Inevitável


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Nonagésimo Quinto Capítulo • Doce

Tempo estimado de leitura: 80 minutos

  Se sentou no sofá enquanto deixava um suspiro cansado sair de seus lábios, havia pedido uma licença de mais uma semana para o chefe, já que estava com o emocional um tanto quanto abalado por causa do aniversário e da frequente saudade que andava sentindo dos pais adotivos. %Aline% andava sentindo como se estivesse carregando o mundo nas costas, estava sentindo como se estivesse perdendo a própria identidade, era como se ela não se reconhecesse mais ao olhar no espelho. Se sentia uma farsa ambulante… ela não sabia quem era de verdade, não sabia suas raízes, suas origens… E foi com esse pensamento que ela passou a mão pela grande caixa preta aveludada que os pais guardavam há anos com todas as informações que eles achavam necessárias sobre os pais biológicos dela.
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  Retirou a tampa bem devagar, com medo do que seus olhos poderiam encontrar por lá e então a primeira coisa que avistou fora um urso de pelúcia bege, já bem desgastado e velho porém com um cheiro doce, como se fosse algum perfume feminino bem adocicado. Ele retirou a pelúcia de lá e então passou os dedos pelo rosto do bichinho enquanto os animais se aninham perto dela na sala. Depositou a pelúcia ao seu lado, um dos cachorros cheirou o bicho e então ela encontrou cartas, escritas a próprio punho. %Aline% reconheceu como sendo a letra do pai adotivo.
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  As mãos dela tremiam de nervoso e então ela abriu a primeira carta, onde se lia a cidade do Rio de Janeiro, e a data: não muito perto dos pais falecerem. %Aline% matinha os olhos absortos em cada palavra que continha na primeira carta. Ali o pai adotivo narrava sobre o período de faculdade, que havia sido onde ele conhecera a mãe de %Aline% e também os pais biológicos dela: Alan e Olga. Olga era colega de curso dos pais de %Aline% e já namorava Alan, que era quatro anos mais velho que ela e era vereador na cidade do Rio. Alan tinha o interesse de montar uma empresa bélica, e contava com a ajuda e com a  formação de Olga para que eles pudessem dar esse passo juntos.
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  Os olhos de %Aline% marejaram pesadamente e ela levou a mão ao peito, que pareceu arder ao ler o nome dos verdadeiros pais. Ali na carta, o pai descrevia com uma riqueza de detalhes absurda como havia sido desde o primeiro contato dos quatro até eles se formarem. Pelo que o pai biológico falava, a amizade que os quatro haviam construído durante o período era inabalável e extremamente forte, o pai chega a inclusive comentar que eles participavam dos eventos familiares um do outro, e que os consideravam muito! A carta acaba com os detalhes da formatura.
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  %Aline% deixou algumas lágrimas escorrerem pelo rosto, e então as limpou enquanto pegava mais uma das cartas, ainda escrita pelo pai. Essa carta descrevia para %Aline% a relação dos pais adotivos e biológicos após a faculdade, onde o contato fora mantido, e seguia firme e forte. %Aline% não conseguia entender ainda como os pais haviam conseguido adotá-la e nem porque. Será que os pais biológicos não estavam se sentindo preparados para tê-la e os pais adotivos por serem muito amigos, acabaram ficando com ela? E porque depois que ela nasceu, eles não continuaram a amizade? Os pais biológicos estavam mortos? Ela fechou os olhos, tentando reorganizar os pensamentos, e voltou a focar na leitura da segunda carta.
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  O pai agora contava sobre a ideia que os quatro tiveram de abrir a empresa que %Aline% havia herdado, mas havia vendido suas ações, pois não era nada interessada no ramo de negócio dos pais. Alan sabia muito bem que os pais de Matheus - pai adotivo de %Aline% - eram milionários e de uma família importante da sociedade da época, então ele propôs a sociedade. %Aline% tinha pavor de armas e inclusive precisava se livrar das armas que o pai adotivo colecionava.
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  No decorrer da carta a empresa fora fundada e os quatro eram os principais sócios, o começo da empresa fora difícil, mesmo com o apoio dos avós de %Aline% e com toda a influência de Alan no meio político. Mas o pai conta que a amizade só se fortalecia com o tempo, mesmo com as primeiras dificuldades enfrentadas pelo quarteto. E então ela lê sobre a primeira ascensão da empresa, sobre a felicidade que ambos sentiram com as primeiras grandes conquistas… depois as coisas começam a engrenar ainda mais e o quarteto se realiza profissionalmente a cada ano.
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  Ainda tremendo - talvez até mais do que antes - ela chegou a terceira carta escrita pelo pai. Lá eles contam sobre mais dificuldades que a empresa passou, e sobre como foi o casamento dos pais biológicos de %Aline%. Os olhos dela voltaram a marejar com força ao ler sobre como o casamento havia sido esperado e planejado por Alan e Olga, os detalhes descritos pelo pai fizeram %Aline% viajar e ter a sensação que estava lá! Ela fechou os olhos e então limpou as lágrimas teimosas e voltou a ler.
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  Agora o pai narrava sobre a descoberta da gravidez por Olga. Ali ela voltou a chorar copiosamente: o pai conta que a gravidez não havia sido planejada e que havia sido um descuido, pois a mesma não sabia ainda como funcionavam as pílulas contraceptivas que havia se esquecido de tomar durante a lua de mel. O pai adotivo detalha ainda que era perceptível a tristeza de Alan e Olga com a gravidez indesejada e repentina. Mas ainda sim, Olga resolveu que levaria a gravidez em diante e entregaria %Aline% para a adoção, já que os dois não tinham o sonho de ser pais, nem agora, nem em um futuro distante.
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  O pai de %Aline% faz questão de destacar que naquele estágio da vida de Olga e Alan, o que mais importava era o dinheiro! Eles estavam ficando cada dia mais obcecados com ganhar dinheiro, viajar, curtir e levar vantagem. Nesse ponto o pai explica que os ideais começaram a divergir e as primeiras brigas vieram à tona. Mas logo eles se resolviam e ficava tudo bem, o tempo ia passando de acordo com o pai e as coisas iam caminhando. Até que a mãe adotiva de %Aline% descobriu que não podia ter filhos e Matheus revela que esse sempre fora o maior sonho dos dois. %Aline% sentiu o peito arder outra vez com a forma em que o pai descreve a dor deles ao descobrirem a incapacidade de Marta - mãe adotiva de %Aline% - de não gerar filhos. O pai descreve como Olga fora carinhosa com Marta quando ela descobriu e foi aí que veio a ideia: porque os dois não ficavam com %Aline%? O pai descreve que Marta não conseguia entender como Olga não conseguia nutrir nem sequer um vestígio de sentimento pelo bebe que carregava dentro de si. %Aline% se permitiu não julgar Olga em momento algum, ela também não planejava ser mãe tão cedo e entendia o fato dos pais biológicos não a quererem. Quanto a isso, %Aline% não sentia raiva dos dois! Ela entendia, apesar de doer saber que havia sido tão rejeitada quando ainda não havia nem nascido, ela entendia.
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  A carta segue descrevendo como estava sendo o combinado jurídico e legal para que os pais adotivos de %Aline% pudessem realmente adotá-la quando ela nascesse, e a carta termina no sexto mês de gestação de Olga, onde o pai começa a descrever os rombos que estavam sendo descobertos nos cofres da empresa. Nesse meio tempo, o pai biológico de %Aline% começou a ser investigado por corrupção pela Polícia Federal, assim como seu pai adotivo por corrupção passiva, já que eram sócios. %Aline% resolveu beber um pouco de água, a boca já estava seca e ela parecia um pouco tonta. Haviam algumas mensagens no celular, de Hoseok, de %Vivian%, de %Ludmilla%… mas ela precisava terminar aquilo antes! Depois de beber sua água ela pegou a quarta carta.
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  O pai descrevia como eles começaram a desconfiar dos sócios e como as brigas só aumentavam. Os olhos dela voltaram a marejar pesadamente quando ela chegou no trecho onde os pais confirmam que estavam sendo traídos pelos pais biológicos dela, que estavam usando a empresa para fins corruptos, além de estarem deixando um rombo nos cofres da mesma. A dor que o pai descreve ter sentido era quase palpável.E então ele pula para a parte onde os pais de %Aline% tentam fugir do país, e o desespero de Marta ao pensar que não chegaria a ver o rosto de %Aline%… ela sorri em meio às lágrimas pelo amor que a mãe adotiva já sentia por ela. Até que enfim eles são presos…Fica provado na investigação que os pais adotivos de %Aline% nada tinham a ver com os atos criminosos dos sócios, mas o pai detalha o inferno vivido por eles nesse período.
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  %Aline% respira fundo algumas vezes, limpa o rosto e então volta: o pai detalha a investigação, as visitas que faziam aos agora ex-sócios na cadeia, a luta para manter a empresa de pé, as ameaças de não entregarem %Aline% para eles… as batalhas judiciais travadas e o julgamento. %Aline% nasce no hospital da prisão e dias depois é entregue aos pais adotivos. Ela fecha os olhos e se entrega ainda mais ao choro. Depois de já mais calma, ela termina a carta que agora somente falava de toda a alegria que %Aline% havia trazido aos pais com a vida dela! Ela pensou no quanto os amava e na falta que eles ainda faziam para ela.
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  Dentro da caixa, haviam alguns artigos de jornais da época anunciando a prisão de Alan e Olga e fotos, muitas fotos de quando o quarteto ainda mantinha relações. Fotos da faculdade, das festas, das reuniões, das comemorações em família, de Natais, viradas de ano… %Aline% se pegou avaliando as fotos e observando os pais biológicos e ela se assustou ao constatar o quão parecida com Olga ela era! Passou o dedo indicador pelo rosto da mãe biológica e então fez o mesmo com os pais adotivos. Uma das últimas fotos era de Olga com %Aline%, ainda recém nascida nos braços. O rosto da mãe adotiva não tinha nenhuma expressão: ela não demonstrava ódio, raiva, tristeza, felicidade, dor… nada! Mas %Aline% reparou que ela segurava o bichinho que estava na caixa em uma das mãos. %Aline% guardou as fotos e as cartas de volta na caixa e a tampa. Observou a pelúcia lá ao seu lado e então a pegou entre as mãos outra vez. Cheirou o bichinho e se perguntou: aquele cheiro seria de Olga?
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  Ela guardou a caixa no mesmo lugar de sempre e então, respondeu a %Ludmilla%, %Vivian% e Hoseok. Em seguida ela ligou para Namjoon… para o que ela pretendia, só ele conseguiria ajudar!
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  A voz grave e rouca dele soou do outro lado da linha e %Aline% imediatamente marejou os olhos.
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  - Tá muito ocupado Joonie?
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  Ele percebeu que havia algo errado no tom de voz dela e então ele saiu do escritório, fechou a porta atrás de si e caminhou para o final do corredor.
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  - Não! Pode falar! Aconteceu alguma coisa? Para você me ligar a essa hora da manhã com voz de choro… O que aconteceu meu bem?
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  - Joonie! - ela suspirou pesadamente - Você consegue passar aqui no seu horário de almoço? Eu preciso de uma ajuda, que só você pode me dar!
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  - Não está no trabalho? Se estiver eu busco você para gente almoçar junto!
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  - Não estou! Eu pedi uma licença para tratar da mente! E aí acabei descobrindo um monte de coisas sobre meus pais biológicos…
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  - Mexeu no dossiê deixado pelos seus pais %Aline%?
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  - Sim! - agora %Aline% chorava livremente -
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  O peito de Namjoon ardeu com ela chorando.
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  - Eu tô indo para aí! Aguenta as pontas, vinte minutos e eu tô aí!
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  - Não! Não quero te atrapalhar!
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  - Você não vai me atrapalhar! Eu estou indo!
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  E ele desligou! %Aline% voltou a se sentar no sofá enquanto abraçava as próprias pernas e escondia o rosto. Tudo dentro dela estava uma bagunça e os sentimentos pareciam estar misturados e a cada momento um deles falava mais alto na cabeça de %Aline%. Exatos vinte minutos depois, Namjoon bateu na porta dela.
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  Assim que abriu a mesma, ela se jogou nos grandes braços dele e logo o paletó cinza de Namjoon estava molhado com as doces lágrimas de %Aline%. Ele deslizava as mãos pelas costas dela, enquanto mantinha o semblante sério. Odiava ver as pessoas chorarem, especialmente as que eram queridas para ele.
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  - Calma! Eu tô aqui! Respira! - ele segurou o rosto de %Aline% entre as mãos - Respira!
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  %Aline% fez o que ele pediu, respirou fundo algumas vezes e então limpou as lágrimas, finalmente ficando mais calma. Os dois caminharam para a sala e então %Aline% foi em direção a cozinha. O schnauzer logo começou a latir, enquanto os outros bichinhos pulavam e se aproximavam de Namjoon. Ele criou coragem e conseguiu pegar o schnauzer no colo, tentando acalmar o mesmo. %Aline% bebia alguns copos de água enquanto percebia o cachorro começar a se acalmar nos braços de Namjoon.
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  - Você vai sujar seu terno! O Merlin tá imundo e vai soltar pelo!
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  - Vai camuflar aqui no meu terno, é da mesma cor do pelo dele! Qualquer coisa eu passo em casa e troco de terno! Agora que ele se acalmou, não vou perder a oportunidade de conquistá-lo! Agora me conta!
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  %Aline% respirou fundo.
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  - Espera aqui! Vou pegar a caixa e deixar você ver com seus próprios olhos! Tá com tempo?
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  - Tenho a manhã toda! - %Aline% assentiu para ele antes de sumir pelo corredor -
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  Agora, já sentado no sofá, o schnauzer apenas estava deitado ao lado de Namjoon, com um olhar ainda desconfiado para o advogado, que agora não vestia mais o paletó. %Aline% retornou com a caixa preta aveludada em mãos e o bichinho de pelúcia sobre ela. Sentou-se ao lado de Namjoon e então entregou a caixa para ele.
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  - É esse o dossiê dos seus pais? - ele ajeitou a caixa no próprio colo -
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  %Aline% assentiu para ele enquanto mexia no bichinho de pelúcia e o olhar de Namjoon a acompanhava.
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  - E o que é esse ursinho?
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  - Não sei direito! Ele estava na caixa, bem quando abri ele foi a primeira coisa que encontrei. Aí depois ele estava numa foto, da minha mãe biológica comigo bem nos meus primeiros dias de nascida…E tem um cheiro, que mesmo guardado durante anos, não sumiu!
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  %Aline% levou o bichinho de pelúcia até as narinas de Namjoon, que aspirou o cheiro para dentro dos pulmões. Os dois se encararam quando ele finalizou.
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  - É o cheiro da sua mãe?
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  - Adotiva não! Mas biológica, talvez! - %Aline% deu de ombros -
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  - Me explica o que deu nessa cabecinha para você abrir isso aqui? Você estava preparada?
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  %Aline% voltou a sentir os olhos marejados.
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  - Não sei se estava preparada! Mas eu precisava fazer isso! Eu não sabia quem era de verdade Joonie! Minhas raízes, a origem da minha história, eu precisava entender tudo! Minha cabeça não estava me dando sossego esses últimos dias com isso! Desde aquele dia que fomos no cemitério! Eu venho tendo pesadelos horríveis com isso, sentindo uma saudade absurda dos meus pais, sei lá!
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  - Entendi! E o que tem aqui dentro além do ursinho? Fotos?
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  Namjoon abriu a caixa encarando os papéis e as fotos, bagunçados lá dentro.
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  - Tem cartas, escritas pelo meu pai adotivo numa espécie de linha do tempo, contando como eles conheceram meus pais biológicos, como montaram uma empresa juntos, e enfim. Lê, por favor!
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  - Tá bom! Vou ler! Qual a ordem das cartas?
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  %Aline% se ajeitou no sofá, depositando a pelúcia em seu colo e então pegou as cartas em suas mãos, organizando-as na ordem certa para que Namjoon pudesse ler. O semblante dele estava sério. Não concordava com a atitude - da agora - loira. Ele até quis elogiar o novo cabelo e dizer que combinava demais com ela, mas não era o momento. Não achava que %Aline% deveria ter mexido naquilo… mas agora ele queria entender e ajudar da forma que pudesse.
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  Os olhos dele passeavam atentos pelas linhas da primeira carta, e ele não esboçava nenhuma reação ao lê-las. %Aline% pensou que ali, ele era o advogado Kim Namjoon, pois deveria desconfiar que ela precisaria da ajuda dele como advogado.
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  - Seus pais eram os donos da FAM? - os dois se encararam -
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  - Sim! Tanto os biológicos quanto os adotivos!
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  - Você herdou as ações?
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  - E as vendi! Não quero mexer com arma! - ela balançou a cabeça negativamente -
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  - Herdou as ações integrais? Já que ambos os donos tinham ligação com você?
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  - Herdei cinquenta por cento das ações já que existiam outros acionistas quando meus pais faleceram! Não sei o que foi feito da parte dos meus pais biológicos, provavelmente elas foram vendidas quando eles foram presos!
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  - Tá! Então seu pai biológico estava metido nos escândalos de corrupção da época, em que foram presos vários políticos?
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  - Sim! Continua lendo que você vai entender! Vou preparar um almoço para a gente!
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  Namjoon continuou lendo a primeira carta e então assim que acabou ele se levantou e encarou %Aline% na cozinha,
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  - Vou até o carro pegar meus cadernos! Vou fazer algumas anotações, se importa? Você quer minha ajuda legal, não quer? Como advogado, certo?
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  - Certo! E como amigo também! Mas vou pagar pelos seus honorários!
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  - Não! Não vai me pagar nada! Vou te ajudar como amigo! Não precisamos envolver dinheiro nesse assunto, eu me recuso! Eu já venho…
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  %Aline% vasculhou a geladeira e então retirou a carne e alguns legumes e verduras de lá de dentro, o gato já se encontrava sobre a mesma miando para %Aline%, que se lembrou que os potinhos de comidas dos bichinhos estavam vazios. Então ela se abaixou e abriu o armário que ficava embaixo da pia e pegou o pacote de ração dos gatos. Quando ela caminhava para a varanda, Namjoon voltava para dentro da casa. Ela observou o quanto ele ficava bonito de social e sorriu. Namjoon, mesmo sem entender, sorriu de volta para ela.
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  - Precisa de ajuda com esse saco?
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  - Não! Obrigada! Pode continuar lendo aí e fazendo suas anotações!
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  Namjoon assim o fez, caminhou até a mesa e se sentou lá com as cartas depositadas sobre a mesa. Anotou todas as informações que achou de extrema importância sobre a primeira carta e então passou para a segunda, depois para a terceira, e enfim para a quarta. Fez o mesmo processo com todas as cartas: todas as anotações importantes registradas no caderno.
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  O cheiro bom da comida de %Aline% já invadia a casa e então Namjoon observou o schnauzer resmungando em rosnados perto dele. O homem abaixou a mão, um pouco receoso e então acariciou a cabeça pequena do bichinho que ainda resmungava, mas recebia o carinho de bom grado.
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  - Acabei as cartas! Tem mais alguma coisa importante lá na caixa?
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  - Tem algumas fotos! Se você estiver curioso para saber como era os meus pais! - %Aline% deu de ombros ainda virada para o fogão -
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  Namjoon parou com os carinhos em Merlin e então se levantou, caminhando de volta para a sala. Pegou as fotos em suas mãos e começou a observar as mesmas.
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  - Você é a cara da sua mãe biológica!
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  %Aline% se virou, encarando a figura de Namjoon em pé, vendo as fotografias.
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  - Sim! Nós somos bizarramente, muito iguais! Especialmente quando eu estava morena!
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  - Sim! A propósito… - ele pausou e olhou para ela - Você ficou linda loira!
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  %Aline% sentiu as bochechas esquentarem e sorriu sem mostrar os dentes para ele.
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  - Bom! Eu sinto muito! Por tudo! Sinto, de verdade!
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  - Eu também sinto! - %Aline% voltou a olhar para a cozinha - O almoço tá pronto, vamos comer?
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  Namjoon a ajudou a arrumar a mesa para o almoço e então os dois se serviram.
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  - E então? Você quer que eu descubra o que?
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  - Consegue descobrir quantos anos eles pegaram de cadeia?
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  - Claro! Mas pela minha experiência e intuição, eles devem ter pego entre cinco e nove anos! Sua mãe menos, porque não tinha um cargo político… Hoje os dois devem estar soltos!
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  - Acha que consegue informações do paradeiro dos dois?
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  - Do paradeiro atual? - ele suspirou pesadamente antes de levar o garfo à boca -
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  - Sim! - %Aline% fez o mesmo -
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  Depois que Namjoon mastigou, ele fez que sim com a cabeça para ela.
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  - Quer conhecê-los? Tem certeza disso? E se isso terminar de quebrar você por dentro? E se os dois não quiserem ver você…
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  - Vamos lá! - ela mordeu o lábio antes de prosseguir - Eu quero conhecê-los, e bom, por enquanto tenho sim certeza!  Se eles não quiserem me receber, tudo bem! Vai me quebrar por dentro, mas eu me recupero! Sou uma mulher forte! Acho que você sabe disso, você até me disse isso uma vez! Sabia que você todo preocupadinho com os meus sentimentos é a coisa mais fofa do mundo?
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  Namjoon sentiu as bochechas enrubescerem e então levou o garfo outra vez à boca.
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  - Eu gosto de você, %Aline%! Não gosto de ver as pessoas por quem eu tenho apreço sofrendo! - foi a vez dele dar de ombros tentando não parecer muito “emocionado” - Bom, eu concordo! Você é uma mulher forte! Então, se você tem certeza, eu vou providenciar para você! Quantos dias você tem de licença?
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  - Uma semana!
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  - Certo! Se eles estiverem vivos e morando em outra cidade, vamos precisar de uns três dias para que você os conheça dependendo da cidade, e de como você quer ir para lá!
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  - Você vai comigo, né? - ela deu mais uma garfada -
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  - Claro! Vou com você! Vou te acompanhar em todo o processo, sou seu advogado agora!
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  %Aline% sorriu achando-o ainda mais lindo!
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  - Bom, eu vou parar o que estava fazendo e vou dar prioridade para você! - as bochechas dele voltaram a ficar vermelhas - Eu estava começando a estudar o caso da %Amanda%! Sobre o stalker que vem perseguindo ela, sabe dessa história?
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  - Sei! Mas ele não está preso?
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  - Sim! Mas continua ligando para ela e a ameaçando e a prisão não tem feito nada a respeito do caso e nem o advogado, então vou assumir daqui para frente. Mas claro que minha prioridade agora é você!
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  - Que bom que você vai ajudar ela! A %Amanda% é muito legal! Não merece ficar passando por esses perrengues! Bom, eu agradeço! De verdade!
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  - Hoje mesmo quando eu voltar, vou procurar o processo dos seus pais e tudo o mais! Vou tentar conseguir todas as informações ainda hoje, tá bom? Mas pode ser que não consiga hoje…
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  - Tudo bem! Eu confio em você, sei que você é muito competente! Quando der certo, deu!
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  - Fica com o coração tranquilo! O que estiver ao meu alcance, vai ser feito!
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  Assim que os dois acabaram com a louça, Namjoon recolheu seu caderno e guardou as cartas e fotos de volta na caixa aveludada e a entregou para %Aline%.
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  - Vou direto lá para o fórum, e aí a noite eu te dou noticias do que eu consegui! Pode ser? Já falei com alguns contatos que vão me ajudar, estão me esperando!
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  %Aline% balançou a cabeça para ele e então Namjoon recolheu o paletó e se aproximou dela. %Aline% abriu os braços para ele e então os dois se abraçaram. Namjoon apertou o corpo delicado dela com força no seu e %Aline% afundou o nariz na curva do pescoço dele.
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  - Muito obrigada! De verdade, Namjoon!
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  - Não precisa me agradecer meu bem! Eu te dou notícias! Agora… - eles se separaram - Nada de reler essas cartas para ficar prolongando o sofrimento aí dentro! E nem de ficar analisando as fotos e se martirizando por ser tão parecida com a sua mãe! Porque eu conheço você o suficiente para saber que isso já tá acontecendo. Me promete?
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  - Ai que difícil Namjoon! - ela torceu o lábio - Eu vou tentar dormir um pouco, que tal?
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  - Isso! Dorme que aí o tempo passa e quando você acordar quem sabe eu já não tenho alguma notícia para te dar?
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  - Tá bom! - ela selou os lábios dele enquanto segurava seu rosto -
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  Namjoon apertou a cintura dela, correspondendo ao selinho e então %Aline% o acompanhou até a porta.
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  Depois ela se esforçou para conseguir dormir e finalmente conseguiu. Quando ela acordou a noite, haviam algumas mensagens de Namjoon, e ela resolveu ligar para ele. Durante a ligação Namjoon contou a ela que já havia conseguido basicamente todas as informações cruciais referentes aos pais biológicos dela: além do que eles imaginavam, Alan havia pego dezesseis anos e oito meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa, já Olga havia pego nove anos e dois meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os dois já haviam cumprido suas penas, em presídios separados e hoje estavam em liberdade.
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  O coração de %Aline% bateu forte e rápido durante toda a conversa.
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  “Eu consegui o endereço de onde eles moram hoje! Estão vivos e ainda são casados!”
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  Namjoon pausou por alguns segundos esperando a reação de %Aline%, mas ele só conseguia ouvir a respiração dela.
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  “Eles estão em São Paulo, na capital mesmo! E eu já consegui um encontro entre vocês! Eles aceitaram te ver, %Aline%!"
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  O esboço de um sorriso surgiu nos lábios de %Aline% e então ela fechou os olhos.
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  “Você tá falando sério, Joonie?"
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  “Eu não brincaria com uma coisa dessas, %Aline%! Já está combinado, e nossas passagens já estão compradas e o hotel reservado! Partimos na sexta de manhã e voltamos no domingo à noite! Tudo bem para você?”
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  %Aline% engoliu seco, sentindo de repente as mãos formigarem. Ela estava preparada para encarar todos os demônios que aquilo podia despertar dentro dela? Abriu os olhos encarando a caixa aveludada em cima da cama. Sim, ela estava! Queria que Namjoon estivesse lá para que ela pudesse abraçá-lo.
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  “%Aline%?” - ele chamou -
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  “Obrigada Joonie! De verdade! Não sei nem como te agradecer!”
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  “Já está me agradecendo! E bom, se isso era o que você tanto queria, eu fico imensamente realizado de te ajudar, então ótimo! Vou te mandar as informações da viagem por e-mail ok?”
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  Os dois se despediram e %Aline% foi para o banho. Agradeceu à Namjoon mentalmente outra vez.
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  No dia seguinte ela acabou acordando tarde e então foi cuidar do jardim da casa, que estava meio desleixado, depois almoçou e saiu com os cachorros para passear. Manteve contato com Namjoon, com Jimin, com Hoseok e com as amigas, contando para elas a novidade - inclusive para as novas amigas, %Jaque%, %Paloma% e %Amanda% - que prestaram total apoio à amiga na decisão de encarar os pais biológicos.
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  Quando a quinta-feira chegou, Hoseok ligou para ela ao anoitecer e ela sorriu com o número e a foto dele aparecendo no visor do celular.
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  “Oi Hobi!” - ela ia aproveitar para contar para ele -
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  “Tá tão quietinha hoje! O que foi? Fiquei preocupado, e resolvi ligar! Ah e também para te fazer um convite para sábado!”
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  %Aline% suspirou pesadamente, já que não poderia ir.
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  “Sábado eu não vou poder! Nem sexta, nem domingo! Vou viajar com o Namjoon!”
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  Foi a vez de Hoseok suspirar de volta para ela. O moreno fechou os olhos com força. Não era possível!
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  “Meu Deus, como o Namjoon gosta de aparecer! Ele te chamou para viajar só porque nós dois fizemos isso! Caramba, ele tá sendo bem infantil!”
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  Hoseok fechou a geladeira com força e %Aline% fechou os olhos.
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  “Não foi ele quem me chamou!”
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  “Foi você que planejou uma viagem com ele? Tão pouco tempo depois da nossa?”
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  “Calma Hoseok! Que ataque repentino de ciúmes é esse? Deixa eu falar! Não é uma viagem romântica! Ele vai como meu advogado inclusive!”
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  “Que? O que aconteceu? Não entendi…”
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  “Se você parar com esse ciúme ridículo eu vou explicar!”
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  “Eu não estou com ciúmes %Aline%!” - Hoseok bufou - “Eu só achei sacanagem, só isso!”
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  “Eu abri o dossiê que meus pais deixaram!”
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  Hoseok arregalou levemente os olhos.
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  “Sobre seus pais biológicos?”
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  “É! E eu descobri que eles eram os melhores amigos dos meus pais, desde a faculdade, descobri que eles eram sócios na empresa, descobri que meu pai biológico era corrupto e usava a empresa para lavagem de dinheiro além de roubar os meus pais adotivos! Descobri que eles nunca me quiseram, que minha mãe adotiva não podia ter filhos e que veio daí a ideia de eles me adotarem!”
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  Ela cuspiu as informações na conversa, falava rápido e tinha os olhos marejados. Hoseok mantinha os olhos arregalados, surpreso com a chuva de informações. %Aline% não deu tempo para ele:
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  “Eu pedi ajuda ao Namjoon, como advogado para ler as cartas, anotar tudo e descobrir o paradeiro deles, porque eu não aguentava mais esse passado obscuro me travando, agarrando a minha perna de noite e me puxando para baixo! Eu precisava saber essas coisas, eu preciso ficar cara a cara com os dois para acabar com essa dor dentro de mim Hoseok! E o Namjoon descobriu as informações necessárias e ele mesmo comprou as passagens e reservou o hotel! Ele também é meu amigo, como você! Mas está indo comigo como um representante legal, já que foi através do trabalho dele como advogado que nós descobrimos todas as informações! A viagem não tem intuito nenhum, além de eu conhecer meus pais!”
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  Hoseok respirou fundo e umedeceu os lábios com a ponta da língua. Ele não podia imaginar que na verdade o Namjoon e ela só iam viajar para que ela pudesse enfim acabar com todos os fantasmas do passado! Ele não sabia o que dizer depois do papelão que havia prestado.
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  “Entendeu? Ou vai dar mais um ataque de ciúmes?”
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  “Eu entendi %Aline%! Me desculpe! Foi só minha auto defesa! Eu sinto muito que os seus pais não tenham ficado com você! Sinto muito que você tenha descoberto tantas coisas ruins deles! Lamento muito, de verdade!”
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  %Aline% limpou as lágrimas que desciam por suas bochechas.
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  “Não precisa ficar no modo defensivo todas as vezes que eu falar do Namjoon, e me atacar!”
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  “Desculpe!” - foi o que ele conseguiu dizer - “Se eu puder ajudar de alguma forma, é só me falar! Eu sei como você deve estar se sentindo, também passei por uma rejeição fraternal!”
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  “Sei que você como ninguém deve me entender! Agradeço! Você é muito importante para mim!
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  “E você para mim! Bom, você deve estar arrumando sua mala e suas coisas para viajar… então vou deixar você cuidar disso! Que horas vocês vão? Cedo?”
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  “Isso! Bem cedinho…”
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  “E para onde? Onde eles moram?
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  “São Paulo!”
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  “Capital?”
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  “Uhum! Me deseje sorte!
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  “Boa sorte %Line%! Que corra tudo bem entre vocês! E quando chegar, me avise!”
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  %Aline% concordou em avisar e então eles desligaram. A cabeça dela agora latejava: além de tudo ela ainda precisava dar um jeito no que sentia pelos dois! Mas, um passo de cada vez.
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  Os dois se encontraram no aeroporto e %Aline% o abraçou com tanta força que Namjoon achou que ela fosse quebrá-lo. Ali, com ela dentro do abraço dele, Namjoon freou os pensamentos: precisava pelo menos por enquanto manter-se profissional! Afinal de contas ele iria representá-la como advogado quando o momento do encontro chegasse, o amigo que arrumou tudo não sabia que ele tinha nenhum vínculo emocional com %Aline%. “Vínculo emocional?” ele pensou enquanto balançava a cabeça. Os dois eram amigos que transavam, e ele repetiu essa sentença na cabeça algumas vezes, inclusive quando eles entraram no avião.
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  Já no hotel, Namjoon entregou o cartão magnético do quarto de %Aline% para ela, que olhou confusa para ele.
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  - Acho que você precisa ficar sozinha! Então peguei quartos separados, tudo bem?
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  %Aline% não entendeu a lógica dele, mas assentiu que sim enquanto segurava o cartão perto do peito. Namjoon reparou no quão pequena e frágil ela parecia ali diante dele e ele desviou o olhar dela. %Aline% sempre se mostrou tão forte que ele se assustou ao ver aquela imagem.
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  - Tá bom!
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  - Eu bato aqui quando for a hora de a gente ir, ok?
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  - Ok! Mais uma vez, obrigada!
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  - Descansa um pouco! Vai ser depois do almoço! Eu bato aqui lá pelas onze e meia pra gente sair para almoçar em algum lugar e aí nós vamos! Você precisa estar preparada, porque a gente não sabe como eles vão te receber, mesmo topando o encontro!
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  - Tá bom! Tem razão!
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  Ela acenou para ele quando entrou em seu quarto e ele acenou de volta antes dela fechar a porta.
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  Namjoon deu duas batidinhas na porta e então %Aline% gritou de dentro do quarto que só estava terminando de calçar o sapato. Assim que ela abriu a porta, quase caiu para trás ao ver Namjoon trajado com a camisa social branca, a calça preta mais justa um pouco nas pernas, - mas sem deixar de ser social - o óculos de grau perfeitamente ajustado no rosto e a pasta. Ele conseguia ficar ainda mais atraente “vestido de advogado”.
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  - Pegou tudo?
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  %Aline% ainda meio embasbacada com a beleza dele, assentiu.
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  - Pode ser que faça frio! O tempo aqui muda toda hora! Não é melhor você pegar um agasalho?
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  Ele passeou os olhos pelos ombros expostos pela blusa fina de alcinha que ela usava.
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  - Ah! Vou pegar então, espera só um segundo!
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  %Aline% voltou para dentro do quarto e ele observou ela se agachar perto da mala, procurando pela blusa. O peito dele tamborilava, e ele tentava se acalmar a todo custo. Porque estava tão nervoso assim perto dela?
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  Já no restaurante os dois conversaram sobre a cidade, ela disse que havia gostado do que tinha visto da mesma por enquanto, que lá era muito diferente do Rio e etc. Namjoon resolveu entrar num assunto que podia ser delicado.
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  - Você tem interesse num exame de DNA?
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  - Porque? - ela virou um pouco a cabeça, curiosa pela pergunta -
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  - Porque seus pais tem bens! Bens que eles construíram depois que saíram da cadeia! Eles tem uma vida boa %Aline%! E você é a herdeira direta deles! Se a gente fizer um DNA, fica comprovado isso e quando eles se forem, você herda!
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  - Eu não sei se quero!
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  Ela remexeu a comida no prato, não havia dado uma garfada sequer desde que o prato chegara.
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  - É um direito seu! E eu acho justo, por todos os danos mentais que isso tudo te causou e pode vir ainda a te causar depois desse encontro! Eu estou disposto a entrar com o processo para você!
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  - Eu posso pensar? E te responder quando a gente voltar?
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  - Claro! Claro! Mas eu não vou desistir fácil, caso você diga que não. E modéstia parte sou bom nos meus argumentos… não sou advogado a toa!
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  %Aline% sorriu enquanto levava o copo de refrigerante aos lábios.
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  - Você não vai comer?
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  - Eu não tô com muita fome!
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  - Tem que se alimentar! Vamos ficar três dias aqui!
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  - Vou tentar! - ela finalmente levou um pouco de comida até a boca -
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  Já dentro do carro alugado por Namjoon, um carro elegante até demais para o gosto de %Aline%, a caminho do endereço dos pais biológicos, ela encarava a cidade passando diante de seus olhos enquanto a cabeça borbulhava de sentimentos e os olhos marejavam. Namjoon também estava nervoso e encarava o volante e os semáforos. Ele sentia que aquele encontro não seria tão amigável e que os pais poderiam ser hostis com %Aline%.
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  Quando eles desceram do carro, %Aline% vislumbrou a imponente casa a sua frente com os portões de grade azul, um carro grafite na garagem, uma rede e um jardim. Os olhos dela voltaram a marejar com força e então Namjoon encontrou-se com o amigo que havia o ajudado a contactar os pais de %Aline%. Por coincidência ele era sobrinho dos pais de %Aline% e consequentemente primo dela. Mas Namjoon não sabia se aquela informação deveria ser passada para ela. Mas com os dois ali, encarando um ao outro como ele explicaria quem era o amigo?
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  Eles se cumprimentaram e o homem olhou para %Aline% logo em seguida.
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  - %Aline%, esse é o Diogo! Meu contato que providenciou esse encontro! Nós nos formamos juntos, somos colegas de profissão e fomos muito próximos na época da faculdade e hoje ele atua aqui! E, bom…
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  Namjoon umedeceu os lábios.
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  - Por uma grande coincidência do destino, somos primos %Aline%!
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  - Como assim? - %Aline% franziu a testa -
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  - Namjoon me pediu ajuda com o caso, e no meio das informações que ele me passou, coincidentemente nós descobrimos que somos primos! A Olga e o Alan são meus tios! Na verdade, sua mãe é irmã da minha mãe! E eu e o Namjoon só descobrimos isso quando ele me passou as informações!
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  %Aline% passou as mãos pelas têmporas, começando a ficar atônita com a informação.
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  - Uau! Você não me contou isso!
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  Ela olhou para Namjoon, e riu, nervosa.
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  - Achei melhor vocês se conhecerem primeiro! - ele mentiu -
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  - Eu que cuido dos seus pais! Assim, meio a força digamos! Porque eles não tiveram mais filhos e eu já preciso te adiantar que eles não são dos mais dóceis ok? Nem comigo!
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  - Ah! Tudo bem! Eu não vou demorar muito! Não to aqui para tentar criar vínculo com eles, sei que é tarde demais para isso! Só quero olhar para os dois e completar a última peça faltante desse quebra cabeça interno aqui dentro de mim!
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  - Certo! Eu tenho a chave da casa, vamos?
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  - Não é melhor você entrar, avisar que estamos aqui e aí nós entramos?
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  - Você acha melhor assim? - Diogo perguntou para Namjoon, mas olhava para %Aline% -
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  - Acho!
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  Quando Diogo abriu o portão e sumiu das vistas dele, %Aline% passou as mãos pelo rosto, tentando se acalmar.
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  - Me desculpe por não ter contado! Eu não soube como te dar essa notícia!
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  - Tudo bem! Isso é o menor dos meus problemas e preocupações agora!
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  Os dois se olharam e %Aline% sorriu sem mostrar os dentes.
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  - Você é forte %Aline%! E sabe disso! Use a sua força!
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  %Aline% balançou a cabeça positivamente para ele.
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  - Sei que você está sendo profissional, que está aqui como meu advogado, e tem agido assim desde que pisamos no avião, mas posso te pedir uma coisa?
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  - Claro! - Namjoon ajeitou o óculos -
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  - Depois que nós dois sairmos daqui, você pode voltar a ser apenas o meu amigo? Eu vou precisar!
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  Namjoon sentiu o coração partir em vários pedacinhos com o pedido. Ele não podia negar!
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  - Posso! Prometo! - ele tocou a mão dela rapidamente -
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  O “primo” apareceu, indicando que eles já podiam entrar. %Aline% sentiu as pernas vacilarem momentaneamente enquanto entrava pelo portão e então ela soltou o ar preso nos pulmões. Namjoon seguia atrás dela.
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  A sala da casa era muito bem decorada, com vários vasos, esculturas e quadros. O sofá parecia confortável e ocupava quase toda a extensão da sala, a TV… ela seguiu os passos do primo até chegarem na parte dos fundos da casa.
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  %Aline% vislumbrou a mãe sentada numa cadeira de balanço, vestida elegantemente e com uma maquiagem leve no rosto. %Aline% olhou bem nos olhos da mulher e se viu no futuro, como se encarasse um espelho…
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  Ela parou em pé, encarando a mãe e então desviou o olhar para o homem sentado ao lado dela. Os dois tinham as mãos dadas, o homem tinha os cabelos longos, não havia nenhuma barba ou bigode como %Aline% havia imaginado… mas ele usava óculos de grau e uma camisa social de cor clara. %Aline% não conseguiu sentir nada por ele… nada.
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  Engoliu seco e então o primo pigarrou.
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  - Tia! Tio! Essa é a %Aline%! E esse é o Namjoon, meu amigo e advogado da %Aline%!
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  Os três ficaram se encarando durante segundos a fio.
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  - Você é realmente muito parecida comigo, %Aline%!
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  A mais velha passeou os olhos por ela, %Aline% acabou repetindo o gesto da mãe e passeou os olhos por si mesma.
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  - Eu me lembro de pensar no quão delicada você era quando nasceu! Não me enganei!
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  - O que você veio fazer aqui atrás de nós?
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  O pai cortou. %Aline% engoliu seco, parecendo a mulher mais covarde do mundo. Ela simplesmente não sabia o que dizer. Namjoon encarava %Aline% e então foi a vez dele pigarrear, como se quisesse tirar %Aline% do transe que ela se encontrava.
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  - Eu precisava ver vocês! Para conseguir seguir minha vida finalmente!
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  - E por algum acaso Matheus e Marta chegaram a te contar toda a história antes de falecerem?
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  - Como vocês sabem que eles faleceram? - %Aline% mirou o primo e depois mirou Namjoon -
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  - Nós até fomos ao enterro… só que provavelmente você não soube que éramos nós! Estava muito abalada e não deveria nos conhecer ou nos reconhecer!
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  %Aline% arregalou bem os olhos. É claro que ela não lembraria, aquele dia havia sido um dos piores de sua vida, ela mal se lembrava das amigas lá!
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  - Tínhamos amigos em comum, amigos não! Conhecidos, que nos avisaram! - o pai respondeu - Nós amávamos os seus pais! Mesmo depois de toda essa história que tivemos, mesmo que tenhamos deixado muitas cicatrizes… eles eram nossos melhores amigos!
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  - Nós queríamos nos despedir, só isso! Não precisa se ofender!
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  - É!
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  - Não me ofendi! - ela umedeceu os lábios - Vocês tinham esse direito! Porque vocês nunca me procuraram? Mesmo depois da morte deles…
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  Ela viu os pais se encararem.
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  - Não tínhamos nenhum motivo, %Aline%! Que vínculo nós poderíamos ter? Depois de você já uma mulher feita, adulta, criada, com a vida pronta!
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  - Não sei o que o Matheus e a Marta te falaram, mas nós nunca quisemos filhos! Tanto que não temos! E bom, a gente não quis te procurar! É simples! Não tínhamos porque criar vínculo! Nada contra você em específico querida!
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  O pai complementou as falas de Olga. %Aline% sabia que eles tinham razão nos argumentos, tinham razão em não querer procurá-la. Mas aquela sensação tão explícita de rejeição fez ela se sentir mal. A única coisa que ela conseguiu fazer foi balançar a cabeça para eles.
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  - Você trouxe um advogado porque pretende entrar com algum processo? Digo, você tem direito a uma herança…
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  - Não! Não foi esse o intuito em específico.
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  - Só vim me assegurar de como seria o encontro! - Namjoon respondeu, seco - Mas sobre um possível processo, eu estou convencendo a minha cliente a entrar! Espero que vocês não dificultem o processo, caso ele aconteça!
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  %Aline% encarou os pais que fuzilavam Namjoon com o olhar. E então %Aline% achou melhor encerrar o tal encontro por ali. Ela já havia visto e ouvido o suficiente.
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  -Bom! Eu já vou indo então! Obrigada por terem me recebido esses minutos!
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  Ela se virou, já pronta para andar de volta para dentro da casa.
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  - Espera um minutinho, %Aline%! - ela ouviu a voz da mãe - Eu quero te entregar umas coisas!
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  - E o que seriam? - Namjoon perguntou -
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  - Coisas pessoais que dizem respeito somente a ela senhor advogado! Não estou infringindo nenhuma lei, e com todo o respeito, se o doutor puder aguardar aqui!
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  %Aline% viu Namjoon travar o maxilar, o típico sinal de que ele estava insatisfeito ou com muita raiva.
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  - Tranquilo Namjoon! Não deve demorar muito, eu também não quero demorar mais aqui!
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  Ela viu a mãe se levantar da cadeira e soltar a mão de Alan e então ela passou por %Aline%, que a seguiu.
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  - Eu odeio advogados! Ele é só seu advogado mesmo?
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  - Porque essa pergunta? - %Aline% seguia a mais velha pelo corredor escuro da casa -
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  - Ele pareceu muito protetor. O olhar dele… ele é um homem bonito, se for seu namorado você tem bom gosto!
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  - Ele não é meu namorado!
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  - Você parece ser namoradeira! - a mãe riu -
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  %Aline% franziu a testa, a mulher parecia ser completamente alheia às coisas, e ela parecia agir como se ainda fosse uma mulher jovem…
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  - Eu não sou! Bom, o que são as coisas que você quer me entregar?
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  - Eu tenho aqui algumas cartas que sua mãe e seu pai, nos enviaram enquanto estávamos presos! Elas só falam de você praticamente, acho que você deve ficar com elas! Para saber que os dois eram pessoas muito boas, e amavam você incondicionalmente! Junto às cartas tem fotos suas também! Eles pararam de nos mandar cartas quando você fez dezesseis anos! E tem também umas roupas suas, de quando você era bebezinha, recém nascida mesmo! Caso você queira ter filhos, ou tenha, pode usar com eles ou mostrar como lembrança! Não sei como funcionam essas coisas! Mas parece que as mães gostam disso, né?
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  Olga deu de ombros enquanto abria uma gaveta e pegava uma caixa, idêntica a caixa do dossiê deixado pelos pais adotivos.
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  - Eu não tenho filhos… - %Aline% encarou a caixa -
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  - Tá bom! Faça o que quiser então! Toma!
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  %Aline%, em estado quase automático, pegou a caixa das mãos de Olga.
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  - Posso fazer uma última pergunta?
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  - Diz! - a mãe colocou as mãos na cintura -
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  - Tem um bichinho numa caixa igual a essa, deixada pelos meus pais… e ele tem um perfume doce, que não era o da minha mãe, e esse bichinho aparece numa foto nossa…
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  - Um urso de pelúcia?
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  - Isso!
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  - As guardas da cadeia me deram, para entreter você até você e eu sairmos do hospital! Você chorava muito e eu não tinha paciência!
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  - Ah! - %Aline% engoliu o choro -
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  - O cheiro é meu! Elas colocaram porque diziam que o cheiro da mãe acalmaria você! Já que eu não pegava muito você, além de pegar para amamentar…
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  %Aline% sentiu o peito e a garganta arderem. Ela não falou mais nada, apenas saiu do quarto. Namjoon a aguardava na sala, ao lado do amigo e do pai. Eles estavam em silêncio, e o maxilar de Namjoon continuava travado.
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  Ela assentiu para ele então olhou para o pai. Que desviou o olhar. O primo acompanhou %Aline% e Namjoon até o portão. Ela não falou mais nada, não olhou para trás, só queria ir embora dali o mais rápido o possível.
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  Já perto do carro de Namjoon o tal primo tocou o braço dela.
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  - Eu sinto muito!
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  - Tudo bem! - ela engoliu seco -
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  - Será que eu posso pegar o seu contato? O Namjoon não quis me passar…
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  Diogo olhou para Namjoon que travou ainda mais o maxilar.
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  - Desculpa Diogo, mas tem necessidade? Acho que a minha cliente só vai sofrer ainda mais com qualquer tipo de vínculo com você ou com os seus tios!
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  - Claro que tem Namjoon! E se eu quiser manter contato? E se eu quiser conhecer a %Aline% melhor? Ela é minha prima!
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  O homem parecia estar ofendido.
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  - A decisão é sua, %Aline%! Diogo, eu agradeço mais uma vez pela ajuda prestada! Se você precisar de qualquer coisa, é só me falar!
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  - Eu agradeço também! Até breve!
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  Namjoon destravou o carro e então entrou no mesmo. %Aline% analisou o primo, ele parecia estar sendo sincero.
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  - Toma o meu cartão %Aline%! Se você quiser contato, pode me chamar! E eu sinto muito mais uma vez!
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  - Tudo bem! Obrigada pela ajuda! - Diogo depositou o cartão no bolso da frente da calça jeans de %Aline% -
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  Quando ela entrou no carro, os olhos de Namjoon pousaram na caixa no colo dela.
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  - Quer ir direto para o hotel?
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  - Quero por favor!
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  Namjoon a obedeceu, e eles ficaram em silêncio. O advogado sabia que ela precisava daquele silêncio. Quando os dois entraram no elevador, Namjoon resolveu perguntar:
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  - Sua mãe disse o que tinha nessa caixa?
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  - Disse! São cartas que os meus pais enviaram para ela na prisão, falando sobre mim e sobre meu crescimento. Ela disse que tem fotos minhas também, até os dezesseis anos! E algumas roupas minhas de recém nascida!
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  Quando eles chegaram até o andar que estavam hospedados, %Aline% suspirou pesadamente.
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  - Você acredita que ela disse que o ursinho de pelúcia que estava na caixa deixada pelos meus pais foi um presente das guardas da penitenciária para me acalmar, porque eu chorava demais e ela não tinha paciência! E que ela só me pegava para amamentar…
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  Namjoon viu os olhos grandes de %Aline% marejarem pesadamente. Ele não sabia quais palavras usar para confortar a amiga, então a abraçou com força.
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  - Eu não queria julgar eles! Porque eu entendo não querer ter filhos, mas sei lá! Tá doendo sabe? É um sentimento ruim, que nunca senti antes!
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  - Eu sei! Eu imagino o quanto isso tudo tá te machucando! Por isso eu não achei certo você ter remexido nisso tudo! Era um assunto que tinha que ter ficado guardado dentro daquela caixa!
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  Os dois se separaram e então Namjoon limpou as lágrimas que desciam pelas bochechas rosadas dela. %Aline% apertou a caixa perto do peito enquanto sentia o quente dos dedos de Namjoon passarem por suas bochechas.
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  - Eu vou entrar! Vou ver as cartas que meus pais escreveram, depois vou tomar um banho!
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  - Você quer jantar aqui no hotel mesmo, ou quer sair?
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  - Tanto faz! - %Aline% deu de ombros enquanto procurava pelo cartão magnético dentro da bolsa com uma das mãos - Mas que droga, onde foi que eu botei o cartão?
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  Ela bufou e Namjoon segurou o pulso fino dela.
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  - Vem para o meu quarto, para você procurar com mais calma! - Namjoon mostrou o cartão magnético para ela -
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  Os dois entraram e %Aline% depositou a caixa preta aveludada sobre a grande cama de casal do quarto e então começou a vasculhar a bolsa em busca do próprio cartão. Namjoon acariciou os cabelos dela, enquanto a observava.
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  - Tá aqui! Obrigada! Por tudo! Você tem sido incrível!
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  - Fica aqui um pouco! Lê essas cartas aqui, não quero deixar você sozinha para fazer isso!
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  - Tem certeza? - ela se virou de frente para ele -
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  - Tenho! Eu prometi que quando a visita acabasse, eu não seria mais o advogado, lembra?
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  %Aline% balançou positivamente a cabeça enquanto Namjoon ainda enrolava os cabelos curtos dela entre os dedos. Os dois encostaram as testas e Namjoon respirou fundo.
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  - Eu os odiei! Odiei a maneira que olharam para você, de cima para baixo, como se você fosse um animal exótico! Odiei a forma que eles trataram você… Como se você não fosse ninguém!
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  %Aline% engoliu seco e então fechou os olhos. Namjoon selou demoradamente os lábios dela e então os dois voltaram a se abraçar.
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  Ela se ajeitou na cama dele enquanto ele tomava banho e então ela abriu a caixa. Segurou as fotos nas mãos e então sorriu ao se ver bebê e criança outra vez. Aquelas fotos provavelmente haviam sido tiradas  unicamente com o intuito de serem enviadas para os pais biológicos dela, já que ela nunca havia visto aquelas fotos antes. Depois de organizar as fotos sobre a cama de Namjoon, ela passou para as cartas. Ela terminava de ler a primeira, já com as lágrimas correndo livremente pelo rosto quando Namjoon saiu do banho, já vestido.
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  Ele observou %Aline% concentrada lendo o papel, com as lágrimas descendo pelo rosto. O coração dele apertou. Se ajeitou ao lado dela na cama e então ele se pôs a observar as fotos dela, dispostas pela cama. Ele sorriu, genuinamente ao ver %Aline% bebê e então pegou uma das fotos nas mãos.
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  - Você sempre foi bonita! Desde bebezinha! Ah! Olha isso! - ele levou a foto até ela -
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  %Aline% sorriu para ele, limpando o rosto. Ela estava demasiadamente grata ao homem ao seu lado então, o abraçou outra vez, pegando-o de surpresa.
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  - Você tem certeza que quer ler todas essas cartas? Não quer dormir um pouco? Descansar a cabeça desse assunto algumas horas?
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  %Aline% passou as mãos pelo rosto, sentindo as têmporas doerem.
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  - Acho que vou aceitar sua sugestão e dormir um pouco!
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  - Dorme! Eu acordo você depois, para comer alguma coisa! Precisa comer, você não almoçou nada!
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  - Não sinto fome! - deu de ombros enquanto juntava as fotos -
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  Antes de guardar as mesmas de volta na caixa, ela observou os três bodys minúsculos dentro da caixa, haviam dois sapatinhos de crochê lá dentro também. Ela passou as mãos sobre eles.
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  - Tão pequenininhos! Isso cabia em você?
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  - Acho que sim! Eu era bem miudinha! - os dois se olharam -
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  - Você vai guardar?
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  - As roupinhas? - Namjoon assentiu - Acho que sim! Às vezes as meninas resolvem ter filhos um dia! Posso dar para elas!
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  Os dois riram e então %Aline% fechou a caixa e se levantou.
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  - Aonde você vai? - ele pareceu se desesperar e %Aline% riu outra vez -
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  - Vou por a caixa ali! Calma! Você quer que eu fique aqui?
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  - Quero! Debaixo dos meus olhos! Para você não me enganar e se acabar de chorar lendo essas cartas!
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  - Me vigiando? - ela ergueu uma sobrancelha enquanto voltava para a cama dele -
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  - Você está me obrigando mocinha! - Namjoon cobriu os dois quando ela se deitou -
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  Namjoon dedilhou o rosto delicado de %Aline% enquanto ela pegava no sono. O coração dele começou a acelerar e ele fechou os olhos com força: não queria se apaixonar por ela! Precisava fugir daquele sentimento, aquilo não era para ele!
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  Ele se sentou na cama, se livrando do edredom logo em seguida e ainda meio sonolento ele pegou o celular na mesinha que estava ao lado da cama e olhou as horas. Eram quase sete da noite, os dois haviam apagado. Voltou a se deitar ao lado de %Aline% na cama e então encostou o nariz no dela.
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  - Ei! - ele chamou enquanto acariciava o rosto dela - São quase sete!
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  %Aline% abriu lentamente seus olhos e então encarou o rosto inchado de tanto dormir de Namjoon. Ela sorriu abertamente: ele era lindo!
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  - Vou levantar! Vou tomar um banho e terminar as minhas cartas!
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  - Ah não! Não! - ele protestou se levantando junto com ela - A gente vai sair!
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  - Sair? - ela mudou o semblante para desanimado ao extremo ao invés de só desanimado -
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  - Sair! São Paulo é incrível %Aline%! Você precisa conhecer a noite paulistana, tem tudo haver com você!
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  %Aline% gargalhou enquanto se abaixava para pegar o tênis.
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  - Um advogado nato!
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  - Tem um restaurante que quero muito que você conheça! Ele me lembra o restaurante que jantamos no encontro armado pela %Lud%!Eu não vou deixar você ficar presa num quarto de hotel chorando por causa de dois velhos que não ligam para você!
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  %Aline% voltou a gargalhar.
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  - Vai tomar um banho e se arrumar, oito horas eu to batendo lá para a gente sair! De lá tem outro lugar que quero levar você! Vai ser incrível, eu prometo!
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  %Aline% sorriu para ele, que selou os lábios dela outra vez.
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  O jantar foi super divertido e %Aline% agradeceu mentalmente por Namjoon ter insistido tanto para que eles saíssem. O restaurante era ainda mais incrível do que Namjoon tinha feito ela imaginar. Namjoon parecia estar mais leve, mais tranquilo e aquilo fez a cabeça de %Aline% dar mais um nó.
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  Depois os dois foram para uma espécie de mirante, onde poderiam apreciar a vista. A cabeça de %Aline% estava escorada no peito de Namjoon enquanto os dois vislumbravam o céu de São Paulo deitados no banco do carro, com o teto solar aberto. Namjoon estranhamente se sentia em paz, com %Aline% as coisas eram assim. Ela fazia com que a mente congestionada e o peito carregado do advogado se esvaziassem instantaneamente assim que eles se encontravam. Aquilo o assustava, não importa quantas vezes acontecesse, Namjoon sempre se assustava com o quão em paz ele conseguia ficar na presença dela.
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  Ele sabia da conexão incrível que %Aline% tinha com Hoseok, mas ainda sim o advogado a sentia completamente dele quando os dois estávamos juntos. Só que com Namjoon parecia ser diferente, as coisas eram mais carnais… Enquanto que com Hoseok e %Aline%, as coisas pareciam envolver sentimentos um pouco mais profundos e ele fingia - muito bem, diga-se de passagem na opinião dele - que isso não o abalava, ou que ele não sentia uma espécie de inveja, ou ciúmes de Hoseok. Namjoon havia jurado para ela e para si mesmo que não queria mexer no que os dois tinham, assim que soube que ela também saia com Hoseok. E para ser bem sincero, no começo Namjoon não se abalou de saber que ela estava confusa entre os dois, afinal de contas o que ele e %Aline% tem nunca foi um compromisso, e ele estava satisfeito.
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  Namjoon se atreveu a desviar o olhar do céu para ela, que mantinha uma das mãos em seu peito, que agora, subia e descia com a respiração um pouco mais descompassada. Em alguns segundos o olhar de %Aline% cruzou com o dele, e ela sorriu. Ele segurou seu rosto aproximando suas bocas e então a beijou. O gosto das cervejas que eles haviam tomado invadiu a língua de Namjoon, enquanto ele sentia o corpo todo reagir com um simples beijo.
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  Os dois adentraram o quarto dela e Namjoon se jogou na cama exausto e ainda com o zumbido do som da boate que eles foram depois do mirante ecoando em seus ouvidos, então ele viu %Aline% caminhando rumo ao banheiro. Quando Namjoon adentrou o cômodo, ela já se banhava de olhos fechados e cantava baixinho uma canção qualquer. Os pequenos olhos de Namjoon passearam pelo corpo nu de %Aline%, e ele pensou em como conseguia a achar ainda mais atraente e bonita a cada vez que a via nua. %Aline% encarou os olhos de dragão de Namjoon e então o homem se aproximou do box.
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  - Não vai entrar? Vai ficar só olhando? - o sorriso que surgiu nos lábios de %Aline%  acendeu Namjoon -
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  Ele jogou a camisa no chão do banheiro mesmo e rapidamente, também já nú, se juntou a ela no chuveiro. Os braços de %Aline% o envolveram no pescoço e ele a abraçou pela cintura. Namjoon fechou os olhos quando sentiu a água quente do chuveiro atingir sua cabeça, cabelos e rosto. %Aline% afundou a cabeça em seu peito. Aqueles momentos entre nós, eram raros, normalmente os dois já estariam se beijando e se provocando. O advogado resolveu deixar ela ali, e se permitiu aproveitar o momento. Mas quando os narizes se encostaram, Namjoon explodiu:  beijou %Aline% com força.
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  Ele deixou que suas mãos descessem pela lateral do corpo de %Aline%, que agora ficava na ponta dos pés para colar ainda mais o corpo no dele. Namjoon a segurou firmemente pelo bumbum e pode senti-la rir vagarosamente entre o beijo, e ele fez o mesmo. Desceu os lábios pelo pescoço molhado de %Aline% enquanto sentia seu membro endurecer debaixo da água quente. As unhas dela deixavam deliciosos arranhões por toda a extensão da nuca de Namjoon, enquanto ela suspirava baixinho, próximo ao seu ouvido.
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  Namjoon mordeu o lóbulo de sua orelha, enquanto %Aline% continauva descendo as unhas por suas costas. Voltou a colar a boca dela na sua enquanto segurava sua nuca com precisão.
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  - A gente podia terminar isso num lugar mais confortável, não? - ouviu ela sussurrar contra um de seus ouvidos -
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  Logo as pernas dela já estavam envolvidas nos quadris de Namjoon e ele caminhava com ela de volta para o quarto. Namjoon sentia que o corpo dele parecia querer pegar fogo todas as vezes em que peles nuas dos dois se encostam uma na outra.
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  Com o corpo sobre o dela, as bocas se encontraram outra vez e ele sentiu as mãos delicadas dela apertarem sua cintura e as línguas disputavam o comando.
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  - Porque todas as vezes que eu toco você, parece sempre a primeira?
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  %Aline% sorriu com os olhos fechados e os lábios vermelhos, e então Namjoon voltou a deixar beijos molhados por seu pescoço.
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  - Porque todas as vezes que eu toco você, parece sempre a primeira?
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  %Aline% sorriu com os olhos fechados e os lábios vermelhos, e então Namjoon voltou a deixar beijos molhados por seu pescoço.
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  Namjoon foi descendo com os lábios até que alcançou um de seus seios, já intumescido e então envolveu o mesmo com a língua quente. Ouviu %Aline% soltar um gemido que logo foi abafado por ela mesma, mordendo o próprio lábio enquanto arqueava as costas. Ele deixou que sua boca e língua trabalhassem por lá enquanto se deliciava com os gemidos que saíam da boca de %Aline%. O homem vislumbrou as mãos dela agarradas ao lençol da cama e então ele deixou que seus lábios abocanhassem agora o seio direito de %Aline%. Os gemidos dela ficaram mais audíveis e fizeram o membro de Namjoon pulsar. Ele sentiu as mãos dela suavemente subirem para seu rosto para colar os lábios dos dois novamente.
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  As pernas dela abraçaram a cintura de Namjoon e ele entendia os sinais que o corpo dela dava ao dele, ele sabia o que %Aline% queria… e queria tanto quanto ela. Apertou com força uma das coxas de %Aline%, e então eles soltaram os lábios.
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  - Preciso de você, Joonie, eu já aguentei a noite toda! Quero você dentro de mim! - as mãos dela puxaram seus cabelos pretos com força -
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  Namjoon apertou os olhos com a intensidade do puxão, mas não conseguiu deixar de sorrir.Ele se desvencilhou das pernas de %Aline% e então foi até o banheiro para pegar o preservativo dentro da carteira. Quando voltou com o mesmo, %Aline% o arrancou com pressa das mãos de Namjoon abrindo o pacote do mesmo com os dentes,fazendo o homem olhá-la com ainda mais desejo.
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  Rapidamente %Aline% já vestia o membro de Namjoon enquanto mantinha os olhos dentro dos dele. Se beijaram outra vez, com ainda mais urgência um do outro, e Namjoon se sentou na cama, trazendo-a consigo. Os lábios não se desgrudaram nem enquanto ela se sentava sobre o colo dele. Com o membro já posicionado em sua entrada, ele a ouviu gemer outra vez enquanto entrava dentro dela, bem devagar.
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  Com os olhos fechados, Namjoon sentia a intimidade dela, molhada, o engolindo aos poucos. Deixou que um gemido rouco e sôfrego saísse dos seus lábios, Namjoon sabia que ela gostava quando eu ele os soltava. As mãos dela se apoiaram em seus ombros, e gradativamente %Aline% aumentava o ritmo dos quadris, fazendo-o enlouquecer aos poucos.
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  - Eu nunca me senti assim com ninguém, %Aline%! - encostou os lábios aos dela enquanto confessava -
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  Ela apenas gemeu em resposta enquanto aumentava as investidas em cima de Namjoon, fazendo o advogado apertar ainda mais os olhos. As mãos dele, que antes estavam em suas costas, desceram para a cintura fina e delicada de %Aline%. Apertou com força o lugar enquanto ela mordia o lóbulo de sua orelha. Os quadris dela agora se moviam lentamente, como se ela quisesse torturar Namjoon e ele sentia que não aguentaria e poderia gozar a qualquer momento. Com o rosto dela ainda próximo de seu ouvido, ele a ouvia gemer.
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  - O que a gente tem é muito especial para mim! - segurou o rosto dela entre as mãos forçando-a encará-lo -
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  Os olhos dela se fecharam e %Aline% encostou a testa na de Namjoon, logo os lábios já estavam colados enquanto ela voltava a rebolar gradativamente mais rápido,fazendo Namjoon perder a sanidade.
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  - Joonie! - ela gemeu enquanto afundava o rosto na curva do pescoço do homem - Eu estou quase!
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  Namjoon segurou seus quadris com força, passando a ajudá-la com os movimentos, sabendo que logo eu também chegaria lá. Quando sentiu as paredes úmidas dela lhe apertarem, dando indício de que ela estava chegando, ele confessou:
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  - Eu não vou deixar ninguém separar a gente!
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  E juntos, os dois chegaram, não sem antes colar os lábios um no outro outra vez.
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  Deitada no peito do advogado, e já prontos para dormir, ele sentiu as mãos dela lhe acariciarem o rosto.
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  - O que a gente tem é muito especial para mim também Namjoon!
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  Namjoon engoliu seco, se lembrando das coisas que havia confessado enquanto eles transavam. Quando olhou para ela, %Aline% já dormia. Ele sussurrou para que só ele pudesse ouvir:
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  - Nunca acredite no que eu te juro quando você tá em cima de mim…
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  Namjoon se encontrava andando sem rumo pelas ruas de São Paulo próximas ao hotel em que eles estavam hospedados, não havia acordado %Aline%, pois ele precisava de um tempo para si mesmo. Ainda que quinze minutos sozinho! Ele havia sonhado com um casamento: o dele e de %Aline% e aquilo havia feito Namjoon perder o sono. Durante a madrugada a cabeça ficava repassando as cenas dos dois e ele se ouvia falando as coisas que havia dito no auge da luxúria.
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  Se pegou pensando até que ponto aquelas frases ditas por ele eram de fato pelo êxtase do tesão que ela o fazia sentir e até que ponto elas realmente significavam aquilo que foi dito. Ele se distraiu com as pessoas andando de bicicleta pela Avenida Brasil, e subitamente quis que %Aline% estivesse a seu lado, para que pudessem andar juntos. Abriu a conversa dos dois no Whatsapp e então ligou para ela. Enquanto ela não atendia, sussurrou para que só ele pudesse ouvir mais uma vez:
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  - Hoje eu acordei lembrando do que o amor já fez comigo... Eu não posso ser seu, %Aline%!
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  Ela atendeu: “Onde você tá Joonie? Acabei de tomar meu café, procurei por você rapidamente aqui pelo hotel e me disseram que você tinha saído! Quer ficar sozinho? Eu espero por você no quarto se quiser meu bem!”
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  O quanto Namjoon amava quando ela o chamava de “meu bem”...
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  - Me encontra aqui na Brasil! To pertinho do hotel, não tem erro! Quero te ver, agora, %Aline%! Vem para cá! Não demora!
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  “Eu não posso ser seu, eu não posso ser seu, eu não posso ser seu.” repetiu na própria mente enquanto tentava se controlar.
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  Juntos, os dois andaram de bicicleta pela ciclovia da Brasil, com ela na garupa, já que não sabia andar de bicicleta. Depois pararam para almoçar em um restaurante típico de comida coreana.Enquanto ela olhava o cardápio, Namjoon se pegava pensando em como os dois riam juntos um do outro, e em como de fato em alguns momentos ela parecia o conhecer de outras vidas… Droga! Aquilo tudo assustava Namjoon!E ainda assim ele queria estar com ela o tempo todo quase…
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  - Que foi? - %Aline% perguntou, tirando Namjoon de seus devaneios -
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  - Você é linda! - se contentou em responder -
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  As bochechas dela ficaram levemente coradas, e ele sorriu.
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  - O que você me recomenda?
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  - Que tal de entrada a gente pedir o pastel de guioza?
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  Ela avaliou o cardápio outra vez , e voltou a olhar para Namjoon.
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  - Pode ser! Parece uma delícia! E de prato principal? Ah, eu quero beber soju!
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  A empolgação dela fez Namjoon rir e sentir o coração palpitar dentro da blusa de frio. Como ela era realmente linda! A mais linda que seus olhos já haviam visto…
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  - Tenho certeza que você vai amar o Bibimbap! - os olhos dela vasculharam o cardápio de novo -
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  - Você realmente me conhece, Joonie! - ela sorriu -
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  Namjoon se atreveu a erguer a mão e acariciar a bochecha da loira com o polegar. O coração dava piruetas dentro do peito, e Namjoon não entendia aquelas reações direito.
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  Fizeram seus pedidos, conversaram sobre os planos para finalmente Namjoon se tornar promotor de justiça, e ele pode ver os olhos de %Aline% brilharem quando disse que ele certamente conseguiria porque era um advogado brilhante. Assim que os dois comeram ela alegou que agora sentia ainda mais vontade de conhecer os países da Ásia, e ele sorriu, contente.
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  Depois voltaram a pé para o hotel, então %Aline% entrelaçou a mão na dele e eles caminharam assim. Namjoon nunca havia caminhado de mãos dadas com alguém antes, e seu corpo havia gostado daquilo: a mão pequena dela entrelaçada na sua enquanto ela tagarelava sem parar. Porque ela estava despertando todos aqueles sentimentos nele? Assim que adentraram o elevador, %Aline% o beijou com força: e ele só sabia pensar: “Eu não posso ser seu, eu não posso ser seu, eu não posso ser seu!”
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  Quando os lábios se desgrudaram com a porta do elevador sendo aberta no andar deles, ainda de mão dadas os dois caminharam até a porta do quarto de %Aline%. Namjoon a envolveu pela cintura, grudando a testa na dela. Ainda estava assustado com os sentimentos que ela vinha despertando nele…
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  - Eu não sei se existe reencarnação, mas se existir, eu não tenho dúvidas de que em todas as minhas outras vidas eu encontrarei você Namjoon!
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  Ele fechou meus olhos enquanto sentia os  lábios dos dois se chocarem outra vez.
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  Namjoon quis dizer para ela, que mesmo não acreditando muito nisso de reencarnação, ela o fazia acreditar que sim: que a conhecia de outras vidas, assim como ele havia pensado mais cedo no restaurante também. Droga %Aline%! Ele pensou...
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  Quando os lábios se separaram, Namjoon voltou a repetir mentalmente: “Eu não posso ser seu, eu não posso ser seu, eu não posso ser seu.”
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Nonagésimo Quinto Capítulo
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