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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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It’s Gonna Be Okay

Escrita porLelen
Editada por Lelen

Capítulo Extra

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

  A senhora Jeon suspirou. Não era fácil para uma mãe ver o sofrimento de um filho e não poder fazer nada.
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  A mulher sabia que havia falecido porque a garota das borboletas havia lhe dito isso e também porque ela já esperava por aquele fim fazia alguns meses. Dizem que as pessoas sabem, sentem, quando estão para partir e a senhora Jeon já sabia que sua hora chegaria muito em breve quando descobriu que estava doente.
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  Ela fez o que pôde para aproveitar cada dia ao máximo com as pessoas que amava, teve encontros relembrando os bons tempos de namoro com o marido, noites em família e brincadeiras com Bohyuk, o caçula... e é claro que sempre havia festa quando Wonwoo, seu primogênito, voltava para casa.
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  Wonwoo havia decidido seguir a carreira de idol ainda adolescente e, desde então, dava duro todos os dias para melhorar cada vez mais seus talentos. A senhora Jeon ficava orgulhosa dos filhos a cada conquista que faziam e não deixava de demonstrar aquilo de todas as formas possíveis.
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  Nos últimos meses de vida, embora ela tentasse fazer com que o peso da vida adulta para seu filho mais velho não o importunasse, ela sabia que seu pequeno — de 25 anos — se sentia mal por não estar perto dela naquele momento tão delicado.
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  A senhora Jeon não se importava exatamente. Wonwoo estava constantemente fazendo ligações e chamadas de vídeo para ela, mesmo estando extremamente cansado depois de um show ou de um dia inteiro de ensaios, saber que mesmo assim o filho ainda achava tempo para compartilhar com ela a enchia de alegria. Mas ela sabia que para seu filho atencioso e preocupado, aqueles gestos não pareciam o suficiente.
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  Ela tentou fazer com que cada mínimo esforço dos filhos em estar com ela fosse notado e apreciado, mas mesmo assim, para Wonwoo, quando ela se foi, não havia sido o bastante.
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  Agora, lá estava ela encarando seu filho mais velho, sabendo que ele sofria terrivelmente, mesmo calado e sem dividir os sentimentos com ninguém. Ela queria poder fazer alguma coisa por ele.
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  — Senhora Jeon, a senhora já está pronta para fazer a passagem — a garota das borboletas murmurou calmamente.
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  — Eu não posso deixa-lo assim... — a mulher respondeu sem tirar os olhos do filho.
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  A garota das borboletas suspirou, mas assentiu.
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  Havia demorado algum tempo até um pequeno fio de esperança surgir. %Yuna%, a melhor amiga — desde sempre — de Wonwoo e praticamente como uma filha para a senhora Jeon, passeava pelas ruas quando parou em frente a uma casa que tinha um aviso de “adoção de coelhos”.
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  A senhora Jeon estava há algum tempo acompanhando %Yuna%, em suas preces a garota pedia auxílio dela para que pudesse fazer algo que animasse Wonwoo de alguma forma e o ajudasse a passar por aquele momento delicado da vida. Como as duas pareciam ter o mesmo objetivo, a senhora Jeon achou de bom proveito “unir forças” com a moça, o que seria muito mais prestativo do que apenas observar o sofrimento do filho.
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  %Yuna% não pareceu pensar duas vezes antes de tocar a campainha da casa do anúncio de coelhos, uma senhora de cabelos platinados atendeu com um sorriso nos lábios. A moça e a matriarca Jeon adentraram a casa e logo foram apresentadas a uma ninhada de coelhos.
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  — Acho que ela era do ano do coelho... — A senhor Jeon ouviu %Yuna% murmurar baixinho para si mesma.
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  — O que, querida?
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  — Oh, é que eu estava pensando em levar um desses coelhos para um amigo... Ele acabou de perder a mãe e... A ajuma era do ano do coelho. — Deu de ombros.
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  Enquanto as duas conversavam sobre vários assuntos, a senhora Jeon se inclinou um pouco para ver os filhotes. Quando fez menção de “tocá-los”, a maioria dos bichinhos se afastava, como se quisesse evitar o contato. Apenas um coelho caramelo pareceu não se importar e se manteve no lugar quando foi “tocado”.
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  — Acho que temos um favorito — a senhora Jeon murmurou sorrindo para o bichinho que, parecendo compreender, saltitou para fora da confusão de irmãos para mais perto de %Yuna%.
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  — Acho que Nari está se candidatando ao cargo — a senhorinha, dona da ninhada, murmurou.
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  %Yuna% abriu um largo sorriso enquanto pegava a coelha mansa no colo e passou a conversar com o animal sobre o quanto Nari teria um trabalho importante como nova companheira de seu melhor amigo.
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  — Precisará cuidar bem do meu filho, coelha Nari — a senhora Jeon murmurou fazendo um cafuné leve no tufo de pelos brancos no topo da cabeça do bicho.
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  Ambas, mãe e %Yuna%, saíram do lugar com o ar de que haviam feito a escolha certa.
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  Demorou certo tempo até Wonwoo se permitir se aproximar emocionalmente de Nari, a senhora Jeon sabia bem. Mas ela conhecia o filho o bastante para ajudar a pequena coelha a abrir caminho até seu coração.
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  A senhora Jeon conversava com Nari e explicava os momentos certos para o animal interagir com seu novo dono, e aos poucos os dois acabaram se entendendo perfeitamente. Naquele meio tempo, um ano se passou, mas não pareceu mais do que alguns dias para a mãe preocupada e engajada na missão de ver seu filho feliz.
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  Naquele um ano, Wonwoo não ia desacompanhado à casa memorial onde as cinzas da senhora Jeon estavam, a mulher entendia que o marido e o irmão de Wonwoo não achavam que ele estava preparado para fazer aquilo sozinho. Mas naquele momento, quem estava com seu primogênito era %Yuna%, que de certa forma parecia compreender bem não apenas seu melhor amigo, mas também à matriarca.
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  — Eu vou te deixar um pouco sozinho — a jovem disse se retirando do local.
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  A senhora Jeon sorriu. Amava aquela menina tanto quanto amava seus filhos e agradeceu a oportunidade que %Yuna% estava dando a seu Wonwoo naquele momento.
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  As palavras ditas por seu filho mais velho a tocaram de uma forma que lhe aqueceu o coração. Jeon Wonwoo nunca havia sido muito de demonstrar seu amor por palavras, mas naquele instante, era tudo o que ele tinha. A senhora Jeon ouviu e absorveu cada frase dita pelo filho e sorriu quando o mesmo disse “Você pode ir tranquila, vai ficar tudo bem”.
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  Ela se aproximou de Wonwoo, o abraçou e o beijou na bochecha com carinho, logo ouvindo a voz da garota das borboletas a chamando ao longe, no mesmo instante em que %Yuna% abriu a porta do memorial.
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  — Sentirei saudades, omma, até algum dia — Wonwoo murmurou antes de sair.
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  — Eu te amo, filho — a mulher murmurou antes de seguir a voz que a chamava.
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  A senhora Jeon precisava ver uma última vez seu primogênito. E lá estava ele, sentado no conhecido jardim da casa de %Yuna% na companhia da moça e de sua coelha.
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  Nari foi saltitando em sua direção e a senhora Jeon sorriu para o animal, lhe fazendo um carinho entre as orelhas.
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  — Eles estão em boas mãos, não é, Nari? Talvez eu devesse dizer patas? — A mulher riu consigo mesma.
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  — Está na hora, senhora Jeon. — A voz da garota das borboletas foi ouvida tanto pelo espírito da mãe quanto pela coelha.
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  — Tudo bem, estou pronta — a mulher disse sorrindo.
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  Num passe de mágica, o espírito se metamorfoseou e de uma mulher, transformou-se em uma linda borboleta branca e serena. Num gesto de despedida final, a senhora Jeon pousou na ponta do nariz de seu primogênito e na bochecha de sua filha de alma.
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  — Até mais, omma.
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  — Até mais, meu filho.
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Fim

  Nota: Primeiramente eu estava imaginando algo como reencarnação para a mãe do meu Nunu, mas pensei que poderia ser um pouco... desrespeitoso (?) com a memória dela? Colocar religião, crenças e fés numa história é meio delicado, né, então decidi que ao invés de reencarnação a senhora Jeon ia “ensinar” um pet a alegrar a vida do filho.
  Então comecei a pensar em como desenvolver o enredo e, primeiramente, a ideia era fazer da parte “extra” a principal, mas pensei que o clima ficaria meio pesado? Resolvi que seria mais leve falar brevemente sobre o assunto pelo POV do Wonwoo e focar um pouco mais na parte da “aceitação” do nosso menino, só que...
  ... A parte extra pediu para ser escrita, então eis que meio que voltei à ideia inicial, e cá estamos.
  Vou dizer que saber da notícia do falecimento da mãe do Nunu foi bem chocante, principalmente porque eu tava fora do fandom fazia alguns anos – conheci os svt em 2019 (e Jeon Wonwoo sempre foi meu favorito, bjos), mas depois fui deixando de lado, até dona Natashia Kitamura me relembrar deles e eu voltar a dar alok por eles *coff-coff*.
  Espero que a história tenha sido boa e não ofensiva HAHAH tentei atenuar o máximo a temática “morte” e deixar uma “mensagem” mais acalentadora (?). Que Jeon Wonwoo continue levando alegria e orgulho para sua omma <3

  PS: sobre o pai e o irmão do Wonwoo, parece meio que eu esqueci deles na história (DESCULPA :O), mas gosto de pensar que a preocupação da senhora Jeon com eles não era tanta porque eles tiveram tempo de se despedir de forma mais apropriada e gradativa dela.

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Liv

Que história linda <3
Fico feliz que você tenha abordado de uma forma respeitosa e leve também, me emocionei demais <3
Inclusive, saudades da história principal hihi

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