Inevitável


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Octogésimo Capítulo • Imaturo

Tempo estimado de leitura: 18 minutos

  Suga havia perdido as contas de quantas vezes tinha ligado para %Paloma% quando chegara em casa naquele fatídico dia após ler a carta deixada por ela. Com o coração em pedacinhos ele chegou até a ir na casa dos pais dela em busca de %Paloma%. Mas foi em vão, ela não quis falar com ele, e Suga acabou por ser consolado pelos “ex-sogros”. Ele não entendia o porque de %Paloma% ter ido embora de repente daquela forma tão covarde, sem ao menos ter tido coragem de conversar cara a cara para explicar o motivo de querer se afastar dele. Suga tinha dificuldades imensas de entender sentimentos: os dele e especialmente dos outros. Tudo vinha sendo uma tortura imensa desde que ela havia ido embora…
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  Quinze dias depois…

  Cumprimentou o porteiro com um sorriso sem mostrar os dentes, como sempre fazia e então adentrou o prédio que fora seu lar por quase um mês. O porteiro a ajudou a entrar no elevador com as duas malas gigantescas, vazias por enquanto. Enquanto o elevador subia, %Paloma% sentiu o peito arder. Hoje seria o último dia dela ali em definitivo. Já havia saído da casa de Suga há quase quinze dias e vinha buscando suas coisas aos poucos. Sempre em horários que ela tinha certeza que ele não estaria lá. %Paloma% não queria ter que se despedir formalmente de Suga, ela não queria ter que olhar nos olhos dele e dizer adeus. Não que eles não fossem se falar nunca mais na vida e estivessem brigados ou algo do gênero, é claro que não. Mas ainda assim seria muito dolorido para ela ter que colocar “um ponto final” ao se despedir de Suga sabendo que os dois se veriam somente esporadicamente, isso quando a nova turma de amigos resolvesse reunir todos os membros.
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  Ela amava o apartamento de Suga, a decoração clean de lá com as paredes todas em branco gelo, os móveis num tom de creme e algumas poucas peças pretas. O quarto em que ela estava e que o bebe ficaria também… Ela sentiria falta do silêncio que fazia lá, de como ela conseguia ler um livro por dia e ainda praticar piano com Suga quando ele chegasse do trabalho todos os dias, sentiria falta das comidas que Suga preparava para ela, sentiria falta de ajudá-lo na cozinha sempre que possível, sentiria falta dele rindo dela resmungando de ter que ajudá-lo, sentiria falta das mãos dele a ensinando as melodias do piano, sentiria falta dele cuidando dela fosse à distância ligando para ela do trabalho sempre que tinha tempo, ou fosse quando ele chegasse em casa…
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  Sentiria falta de comentar as bobeiras que passavam na TV com ele e especialmente de quando ele alegava que estava muito frio e que dormiria com ela apenas para se esquentar. Sorriu ao lembrar.
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  Assim que a porta do elevador se abriu ela retirou com certa dificuldade as malas de lá e caminhou até a porta do apartamento, retirando a chave do bolso da calça jeans e abrindo o apartamento. Adentrou o mesmo com as malas e fechou a porta delicadamente atrás de si. Colocou a bolsa sobre o sofá e caminhou rumo ao corredor ouvindo o barulho do chuveiro ligado vindo do banheiro. %Paloma% passou a língua pelos lábios secos e coçou a nuca. Ele nunca estava em casa naquele horário… A porta do banheiro estava aberta e ela sabia que não devia colocar os olhos lá, mas resolveu se certificar de que realmente era ele que estava no apartamento.
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  Assim que parou em frente à porta do cômodo, a fumaça vinda de lá não a impedia de ver o homem parado lá dentro do box, completamente nú. %Paloma% não se lembrava nada de como era o corpo desnudo do homem, afinal de contas os dois nunca mais haviam tido nenhum contato romântico ou sexual e %Paloma% sentiu o coração bater forte dentro do peito. Os olhos dela passaram rapidamente pelo corpo de Suga, começando pelo tórax largo do mesmo, e depois desceu pelo tronco e pelas pernas. Até que ela se deteve na cena mais sexy que ela já havia visto na vida até aquele momento: a mão direita de Suga segurava firmemente seu membro rígido fazendo movimentos lentos de vai e vem. %Paloma% sentiu a boca secar outra vez e o coração parecia querer rasgar o peito dela.
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  Durante alguns segundos somente o que se podia ouvir era o barulho da água que vinha do chuveiro caindo no solo e o som da mão de Suga em contato com seu membro. Assim que os movimentos feitos por ele começaram a mudar de ritmo e ficarem mais rápidos %Paloma% percebeu que a feição dele havia mudado, os olhos agora estavam fechados e sua boca entreaberta. A garota levou uma das mãos até a boca assim que ouviu o primeiro gemido sair dos lábios dele. E assim subsequentemente mais gemidos vieram. %Paloma% sabia que precisava sair dali, mas era como se seus pés e seu corpo não a obedecessem. Voltou a olhar para onde a mão dele estava e o viu aumentar ainda mais o ritmo da masturbação, enquanto os gemidos roucos saiam sem parar de sua boca. A cabeça estava agora jogada para trás e ele se apoiava na parede com a mão que estava livre. %Paloma% se perguntou se ele havia gemido daquele jeito quando transaram, e então sentiu sua intimidade começar a pulsar levemente enquanto o ouvia gemer outra vez. Sentiu vontade de entrar naquele box e beijá-lo, tomando o lugar das mãos dele com as suas, ela queria que aqueles gemidos fossem provocados por ela. Será que ele estava pensando em alguém? Voltou a umedecer os lábios e apertou as coxas a fim de aliviar nem que fosse um pouco o incômodo instaurado ali.
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  Logo ele voltou a ficar em silêncio e o som que se podia ouvir era novamente o de sua mão em contato com o membro ainda super rígido. %Paloma% finalmente conseguiu respirar fundo e fazer seu corpo obedecer seu cérebro e saiu de lá com o coração à mil, mas ainda sentia o incômodo em sua intimidade. As mãos dela tremiam e ela ainda podia ouvir os gemidos dele lá da cozinha, só que agora mais baixos. Abriu a geladeira e se serviu um copo d’água. O que diabos ele estava fazendo aquela hora no apartamento? %Paloma% fechou os olhos e voltou a ver a imagem dele segurando o membro com força e movimentando a mão, os gemidos ecoavam por sua cabeça também e ela bebeu a água, ainda trêmula. Que sabor ele teria? Ela não se lembrava. %Paloma% pensou enquanto abria a torneira da pia e passava um pouco de água pelo rosto. Os gemidos finalmente cessaram e ela apenas ouvia o barulho do chuveiro agora. Precisava se acalmar.
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  Ficou durante mais alguns segundos na cozinha até que criou coragem de encarar o corredor outra vez. O chuveiro ainda fazia barulho. Ela adentrou o quarto que costumava ser seu e então abriu o guarda-roupas branco onde ainda estavam suas apostilas e mais peças de roupas. O coração dela ainda estava acelerado, e ela rezou para que Suga não percebesse agora que ela estava no apartamento. Mas o destino gostava de pregar peças nos dois, e assim que ela pegou algumas apostilas e se virou para colocá-las sobre a cama lá estava ele com a toalha enrolada na cintura e outra nas mãos onde ele enxugava os cabelos pretos, molhados.
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  %Paloma% engoliu seco e passou mais uma vez o olhar pelo torso de Suga, e se deteve nos braços, flexionados enquanto ele terminava de enxugar os cabelos. Eles estavam maiores e ela desejou poder apertá-los. Quando o olhar dos dois se encontrou, foi a vez dele passar a língua pelos lábios, maldita mania que ele tinha e que fazia %Paloma% perder a linha do raciocínio toda vez.
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  - Oi! - ele coçou a nuca -
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  - Oi Yoongi! - %Paloma% colocou as mãos na cintura -
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  - Tudo bem? - Suga questionou enquanto colocava a toalha em volta do pescoço -
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  %Paloma% balançou a cabeça positivamente algumas vezes.
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  - E você? - ela olhou os lábios dele e a língua estava lá outra vez -
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  - Tudo bem. Você precisa de ajuda?
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  %Paloma% fez que não com a cabeça. Ainda estava meio perdida e hora outra ela se lembrava dele lá no box, segurando o membro e soltando vários gemidos roucos enquanto se masturbava.
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  - Eu vou colocar uma roupa e venho te ajudar mesmo assim.
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  Ele desapareceu e reapareceu das vistas de %Paloma% rapidamente.
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  - A propósito, há quanto tempo você chegou? Eu não ouvi você entrar…
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  %Paloma% fez um coque com os cabelos no topo da cabeça e ela sabia que havia ficado vermelha, porque sua pele queimava e os olhos de Yoongi estavam em seu pescoço.
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  - Tem um tempinho já! - ela se virou tirando algumas roupas do guarda roupa e quando se virou ele já não estava mais lá -
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  Suga se sentou na cama apoiando os cotovelos no joelho e bagunçando os cabelos. Será que %Paloma% havia ouvido? Ou pior, será que ela havia o visto enquanto ele se masturbava? Ele respirou fundo. E se? O que será que ela havia sentido caso tivesse visto ou ouvido algo? Será que ela imaginava que era nela que ele pensava? Engoliu seco e se levantou pegando uma cueca e se vestindo, depois uma calça de moletom preta e blusa de malha da mesma cor e de mangas longas. Secou mais uma vez os cabelos molhados e então foi novamente até o quarto que era de %Paloma% e encontrou ela dobrando algumas peças de roupas. Ele estava escorado no batente da porta. Quase quinze dias se vê-la ou sem ter notícias, o peito dele doía de saudade dela.
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  - Não dói em você? - %Paloma% levantou o olhar encontrando o dele - Porque em mim dói!
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  Ele cruzou os braços abaixo do peito.
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  - Há quinze dias vem doendo. Eu ainda pego o celular nas minhas pausas com a intenção de te ligar. Eu ainda chego em casa louco para te encontrar. Eu ainda ouço a sua risada exagerada ecoar pelo apartamento, preenchendo ele. Eu ainda cozinho para nós dois. E sinto falta de ouvir você reclamando de me ajudar. - ele sorriu abertamente, mostrando os dentes - Eu ainda te procuro aqui nesse quarto toda noite de frio para me esquentar.
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  %Paloma% sentiu os olhos marejarem e então os fechou. Se ele soubesse…
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  - Não dói? Você não sentiu falta de nada?
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  - Suga! - ela começou a falar mas se deteve quando viu que ele se aproximava -
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  As mãos dele a empurraram com delicadeza até que ela estivesse presa entre o guarda-roupa aberto e o corpo dele.
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  - Fica! Por favor! - ele sussurrou perto dos lábios de %Paloma%, como uma súplica -
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  - Ficar? - %Paloma% fechou os olhos - Eu não posso, quer dizer, a gente não vai mais ter o bebê Yoongi…
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  - Eu sei! Você acha que eu não lembro disso todo dia? E como se não bastasse isso, agora eu tenho que lidar com a sua falta há quinze dias! As coisas foram saindo dos eixos, sabe? Só passaram a ficar cada dia mais complicadas e eu acho que tudo bem, a nossa força vem das quedas que sofremos, mas porque diabos eu tinha que te perder no meio disso tudo? A queda tinha que ser assim? Me tirando a única coisa boa a qual eu queria me agarrar?
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  %Paloma% abriu os olhos e encarou os olhos marejados dele. O coração dela doeu.
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  - Não tenho motivos para ficar mais, não é?
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  - Eu te amo! - ele cuspiu a sentença, assustando %Paloma% - Sim. Sim, eu te amo. Eu caso com você, eu te faço feliz, %Paloma%! Te dou meu colo como travesseiro e o meu abraço como seu cobertor… Eu te faço sorrir quando você quiser chorar, só vou permitir que lágrimas caiam do seu rosto se for de felicidade, eu nunca vou soltar a sua mão. Eu te protejo. Te levo até um café na cama e te dou morango na boca… Eu te mimo. Eu te cuido até não querer mais, eu vou tomar as suas dores, ficar triste quando você ficar, e feliz quando você também estiver. Quero chorar seu choro, sorrir só por te ver sorrir. Vou estar contigo a qualquer momento, vou ser um apoio, um alicerce, um colo… só pra te dar segurança caso você tropece. Vou brigar com você e depois chorar porque brigamos, vou não-resistir à sua carinha de dengo e vou correndo pros seus braços. Eu vou te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Só confia em mim, meu amor!
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  As mãos de Yoongi seguravam o rosto de %Paloma% com força e ele encostou a testa na dela com a respiração descompassada e o coração acelerado. Era a primeira vez que ele conseguia se declarar daquele jeito a alguém, e agora o medo o consumia, ser vulnerável daquele jeito nunca esteve em seus planos e ele agora se sentia um adolescente com medo de ter todas as suas expectativas frustradas. E se ela o rejeitasse? E se ela risse dele? Ou pior, se ela não acreditasse? Como ele a convenceria, já que ele estava dando o seu máximo se abrindo daquele jeito.
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  - É que eu sou fraco, frágil, estúpido pra falar de amor! Mas se for com você %Paloma%, eu vou, eu vou!
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  - Não vai Suga! - ela tentou o afastar de seu corpo - Você espera que eu acredite? Como? Você nunca se abre, tá sempre dando desculpas toda vez que demonstra um pouquinho sequer de sentimentos! E você sempre foi tão incisivo quando dizia que era tudo pelo bebê, que era só sua responsabilidade de pai, como eu vou acreditar nisso?
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  - %Paloma%, eu acabei de abrir o meu peito aqui agora! Você acha que está sendo fácil para mim?
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  - Você só tá com tesão acumulado! Só isso, e além do mais, você me esconde as coisas!
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  - Que coisas? O que eu escondi? - ele colou a testa na dela outra vez -
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  - Eu vi uma mensagem da Charlotte para você, onde ela dizia que queria te ver e que vocês se encontraram no dia em que eu perdi o bebê.
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  - Nós perdemos o bebê %Paloma%! E sim, eu a encontrei porque depois de você, ela era a minha única referência de consolo e o mais perto de alguém da família que eu tinha!
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  -Na verdade Yoongi eu nem sei porque tô falando isso! Eu não tenho nada a ver com a sua história e da Charlotte!
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  -Não tem história! Já acabou! Eu e a Charlotte acabamos %Paloma%!
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  %Paloma% levou as mãos até as de Suga e as retirou de seu rosto.
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  -Me deixa arrumar as minhas coisas Yoongi! Eu não vou ficar!
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  -%Paloma% você precisa acreditar em mim!
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  -Tá um pouquinho tarde para isso agora! Só me deixa arrumar minhas coisas!
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  Ela voltou a empurrá-lo para longe. Suga cedeu e saiu do quarto. Se jogou no sofá tapando o rosto com as mãos, sentiu o coração acelerado querer rasgar o peito. O que ele faria? Porque diabos ela não acreditava?
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  %Paloma% segurou o choro preso na garganta até conseguir encher as duas grandes malas com tudo o que ainda restava na casa de Suga. Aquela seria a última vez que ela pizzeria ali, pelo menos no que dependesse dela. Precisava se afastar dele por enquanto, colocar as coisas no lugar.
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  O olhar dos dois cruzou quando ela apareceu na sala, e %Paloma% umedeceu os lábios, ansiosa. Agora ela precisava se despedir dele em definitivo, pelo menos por enquanto. %Paloma% sabia que aquilo iria doer, mas precisava fazer.
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  - Toma aqui a sua chave reserva! Não vou precisar mais dela…
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  %Paloma% ergueu a chave na direção de Yoongi.
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  - Você não precisa fazer isso! Toma um tempo para você assimilar tudo que eu disse e volta!
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  %Paloma% depositou a chave no balcão que dividia a sala da cozinha e então suspirou.
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  - Eu magoei tanto assim você?
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  - Não torne as coisas mais difíceis para nós dois Suga! Podemos ser amigos! Mas dê tempo ao tempo.
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  Suga apenas balançou a cabeça enquanto sentia os olhos marejaram. O que mais ele podia fazer naquele momento?
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  - Bom, então é isso! Mais uma vez obrigada pelo tempo que cuidou de mim e do Hyuk, e eu te desejo sorte!
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  %Paloma% se abaixou depositando um beijo rápido na bochecha dele. Yoongi fechou os olhos com o rápido contato e quando os abriu novamente ela não estava mais lá. Ele não era um homem que chorava com facilidade, ao contrário, mas ele o fez. Se permitiu chorar mesmo que por pouco tempo. Ele precisava dar um jeito! Não queria ficar sem %Paloma%.
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Octogésimo Capítulo
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