Interseção

Escrita porNatashia Kitamura
Editada por Natashia Kitamura

Capítulo 4

Tempo estimado de leitura: 14 minutos

O celular quase foi ao chão, se o reflexo de Emily por causa da Starbucks não fosse tão boa.

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- Você só pode estar brincando. – Indra disse, pegando o aparelho da mão de Em, enquanto eu ainda mantinha meus olhos arregalados. – Isso é uma montagem, não é?

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- Como ela pode fazer uma montagem, sua louca? Nós vimos ela descendo as escadas do segundo andar. Ficou lá os 40 minutos como nós! – Emily celebrou.

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- Você pegou mesmo %Kevin% %Gauber%? – Indra quase gritou em meu ouvido.

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- ... ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus... – eu murmurava, nervosa.

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- Ele é %Kevin% %Gauber%, não é? – Emily apontou para o cara da foto. Eu sabia que o reconheceria até pela sombra! Eu sempre disse isso às duas!

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- Ele não disse o nome... – murmurei.

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- É claro que ele não diria. Até a rainha sabe quem ele é, como pode ficar anunciando assim pra uma estranha que ele é o artista lá? – Indra me deu um tapa. – Deixa eu arrumar seu cabelo antes de ir.

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- Retoque esse batom, precisa de um brilho. – Emily entrou na onda, as duas tirando os apetrechos de suas bolsa e clutche, me ajudando a parecer mais sexy e apresentável. Agradeci ter acatado a ideia de Emily em ter a gaveta de lingerie TGIF, não me arrependendo de ter escolhido uma calcinha ou sutiã errado.

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- Ele está me esperando lá fora! – gritei, vendo as duas pularem em gritinhos comigo. – Ai meu Deus!

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- Ai meu Deus! – as duas gritaram juntas.

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- Vai ter sorte no outro lado do mundo! – Indra me deu um tapa.

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- Vai, vai! – Emily começou a me empurrar em direção à saída.

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- Eu ganhei a aposta então? – me virei, certificando-me que hoje era o meu dia de mais sorte na vida.

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- Mas que merda de pergunta é essa? Vai encontrar com ele logo! – Indra me empurrou forte.

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- Mas...! – gritei.

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- Vaaaaaaai! – as duas gritaram, ignorando minha vontade em saber a resposta. Bem, se formos considerar a minha sorte hoje, então eu definitivamente sou a vencedora da noite.

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Conforme ele havia dito, o carro preto X estava estacionado em frente ao Club. Me aproximei, arrumando meu cabelo e a saia, e olhei para os lados quando fiquei próxima ao carro, olhando ao redor para saber se ele estava em algum lugar. Recebi uma portada na bunda, mostrando que alguém estava para sair do carro, mas não havia ninguém. Curiosa, me abaixei a tempo de ver %Kevin% erguer a mão com um sorriso.

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- Entre! – ele disse, fazendo sinal para que eu me apressasse, antes que alguém o reconhecesse. – Eu estava com o banco inclinado, você sabe... – apontou para os lados enquanto eu me sentava no lado passageiro de seu carrão.

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- Você... hum... – olhei para minhas pernas, me arrependendo de ter gasto quase meu salario inteiro com porcaria esse mês. – Você é mesmo %Kevin% %Gauber%?

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- Eu posso inventar um nome, se quiser. – ele riu, referindo-se à minha fala mais cedo. Ri, sem graça, colocando o cabelo atrás da orelha, sem saber exatamente o que falar. Saber que ele era ele mudava toda a situação! Eu deveria ter treinado mais meu jogo de cintura com os caras que não achava legal, pelo menos teria mais segurança agora. Ou não. Afinal, ele era %Kevin%. O meu %Kevin%.

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- Então. – ele puxou assunto assim que saímos da Drive. – Qual o resultado?

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- Elas não disseram. O assunto mudou quando vimos a sua, hum, nossa foto. – cocei o dorso do pescoço, perto de onde ele depositou seus lábios antes de nos separarmos.

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- Bem, então como faremos com o nosso trato?

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- Cada um paga o seu? – perguntei, vendo-o sorrir e concordar com a cabeça.

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- Feito.

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Ser um artista tem seus privilégios. O mais legal até agora – até porque é a primeira vez que presencio um – é você aparecer em frente a um lugar, ser rodeado de pessoas e flashes, e então deixarem que você tenha uma cabine inteira só para você na London Eye. Eram quase 22:30, mas parecia bem mais cedo. Parar ser sincera, o tempo voou desde que cheguei à Drive.

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Na cabine, sentei no banco que havia, já que o percurso era longo, cerca de 40 minutos lá dentro. %Kevin%, lembrando-se de quem é, esperou a roda estar um pouco mais alta, onde as fãs que se conglomeravam para ter uma visão dele tentavam chamar sua atenção com gritos e flashes.

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- Desculpe, é um pouco caótico sair de casa.

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- Por isso não gosta de lugares cheios.

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- Lugares cheios tendem a ficar mais cheios para mim. – ele riu, me fazendo ter mais um lapso de lembrança da cena que %Kevin%, quero dizer, meu personagem, disse à Camila quando eles estavam...

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- Meu Deus... – murmurei para mim mesma, as mãos indo à boca enquanto %Kevin% dava um de turista e olhava a vista do alto da roda gigante. – Estou sendo Camila.

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- Oi? – ele olhou para trás, as mãos nos bolsos.

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- Não, não... É só... Uma coincidência. – murmurei, ainda chocada por tudo estar tão parecido, praticamente igual com minha obra. Era como um dejá vu, mas escrito de uma forma diferente. Como duas histórias parecidas que acabam em um mesmo lugar.

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- Coincidência? – ele se aproximou, sentando-se ao meu lado. – Acho que perdi uma parte do assunto.

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- Ah... Não, deixa para lá. – ri. – Eu só fiquei impressionada que essa situação é parecida com a cena de uma história.

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- Que história? – ele mostrou-se interessado, tocando em minha mão.

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- Hum... uma aí. – olhei para a paisagem, tentando desviar de assunto e não dizer que eu sou a louca que escreve fanfics com ele a cinco anos.

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Ele permaneceu calado, analisando o ambiente entre nós. Suspirou depois de alguns minutos, chamando minha atenção. Será que ele estava entediado? Eu deveria falar para ele? Puxar algum assunto? Fazer uma piada?

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- Pensando nisso, parece mesmo uma história que li. – ele comentou, olhando para o céu escuro. Nós já estávamos quase no topo da roda, o que significava que vinte minutos haviam se passado do percurso.

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- Mesmo? – arregalei os olhos, chocada por haver uma história que fosse parecida com a minha. Gemma, minha editora, disse que não era comum, apesar de cenas de amor na London Eye serem clichês. De repente, fiquei apreensiva sobre o sucesso que ela disse que faria.

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- É sim. – ele disse, erguendo-se. Demorou alguns minutos para eu sair de meu transe sobre a cena do meu futuro marido estar ali, de verdade em minha frente, maravilhoso como nas fotos e tomar coragem de abrir a boca para perguntar qual livro ele se referia. Só que %Kevin% foi mais rápido: - Se chama Para Sempre.

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Arregalei meus olhos.

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- O quê? – a voz saiu, fraca.

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- Eu pego metrô às vezes. Mas só às vezes. – ele disse. – Praticamente nunca, se for pensar. – ainda de costas para mim, continuou a falar. – Faz um mês desde que descobri esse manuscrito que foi escrito comigo como personagem.

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Ai caramba... Pensei, nervosa.

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- Eu nunca havia lido uma história comigo como personagem, por isso fiquei curioso em dar uma lida e descobrir como era. Vi na sua nota suas redes sociais e pesquisei sobre você. – ele pausou por um momento e era como se o ar faltasse. Ele não podia estar falando sério. Isso não podia ser real. Quero dizer, se for real é legal, mas nem tanto. Ele leu minha obra??? Nem minha mãe, Indra ou Emily leram!

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“De repente, percebi que eu pesquisava demais sobre você. Passava mais tempo lendo suas postagens sobre admiração ao meu trabalho e vi sua dedicação em escrever boas histórias. Gostei muito das que li, apesar de não ser um fã dos romances. Eu fiquei hipnotizado. Essa é a palavra. Hipnotizado. Você é tão bonita que me pergunto por que fica perdendo tanto tempo sozinha, se pode conseguir qualquer um para ser seu namorado.”

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Engoli seco, entendendo finalmente por que ele dizia falas que eu havia escrito na minha obra. Quantas vezes ele leu aquilo a ponto de decorar suas próprias falas? Quantas vezes prestou atenção em tudo o que aconteceu durante o enredo para saber exatamente a tonalidade com que eu o imaginei falando enquanto escrevia?

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Seu rosto se virou em minha direção, assim como o corpo, que voltou a caminhar até mim. Tentei prestar atenção no percurso da roda gigante. Nós já havíamos passado do centro. Cerca de 15 minutos e eu poderia sair correndo, cancelar o lançamento da obra e sofrer com a vergonha de estar ouvindo tudo o que escrevi sair da boca do próprio %Kevin%. Ele estava brincando? Poderia estar, afinal, eu havia usado o nome dele em minha história, e sem sua permissão. Ouvi dizer que os artistas acham isso esquisito. Uma loucura.

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- Eu vi em seu Twitter hoje que você ia para a Drive. Por isso fui para lá. – ele se agachou à minha frente e segurou em meu queixo, obrigando-me a encará-lo. – Fui te encontrar.

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- O quê? – perguntei, fraca demais para conseguir racionar. Eu só recebia a mensagem, mas não a processava direito. Era, provavelmente, uma surpresa eu estar conseguindo responder ou falar alguma coisa.

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%Kevin% ergueu seus ombros largos e se levantou, puxando minhas mãos para que eu fizesse o mesmo.

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- Tomei a coragem de ir até você antes que outro cara fizesse.

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Não podia ser.

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Era mentira.

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Só poderia ser.

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Alguém me belisca.

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Ou, por favor, não me acorde.

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- Você acredita nesse tipo de atração? – ele perguntou, parecendo inseguro, mesmo seu jeito sendo exatamente do tipo que não tem vergonha de nada e consegue fazer tudo o que quer. – Do tipo que você quer ficar com uma pessoa que nunca viu ou falou na vida?

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- Você está brincando? – perguntei, vendo-o ficar sério. – Você é meu sonho desde sempre. Eu sou o exemplo vivo de quem gosta de alguém sem nunca tê-lo conhecido.

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Minha resposta foi tão séria que ele quase se afastou. Pensou um pouco sobre o que eu disse, até deixar um sorriso, quero dizer, O SORRISO DE %KEVIN% %GAUBER% aparecer em seus lábios.

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Puxou-me para mais perto de si, envolvendo minha cintura com seu braço forte. Segurou meu queixo com delicadeza e olhou bem em meus olhos.

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- É com você que quero estar hoje, amanhã, para sempre.

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Arregalei meus olhos ao ver que estávamos realizando a cena final da minha obra. Estava acontecendo. Aqui. Agora.

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%Kevin% ergueu as sobrancelhas, esperando a minha resposta.

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Entre gaguejos, disse:

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- Para sempre é muito tempo. Aliás, nos conhecemos não faz nem 5 horas. – ao contrário dele, um ótimo ator, eu parecia um robozinho vomitando palavras.

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Seu sorriso manteve-se no rosto e sua mão, que segurava meu queixo até então, passou a acariciar minha bochecha.

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- 24 horas, mais que isso ou menos, para mim tanto faz, pois a conheço a muito mais tempo que isso. A admirei por muito mais dias do que você imagina. Por isso, para sempre não é nem um terço do tempo que eu quero passar com você.

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Sem deixar que eu o questionasse sobre mais nada, encostou seus lábios nos meus e me apertou mais forte, trazendo uma sensação ainda melhor do que nosso primeiro beijo, naquela sala dentro da Black.

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Não percebi quanto tempo o beijo durou, mas ao nos separarmos, estávamos prestes a chegar aos olhos dos fãs que aguardavam pacientemente sua saída da cabine.

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- Estou sonhando. – disse, ouvindo sua risada. – É um sonho, só pode ser, eu sabia que não podia ficar acordada por muito tempo, trás ilusões... – balancei a cabeça em frente a %Kevin%, que ria do meu desespero. – Você é de verdade?

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- Quer testar mais uma vez? – aproximou seu rosto de mim, fazendo com que eu fizesse uma de minhas caretas; %Kevin% desistiu de me beijar e começou a rir, abraçando-me forte. – Você é exatamente como eu imaginei que fosse.

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- Retardada? – perguntei, sem graça, encolhida em meio aos seus braços fortes.

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Ele se afastou de mim e, antes da cabine abrir e enfrentarmos a fúria de suas fãs, disse:

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- Única. – acompanhado de um sorriso que eu só imaginei ver nos meus sonhos, quando ele estava no fim do meu caminho até o altar.

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Fim

Nota: Isa, acabei exagerando um pouco no tamanho, porque o enredo doado pela pessoa do Adote Uma Ideia era para uma história longa. Tentei meu melhor não tornar nada cansativo e bem dinâmico, hahaha! Espero ter conseguido!
Feliz dia do amigo! Estou muito feliz de tê-la na equipe como companheira; espero que possamos fazer mais memórias juntas dentro e fora do EC. Além de beta, você é uma ótima autora, então espero de coração que tenha curtido a história!

Beijão!

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Capítulo 4

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Belle

9 anos atrás

Que história maravilhosa, Nat! Eu simplesmente AMEI! (Não vou falar tanto pq já te falei) Me emocionei agora com a tua N/A, quem diria que uma das minhas autoras preferidas, que já me fez rir, chorar e muito mais lendo suas autorias, iria escrever uma short de presente para mim. Eu estou sonhando. E ainda mais ver esta sua dedicatória, falando que além de beta, sou uma ótima autora. WOW. É assim que tu me mata, querida, Natashia. É assim que tu me faz querer ser a PP desta short e querer escrever cada dia muito mais. Se eu tivesse coragem o suficiente, iria pedir opiniões suas para duas histórias que comecei a escrever, mas como tu é uma profissional ao meu ver, irei esperar ter muitos capítulos para perguntar à tu se posso te enviar. HAHAHA. Muito obrigada mesmo! Estas palavras são as que fazem eu, como autora, querer dar meu tudo para conseguir alcançar um patamar igual ao que você chegou.

Voltando pras eras, eu amei a short e vou guardar ela no meu coração com muito carinho, pois não é sempre que isto acontece. HAHAHAH

Se eu pudesse te dar um abraço, nunca iria soltar. :3

É SP q tu mora? Pq se for, to querendo ir pra essas bandas dar um rolê no fim do ano.

Um milhão de beijos, pra chefa mais legal do planeta!

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Gabriella Medeiros

9 anos atrás

A história pode não ter sido escrita para mim, mas me cativou do mesmo jeito. Eu amei. O jeito que você escreve, Nat, faz com que o leitor mergulhe na história, isso é maravilhoso

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Srta_Clessi

8 anos atrás

Ai que sonho! Que história incrível é essa?! Meu Deus! Está totalmente de parabéns pela história, pela escrita, pela narração e enredo. Acho que ela se encaixa nos sonhos de muitas leitoras. Afinal, quem é que não queria que seu ídolo ficasse assim, tão pertinho e ainda dizendo que quer ficar com você hoje, amanhã e pra sempre?

Parabéééns!

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Capítulo 4

Fim

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