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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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My Little Thief

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 20

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

  %Nalla%

  Dois dias se passaram. Minha mente estava tão descansada e relaxada, sem pensar em problemas, estresses e curtindo meus dias de folga. Estava jogada no sofá retrátil da sala de televisão, as cortinas fechadas, tudo escuro num clima de conforto, comigo vendo um filme básico na Netflix, Cronos deitado ao meu lado. Se era a vida que eu estava merecendo? Sim, e queria aproveitar mais daquele momento, até que meu celular tocou. Minha primeira reação era jogá-lo na parede, porém atendi:
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  — LT na linha — disse num suspiro fraco e cansado.
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  — Estou atrapalhando? — perguntou Dean já rindo.
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  — Sim, estava no meio do meu filme.
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  — Hum, que vida boa, vendo filmes a essa hora da manhã.
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  — O que você quer?
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  — Estou enviando os dados para sua nova missão daqui quatro dias — respondeu ele já num tom mais sério.
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  — E o que seria meu objeto de desejo desta vez? — perguntei um pouco curiosa.
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  — Um container — de forma bem natural e despreocupada.
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  — O quê?
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  — Isso mesmo.
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  — Como você espera que eu consiga manipular isso? É um container.
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  — E?
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  — Dean? Como acha que eu vou conseguir?
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  — Não sei, mas sei que vai, afinal, você é a melhor.
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  — Eu te odeio — desliguei na sua cara.
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  Não acreditava naquilo, como eu iria fazer um container desaparecer sem que ninguém percebesse? Sou a melhor, é a única desculpa que ele dá. Bufei revoltada e desliguei a televisão, levantei do sofá e olhei para Cronos, ele já estava dormindo, ri de leve e saí em direção a sala onde tinha deixado meu tablet. Peguei o aparelho e caminhei até meu escritório, sentei na cadeira abrindo os arquivos, comecei a ler todas as informações. Meu objeto de desejo, um container enorme que estava no porto de Singapura, o terceiro maior do sudeste asiático e com um fluxo intenso de transportes.
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  — Ah, Dean, você ainda diz que minha parte é a mais fácil. — suspirei fraco. — Filho da...
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  Eu não poderia me desesperar, tinha quatro dias não por causa da minha folga, mas porque certamente este container sairia daquele local em quatro dias. Dean era esperto, inteligente e maquiavélico o suficiente para não deixar nenhum detalhe perdido. Transferi os arquivos para meu computador e começar a pesquisar mais sobre a área, rotina das empresas que compõem o quadro de tráfegos, precisava me atentar a todos os detalhes, assim como meu mentor.
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  — Senhorita? — chamou Stephanie da porta. — Deseja algo especial para o almoço?
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  — Não, Stef, leve o Cronos para passear por algumas horas e depois tire o resto o dia de folga.
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  — Sim senhorita — ela sorriu e saiu fechando a porta que era de vidro.
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  Eu olhei ela caminhando em direção a cozinha, aquela era a melhor parte da minha casa; por ser quase toda de vidro, combinada a algumas paredes em concreto, arquitetura moderna, eu conseguia ver todos os ambientes de um ambiente só. Voltei minha atenção à minha pesquisa de campo; como Dean pensava em tudo, já tinha uma lista de contatos anexada aos arquivos, facilitaria meu reconhecimento de terreno, assim como a enorme planta do local. Acho que se fosse engenheira civil me daria bem, eu havia aprendido a ler plantas baixas tão facilmente, mas meu querido mentor sempre mandava as maquetes em 3D para minha felicidade.
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  Não adiantava eu me enganar, depois de um dia inteiro analisando todas as informações que ele havia me mandado, a resposta de como eu iria fazer um container desaparecer naquele porto era a mesma. Era, sim, difícil para eu admitir, ainda mais louco será quando eu contar a Dean, ri por um tempo até olhar para a porta. Cronos estava sentado me olhando, eu sorri para ele, meu cachorro não estava mesmo acostumado comigo por tanto tempo em casa. Me levantei da cadeira, contornei a mesa e caminhei até a porta.
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  — Estava me esperando para o jantar? — assim que passei por ele, Cronos se colocou de pé e começou a me seguir até a cozinha. — Vamos ver o que teremos para o jantar hoje.
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  Abri a geladeira e fiquei olhando por um tempo o que tinha dentro, até que lembrei de Stephanie tinha feito uma lasanha vegetariana e deixado no congelador. Retirei a pequena travessa e coloquei no microondas para esquentar, enquanto isso, peguei a tigela de ração de Cronos e coloquei em cima da mesa, enchi com um pouco da ração e voltei para o microondas para pegar minha lasanha. Assim que me sentei à mesa, Cronos se sentou na cadeira ao meu lado, meu cachorro, além de treinado, muito educado, sempre fazia as refeições junto comigo.
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  — Bom apetite, Cronos — eu sorri para ele.
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  Cronos me olhou e latiu como se tivesse me respondendo, nosso jantar foi tranquilo, assim que terminamos, coloquei as vasilhas sujas no bojo da bancada da pia e retornei ao meu escritório, peguei meu celular que estava em cima da mesa e fui em direção ao meu quarto. Entrei no closet, troquei minha roupa e me deitei, Cronos imediatamente se deitou ao meu lado e ficou me olhando, passei um tempo olhando para o teto até que peguei no sono completamente.
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  Na manhã seguinte, quando acordei, Cronos não estava mais ao meu lado, me levantei espreguiçando, tomei uma ducha fria para acordar de vez e coloquei uma roupa mais confortável, quando desci, vi ele na sala brincando com Stephanie. Eu sorri de leve e me direcionei para o escritório, assim que entrei fechei a porta, liguei para Dean.
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  — Dean na linha — disse ele ao atender.
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  — Bom dia! — disse num tom animado.
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  — Uau, para estar assim tão alegre, deve ter conseguido encontrar algum meio para ser próximo trabalho.
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  — Como você disse, sou mesmo a melhor. — ri de leve. — E sim, encontrei mesmo a resposta, meu plano será bem simples.
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  — E posso saber qual esta resposta?
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  — Adivinha quem é a pessoa que conheço, que a família é dona de uma transportadora?
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  — Não! — ele riu alto do outro lado da linha. — Vai usar a família do seu álibi?
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  — Corrigindo, vou usar a empresa dele — confirmei naturalmente.
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  — E ele já sabe disso?
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  — Ainda não, mas logo saberá. — me sentei na cadeira ligando o monitor do computador. — Andei pesquisando a fundo sobre as empresas que controlam aquele porto, a da família dele estava na lista e como sou uma mulher de sorte, nosso container estará no bloco ao lado do deles.
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  — Realmente, uma mulher de sorte. — ele riu. — Poderia dividir com os amigos.
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  — Ha... Ha... — respirei fundo. — Eu devo saber o que tem dentro deste container?
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  — Não, nem eu sei, mas o cliente frisou que era importante e deveria ser manipulado com cuidado.
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  — Hum — respirei fundo desviando meu olhar para a porta.
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  — Nem pense em abrir aquele container LT.
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  — Não estou pensando em nada ainda. — ri um pouco. — Vou desligar, preciso fazer contato com meu álibi.
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  — Seja cautelosa, eu ainda não confio naquela família — Dean desligou.
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  Coloquei o celular em cima da mesa e fiquei pensando nas palavras dele. Desde quando conheci Siwon, Dean não gostou da ideia naquela época e me parecia que continua a mesma coisa. Será que ele tem medo de eu desistir de tudo e querer uma vida normal com essa família? Inclinei meu corpo um pouco, encostando minhas costas no encosto da cadeira e fiquei olhando por um tempo o monitor do computador, estava aberto no arquivo sobre a empresa da família Cho. Ergui meu tronco, me espreguiçando da cadeira, me levantei e peguei o celular novamente, seu número já estava gravado em minha memória e no celular. Disquei aqueles números sem pressa e esperei chamar.
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  — Little Thief — disse ele ao atender, aquilo havia arrancado um sorriso de mim já que eu nunca havia ligado para ele do meu celular.
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  — Como sabia que era eu? — perguntei meio curiosa.
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  — Número restrito, quem mais seria? — ele riu baixo, me fazendo rir também, havia me esquecido que tinha ativado essa função no celular. — Mas se está ligando, é por um motivo sério.
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  — E se eu dissesse que queria ouvir sua voz? — retruquei num tom malicioso e sério, poderia ser verdade, se não fosse eu, ou melhor, era meio verdade, segurei o riso.
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  — Com essa voz, acreditaria facilmente, mas se tratando de você, acho que já estou seduzido o bastante. — ele suspirou fraco. — O que deseja de mim?
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  — Sua empresa — direta e nenhum pouco detalhista.
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  — Por que será que isso um dia aconteceria? — ele riu. — E o que te faz pensar que eu ajudaria desta vez?
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  — Não preciso pensar em nada, sei que vai me ajudar. — respirei fundo. — Te mandarei as informações que precisa.
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  — %Nalla%... — disse ele.
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  — Te vejo em Singapura — desliguei o celular antes mesmo que ele pudesse dizer algo mais.
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  Se ele me ajudaria ou não, era uma incógnita, mas eu tinha certeza que ele ficaria muito curioso para saber o que eu queria em Singapura.
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  Cedric

  Acordei assustado no meio da noite, estava chovendo, me virei para o lado e olhei para Louise com carinho, ainda não estava acostumado com a presença dela no meu apartamento, afinal, só tinha seis meses que estávamos morando juntos. Às vezes tinha medo de envolver ela ainda mais na minha vida, mas tinha um carinho especial por ela, acariciei de leve seus cabelos e me levantei com cautela para não acordá-la. Peguei meu celular no criado mudo ao lado da cama e caminhei até a sala, parei em frente minha mesa de trabalho, como sempre, as fotos de Cassie espalhadas, todas com ela disfarçada e de costas.
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  Havia algumas fotos de %Nalla% também, não queria que se transformasse em obsessão minhas desconfianças com ela, mas ambas eram tão parecidas e aquele olhar dela não saía da minha mente. Me voltei para a cozinha e fui preparar um café, Louise estava de folga do seu novo emprego e a teria em casa o dia inteiro, era um pouco diferente namorar uma aeromoça, mas nosso relacionamento estava sobrevivendo a dois anos. Não tinha o que reclamar, já que eu viajava sempre também.
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  — Acordado a essa hora? — perguntou ela aparecendo na porta do corredor de braços cruzados.
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  — A chuva me acordou. — desviei meu olhar para ela. — E você?
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  — Senti que estava faltando alguém do meu lado. — ela sorriu de leve caminhando em minha direção. — Que pessoa normal toma café às três da madrugada?
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  — Eu não sou normal. — sorri de canto deixando a xícara em cima da bancada e envolvendo meus braços na cintura dela. — E você?
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  — Estou aqui, então não devo ser normal também — ela riu e me beijou suave.
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  — Quando acaba sua folga?
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  — Hoje após o almoço, tenho um voo para Manhattan — respondeu ela.
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  — Bem, então acho que deveríamos aproveitar as próximas horas — eu a beijei com mais malícia que o normal, aquele café realmente aumentou meus batimentos.
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  E sim, aproveitamos muito bem em nosso quarto, Louise estava mais animada que o normal e nossas horas foram quentes e proveitosas, ela ainda mantinha a mesma paixão e interesse por mim, mesmo com tantos desencontros por causa do nosso trabalho e sempre ver foto de pessoas espalhadas em meu apartamento. Acordei pouco depois da hora do almoço, ela já tinha ido e deixado um bilhete embaixo da minha xícara de café favorita.
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“Te vejo na volta, te amo.”

  Sorri ao ler, me sentia um pouco chateado por meu sentimento por ela não ser tão profundo para se chamar de amor, mas ela me fazia sorrir, já era alguma coisa. Olhei para o lado na bancada, meu celular estava vibrando, tinha me esquecido que ele estava no silencioso, era uma ligação de Peter e eu atenderia de imediato.
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  — Peter — disse ao atender.
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  — Ah, que bom que atendeu, estou há horas te ligando — disse ele numa voz meio apressada.
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  — O que aconteceu? — perguntei ficando um pouco preocupado.
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  — Houve uma movimentação um tanto suspeita. — disse ele. — Lembra que antes de aparecer a Cassie, estávamos investigando cinco outras pessoas que supostamente poderiam ser os Prodígios?
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  — Sim, me lembro, me tiraram desse caso e bloquearam meu acesso as informações dele, ainda tenho minhas desconfianças sobre eles estarem singularmente ligados a Cassie.
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  — E suas desconfianças têm fundamento. — ele deu um tempo, parecia esperar por alguma coisa. — Os cinco supostos prodígios desembarcaram em Manhattan na há dois dias, Caius, Sery, Fish desembarcaram primeiro de manhã, Carl e Tanaka no final da tarde.
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  — Interessante, será que farão uma reunião de família? — sibilei um pouco imaginando essa possibilidade, se eu estivesse nesse caso poderia bolar uma prisão conjunta. — Ainda quero descobrir quem é o chefe deles.
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  — Certamente é alguém bem influente e poderoso, para criar seis prodígios muito bem treinados e habilidosos. — ele riu de leve. — Mas você não vai adivinhar a parte final e mais interessante ainda.
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  — O quê?
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  — Adivinha quem desembarcou em Manhattan também? Ainda teve um lindo passeio no parque com seu cachorro?
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  — Não me diga que ela saiu de Paris? — eu desviei meu olhar para a janela o céu estava meio nublado e tinha parado de chover, senti meu coração acelerar. — Ela está em Manhattan?
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  — Sim, e foi vista conversando com um dos prodígios, Carl. — ele suspirou. — Te mando as fotos ainda hoje.
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  — Eu sabia! Por isso estou tão atraído por ela, %Nalla% é Cassie.
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“Ela está me deixando louco
Por que o meu coração está acelerado?”

- Monster / EXO

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