Noivado de Conveniência

Escrita porRay Dias
Editada por Natashia Kitamura

Epílogo

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Um ano depois.

O sítio estava novamente cheio de risadas, fumaça de churrasco e aquela algazarra típica que só a família inteira reunida conseguia produzir. O sol já se punha, dourando as árvores ao redor, quando Miguel ajeitou a camisa e lançou um olhar cúmplice para Caio. O amigo ergueu discretamente o polegar em aprovação, como quem dizia: é hoje.
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  Todos sabiam. Os pais, os avós, até os primos mais distantes que tinham vindo aproveitar a piscina. Todos estavam por dentro do grande segredo do dia: Miguel finalmente pediria Sofia em casamento. Todos, exceto duas pessoas — Sofia e Camila.
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  E, ironicamente, era justamente Sofia quem parecia mais desligada de tudo. Enquanto Miguel suava tentando manter o anel escondido no bolso, ela andava de um lado para o outro, inquieta, mordendo o lábio. Camila, que a observava de perto, não resistiu:
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  — Você não vai conseguir disfarçar, Sofi. Ou faz logo o teste ou vai surtar.
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  — Camila! — Sofia sussurrou, indignada, olhando para os lados. — Aqui? Agora?
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  — Agora. — Camila cruzou os braços, implacável. — Eu trouxe na bolsa. Vai, antes que eu mesma te arraste pro banheiro.
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  Resmungando, Sofia cedeu, desaparecendo com a amiga pela casa.
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  No quintal, Lúcia notou a ausência das duas e cutucou Anselmo:
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  — Procura as meninas, vai. Essa altura já devem estar tramando alguma coisa.
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  Anselmo chamou Vera e Helena, e juntos entraram, mas antes que conseguissem dar dois passos para dentro, um grito ensurdecedor ecoou da parte de cima da casa.
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  — AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!
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  Era Camila. E não era de pavor — era euforia pura.
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  Todos no quintal se entreolharam, sem entender nada. Miguel gelou. Ele pensou em correr até lá, mas antes que pudesse, a porta da varanda se abriu e Sofia surgiu.
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  Ela estava pálida, os olhos marejados, a respiração curta. Caminhou devagar até o centro do quintal, onde todos a cercaram num silêncio tenso.
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  — Filha? — Vera deu um passo à frente, assustada. — O que foi?
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  Sofia ergueu a mão trêmula. Entre os dedos, a paletinha branca, reveladora, que cintilava como se fosse fogo.
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  — Eu… eu tô grávida.
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  Um segundo de silêncio absoluto se seguiu, antes que o quintal explodisse em gritos, aplausos, choros e risadas. Lúcia chorava abraçada a Helena, Anselmo rodava o chapéu no ar, e Vera já fazia planos de roupinhas e nomes.
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  Miguel, por outro lado, ficou paralisado. O sorriso aberto veio, mas junto com uma confusão genuína. Ele piscava, tentando processar a cena.
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  — Grávida…? — repetiu, como se a palavra fosse estrangeira. — Mas… como assim grávida?
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  Sofia olhou pra ele, rindo e chorando ao mesmo tempo, completamente assustada.
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  Foi então que Caio, com seu timing impecável, se aproximou e deu um tapinha no ombro do amigo:
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  — Relaxa, cara. Agora ela não pode nem dizer “não” pro que você vai fazer.
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  Sofia piscou, confusa.
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  — O que ele tá falando?
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  O coração de Miguel disparou. Era agora. Sem conseguir esperar mais um segundo, ele enfiou a mão no bolso e se ajoelhou ali mesmo, diante de Sofia, ainda segurando o teste.
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  — Ele tá falando disso… — disse Miguel, abrindo a caixinha com o anel. Os olhos dele brilhavam, firmes. — Sofia, a gente começou essa história aqui no sítio, ainda incertos e achando que tudo não passava de uma confusão. Mas cada segundo com você provou que nosso amor é a coisa mais verdadeira da minha vida. Eu amo você. Amo a nossa vida juntos. E se você deixar, eu quero te amar como marido, como pai… como tudo. Casa comigo?
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  O quintal inteiro foi tomado por gritos de torcida, palmas e choradeira generalizada. Camila gritava mais alto que todos, como se fosse ela a pedida em casamento.
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  Sofia levou a mão à boca, lágrimas descendo sem controle. Ela olhou para Miguel, para o anel, para o teste ainda tremendo nos dedos. O coração dela parecia que ia explodir.
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  E então, rindo e chorando ao mesmo tempo, ela balançou a cabeça.
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  — Sim!
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  Miguel levantou, a beijou sob a explosão de aplausos, e o sítio inteiro vibrou como se fosse final de Copa. E, entre risos, Caio berrou para todos ouvirem:
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  — Agora é oficial, galera! O namorado de emergência virou noivo… e pai de conveniência também!
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  A festa explodiu em gargalhadas.
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  E assim, entre a fumaça de churrasco, cheiro de madeira e a luz suave do entardecer, Sofia e Miguel começaram seu próximo capítulo — não mais uma mentira, mas a mais verdadeira das histórias.
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Fim

Nota da autora: Ai gente, eu amei demais escrever esse par de namorados de emergência com noivos de conveniência! Ansiosa por seus comentários, então não me deixem vibrar sozinha por esse final! Ah, e te convido a ler as minhas outras histórias, então visite minha página de autora aqui no site!

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