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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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My Little Thief

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 30

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

  Peter

  Eu estava na minha sala, era a segunda leva de relatórios que me mandava fazer, acho que estavam querendo me manter ocupado, assim não teria tempo para fazer minhas investigações pelo sistema. Era legal ser um hacker, mas ao mesmo tempo era chato, ainda mais quando se estava sempre sendo vigiado pela empresa onde trabalhava.
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  As horas foram passando, até que no final da tarde Cedric me ligou revoltado, seu plano tinha dado errado, ainda me perguntava por que ele nunca me escutava. Como ele conseguiria prender alguém sem provas? Mas aquele cabeça dura nunca me escutava.
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  — Diga suas frustrações. — disse ao atender o telefone.
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  — Tem certeza? — perguntou ele com uma voz amargurada. — Tenho muitas.
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  — Eu disse para você ter cuidado e esperar, agora ela sabe que está mesmo atrás dela, quem quer esteja protegendo ela, vai te caçar até o final da Terra. — repeti o que já tinha dito dias atrás.
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  — Agora, mais do que nunca, preciso da sua ajuda, preciso desse dossiê que está confeccionando. — retrucou ele.
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  — Vai ter que esperar, ainda não consegui nada muito comprometedor. — me espreguicei um pouco — E como já avisei, não posso te enviar mais nada, terá que esperar eu reunir tudo.
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  — E o que vou fazer até você terminar? — ele parecia ainda mais frustrado.
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  — Não sei, você é o agente. — pensei por um tempo. — Ah, temos uma testemunha, vá atrás desse tal Davi, já te passei o endereço.
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  — Boa ideia, vou ter uma significativa conversa com esse tal Davi, talvez possa ter mais pistas sobre como associar %Nalla% a Cassie.
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  — Te desejo sorte e me deseje sorte também.
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  — O que está tramando?
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  — Hoje vou invadir o sistema oculto da Interpol, terei acesso aos arquivos dos prodígios.
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  — Tome cuidado e boa sorte de novo.
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  Desliguei o telefone e olhei para o monitor do computador, estava adiando demais minha investigação e iria aproveitar aquela noite para realizar meu maior feito como um hacker profissional. Deixei a hora passar até terminar meus relatórios, desliguei tudo na minha sala e peguei meu tablet, só iria precisar do programa dentro dele para quebrar todas proteções do sistema.
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  Esperei a maioria das pessoas irem embora e me tranquei no banheiro até a madrugada, abri o forro do teto e fui seguindo pelo duto de ar até o escritório do diretor geral da Interpol, era um dos membros mais importantes e de maior influência. Eu tinha certeza que ele escondia alguma coisa, abri o forro e desci, retirei a lanterna do meu bolso e fui até a mesa. Assim que liguei o computador e conectei meu tablete nele, iniciando a infecção do sistema com um vírus que tinha criado, aquilo iria me ajudar a passar por todas as senhas e contra senhas que teria no sistema e chegar até os arquivos ocultos.
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  — Ah, acho que agora eu consigo o que estou procurando. — sussurrei para mim mesmo.
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  Assim que o vírus se completou, comecei acessar o arquivo oculto, havia muitas pastas sobre muitas missões e investigações sigilosas, e após procurar dentro de pastas e mais pastas, encontrei a dos prodígios. Foi um suspiro grande de alívio, fiz uma contra cópia oculta enviando para meu tablet, havia uma pasta reservada somente com informações sobre Cassie e %Nalla%. Aquela pasta que fazia todos as nossas suspeitas se concretizaram, tinha todas as provas que poderia ser uma ligação de %Nalla% com Cassie.
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  — Achei. — sussurrei de leve.
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  De repente, ouvi um barulho vindo do lado de fora, fechei todas as pasta e desliguei o computador, assim que voltei para o duto de ventilação, deixei o forro entreaberto para ver quem entraria na sala. Minutos depois finalmente a porta se abriu, era o diretor Marx.
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  — Você vai me desculpar sr. D, mas o que a LT fez foi um insulto. — disse ele com voz áspera. — Ela deveria me entregar o pacote.
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  — Você já deve saber que ela não pode ser domada, não posso fazer mais nada quanto a decisão dela, minha prodígio já passou por cima dos seus princípios para atender seu pedido. — disse uma voz firme, porém suave, não conseguia ver a face do homem.
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  — Princípios? — ele riu. — Não sabia que uma mera criminosa tinha princípios.
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  — Meça suas palavras.
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  — Estou pagando por isso, senhor D. — retrucou ele.
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  — Pagando? — ele riu. — Você ameaçou a minha criança. — o homem se aproximou do diretor e pegou no colarinho de seu terno. — Se eu pedi que ela completasse essa missão, não foi por causa da sua chantagem, proteger a imagem da LT não é um pagamento, é sua obrigação.
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  — O que está fazendo? — o diretor parecia um pouco assustado naquele momento e atordoado. — Como ousa falar assim comigo? Com que direito?
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  — Tenho muito mais direito do que você imagina, e você me deve muito mais do que imagina, nunca mais ouse usar a LT para conseguir o que quer, ela só pegou aquela criança, porque seria vantajoso para mim, e não por sua reles causa. — o homem soltou o terno do diretor e lhe deu um soco o fazendo cair no chão — Ah, só mais uma coisa, Marx, jamais se refira a LT como uma mulher qualquer, ela vale mil vezes mais que qualquer agente idiota que você tem aqui, ou melhor, cada fio de cabelo dela vale muito mais que você.
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  O homem se afastou e saiu da sala. Engoli seco vendo tudo aquilo, o diretor Marx era um cliente da LT, e pior, ele conhecia o chefe dos prodígios. Será uma bomba quando eu contar para Cedric.
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  %Nalla%

  Não seria fácil mesmo convencer Natália a ficar com aquele bebê, mas depois que expliquei toda a história em detalhes, desde o início me escondendo no quarto de %Suho%, até aquele momento com Siwon me ajudando a roubar aquele bebê. Ela ficou sem reação por alguns minutos e até ignorou o fato de eu estar envolvida com o irmão do Siwon, e pior, eu usá-lo tranquilamente como um álibi.
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  Natália me deixou no apartamento sozinha e saiu por alguns minutos, quando retornou, estava com algumas sacolas em suas mãos, tinha algumas coisas para o bebê, inclusive leite especial para dar a ele. Fiquei com medo de perguntar se ela aceitaria ficar, ou me expulsaria de lá com meus problemas e confusões, mas minha irmã era muito legal comigo.
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  — Me desculpe por trazer minhas loucuras para você. — disse pegando algumas das sacolas da sua mão e colocando em cima da mesa.
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  — Irmãos são pra isso, não é? — ela me olhou respirando fundo. — Não vou dizer que estou feliz com a vida que você leva, mas tenho que agradecer, porque foi através disso que hoje somos livres e sobrevivemos.
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  — Não precisa dizer com essas palavras. — eu a abracei apertando um pouco. — Também te amo.
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  — Só disse a verdade, graças a você posso fazer faculdade e ter uma profissão digna, quando olho para o nosso passado, não dava para vermos um futuro bom. — sua voz continha tristeza, mas ao mesmo tempo alívio por estarmos melhor. — Devo agradecer ao Dean por isso também?
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  — Acho que sim. — suspirei um pouco. — Então, eu sei que pode ser perigoso, mas preciso manter essa criança a salvo, longe de muitas pessoas.
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  — Eu deveria dizer não, mas também não deixaria um inocente desamparado. — disse ela me olhando com sinceridade. — Você sabe que ser mãe é uma responsabilidade e tanto?
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  — Por isso que tem que ser você, me desculpa por estragar sua vida acadêmica. — disse fazendo cara triste.
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  — Seu olho de criança abandonada não me convence, %Nals%. — ela riu. — E quanto a faculdade, estava mesmo pensando em mudar de curso e de cidade.
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  — De quanto você precisa? — perguntei já pensando na grana que daria para que ela se instalasse em algum lugar legal.
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  — Ainda não sei, mas e quanto aos documentos do bebê?
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  — Acho que ficarão prontos em dois dias, serão entregues aqui.
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  — Tudo, tipo, tudo? Porque até mesmo para um registro terá que ter aquelas coisas de médico para provar que eu estive grávida.
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  — Quanto a isso, não se preocupe, esse meu amigo é muito bom em forjar evidências.
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  — Tudo bem. — ela respirou fundo. — Enquanto esperamos, eu dou um jeito de organizar minha vida aqui.
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  — Já sabe para onde vai? — perguntei meio curiosa.
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  — Estava pensando em fazer gastronomia em São Paulo, o que acha?
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  — Você sempre gostou de cozinhar. — sorri de leve. — E por falar em comida, minha barriga está vazia.
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  — Imaginei. — ela riu indo em direção a cozinha. — Que tal spaghetti a la carbonara?
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  — Uah, comida italiana, já amei! — eu ri indo atrás dela. — Estava com saudade da sua comida.
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  — Imagino, e como está o Cronos?
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  — Bem, passou por uns momentos de depressão por causa da minha ausência, mas está recuperado!
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  — Que bom. — ela riu abrindo o armário. — Ainda não acredito que está em um relacionamento.
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  — É falso. — afirmei.
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  — Mas seus olhos dizem que é real. — ela me olhou. — Se fosse o Siwon, até entenderia, você me disse que vocês era só físico, mas consigo perceber que quando fala desse %Suho%, seu coração bate mais forte, seus olhos brilham quando fala o nome dele.
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  — Bobagem sua. — dei de ombros não querendo admitir.
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  — Eu te conheço, minha querida irmã! — ela riu de novo. — Agora vá ver como está seu sobrinho.
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  — Nossa, mamãe.
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  Eu fui até o quarto rindo e olhei como estava o pequeno bebê, era mesmo bonito e muito quieto, a menos que esteja com fome. Voltei para a cozinha e continuei a conversar com Natália sobre o futuro da criança, de todo o modo, somente eu saberia o segredo dela, eu e minha irmã. Iria esconder até mesmo do Dean, não deixaria que ele se aproveitasse da oportunidade, afinal, quando eu digo não, é realmente não.
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  Os dois dias se passaram, como previsto, recebemos um pacote com todos os documentos que eu precisava para dar ao bebê uma nova vida, e tivemos o prazer de escolher um nome para ele. Seu nome seria Joseph e sua mãe oficialmente seria Natália, a família não estava completa e eu iria providenciar isso mais tarde, porém já era suficiente dar a um inocente a chance de não ser usado, não pelo menos por outra pessoa que não fosse eu, sua salvadora.
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  Ajudei Natália a organizar as coisas para a mudança, não levaria muita coisa, apenas as roupas do corpo e objetos pessoais. Seria uma vida nova em São Paulo, compramos um apartamento no bairro Liberdade, em um edifício com boa vista e vizinhos que não cuidam da sua vida. A rua era pouco movimentada, tinha boas escolas particulares perto e era próximo à parte mais comercial do bairro, uma localização perfeita para recomeçar.
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  Natália passaria os primeiros meses cuidando exclusivamente do pequeno Joe, depois ela iria se matricular no curso de gastronomia na USP, e dinheiro não seria problema para mantê-los confortável e realizar o sonho da minha irmã. Assim que terminamos de arrumar parte das coisas no apartamento dela, recebemos uma visita inusitada e nada esperada.
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  — Dean? — disse assim que abri a porta pensando ser o síndico.
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  — Boa tarde, LT. — disse ele parado me olhando.
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  — Quem é, %Nals%? — Natália veio do quarto com Joe no colo e parou estática no meio da sala. — Senhor D.
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  — Posso entrar? — perguntou ele de forma natural.
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  — Claro. — me afastei para ele passar. — O que faz aqui? Como você...?
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  — Encontrei vocês? — ele sorriu de canto. — Sabe que nada passa por meus olhos, sempre sei dos seus passos, %Nalla%.
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  — O senhor aceita alguma coisa? — perguntou Natália tentando não gaguejar.
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  — Não, obrigado. — ele direcionou seu olhar para Joe. — Fico feliz que o pacote esteja bem e que esteja ajudando sua irmã.
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  — Irmãos são pra isso, ajudar. — confirmou ela.
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  — Devo imaginar algo a mais sobre isso? — ele se virou para mim.
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  — Esse bebê não vai sair daqui. — afirmei me mantendo firme.
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  — Eu sei, jamais passaria por cima da sua vontade. — ele sorriu novamente. — Soube que Siwon está no Rio à sua espera.
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  — Minhas malas ficaram com ele, tenho que ir buscar. — expliquei.
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  — Entendo, mas acho que será bom o encontro de vocês. — ele suspirou um pouco. — Podemos conversar em outro lugar?
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  — Claro. — me virei para Natália. — Eu volto mais tarde.
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  — Tudo bem. — ela assentiu mantendo sua atenção em Dean.
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  Eu estava mesmo surpresa por ele estar ali, mas só confirmou que eu jamais sairia das vistas dele, uma vez prodígio, sempre prodígio. Dean sempre seguiria meus passos em qualquer lugar que eu fosse, isso era um fato. Entramos no táxi e seguimos para um lugar tranquilo e calmo, ele me levou ao Parque do Ibirapuera, caminhamos um pouco até chegar numa parte mais elevada, fiquei olhando para o céu do final da tarde, formava um colorido bonito. Era raro esses momentos normais que eu me atentava para as coisas simples da vida.
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  — Pare de me olhar e diga logo o que quer. — disse voltando meu olhar para ele. — Por que veio aqui?
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  — Para falar do seu último roubo. — disse ele.
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  — Se não quis tratar disso pelo telefone, é porque é sério. — sibilei um pouco imaginando o que poderia ser.
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  — Sim, algo que talvez você possa não aceitar, mas é a única que conseguirá fazer.
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  — Direto e preciso. — respirei fundo — Diga então, qual é meu último serviço.
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  — Você terá que roubar seu álibi.
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  O quê? Pensei comigo mesma o olhando.
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"Someone call the doctor."
- Overdose / EXO

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