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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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My Little Thief

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 32

Tempo estimado de leitura: 14 minutos

  %Nalla%

  — %Nalla%? — ele me olhou um pouco confuso e desconfiado — Tudo bem?
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  — Sim. — assenti se afastando do telefone. — Por quê?
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  — Nada. — ele deu alguns passos se afastando da porta. — Ligou para alguém?
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  — Pensei em ligar para casa, ainda estou preocupada com o Cronos, mas desisti. — expliquei inventando uma desculpa plausível. — E você? Se cansou de ficar na piscina?
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  — Foi um pouco complicado pensar em outras coisas, imaginando você aqui em meu quarto. — ele me olhou com suavidade. — Mas não se preocupe, não vou te deixar desconfortável.
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  — Sei que não. — caminhei até a cama e peguei meu tablet, o desligando. — Alguma novidade? E sua conferência de medicina no Uruguai?
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  — Tudo que me importava já havia sido discutido. — respondeu ele cruzando os braços e se encostando na parede. — Eu estava quase voltando para casa.
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  — Então mais uma vez eu tive sorte. — sorri de leve, guardando o tablet na bolsa. — Quando você disse casa, está falando da França?
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  — Não. — ele suspirou um pouco. — Estou falando da Coréia.
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  — Hum? — por essa eu não esperava, até quando não quero ter sorte as oportunidades surgem na minha cara.
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  — Está surpresa?
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  — Um pouco. — desviei meu olhar para a janela, deixando minha bolsa em cima da mesa ao lado da porta para o banheiro. — Você sempre disse que não se via voltando para seu país, o que vai fazer lá? Servir o exército?
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  — Não. — ele riu. — Eu já fiz isso, antes da universidade.
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  — Uau.
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  — É seu “marido” quem ainda não foi. — comentou ele segurando o riso.
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  — E isso interfere em algo? — perguntei meio confusa.
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  — Hum, talvez. — ele fez um breve silêncio. — Depende se ele vai continuar sendo seu álibi.
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  — Uma pergunta curiosa. — dei alguns passos até a porta. — Bem, estou com fome, você me acompanha?
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  — Claro. — Siwon descruzou o braço, dando um sorriso largo. — A comida desse hotel é maravilhosa.
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  — Imagino, já ouvi muitos elogios.
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  Eu tinha uma semana para me resolver, por ironia, acabei passando três dias no Rio de Janeiro com Siwon, acho que era a folga que precisava para esvaziar minha mente. Não era somente roubar meu álibi, mas também tinha a resposta que eu deveria dar a eles, a escolha que eu também não estava preparada para fazer.
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  Escolher entre %Suho% e Siwon, era tão difícil quanto escolher roubá-los ou não, mesmo que a resposta fosse muito óbvia, a pior parte era admitir para mim mesma o que eu sentia e o que eu deveria fazer. Mas aqueles dias ali, na companhia de um amigo, não do Siwon, meu álibi do passado, mas do Siwon meu amigo, que sabia um pouco sobre mim e me conhecia mesmo com minhas máscaras, estava me fazendo muito bem.
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  — Tenho que admitir, o SPA daqui é muito bom. — disse ao entrar no quarto.
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  — Que bom que está gostando. — ele estava encostado na janela de braços cruzados, seu olhar para mim era o mesmo, intenso. — Tenho uma novidade para você.
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  — Para mim? — o olhei meio curiosa. — O que seria?
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  — Você, como uma pessoa VIP para nós, foi convidada a um jantar muito importante na verdadeira casa da família Cho. — disse ele num tom sinuoso.
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  — Como assim verdadeira casa? Que jantar é esse? — perguntei me fazendo de desentendida.
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  — Um jantar em comemoração ao aniversário de casamento dos meus pais.
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  — Mas e a festa na casa dos seus pais em Paris? — perguntei confusa.
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  — Aquilo. — ele riu. — Foi uma simples celebração para amigos mais simples, o jantar de agora será para pessoas exclusivas.
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  — Me sinto lisonjeada por estar na lista. — sorri de canto.
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  Eu conseguia sentir o grau de ostentação em cada palavra dele, era como se, neste momento, estivesse finalmente tendo acesso ao lado mais sério e verdadeiro de sua família. Essa é uma das provas que todos temos segredos e mistérios em nossa vida, a família Cho estava se tornando um mistério para mim, algo que eu queria decifrar. E tinha certeza que descobriria muito mais coisas, se fosse aquela casa.
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  — Considere seu convite aceito. — o olhei com pouca intensidade. — Ainda estou devendo um presente a sua mãe.
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  — Acredite, ela vai adorar ver você lá. — comentou ele.
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  — E quando vamos? — perguntei.
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  — Nosso voo parte daqui duas horas. — respondeu ele.
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  — Nosso? Você diz como se soubesse que eu aceitaria.
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  — Bem, de alguma forma eu já imaginava isso. — ele se espreguiçou indo em direção a porta. — Vou te deixar à vontade para se preparar.
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  — Não acredito que eu vá demorar duas horas. — ri um pouco.
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  — Mulheres costumam demorar. — ele brincou abrindo a porta. — Quando estiver pronta, estarei na recepção.
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  — E suas malas?
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  — Já estão lá embaixo. — ele saiu do quarto rindo.
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  “Mulheres costumam demorar.” Eu ainda era a LT pontual de sempre, ri um pouco daquele comentário dele e caminhei até o banheiro, uma ducha quente para relaxar meu corpo e me preparar para 24 horas de voo até o outro lado do mundo. Para a surpresa dele, não gastei muito tempo para me arrumar e conferir minhas coisas, deu até tempo para o almoçarmos em um restaurante chamado Demoiselle, dentro do aeroporto do Galeão.
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  Literalmente um dia depois, estávamos desembarcando no Aeroporto Internacional de Incheon, foi surpreendente ver %Suho% me esperando na área de espera, ele estava encostado em uma coluna, de braços cruzados com o olhar fixo em mim. Tenho que admitir, meu coração acelerou um pouco quando o vi.
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  — Bem-vinda. — disse ele com sua voz suave quando eu parei na sua frente.
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  — Hum, como vocês dizem, komaweyo. — eu me mantive um pouco séria, mas com um disfarçado sorriso de canto.
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  Ele sorriu espontaneamente, assim que Siwon se aproximou de nós, ele parecia mais sério ainda, o que estava me deixando um pouco intrigada. Nós saímos do aeroporto, Siwon pegou nossas malas e colocou dentro do porta-malas, eu fiquei ao lado de %Suho% esperando. Siwon terminou, e pegando as chaves da mão de %Suho%, entrou no carro e partiu.
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  — Para onde ele vai? — perguntei.
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  — Para casa. — %Suho% me olhou tranquilamente. — Nós vamos comprar um presente para meus pais.
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  — Nossa. — eu sorri meio sem entender. — Um programa de casal logo na minha chegada.
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  — Siwon me disse que você está devendo um presente para minha mãe.
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  — Sim, é pelo quadro que ela me deu. — assenti o seguindo até um carro.
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  — Aquele carro não era meu. — %Suho% retirou outra chave do bolso. — Esse é meu carro. — ele apertou o chaveiro para desativar o alarme.
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  — O que mais eu não sei sobre sua família? Porque Siwon ficou muito misterioso nas últimas horas.
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  — Não me olhe assim. — ele riu abrindo a porta para mim. — Não somos da máfia.
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  — Me prove. — eu entrei no carro, mantendo meu olhar nele.
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  Ele riu fechando a porta e foi para o outro lado, entrou no carro e colocou o cinto de segurança, assim que deu a partida, acelerou.
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  — Minha família é comum, a única coisa que nos difere das outras, é que temos muitos amigos importantes e sabemos de alguns segredos deles. — explicou de forma meio superficial.
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  — Hum, o que faz vocês serem notados, então. — conclui.
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  — Basicamente isso. — ele dirigia com tranquilidade, seu olhar atento ao trânsito, mas o sorriso discreto se mantinha em seu rosto. — Mas, vamos falar sobre você agora.
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  — Sobre mim? — mantive meu olhar para a rua. — O que quer falar sobre mim?
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  — Seu roubo, Siwon me contou sobre a pequena família que vocês tiveram. — ele riu baixo. — Fiquei com um pouco de inveja dele, mesmo que tenha sido uma mentira.
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  — Confesso que nunca me vi casada com três filhos, ainda mais com o Siwon. — ri um pouco também. — Mas talvez eu não esteja imaginando isso com a pessoa certa.
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  — O que quer dizer com isso? — sua voz se mantinha suave, mas com um tom de ansiedade.
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  — Estou tentando descobrir. — encostei minha cabeça no vidro.
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  Estava mesmo tentando descobrir ou realmente admitir o que já tinha descoberto, talvez as palavras de Natália estejam fazendo sentido, estar ao lado de %Suho% era diferente, era mais do que somente confortável. Estar com ele era como o complemento que eu sempre procurava, depois de concluir meus roubos, algo que me fizesse esquecer quem sou e ser normal.
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  — Você está muito pensativa. — comentou ele estacionando o carro na rua.
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  — Só estava apreciando a arquitetura local. — respondi destravando o cinto de segurança. — Posso saber onde estamos?
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  — Eu tenho um amigo que é oleiro, viemos buscar uma encomenda que fiz. — ele segurou em minha mão e começou a me guiar até a entrada do lugar.
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  Pela entrada parecia uma galeria de arte, mas quando entrei fiquei impressionada, havia vários vasos de porcelana e cerâmica expostos pelo lugar, as peças pareciam ser muito bem modeladas, pelos preços que estavam indicando. %Suho% me deixou olhando as peças da loja e entrou em uma porta aos fundos, o lugar era realmente clássico com um toque moderno em seus efeitos com as luzes de led.
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  Eu fiquei um pouco entretida com um pequeno vaso branco, com pequenas flores de cerejeira desenhado nele, cada detalhes esculpido e desenhado me deixava um pouco fascinada. Por um breve momento, senti uma vontade de obter aquele objeto para mim, ossos do ofício, comecei a rir.
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  — Pelo riso, imagino que seja mais um pensamento travesso. — disse %Suho% aparecendo ao meu lado.
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  — Não consegui resistir. — rindo desviei meu olhar para ele. — O que foi buscar?
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  — Nosso presente para minha mãe. — respondeu ele levantando a sacola que estava em sua mão.
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  — Hum. — olhei superficialmente, tinha uma caixa dentro da sacola. — Posso saber como é?
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  — É um vaso inspirado na dinastia Goryeo, minha mãe vem expressando o desejo de ter um assim há um tempo. — explicou ele.
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  — Que bom que ela poderá ter seu desejo realizado agora. — voltei meu olhar para o vaso com a pintura de cerejeira.
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  — Gostou mesmo dele? Se quiser posso te dar. — sugeriu ele.
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  — Não, dinheiro para comprar eu tenho, mas agradeço a oferta. — eu sorri.
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  — Está tudo bem? — perguntou ele.
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  — Por que a pergunta? — eu o olhei intrigada.
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  — Siwon me disse que você tem andado mais silenciosa que o normal. — explicou ele. — Está preocupada com o último roubo?
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  — Talvez, mas parte disso é cansaço. — me afastei um pouco dele. — Bem, para onde vamos agora?
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  — Está com fome? — perguntou ele pegando em minha mão novamente.
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  — Um pouco.
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  %Suho% me guiou novamente, mas desta vez não voltaríamos para o carro, andamos um pouco pelas ruas do bairro de Gangnam, considerado o bairro mais rico de Seoul. Estava mesmo parecendo um legítimo encontro de casal, ele me fez tirar algumas fotos com minha câmera profissional, já que atualmente eu estava investindo no meu novo hobbie, a fotografia.
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  Eu já tinha estudado um pouco sobre técnicas de fotografia, ângulos, precisão e composição, mas nenhuma técnica se comparava ao sorriso espontâneo e doce que %Suho% fazia quando me olhava. Aquilo estava me deixando sem reação, sem ar e principalmente, estava me fazendo me sentir culpada antecipadamente, olhar em seus olhos estava me fazendo pensar em algo que nunca tinha feito em todo aquele tempo de profissão.
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  O olhar de %Suho% para mim, estava me fazendo desistir de vê-lo como um objeto de desejo ou mesmo álibi, eu estava começando a vê-lo como “meu marido”.
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“Eu te amo muito, mas meu orgulho nessas palavras,
Não me permitem dizê-las a você,
Hoje vou juntar toda a minha coragem e te dizer,
Então escute calmamente, eu vou cantar para você.”

- Sing for You / EXO

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