Décimo Nono Capítulo • Closer
Tempo estimado de leitura: 23 minutos
Provavelmente aquela seria a décima vez que seu cliente o ligava, ele estava tentando fazê-lo entender que ele precisava deixá-lo fazer o seu trabalho. O que não vinha acontecendo naquele caso, o cliente ligava toda hora fazendo questionamentos sem sentido e tirando-o do sério. Namjoon gostava de trabalhar sozinho e em silêncio, gostava de poder se concentrar o máximo em seus casos, repassava todas as informações várias vezes, pois acreditava que sempre podia encontrar algo que pudesse ter passado despercebido.
E hoje em específico o dia estava sendo mais estressante que o normal, assim que Namjoon desligou o telefone ele jogou a cabeça para trás empurrando a cadeira,até que a mesma batesse na parede. Fechou os olhos e coçou os olhos. Voltou a ler o processo e as evidências que tinha. O cliente passou a mandar mensagens ao invés de ligar e Namjoon resolveu desligar o celular para ver se conseguia se concentrar de fato no trabalho.
Após muitas xícaras de café e duas latinhas de energético, ele sentiu as costas doerem e os olhos arderem devido ao tempo que havia passado olhando pro notebook. Se levantou, espreguiçando-se. Precisava de uma boa noite de sono, ele pensou. Olhou o relógio na parede e percebeu que eram quase dezessete horas e o abrigo/hospital fecharia dali a meia hora. Havia dois dias que Namjoon não via a mãe e ele bem sabia que quanto mais tempo ele passava sem vê-la ou sem tentar uma aproximação, menos chances de que ela se lembrasse dele Namjoon teria. Resolveu que iria hoje. Ajeitou as coisas dentro da pasta e arrumou a mesa, trancou o escritório e cumprimentou alguns colegas enquanto esperava o elevador. Mexeu a cabeça de um lado para o outro, flexionando os músculos cansados do pescoço, alongando-os.
Destravou o carro, adentrou no mesmo colocando a pasta no banco ao seu lado e dirigiu calmamente até o abrigo, sorte que o local ficava há poucos minutos do escritório de Namjoon.
Adentrou o local já tão conhecido por ele, cumprimentando alguns enfermeiros que encontrava pelo local, até chegar a recepção. A mãe provavelmente estaria no quarto, ela somente gostava de tomar sol ou ficar do lado de fora de manhã, até antes de almoçar e antes das quatro da tarde também, para tomar o lanche da tarde.
Simone, da recepção, sorriu com ternura ao vê-lo adentrando o local. Sentia um pouco de pena de Namjoon, mas o achava um filho incrível.
- Olá Namjoon! Como estão as coisas? - ela perguntou, sorridente -
Namjoon soltou um breve suspiro, enquanto pedia licença para Simone para atender o cliente pela décima primeira vez no dia. Namjoon sentiu que podia socar a parede à sua frente com o ódio que estava sentindo naquele momento.
- Você pode me ligar amanhã? Estou no hospital, com a minha mãe… - ele pausou ouvindo o cliente pedir desculpas - Sim! Até amanhã então.
Namjoon soltou um suspiro cansado e então cumprimentou Simone.
- Hoje parece estar sendo um dia difícil, não?
- Dá para perceber tão fácil assim? - Namjoon soltou uma risada nasalada - Fazia tempos que os dias não eram assim tão estressantes Simone! E a minha mãe? No quarto?
Simone assentiu enquanto se levantava, ajustando a longa saia que usava.
- Olha Namjoon, hoje sua mãe está muito agitada, o dia todo. Gritou bastante o nome do seu irmão, chorou bastante. Agora ela parece estar um pouco mais calma, mas não muito! Quer tentar vê-la? Quem sabe, sei lá, ela não se acalma com a sua presença!
Namjoon sentiu um aperto no peito ao ouvir as palavras de Simone. Os dias sempre eram muito difíceis quando a mãe ficava daquele jeito, ela ficava agressiva e ainda mais triste. Namjoon nunca sabia como agir quando presenciava a mãe naquele estado, ele sempre se assustava mesmo já tendo presenciado algumas vezes quando aquilo acontecia.
Caminhou ao lado de uma das enfermeiras que cuidam diariamente de sua mãe, também já conhecida de Namjoon. O coração dele batia forte, e a cabeça agora doía.
- Dona Yuna? - questionou a enfermeira abrindo a porta do quarto - Está acordada?
Yuna nada respondeu, continuou sentada em sua cadeira de balanço olhando para a janela. A enfermeira olhou para Namjoon com pesar. Namjoon assentiu para ela com a cabeça e sorriu sem mostrar os dentes.
- Olha só quem veio ver a senhora hoje! - ela deu passagem para que Namjoon entrasse no quarto -
E assim ele o fez. A enfermeira lhe falou que estaria do lado de fora, preparada para ajudar ou interferir caso Namjoon necessitasse. Namjoon se sentou na cama confortável da mãe enquanto observava a mesma. Os cabelos curtos e negros, os traços já cansados, e ela parecia mais velha do que de fato era. Sentiu ainda mais amor pela mãe. Queria poder abraçá-la agora, queria poder deitar a cabeça em seu colo e desabafar sobre o trabalho e sobre todas as outras coisas da vida enquanto ela lhe acariciava os cabelos. Uma lágrima teimosa desceu por sua bochecha.
- Quem diabos é você mesmo? - a mãe questionou virando o rosto na direção de Namjoon -
Namjoon soltou um suspiro cansado e viu outras lágrimas descerem por suas bochechas. Ele balançou a cabeça em negativa.
- Eu só vim ver como a senhora estava, mãe.
- Mãe? - ela se levantou com dificuldades da cadeira onde estava -
Namjoon instintivamente se levantou também, com medo que ela pudesse se machucar. A mãe caminhou devagar na direção dele, estreitando os olhos, como se não estivesse enxergando bem. O coração de Namjoon agora batia não só acelerado como também descompassado com a proximidade da mãe.
Yuna tocou o rosto dele delicadamente com as pontas dos dedos e Namjoon fechou os olhos sentindo as lágrimas secarem.
- Você tem quantos anos querido?
Namjoon olhou os olhos negros da mãe.
- Vinte e sete, mãe! - ele tocou a mão dela -
- Quase a idade que meu filho teria, se estivesse vivo!
Os olhos de Yuna marejaram e Namjoon sentiu a garganta fechar.
- Você nunca vai se lembrar de mim? - ele sussurrou enquanto acariciava a mão dela -
- Meu filho seria bonito, igual a você! Tenho certeza!
Yuna passou a mão pelos cabelos de Namjoon, acariciando-os. As lágrimas agora corriam livremente por seu rosto. Tudo o que ele mais queria é que a mãe tivesse pelo menos uma única lembrança dele, só isso bastaria.
Eles foram interrompidos pela enfermeira batendo na porta e entrando logo em seguida.
- Namjoon? - ela chamou - Sinto muito, mas já são quase dezessete e trinta e nosso horário vai encerrar! Você quer continuar como voluntário?
Namjoon fez que não com a cabeça enquanto a mãe ainda lhe acariciava o rosto e os cabelos.
- Shirley, sabia que ele parece muito meu filho? Se meu filho estivesse vivo, eles seriam tão parecidos!
Agora, além de Namjoon, Yuna também chorava.
- Ah, é mesmo dona Yuna? Ele vem quase todos dias ver a senhora, sabia?
Yuna soltou o rosto de Namjoon e voltou a se sentar em sua cadeira de balanço.
Namjoon saiu da sala sendo acompanhado de Shirley, que voltou a lançar um olhar de ternura sobre o mesmo enquanto ele limpava suas lágrimas.
- Vamos beber água? Se quiser ficar, é só se cadastrar como voluntário, você sabe, não é? Quantas vezes você já não fez isso!
Namjoon voltou a fazer que não com a cabeça, ainda mexido com tudo o que havia acontecido.
- Acho que hoje eu não consigo! - a enfermeira assentiu -
Namjoon bebeu um copo d’água de uns dos bebedouros disponíveis na recepção e então se despediu de Shirley e caminhou até o lugar onde seu carro estava parado. Adentrou o carro e resolveu mexer um pouco no celular para ver se o cliente havia mandado alguma coisa. Acabou vendo uma publicação de %Aline% no
instagram, que acabara de ser atualizado, e sorriu. Os dois se falavam todos os dias basicamente e ele estava extremamente atraído por ela, mas não sabia se era recíproco. Resolveu ligar para ela, afinal de contas o expediente dela estava para acabar.
- Oi Namjoon! - ouviu a voz animada dela do outro lado da linha e podia imaginá-la sorrindo -
- Está ocupada? Ou pode falar bem rapidinho?
Ele conectou o fone de ouvido no celular para que pudesse dirigir e sair do abrigo.
- Pode falar! Vou até sair aqui da sala para poder te ouvir melhor, tá muito barulho aqui!
Namjoon ouviu o barulho de uma porta se fechando.
Ele sorriu com o
“meu bem”, pois adorava quando ela o chamava assim.
- Preciso tomar um suco de maracujá daquele último que tomei com você- ele brincou arrancando uma risada dela - Você pode me encontrar quando sair do escritório?
- Vou te mandar a localização aí então. Te espero.
- Tá bom,
meu bem! - ele voltou a sorrir - Beijo.
Os dois desligaram e Namjoon terminou de chegar estacionando o carro e descendo do mesmo. Resolveu colocar a bolsa no porta malas e então se sentou no banco. Adorava aquela praça e vira e mexe ele parava por ali para espairecer quando saía de algum encontro com a mãe. Namjoon mandou a localização para %Aline% via whatsapp, e bloqueou o celular. Fechou os olhos e conseguiu sentir o toque da mãe passando por sua bochecha outra vez.
Alguns minutos depois ele viu %Aline% atravessar a rua sorrindo e caminhando em direção à ele. O coração dele voltou a palpitar. Ela usava uma calça dessas sociais e uma regata preta, o blazer estava no braço direito junto com a bolsa. Namjoon a achava linda! E se sentia bem conversando com ela! Ele precisava agradecer a %Ludmilla% pela ideia do encontro às cegas.
Assim que eles se encontraram, Namjoon se levantou abrindo os braços para receber um abraço carinhoso de %Aline%, que lhe acariciou a nuca com as pontas dos dedos. Ela não estava esperando encontrar Namjoon novamente, mas ficou muito feliz de ele a ter chamado para vê-lo.
- E ai? Tudo bem? - ela questionou enquanto os dois se sentavam no mesmo banco em que antes Namjoon estava -
- Hoje não! - ele respondeu já sentindo os olhos arderem - Quer dizer! Hoje muitas coisas aconteceram, sabe? Meu trabalho está me sugando esses últimos dias, eu não tenho conseguido me concentrar direito, tem um cliente me estressando ao extremo! E hoje eu fui visitar a minha mãe.
- E ai? - %Aline% encostou a mão na dele -
- Podemos tomar um sorvete primeiro, o que acha?
- Vamos! Aqui perto mesmo?
- Sim, tem uma sorveteria bem ali. - Namjoon apontou uma sorveteria do outro lado da rua com o dedo indicador -
Namjoon se atreveu a passar um dos braços pela cintura dela, que não protestou. Aliás, ela amou a atitude e especialmente o toque firme da mão dele em sua cintura. Namjoon perguntou de %Ludmilla%, já que fazia alguns dias que eles não se falavam e %Aline% acabou comentando da briga que %Ludmilla% havia tido com Jimin, e comentou também que a amiga e ela andavam bem cansadas e trabalhando bastante, por isso inclusive ela não havia proposto ainda um novo encontro, e que havia ficado feliz com o convite de hoje. Namjoon sorriu quando a ouviu dizer que queria um novo encontro.
Os dois adentraram a sorveteria e Namjoon disse que queria uma casquinha simples de chocolate mesmo, enquanto %Aline% preferiu misturar alguns sabores no tradicional potinho de plástico. Os dois resolveram voltar para a praça já que Namjoon achou a sorveteria um tanto quanto cheia demais. Os dois voltaram de mãos dadas até a praça, se sentando num banco, praticamente colados um no outro.
Os dois conversaram sobre o sabor dos sorvetes enquanto tomavam os mesmos. Assim que acabaram os dois se olharam e %Aline% percebeu que Namjoon não parecia somente estressado, mas também triste.
- Como foi lá com a sua mãe hoje? Você a viu? Ou só ficou de longe?
- Hoje foi diferente, ela acariciou o meu rosto! - os olhos dele marejaram e %Aline% sorriu - Continuou sem me reconhecer, sabe? Mas disse que eu era muito bonito e que se o filho dela estivesse vivo provavelmente se parecia comigo, e ela ficou muito tempo me tocando, como nunca antes!
Duas lágrimas desceram pelas bochechas de Namjoon e %Aline% as limpou.
- Eu fiquei contente, mas ao mesmo tempo me deu uma tristeza, sabe %Aline%? - %Aline% fez que sim com a cabeça - Eu só queria que ela tivesse alguma lembrança de mim dentro dela.
Namjoon tapou o rosto com as mãos para esconder o choro e %Aline% o abraçou com ternura, acariciando suas costas com as unhas.
- Chora meu bem! Pode chorar! - ela sussurrou em seu ouvido sentindo os próprios olhos marejarem - Eu to aqui com você! Chora!
E assim Namjoon o fez, chorou tudo o que estava em seu peito. Chorou pela situação da mãe que parecia a cada dia mais irreversível, chorou por saber que ela provavelmente nunca lembraria dele, chorou porque queria abraçar a mãe outra vez, chorou porque também queria o irmão vivo, chorou porque ele o pai mal se falavam e ele gostaria que o pai fosse diferente, especialmente com a situação da mãe e principalmente, chorou porque as chances de a mãe voltar a tratá-lo com ternura daquele jeito outra vez eram quase nulas.
Namjoon subiu o olhar, encontrando %Aline% emocionada também. Ela voltou a enxugar o rosto molhado dele. Depois, Namjoon encostou a testa na dela, que fechou os olhos. Os dele, desceram para a boca rosada dela, extremamente próxima a dele.
O coração de ambos batia forte dentro do peito e Namjoon se atreveu a encostar os lábios levemente nos dela, como se pedisse permissão á %Aline% para que aquilo acontecesse, e então ela mordiscou o lábio inferior dele como resposta e os dois então se beijaram.
O beijo até aquele momento estava sendo delicado, e sem pressa alguma. Logo as mãos de Namjoon pousaram na nuca de %Aline%, aprofundando um pouco o beijo. Os lábios dele eram macios e ela gostava de mordê-los hora ou outra bem devagar, e ele sorria entre uma mordida e outra. Os dois desgrudaram os lábios por alguns segundos, respiraram fundo, ainda com as bocas juntas. Logo Namjoon a beijou de novo, dessa vez com mais força, as línguas antes discretas, agora brigavam uma com a outra.
Quando já estavam sem fôlego, os dois se separaram minimamente, mas ainda tinham as testas coladas. Os olhos brilhavam e então %Aline% sorriu enquanto depositava mais um carinho na nuca dele. E assim os dois permaneceram até o sol terminar de se pôr por completo, trocando beijos e carícias, se conhecendo ainda mais…
Quando percebeu que já eram quase sete da noite, %Aline% se levantou do banco, sendo seguida por Namjoon.
- Preciso ir Namjoon! São sete da noite basicamente, e aqui é um pouquinho longe da minha casa! Desculpa?
Namjoon a puxou para perto de si pela cintura, colando o corpo dos dois de novo e depositando um beijo demorado nos lábios dela.
- Não tem problema! Obrigado por ter vindo hoje! E eu preciso muito agradecer a %Ludmilla% por ter inventado aquele encontro às cegas!
Os dois riram e %Aline% depositou um selinho nos lábios do mais alto. E aí então ele caminhou com ela até o carro do outro lado da rua. Os dois se beijaram outra vez, dessa vez com as mãos de Namjoon passeando livremente pelas costas dela, e eles ficaram assim até que %Aline% o afastou delicadamente, com as mãos espalmadas em seu peito.
- Você promete me ligar de novo para desabafar todas as vezes que esse assunto te perturbar?
Namjoon fez que sim com a cabeça enquanto acariciava o rosto de %Aline%.
- Prometo! Obrigado mais uma vez!
Os dois selaram os lábios algumas vezes.
- Deixa eu ir meu bem! - ela gargalhou enquanto ele ficava vermelho - A gente se fala!
- Me avisa quando chegar em casa? - ele fechou a porta do carro para %Aline% e com um sorriso nos lábios ela fez que sim com a cabeça -
Assim que %Aline% chegou em casa tratou de tirar os saltos enquanto os cachorros pulavam incansavelmente em suas pernas, querendo carinho e atenção. %Aline% depositou a bolsa sobre o sofá branco da sala e se sentou um pouco para conseguir dar alguma atenção aos bichinhos. Depois, como fazia todos os dias, checou a água e a ração repondo as mesmas e depois foi tomar um banho. Antes avisou a Namjoon que já havia chegado. Depois do banho ela comeu uma besteira qualquer e foi ver TV. Mandou mensagem para %Ludmilla% pedindo desculpas por não ter se despedido da amiga direito hoje antes de ir embora, e contou para a mesma que isso acontecera porque saiu apressada para ver Namjoon.
“Mentira? Então finalmente rolou o segundo encontro de vocês!” - respondera %Ludmilla%
“Amiga, ele estava mal e me chamou, sabe? A mãe e ele tiveram uma espécie de interação inédita, ele deve te contar! Mas ele estava bem tristinho!” “Amiga então não rolou nada?” %Aline% sorriu ao se lembrar do encontro e dos beijos.
“Amiga… pior que rolou viu? A gente se beijou!” A próxima mensagem havia sido um áudio de %Ludmilla% surtando com a notícia, fazendo a amiga rir. Depois disso as duas combinaram de que no dia seguinte assim que chegassem na empresa, mandariam um e-mail para %Vivian%, atualizando-a de tudo que estava acontecendo por aqui, e quem sabe receberiam uma resposta da amiga de volta dizendo se estava tudo bem.
Assim que %Ludmilla% adentrou a sala de %Aline% no outro dia, o e-mail pessoal dela já estava aberto. E então elas resumiram para a amiga:
“Amiga, como você está? Já faz um tempo que não temos notícias suas! Está tudo bem? Aonde você está agora? Já sabe quando volta? Por favor, não suma assim, ficamos preocupadas com você! Como estão as coisas? Precisa/quer nos contar algo? Me mudaram de setor no escritório, acredita? Me trocaram com o estagiário, que foi efetivado, o nome dele é Jimin! Ele agora é o par da %Lud%, acredita? Ele é um amorzinho, amiga! A %Lud%, não acha, inclusive ela não se dá muito bem com ele e nem ele com ela, mas eu o adoro, ele vem sendo um ótimo amigo! Os dois estavam sem se falar há alguns dias, porque ele teve uma atitude meio babaca - eu falei isso pra ele - %Ludmilla% quer eu que conte o que foi: o chefe voltou com as apresentações de resultado todo final de mês e sabe o que ele fez? Não deixou a %Lud% falar, porque estava com medo de que ela prejudicasse toda a apresentação e a reputação dele na área. Sim, amiga! Ele fez isso, mas ele já se arrependeu sabe? %Ludmilla% ainda tá magoada, mas as coisas estão voltando ao normal, normal que eu digo é os dois estão voltando a se implicar e %Ludmilla% até voltou a jogar as coisas nele! Você precisa conhecê-lo! Ah e precisa conhecer o amigo dele também o Hoseok! Ele é um anjinho, amiga! Nós o levamos ao nosso bar preferido inclusive! Mas nem eu, nem %Ludmilla% estamos tendo nada com ele! Bom, eu até quero amiga, mas não sei se ele quer (imagine a minha risada aqui)! Mas em compensação, ontem eu beijei o Namjoon (você também precisa conhecer ele), aquele amigo da %Ludmilla% que ela conheceu no abrigo, sabe? Amiga, volta logo! Precisamos de você, essas fofocas contadas por e-mail não tem graça! Dê notícias, por Deus! Te amamos!” - Faltou eu escrever aqui que acho que você é extremamente atraída pelo Jimin mas se recusa a aceitar!
%Ludmilla% lançou um olhar fulminante em direção à %Aline% que apenas gargalhou.
- Você ta muito engraçadinha %Aline%, só porque beijou na boca? Imagina quando vocês dois transarem? Meu Deus!
Ela se levantou e %Aline% fez o mesmo.
- Ai amiga, posso falar uma coisa? O beijo dele não sai da minha cabeça! Que saco!
%Ludmilla% sorriu enquanto abria a porta da sala da amiga e então elas se encontraram com Jimin, ainda bem abalado.
- Não comenta nada com o Jimin ainda %Lud%! - %Aline% cochichou -
- Pode deixar! Se não mela o seu esquema com o Hoseok né? Eu sabia!
%Aline% deu um leve tapa no ombro da amiga. Mas de fato, ela não queria também esfriar qualquer possibilidade de algo com Hoseok...