Capitulo 2 • O Anjo
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— Como foi a escola, filha? — perguntou Luciana para a filha, Lessa, assim que ela chegou em casa.
— Foi boa, mas a minha amiga realmente não leva uma vida boa — disse a garota para a mãe.
— Eu imagino, Minnie nem responde direito minhas mensagens.
— Como ela foi se casar com um homem assim! — perguntou Lessa.
— Longa história! — disse Luciana, mas parando ao ver o filho mais velho, Jeremy, chegar.
— Boa tarde, filho! — disse ela e o garoto deu um sorriso.
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— Não reclamem da comida, eu acredito que esteja boa — disse Minnie para as filhas que estavam voltando da escola. Ela havia feito o prato que estava acostumada a fazer, macarronada com molho pronto, uma massa que aprendeu sozinha.
— Parece boa, mãe — disse Francisca.
— O pai de vocês acabou de ir para o trabalho. — Respirou Minnie aliviada. — Me contem como foi na escola.
— Foi boa, mãe, eu vi a Lessa hoje — disse Niça.
— Espero que a família dela esteja bem — disse Minnie. — Faz tempo que não falo com a Luciana.
— A Lessa pareceu bem para mim, desde que ela virou evangélica tem seguido caminhos bem inovadores — disse Niça.
— E eu conversei com o Christian sobre coisas de música, da sua época, mãe — disse Marly.
— Bom... eu tenho que continuar o serviço — disse Minnie se recusando a lembrar coisas da sua época.
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Breia estava tirando água do rio como sempre para beber, pois naquela época havia pestes surgindo e as pessoas tinham que pegar água do local. Ela pegou água do rio, quando viu um anjo aparecer para ela:
— ...Levanta-te, Breia, irmã de Christian, eis que Deus lhe ouviu. Deus decidiu escolher sua família para um milagre! Bem-aventurada tu és — disse o anjo e a garota viu o anjo, mas depois acreditou ser alucinação, pois olhava em todos os lugares e não achava nada.
Breia entrou em casa. Christian, ao ver a irmã parecer estranha, perguntou:
— O que há, Breia? — perguntou.
— Eu vi um anjo — disse a garota surpresa.
— Então você também viu um, eu pressenti que um apareceria para você! — disse Christian à irmã.
— Você e seus pressentimentos — disse Breia ainda surpresa.
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— Mãe, como foi no trabalho? — perguntou Tiago à mãe, Meca.
— Foi bom, filho — respondeu ela. — Apenas estressante por rever uma pessoa que eu não deveria rever — disse.
— Quem seria essa pessoa? — perguntou Tiago curioso.
— Apenas um amigo distante — comentou. — Agora vai se preparar, esqueceu que o jogo que você gosta de jogar com seus amigos na internet já está na hora de começar? — disse Meca.
— É verdade! — Tiago se animou.
— Só não fique jogando muito tempo, você tem que acordar cedo amanhã para a faculdade — disse Meca ao filho.
— Eu fiquei amigo de uma pessoa muito interessante na faculdade, mãe — diz Tiago. — O nome dela é Francisca.
— Nome exótico — disse Meca. — Ela é legal? — perguntou.
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Era de madrugada quando Penachos voltou do trabalho. Se deitou na cama, deu um leve beijo no rosto da esposa sem que ela percebesse e se deitou para dormir. O dia seguinte veio como uma chuva como consolo pelas dores que o passado causara a muitos. Francisca acordara depois de um sonho estranho e viu a mãe fazendo o café da manhã enquanto ouvia uma música de um de seus cantores prediletos. Ela olhou para a mãe e era difícil vê-la assim. Uma pessoa dócil e alegre, ela sempre transparecera ser fria e até mesmo arrogante, principalmente com ela.
— Mãe, é muito boa mesmo essa música — disse Francisca.
— Me lembra os anos 80 — disse a mulher em um tom frio, mas um pouco relaxado.
— Papai chegou tarde ontem — observou Francisca. — O que tem acontecido entre vocês? — perguntou.
— Nada demais — disse a mãe como se não quisesse falar. — Você já arrumou seus materiais? Já está na hora de você ir para a faculdade — diz para a filha.
— Sim — respondeu Francisca.
Ela tomou o café da manhã em silêncio vendo a mãe arrumar a mesa.
Logo, Penachos, Marly e Niça chegaram à mesa. Penachos com seus cabelos negros era um adulto que estava tentando se tornar mais gentil com a esposa. Marly uma garota um pouco forte, mas com uma beleza admirável e Niça que era o reflexo da mãe tanto na aparência quanto na personalidade.
— Esse café da manhã parece bom — disse Penachos tentando ser gentil.
— Eu estou ansiosa para rever o Chris — disse Marly.
— Você não para de falar no seu novo amigo, não é, Marly — riu Niça.
A família pôde relaxar um pouco... eram raras as vezes, mas volta e meia tinham seus momentos especiais.
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— Breia, você já fez o café da manhã? — perguntou Ahmed, um dos irmãos de Breia.
— Sim, às vezes é bom acordar cedo — respondeu a irmã mais velha.
— Verdade! — respondeu Christian chegando à cozinha onde a irmã preparava o café da manhã.
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— Boa escola, Lessa! — respondeu o irmão de Lessa. — Me mande notícias da Niça.
— Você realmente é muito pegador, não é, maninho? — perguntou Lessa rindo. — Desista, a Niça gosta do Ahmed.
— Como você tem tanta certeza disso? — perguntou o garoto.
— Dá para ver, os dois só não enxergaram isso ainda — disse Lessa rindo.
Lessa foi para a escola, e quando chegou, avistou Niça. As duas estavam no último ano do ensino médio. As duas amigas se viram e entraram na sala aula.
— Hoje vamos estudar sobre o Renascimento — disse a professora. — Alguém sabe me dizer o que foi a época renascentista? — perguntou aos alunos.
— A época renascentista foi a época onde se conheceu muito da cultura e até mesmo coisas renovadoras da época renascentista — Lessa começou a explicar.
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— Oi, Niça certo? — perguntou Ahmed.
— Sim, e você deve ser Ahmed, o amigo da Lessa e irmão da Breia.
— Sim — respondeu Ahmed. — É um prazer conhece-la melhor.