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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Pandemonium

Escrita porLelen
Revisada por Any

03 • Again

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

  %Candy% perdeu a conta de quantas vezes acordara com lágrimas nos olhos vendo a mesma cena da manhã anterior. Sangue, pedaços. Aquilo se repetia milhares de vezes em sua mente, nunca a deixando dormir sem um traço de horror no rosto. A noite fora turbulenta e quando o sol finalmente despontou, %Candice% já tinha os olhos abertos e uma expressão de alívio pela manhã ter chegado, não ter que dormir mais e sonhar novamente.
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  Levantou do chão de sua sala e encarou todos os seus amigos dormindo sonoramente em camas improvisadas. Era uma bela família, pensou ela deixando uma lágrima solitária escorrer em seu rosto anormalmente pálido. Foi até a cozinha e preparou seu cereal matinal. Enquanto procurava o leite na geladeira com a tigela na mão, sentiu um calafrio percorrer por toda a sua espinha, o que a fez pular e derrubar a tigela estrondosamente no chão gélido da cozinha.
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  — Caramba, amiga, o que você tá fazendo? Procurando constelações em cereais espalhados pelo chão? — %Michelle% entrou no local com a cara amassada e bocejando.
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  — Não, eu me descuidei e deixei a tigela cair — %Candy% respondeu coçando a nuca.
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  — Ah, deixa que eu limpo isso, vai fazer um café da manhã descente pra nós. — Ela sorriu brincalhona enquanto recolhia os cacos maiores do chão.
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  — Ovo mexido?
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  — Ah, que tal panquecas com sorvete? Sabe que eu amo suas panquecas! — %Michelle% exclamou piscando.
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  — Hahaha, puxa saco. — %Candy% sorriu indo preparar os ingredientes.
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  Nove da manhã e todos já estavam acordados e sentados em volta da mesa da cozinha. Todos tinham ouvido os gemidos e murmúrios de medo de %Candice% na madrugada, mas preferiram não comentar, sabiam muito bem que a amiga diria se precisasse de amparo. Logo a tarde chegou, mais monótona do que o normal.
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  — Quel tal se a gente jogar um pouco? — %Greg% fez a infeliz pergunta.
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  — Não, %Greg% — %Michelle% respondeu em tom seco.
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  — Ah, pelas Merys! — o rapaz insistiu.
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  — Eu não vou jogar, se quiser joguem vocês, mas eu ainda acho muito estranho essa história toda — %Candice% murmurou parecendo mais pálida ainda.
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  — Você tá um saco, sabia? — %Gregory% reclamou indo pegar seu vídeo-game.
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  — E você é um babaca, sabia %Greg%? A %Candy% está sofrendo com tudo isso, devia parar de agir assim! — %Michelle% reclamou com o rapaz, que retorceu a cara e foi para um dos quartos com TV da casa.
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  — Vou dar uma volta... — %Candice% murmurou antes de sair pela porta da frente.
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  — Espera, vamos com você! — %Mike% exclamou correndo atrás da moça, puxando os outros dois restantes junto.
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  %Candy% se sentia mal por tudo aquilo. De alguma forma, ela se sentia a culpada pela morte das amigas, por ter colocado aquele jogo na vida de todos os seus amigos. Mas será que isso tinha algo a ver? Ou teria sido apenas coincidência o fato de três pessoas após jogarem o game aparecerem mortas no dia seguinte? Ela não conseguia parar de pensar nisso, os fatos simplesmente implicavam isso.
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  — E se não for coincidência? — %Candice% perguntou de repente, depois de longos minutos em silêncio sentada no banco de um parque.
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  — O quê? — %Mark% perguntou erguendo a sobrancelha.
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  — Essas mortes, as mortes de nossos amigos. E se não for coincidência e muito menos suicídio? — ela questionou aflita.
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  — E o que mais seria? Maldição? — %Michelle% perguntou irônica.
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  — Eu tô falando sério, não acham estranho de mais Merydith e Merydian aparecerem mortas depois de jogarem? E ainda mais estranho, exatamente do jeito que morreram no jogo? — %Candy% parecia bastante convicta de sua suposição.
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  — %Candy%, eles morreram, não importa mais... Acabou. — %Michelle% tentou abraçar a amiga que se afastou o máximo que o banco permitia.
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  — Então é assim? Quer dizer, existem fatos apontando coisas estranhas e vocês vão simplesmente cruzar os braços me dizendo que acabou? — A morena se levantou enquanto dizia isso.
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  — Bem, analisando dessa forma, as chances de uma pessoa morrer coincidentemente como em um jogo são de um em um bilhão, ou seja, as chances disso acontecer são quase nulas... — %Mike% disparou a falar.
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  — Viram? E se %Mike% estiver certo? %Greg% corre perigo agora! — %Candice% exclamou já virando em direção a saída do parque.
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  — Vocês estão ficando loucos! Quer dizer, um jogo matando? — %Michelle% falou enquanto corria atrás de %Candice% e %Mike%, acompanhada por %Mark%.
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  Os quatro chegaram à casa de %Candy% escancarando a porta. Chamaram por %Greg%, mas não obtiveram resposta. A moça já estava começando a ficar aflita, quando ouviram um barulho vindo da sala de TV. Todos correram para o lugar e encontraram %Greg% "jogado" em cima da televisão, tentando conectar algum fio do lado de trás.
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  — O que tá fazendo, %Greg%? — %Candice% perguntou soltando um suspiro de alívio.
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  — Tentando arrumar essa merda que travou, o que mais? — ele resmungou tentando mexer seu personagem com o controle do vídeo-game.
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  — Eu disse — %Michelle% falou indo ajudar o rapaz.
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  — A %Candy% estava pensando que... — %Mark% começou a falar, mas foi interrompido.
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  — Eu sei, ela pensou "o jogo está matando a todos", eu também pensei, mas pensei melhor e achei loucura — o rapaz murmurou ainda concentrado na tela da TV que estava congelada. — E olha só o que eu descobri, os espelhos normais quebram na presença da Condessa, mas esse aqui não quebrou; na verdade ele pausou o jogo, que agora não quer voltar a funcionar...
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  %Greg% voltou sua atenção para os fios da televisão, enquanto os outros se dispersavam pela casa.
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  A noite chegou logo e como %Candice% ainda parecia bastante abalada pela morte das amigas, os outros quatro amigos resolveram passar mais uma noite com a garota. %Gregory% havia parado por um tempo de jogar o game, o negócio realmente travara. Pediram uma pizza para o jantar e ficaram assistindo a filmes de comédia na TV até pegarem no sono. Mais uma vez todos dormiram perfeitamente bem, exceto %Candice% que teve uma madrugada de sonhos sem nexo e assustadores. Neles ela viu a morte de seu melhor amigo, que morrera pendurado no lustre do segundo andar da casa dos pais; viu a morte das irmãs Merys, cada parte de suas mortes violentas. Quando acordou, o sol já iluminava a pequena sala onde todos dormiam.
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  %Candice% suava violentamente quando recobrou completamente a consciência.
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  — Tudo bem, %Candy%? — Ela levou um susto quando percebeu que não era a única acordada.
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  — %Mark%? — O encarou antes de responder à sua pergunta. — Claro, tudo bem.
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  — Olha, sei que mal nos conhecemos, mas pode contar comigo, ok? — Ele a olhou reconfortante.
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  — Ok, obrigada, %Mark%, mas eu realmente estou bem. — Mentira, pensou ela antes de voltar a se cobrir, já eram oito da manhã de uma segunda-feira, mas a garota não estava nem um pouco a fim de ir para a faculdade.
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  — Bom, vou para as aulas, qualquer coisa deixei meu celular gravado no seu telefone, tudo bem? — O rapaz já estava perto da porta quando ouviu um murmúrio agradecendo, vindo debaixo das cobertas. — Mais tarde volto para ver como está e para trazer comida decente pra toda essa cambada — o rapaz informou antes de fechar a porta.
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  %Candice% ficou deitada encarando o teto branco, relembrando seus sonhos. Olhou para a porta pela qual %Mark% havia acabado de sair e se tocou de que a mesma estava destrancada. Pensou em ir trancá-la, mas refletiu bem. Não é do que está lá fora de que preciso ter medo, pensou ela antes de fechar os olhos e cair num sono conturbado e turbulento novamente.
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