fôssemos amigos. — me senti um pouco ofendido.
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  — Me desculpa, mas é um pouco surreal demais para mim. — confessou ela. — Você ainda não me disse muita coisa sobre você, o que não me deixa em paz com tudo.
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  — Apenas saiba que não faço coisas convencionais. — uma forma subjetiva que encontrei.
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  — Hum… — ela fechou a cara um pouco.
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  — Está com fome? — mudei de assunto.
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  — Não mude de assunto. — reclamou ela.
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  — Mudo, sim. — eu ri e segurei em sua mão. — Tem um restaurante mexicano muito famoso aqui perto, que tal?
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  Ela riu de leve. Aquilo me aquecia por dentro de uma forma curiosa. Deixamos o imóvel e seguimos caminhando pelas ruas. Ao entrar no Nacho Taco, nos sentamos na mesa aos fundos e fizemos nosso pedido. O lugar era bonito e bem descontraído, %Alice% se empolgou com um senhor que se aproximou de nossa mesa e lhe convidou para dançar um pouco, no pequeno espaço reservado que parecia uma pista de dança. Ao som de um canto ao vivo, seu corpo começou a se mover sendo guiado pelo senhor. Apenas fiquei a observando atentamente. 
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  Foi neste momento que percebi alguém também atento a ela. Não sabia quem era a tal pessoa encapuzada, mas me incomodou muito. Minha atenção se voltou novamente para %Alice%, que se aproximou da nossa mesa aos risos.
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  — Você deveria experimentar, é bem divertido. — aconselhou ela.
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  — Se quiser me ensinar a dançar... — brinquei com ela.
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  — E você não sabe? — ela se mostrou surpresa. — Aquela senhora ali te ensina rapidinho.
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  Ela apontou para uma senhora de vestido floral.
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  — Acho melhor não tentar. — eu ri.
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  — Vou ao banheiro, volto rápido. — disse ela se afastando.
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  Assim que ela sumiu em meu campo de visão, me voltei para a pessoa de capuz, que se levantou despistadamente. Como eu imaginava. Me levantei e segui para a direção do banheiros também, tive que me desviar de um casal no caminho, mas cheguei a tempo de ver a pessoa de capuz em frente ao banheiro feminino pronta para entrar. Foi quando eu a agarrei pela blusa, arrastando-a para o banheiro masculino. 
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  Entrando em um reservado vazio, o joguei contra a parede, me certificando que era mesmo um homem, o que aparentou desde o início, por seu porte físico. Ele se debateu e tivemos um pequeno confronto naquele micro espaço, até que consegui obter vantagem e o pressionei contra a parede lateral.
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  — Quem te mandou e o que você quer com ela? — perguntei demonstrando minha fúria com o olhar.
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  — Quem é você para entrar em meu… — eu o calei com um soco.
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  — Responda. — elevei mais a voz.
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  O homem cuspiu seu sangue em minha cara e riu.
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  — Pode me bater o quanto quiser, não vou dizer. — ele riu mais.
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  — Como quiser. — disse encerrando nossa conversa.
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  Não controlei minha raiva e continuei a socar sua cara até desmaiá-lo. Deixei seu corpo caído dentro do reservado, mantendo a porta fechada e me aproximei da bancada da pia. Lavei minhas mãos e, umedecendo o papel, passei no rosto. Com um respirar fundo, voltei para o salão e lá estava %Alice% novamente na pista dançando com o senhor. Fiquei com um pouco de inveja, mas me contive, afinal, o máximo que me permitia aproximar dela, era apenas para ser seu amigo. 
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  Agir com prudência seria melhor para nós dois, e seguro para ela.
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  Antes mesmo que pudesse voltar a nossa mesa, a tal senhora de vestido floral me abordou no caminho, me arrastando para a pista também. Eu me senti um deslocado com ela toda animada tentando me fazer dar alguns passos de rumba. Somente conseguia ouvir as gargalhadas de %Alice% ao lado. 
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  Pelo menos alguém estava se divertindo ali.
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  Por alguns movimentos errados de minha parte e mal intencionados do senhor Juan. O corpo de %Alice% rodopiou pela pista até parar em minha frente. Senti minhas mãos tocarem sua cintura para lhe dar apoio no término do giro, foi a primeira vez que estivemos tão perto. E dentro de mim precisava ao máximo controlar meus instintos e desejos por ela.
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  — Opa, parceiro errado. — brincou ela, ao abrir um largo sorriso.
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  — Sim. — assenti. — Ainda temos um jantar pela frente, não está com fome?
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  — Verdade, me distraí tanto com as músicas que acabei esquecendo do nosso pedido.
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  Voltamos para a mesa e finalmente pedi ao garçom que trouxesse os pratos. Não era com frequência que degustava dos pratos mexicanos, mas minha preferência era sempre os tamales. Uma receita feita com 'masa', um tipo de massa de milho e gordura, que é cozida no vapor envelopado por folhas de bananeira ou de milho, seus recheios eram contemplados com uma variedade de carnes ou vegetais. E minha escolha sempre seguia para o frango.
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  — Eu adorei nosso final de noite. — disse ela, assim que entramos em casa — Nunca me diverti tanto, definitivamente quero voltar naquele restaurante.
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  — Fale por você. — disse num tom baixo, me sentindo envergonhado.
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  — Ah, para. — ela me deu um toque de leve no ombro. — Foi divertido sim, a dona Guadalupe foi uma fofa de levando para dançar.
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  — Eu pisei no pé dela o tempo todo; garanto, não nasci para isso. — assegurei a ela.
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  — Mas não finja que não gostou. — ela manteve o sorriso no rosto para mim.
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  — Que bom que você se divertiu. — retribui o sorriso.
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  Ela se afastou e deu alguns passos para a direção da cozinha e olhou a tigela de Boris. Em poucos movimentos, trocou a ração e deixou a tigela no mesmo lugar. Não demorou muito para que meu gato ouvisse o barulho, despertando de seu sono no sofá e seguisse na direção da comida.
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  — Eu vou tomar uma ducha, depois de tanta dança, acho que preciso de um banho. — avisou ela.
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  — À vontade. — assenti.
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  Assim que ela sumiu do meu campo de visão, senti meu celular vibrando no meu bolso. Ao retirar, era uma ligação de Hill, com certeza com mais um trabalho para mim. O que de fato se confirmou ao atendê-la.
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  — Saudades da minha voz?! — perguntou ela, em tom de brincadeira.
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  — Um pouco, o temos para hoje? — perguntei.
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  — Bem, antes de irmos aos negócios, queria dizer que você anda contraindo bons inimigos, meu caro. — comentou ela, demonstrando preocupação — O que te fez atacar Igor Magnus?
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  — Como sabe sobre isso? — indaguei.
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  — Alguns associados andaram comentando e nossas fontes me informaram. — respondeu ela — Um trabalho à parte? Achei que trabalhássemos juntos.
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  Notei que ela estava chateada por aquilo.
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  — Só estava ajudando um amigo, mas no final não deu certo e Magnus ainda está inteiro. — expliquei de imediato, dando alguns passos até a parede de vidro e olhando o jardim da lateral. — E se tenho inimigos, até agora nenhum veio bater em minha porta.
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  — Sorte a nossa que sua cabeça não está a prêmio, como a do seu irmão. — suas palavras soaram espontâneas. — Ah, tive notícias dele, está bem e manda lembranças.
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  — Que bom, fico mais aliviado por isso. — suspirei fraco. — Quanto ao trabalho...?
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  — Ah, sim, Atlanta dessa vez, não vai precisar nem se hospedar, é algo rápido e silencioso. — garantiu ela.
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  — Mande as informações, devo seguir viagem quando? — perguntei.
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  — Amanhã pela manhã, já reservei seu voo. — finalizou ela.
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  Trocamos mais algumas informações e logo me virei para a direção do corredor, sentindo a presença de %Alice%. Ela estava vestida com um pijama meu. Era incrível como mesmo tendo trazido suas roupas do hotel em que estava hospedada, ela continuava a vestir as minhas com naturalidade. Isso mexia com minha mente de uma forma.
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  — Eu ouvi uma parte da sua conversa, vai viajar? — perguntou ela.
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  — Sim. — respondi.
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  — Trabalho? — continuou.
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  — Sim. — mantive meu olhar sereno para ela, esperando a próxima pergunta.
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  — Eu posso saber mais sobre isso? — um olhar de criança surgiu dela.
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  — Não. — eu guardei meu celular no bolso e segui em sua direção. — Essa é a parte que não posso contar.
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  Havíamos feito um acordo amigável de confiança. Eu contaria até a parte em que ela poderia saber. Seria honesto de alguma forma.
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  — E quando você vai? — ela deu dois passos chegando até mim.
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  — Amanhã, pela manhã. — respondi.
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  — Que tal uma sobremesa para terminarmos bem à noite? — sugeriu ela.
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  — Não está cansada? — perguntei, observando-a passar por mim até a área da cozinha.
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  — Não, estou com desejo de comer cookies. — respondeu, abrindo a porta de um dos armários e retirando os ingredientes.
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  — Desejo? Pelo que sei, não está grávida. — brinquei.
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  — Quem disse que tem que estar grávida para desejar comer algo? — ela me olhou confusa. — E se eu tivesse, você seria o pai?
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  Nos olhamos sérios por um momento, até que ela caiu na gargalhada. Mantive em silêncio a observando em seu preparo, até que %Alice% resolveu me chamar para ajudá-la. Eu realmente gostava de gastronomia, mas para doces e sobremesas, não tinha tanta aptidão manual. Entretanto, inicialmente me senti confortável e empolgado com suas explicações de uma mestre cuca para um aprendiz. Minha atenção inteira voltada para ela e seu olhar que brilhava constantemente.
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  Em um piscar de olhos, de forma travessa, %Alice% jogou um punhado de farinha na minha cara e, surpreso com aquilo, devolvi. Uma guerra de ingredientes começou até que acidentalmente derrubamos o frasco de leite; o líquido no chão nos desequilibrou um pouco e ela, ao escorregar, me puxou pela camisa junto. 
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  Meu corpo caiu sobre o dela e nossos olhares se cruzaram. Sua respiração, um pouco ofegante e meu coração acelerado. O que essa garota estava fazendo com meu psicológico? Eu não posso me envolver, mas ao mesmo tempo a única coisa que desejo é tocá-la. Em um movimento racional de minha parte, me afastei dela levantando primeiro.
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  — Devemos ter mais cuidado. — disse me virando. — Vou buscar algo para secar o chão.
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  — %Nathaniel%. — ela me chamou, segurando em minha mão.
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  — Sim? — eu me voltei para ela novamente.
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  E antes que pudesse reagir a qualquer coisa, senti seus lábios tocarem os meus. Fui aquecido por dentro de imediato, e percebi seu corpo arrepiar também. Fechando meus pensamentos racionais bloqueados, apenas retribui o beijo com a intensidade que passei todo aquele tempo reprimindo dentro de mim.
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Estou com sede
Eu vou tomar deste copo
Transbordante
Eu não sei o que fazer esta noite
It’s the love shot.
- Love Shot / EXO

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