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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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My Little Thief

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 29

Tempo estimado de leitura: 17 minutos

  %Nalla%

  A amiga de Siwon iria monitorar toda a movimentação das enfermeiras, o bebê estava ficando em um quarto isolado com em uma incubadora individual, sendo cuidado por uma enfermeira específica. Meu trabalho era substituir essa enfermeira, e foi o que fiz de imediato, assim que a senhorita entrou no banheiro, entrei atrás dela. A desmaiei e coloquei acomodada em um reservado do banheiro, uma pequena placa de interditado para facilitar.
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  Saí do banheiro com meu disfarce, uma máscara muito bem encaixada, peruca trivial e o crachá de autorização da enfermeira desmaiada. Assim que me aproximei do quarto, fui barrada por dois seguranças que estavam na porta, eles me perguntaram por que eu estava ali e onde estava a outra mulher.
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  — A outra enfermeira teve que se ausentar, mas eu vim para substituir ela. — disse ao segurança mais charmoso. — Se quiser, posso chamar a dra. Rosalie para confirmar.
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  — Bem, Juan, vá até a doutora e confirme isso — disse ele para o segurança mais robusto.
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  — Por que eu? Logo agora que iria comer algo, estou com fome. — ele bufou .— Os outros já deveriam ter chegado.
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  — Deixe de ser esfomeado e vai logo, sou eu que estou no comando.
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  — Ah... — o outro saiu espraguejando um pouco.
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  — Hum, então é você o chefe? — perguntei dando um sorriso. — Adoro homens que mandam.
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  — Bem, eu sou sim, adoro mandar. — disse ele abrindo a porta. — Vamos.
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  — Você vai ficar aqui dentro comigo? — perguntei ao entrar. — Estou com medo de me desconcentrar.
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  — Nossa. — ele parecia um pouco vergonhoso por meus elogios. — Me desculpe pelo meu charme.
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  — Eu largo o serviço às sete, poderíamos ir a algum lugar depois daqui — mordi o lábio inferior desviando minha atenção para a incubadora.
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  — Será um prazer — ele sorriu de canto.
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  — Ah, enfermeira... Onde está a enfermeira Jones? — disse a dra. Rosalie ao entrar.
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  — Ela precisou sair para comer algo, acho que estava passando mal por não se alimentar direito. — disse de forma convincente como já havia combinado com ela. — Eu estou aqui para substituir ela.
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  — Você está a muito tempo no hospital? — perguntou ela fingindo não me conhecer.
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  — Sim, estou no meu terceiro mês de estágio — respondi com segurança.
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  — Ok. — ela olhou para o segurança. — Você está aqui, vim examinar o bebê pela última vez e assinar a alta dele.
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  — Dra. Rosalie, minha patroa vai vir em uma hora pegar a criança.
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  — Eu já sei. — ela o olhou. — Agora poderia, por favor, se retirar para que eu possa fazer meu trabalho?
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  — Como quiser. — o segurança me olhou novamente. — Te vejo mais tarde.
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  — Até mais tarde — sorri para ele o olhando até que saísse e fechasse a porta.
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  — Ufa. — Rosalie respirou aliviada e sussurrando. — O que pretende fazer agora?
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  — Isso.
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  Eu peguei a bandeja de metal que estava na mesa ao lado da incubadora e bati na cabeça dela, peguei seu corpo antes que caísse e coloquei cautelosamente no chão. Me voltei para a incubadora e abri, fiz um emaranhado de lençóis e panos para colocar o bebê, e após encaixá-lo com precisão, amarrei em meu corpo de forma segura, minha loucura me faria sair daquele quarto de forma mais imprópria possível. Minha sorte era que o quarto estava localizado na região sul do prédio, sem vista para a rua, ninguém me veria saindo pela janela.
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  Respirei fundo reunindo forças e coragem, saí pela janela da forma mais lenta possível, passo a passo fui seguindo pelo beiral até que cheguei na janela do quarto ao lado. Siwon já estava me esperando, eu retirei todo aquele pano e coloquei o bebê em cima da cama, fui até o banheiro que tinha no quarto e retirei todo o meu disfarce, joguei no vaso.
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  — E agora? Qual a segunda parte do seu plano? — perguntou ele olhando para o bebê.
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  — Vou para o andar de baixo pelo lado externo, enquanto isso, você leva o bebê. — o olhei vestido de faxineiro. — No cesto de roupas sujas que você trouxe.
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  — E esse bebê não vai morrer com falta de ar? — perguntou ele.
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  — Não. — peguei o bebê e o coloquei o cesto, ajeitei os lençóis de forma que só o nariz ficasse para fora de forma discreta. — Eles não vão te parar, agora, me encontre na lavanderia do hospital, temos que ser rápidos.
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  — Tudo bem.
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  Voltei para a janela, sozinha eu teria mais mobilidade para me agarrar e pular para qualquer lugar e foi o que fiz, me agarrei ao beiral e balancei o meu corpo até conseguir encaixar minha perna na janela de baixo. Torci meu corpo de leve e agarrei a janela, após um leve impulso joguei meu corpo para dentro do quarto, caí no chão derrubando uma cadeira que estava ao lado.
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  Respirei fraco retomando meu fôlego e me levantei, saí do quarto correndo e entrei pelo acesso de funcionário, assim que cheguei na porta de saída de emergência, entrei e comecei a descer as escadas correndo. Já havia me esquecido o quanto era horrível descer escadas correndo, mas era preciso naquele momento, cada minuto era precioso, pois quando soubessem do sumiço, o hospital ficaria perigoso para mim.
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  Assim que cheguei no subsolo, encontrei Siwon com os lençóis embolados no bebê, eu tinha outra fase para iniciar, como sair com um bebê sem ser vista. Seria muita loucura me passar por gestante? Não, e era isso que eu faria, coloquei outro disfarce que já estava preparado para mim, e Siwon também colocou outro, seríamos uma família feliz de pessoas normais.
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  — Como sempre, haja naturalmente — disse a ele que estava com o bebê na mão.
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  — Boa sorte para nós. — ele sorriu de canto. — E depois, vou querer algo em troco, já me deve um favor.
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  — Já te paguei com um beijo e uma suposta noite de amor. — o olhei com desdém. — Mas posso te pagar o café.
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  — Não sou meu irmão. — ele riu. — Mas vou aceitar.
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  — Eu sabia, agora vamos.
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  Ele me seguiu rindo, apertamos o botão e entramos no elevador, assim que se abriu no térreo, já vimos que o caos estava instalado pelo hospital. Siwon ajeitou o bebê nos braços, eu me apoiei me leve para ele segurando minha barriga de leve, tinha duas crianças que aparentava ter seis e oito anos sentadas nas cadeiras de espera. Elas vieram a nosso encontro me abraçaram.
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  — Papai, mamãe — disseram eles em coral.
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  — Siwon... — sussurrei movendo meu olhar para ele.
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  — Nossa família feliz, você não queria? — ele sorriu de canto. — Vamos para casa.
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  — Vamos — assenti, não imaginava como ele tinha arrumado aquelas crianças, mas a ideia era maravilhosa e assustadora ao mesmo tempo.
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  Não conseguia não imaginar se fosse verdade, eu com Siwon e mais quatro filhos, complicado não pensar que esse poderia ser meu destino se o escolhesse. Divertido, já que ele parecia amar crianças. Mas assustador para mim pensar em ter filhos naquele momento, eu estava no auge da minha profissão, balancei a cabeça voltando a realidade. Eu estava quase agindo como se fosse real e estivesse mesmo grávida dele.
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  Passamos por muitos seguranças, todos loucos procurando por todos os cantos, estava me sentindo mal pela dra. Rosalie, mas ela disse que sabia se defender, ela era noiva do irmão do tal Raul Pérez, e não se importava de trair a família dele, já que sabia que o bebê seria usado para fins ilegais. Ela tinha conquistado meu respeito com aquela atitude de me ajudar a salvar um inocente.
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  Assim que chegamos no estacionamento, entramos no carro e Siwon deu a partida, paramos em uma cafeteria de um conhecido da família de Siwon para deixar as crianças e pagamos aos pais por sua ajuda. Eu retirei meu disfarce novamente junto com ele, queimamos nossas roupas e colocamos outras mais quentes e que cobriam quase todo o nosso corpo. Agasalhamos o bebê também e partimos para um pequeno aeroporto particular da família dele, seguimos de jatinho para Porto Alegre, no Brasil.
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  — Será uma hora e meia de viagem — disse ele ao se sentar em minha frente.
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  — Obrigada por ter arrumado tudo isso em pouco tempo — disse olhando para o bebê que estava em uma incubadora portátil que tinham instalado no jatinho.
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  — Me agradeça quando o bebê já estiver em segurança longe daqui. — ele sorriu gentilmente. — Já sabe onde vai deixá-lo?
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  — Sim, com alguém confiável — respirei fundo desviando meu olhar para a janela.
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  Usaria aquele tempo para descansar e pensar em como me livraria de Siwon por algumas horas, para levar o bebê até o seu lugar de segurança. Para minha surpresa, dormi durante aquele tempo, acordei com o choro do bebê, foi então que eu percebi que durante todo aquele tempo ele não tinha chorado ou feito barulho, era mesmo meu dia de sorte.
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  — Oh, você está com fome? — perguntei ao me aproximar de Siwon, que estava com ele nos braços.
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  — Sim, acho que está. — respondeu Siwon. — O que vamos fazer?
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  — Preciso ir a um lugar, lá encontrarei alimento para ele. — o peguei nos braços. — É aqui que nos separamos.
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  — Mas e meu café? — ele me olhou com cara triste. — Pensei que estaríamos juntos até o final.
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  — Me desculpe, mas existem coisas sobre mim que não vou deixar que saiba. — me afastei dele. — Mas quanto ao café, podemos tomar em uma cafeteria que conhecemos bem, ela fica em frente ao Cristo Redentor.
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  — Posso mesmo te esperar lá? — perguntou ele duvidoso.
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  — Te ligo quando chegar. — me virei peguei minha bolsa e desci do jatinho. — Já tem um táxi me esperando.
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  Pedi ao motorista que me levasse até o centro da cidade, desci do táxi e entrei em outro, claro que não daria pistas para Siwon saber onde iria. O segundo táxi parou em frente à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tinha uma pessoa naquele lugar que eu considerava muito, a única que eu confiava inteiramente. Desci com o bebê ainda chorando e comecei a procurá-la pelos corredores do lugar, então ouvi um voz ao longe me chamar.
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  — %Nalla%? — ainda conseguia reconhecer depois de tanto tempo.
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  — Mia! — disse ao me virar e ver ela.
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  — O que faz aqui? — perguntou ela sem entender e confusa pelo bebê.
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  — Me ajuda — pedi fazendo cara de criança sem família.
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  — E eu conseguiria não fazer isso? — ela pegou o bebê em seus braços o fazendo se acalmar. — Calma, vai ficar tudo bem.
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  — Eu acho que ele está com fome — expliquei.
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  — E da onde você tirou esse bebê, não diga que é seu e do Dean.
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  — Não. — disse. — Isso jamais aconteceria.
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  — Sei, como se o papai jamais fosse interessado em você.
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  — O nunca o vi dessa forma, agora temos outras coisas para nos preocupar, precisamos de leite.
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  — Claro. — ela saiu rindo na minha frente. — Me segue.
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  Mia era o meu maior segredo, meu maior ponto fraco, era minha irmã mais nova que me tratava como se fosse mais velha que eu. Tínhamos três anos de diferença, ou melhor, toda a nossa vida e nossos caminhos eram diferentes, o único que sabia da existência dela era Dean, nem mesmo os prodígios sabiam disso. Era de se esperar que Dean soubesse o ponto fraco de todos os seus “Filhos”, principalmente o meu.
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  Andamos alguns corredores até que encontramos uma amiga dela, a mulher estava com um bebê no carrinho, entendi um pouco o que aconteceria a seguir. Enquanto Mia estava cuidando da alimentação do bebê com sua amiga, eu estava de longe bolando alguma desculpa para dar a ela sobre a origem daquela criança. E quanto mais eu pensava, mais eu imaginava que não iria conseguir convencer ela, Mia sempre sabia quando eu mentia.
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  — Ele estava mesmo com fome. — disse ela ao retornar com o bebê no colo. — É um lindo menino.
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  — É mesmo. — mantive meu olhar no bebê, evitava olhar para ela. — Um lindo menino.
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  — Como me achou aqui? — perguntou ela.
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  — Coloquei rastreador no seu chaveiro — fui direta e honesta.
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  — Imaginei. — ela suspirou. — E esse bebê, qual a origem dele?
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  — Podemos falar em outro lugar?
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  — Já estava saindo daqui mesmo. — ela balançou a cabeça negativamente. — Vamos para a minha casa.
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  Mia caminhava na frente, com o bebê no colo, o ninando, enquanto isso, aproveitei para esbarrar em um aluno e pegar discretamente seu celular que estava no bolso. Assim que cheguei ao lado dela, Mia me olhou séria como se soubesse o que eu tinha feito, sorri de leve e acenei para o táxi.
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  — Dean na linha — disse ele com uma voz de sono.
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  — LT falando — disse me identificando.
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  — Por que está me ligando do Brasil? — perguntou ele confuso. — O ponto de encontro era em Santiago no Chile.
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  — Primeiro, liguei para dizer que está concluído, segundo, para dizer que eu mudei de ideia, não vou entregar o pacote.
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  Mia virou sua face para mim, a indignação estava realmente estampada na sua cara, mas não podia fazer nada quanto a isso, já estava feito.
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  — Você está louca? — ele gritou do outro lado. — Você vai ter duas pessoas poderosas atrás de você!
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  — Eu sei, mas não vou arriscar a vida dessa criança, agora, entre em contato com o cliente e diga que vou cobrar o triplo do que cobro para casos graves, pois neste caso eu vou esconder o pacote.
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  — O quê? Está pensando em ficar com a criança? — ele estava mais que nervoso comigo.
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  — Já disse, não vou arriscar a vida de um inocente — desliguei o celular, apaguei a ligação e joguei para fora da janela do carro.
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  Mia permaneceu em silêncio, mantendo sua atenção voltada para o bebê, após alguns minutos, chegamos em frente o prédio onde ela morava, um bairro tranquilo e pouco movimentado. Subimos alguns lances de escada, ela morava em um apartamento no terceiro andar, simples e organizado como ela, já fazia muito tempo que eu não entrava naquele lugar.
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  Ela foi até seu quarto e ajeitou o bebê na cama de forma segura, quando retornou, se sentou no sofá me olhando séria, eu até engoli seco me sentando no puff que tinha em frente à janela. Estava com medo do que ela pudesse falar ou fazer, se ela não me ajudasse quem me ajudaria?
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  — Vai começar a falar? — perguntou ela.
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  — Juro que dessa vez sou inocente. — já me pronunciei. — Ando meio enrolada em minha vida, tive que roubar esse bebê, passei por cima de todos os meus princípios, mas decidi que daria um destino melhor para esse inocente.
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  — Imagino que para quebrar suas próprias regras, é porque é sério, só por isso vou te ajudar. — ela suspirou fraco. — Mas como eu vou ficar com um bebê na minha casa?
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  — Não se preocupe, mandei uma mensagem a um conhecido, os documentos já estão sendo preparados.
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  — Documentos?
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  — Sim, você será a mãe dele — respondi tranquilamente.
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  — O quê? — ela me olhou embasbacada.
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  — Por favor, adote essa criança.
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  Eu estava contando com ela para isso, e iria ajudar da melhor forma possível, Mia era a melhor coisa que poderia acontecer para aquele bebê, literalmente a melhor coisa.
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“Agora eu não posso voltar atrás,
Isto é claramente um vício perigoso,
Tão ruim, ninguém pode pará-la.”

- Overdose / EXO

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