Inevitável


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Centésimo Décimo Primeiro Capítulo • Karma

Tempo estimado de leitura: 45 minutos

  Sung Hoon tinha um pouco de dificuldade com o aparelho celular, mas por sorte a enfermeira de confiança dele e de Hoseok estava lá, então ela o ajudou a atender o telefone sem muitas dificuldades. O número era desconhecido, mas a voz não…
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  Sung Hoon fechou os olhos e então pediu para ficar sozinho, a enfermeira assim o fez. Ainda de olhos fechados ele ouvia a voz da mulher chamá-lo pela segunda vez.
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  “Sung Hoon?” - ela suspirou pesadamente do outro lado - “Sou eu, Hayun! Ainda se lembra de mim?”
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  Se Sung Hoon se lembrava dela? Ele não se lembrava de tê-la esquecido ou de ter deixado de pensar nela nesses vinte e sete anos! Uma vida inteira basicamente esperando por uma ligação como aquela, por uma ligação dela! Sung Hoon abriu os olhos e voltou a suspirar.
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  “Por onde você andou Hayun? Sua voz continua a mesma, nem parece que o tempo passou para você!”
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  Silêncio em um breve momento.
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  “Como você tem passado Sung Hoon? Como estão as coisas?” Sung Hoon podia jurar que a voz dela agora estava embargada.
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  “Como você acha que tenho passado Hayun? Desde que você nos deixou tudo o que faço é sofrer! Você não tem noção do rombo que deixou na nossas vidas?”
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  Silêncio por parte da mulher. Sung Hoon sabia que ela conseguia imaginar o caos que havia deixado na vida dela e do filho, ela não era uma inocente, uma coitada! No fundo Sung Hoon, hoje, já não sentia mais tanta raiva ou mágoa da ex mulher! Hoje em dia ela era só uma lembrança ruim! Hayun era só uma mulher imatura que tomou uma decisão errada na vida sem pensar nas consequências que deixaria para uma criança pequena que cresceu sem mãe… mas claro que hoje, vinte e sete anos depois ela certamente imaginava o buraco emocional que deixara.
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  “Sinto muito Sung Hoon! Sinto muito de verdade! Só Deus sabe a angústia que tenho vivido de uns anos para cá! Deve ser o carma, não é? Por todo mal que fiz à você e a Hoseok!” - ela suspirou- Por falar em Hoseok… como ele está?”
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  “Agora você quer saber do seu filho Hayun? Vinte e sete anos depois!”
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  “Nunca é tarde para se arrepender Sung Hoon! E eu tenho o direito de saber dele!”
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  “Ele está ótimo Hayun! No presente, ele está ótimo! Mas durante anos ele esteve no fundo do poço, e por sua causa! Você imagina o quando esse menino sofreu por ter sido rejeitado por você de forma tão dura?”
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  Silêncio por mais alguns segundos.
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  “Mas ele sempre teve você! Eu sei que você cuidou desse menino com toda sua força e amor Sung Hoon! Ele não precisou de mim certamente por você ter feito os dois papéis com excelência!”
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  “É claro que ele precisou de você Hayun! Um pai não substitui a importância da convivência com a mãe e vice e versa! E eu fiquei doente, não só da mente, fisicamente também! Eu mal ando Hayun! O Hoseok quem cuidou de mim, desde que ele tinha dezesseis anos, esse menino dá a vida por mim! E ele comeu o pão que o diabo amassou por sua culpa, não se omita! O Hoseok sofreu o peso do bullying na escola porque foi abandonado por você, ele não teve sequer um amigo nesse período! E depois disso, ele nunca deixou ninguém entrar na vida dele por medo! Medo do abandono Hayun!”
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  O choro da mulher agora era audível e Sung Hoon voltou a fechar os olhos.
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  “Hoje em dia ele encontrou um grupo de amigos que o acolheram, está apaixonado, está vivendo a vida dele, vida essa que a sua memória roubou dele esses anos todos!”
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  “E o que ele faz da vida Sung Hoon? Ele terminou os estudos?”
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  “Com muita luta! E hoje ele é químico, o meu menino é tão inteligente Hayun! Você teria ficado orgulhosa quando ele se formou…”
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  Silêncio. As lágrimas escorriam pelo rosto de Hayun do outro lado do telefone. A mais velha as limpou depois de algum tempo em silêncio. Ficou feliz de saber que o primogênito havia conseguido terminar os estudos e agora parecia estar bem.
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  “O que você realmente quer com essa ligação? Conheço você o suficiente para saber que essa ligação não foi a toa!”
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  Hayun raspou a garganta e então criou coragem para dizer à Sung Hoon porque de fato havia ligado.
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  “Eu queria primeiramente saber de vocês dois, como vocês dois tinham passado, como estão agora! Fico imensamente feliz de saber que está tudo bem e que Hoseok se formou!”
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  “Certo! O que mais?”
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  Silêncio por alguns minutos e então a enfermeira voltou ao cômodo, preocupada com Sung Hoon. Os dois se encararam, e ele deixou que ela se sentasse em frente a ele depois de afirmar com a cabeça que estava tudo bem.
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  “Eu tive outro filho, Sung Hoon! E ele tem quinze anos! Gostaria que ele e o Hoseok se conhecessem! E gostaria de conhecer o Hoseok!”
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  Sung Hoon engoliu seco e fechou os olhos sentindo os mesmos marejarem. Aquilo poderia doer demais em Hoseok, a volta da mãe e a existência de um irmão…
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  “Não acho uma boa idéia! Mas não quero me meter nisso, o Hoseok tem vinte e oito anos! Se ele quiser ver você, tudo bem! Essa escolha é mais dele, do que nossa Hayun!”
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  “Você pode me passar o endereço do trabalho dele? Bom, eu não digo que foi você! Invento alguma coisa, pode ficar tranquilo! Acho que se eu aparecer na frente dele, não vai ter como ele fugir de mim… Por favor Sung Hoon! Se ele não quiser falar comigo, eu não o incomodo mais e vou embora!”
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  “Você está no Rio?”
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  “Sim! Apesar de não conhecer nada dessa cidade mais, cresceu tanto!”
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  Silêncio e então Sung Hoon encarou a enfermeira.
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  “Sung Hoon! Eu prometo…”
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  Hayun caminhava enquanto encarava os prédios altos do Rio de Janeiro, ventava muito então ela tentava ajeitar os cabelos para que eles parassem quietos. O motorista de aplicativo havia deixado ela quase um quarteirão antes do endereço, pois de acordo com o mesmo o endereço era uma área muito comercial, cheia de prédios e empresas, então seria muito difícil para ele parar exatamente lá. Hayun é claro, estava perdida.
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  - Por gentileza! - ela chamou o moreno alto que mexia no celular - O senhor poderia me ajudar?
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  Ele ergueu os olhos e bloqueou o celular, olhando para a mulher de meia idade a sua frente.
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  - Pois não? - ele guardou o celular no bolso - Se estiver ao meu alcance!
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  - Onde fica esse prédio? O senhor sabe? Parece que é um prédio conhecido…
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  Hayun observou o homem lendo o papel que ela o entregou e então os dois se encararam.
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  Hoseok olhava o relógio de pulso pela segunda vez, ele precisava almoçar ou a cabeça explodiria de dor, afinal de contas já havia passado uma hora quase de seu horário de almoço habitual. Foi quando ele parou de andar subitamente e encarou Namjoon do outro lado da rua. O que ele fazia ali? Como ele havia descoberto onde Hoseok trabalha? Ou seria uma coincidência, já que ele estava acompanhado de uma senhora de meia idade? Os olhos de Hoseok passaram por ela rapidamente…
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  - É aquele prédio ali, do outro lado da rua! Posso acompanhar a senhora até a entrada dele se quiser!
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  - Ah, eu ficaria grata! Você é muito gentil! - ela sorriu -
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  Namjoon sorriu de volta, mas sem mostrar os dentes. Enquanto eles atravessavam a rua, os olhares de Hoseok e Namjoon finalmente se cruzaram. O coração do advogado acelerou, tendo em vista que depois de tudo o que havia acontecido entre eles, os dois não haviam se falado mais, especialmente sobre o que havia acontecido. Somente haviam se visto no aniversário de %Vivian%… e se Namjoon chamasse ele para almoçar? É, ele faria isso!
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  Os olhos de Hayun bateram em Hoseok lá, parado perto das escadas que levavam à entrada do prédio. Será que era ele? Afinal de contas seria muita coincidência não é?
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  - Hoseok! - ela ouviu o homem ao seu lado chamar o nome de seu filho -
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  - Namjoon! - ele respondeu depois de um suspiro -
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  - O prédio que a senhora estava procurando! - Namjoon apontou - Só subir as escadas, deve ter algum recepcionista, você sabe de alguma coisa Hoseok?
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  Os olhos de Hoseok se voltaram para a tal senhora e ela o encarava com os olhos completamente marejados, e a intensidade do olhar da mulher fez o corpo de Hoseok se arrepiar. Quem era ela?
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  - Você é mesmo o Hoseok? Hoseok Jung?
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  Os olhos de Hoseok se arregalaram enquanto Namjoon franzia a testa. Ele continuou encarando os olhos da mulher e então fez que sim para ela com a cabeça, raspou a garganta quando sentiu a mesma querer fechar.
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  - Não está me reconhecendo, não é? - a mulher deu alguns passos na direção de Hoseok até ficar de frente para ele -
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  Hoseok engoliu seco enquanto fazia que não para ela. Ele olhou para Namjoon, que deu de ombros, tão confuso quanto ele. Depois Hoseok passeou os olhos pelo rosto da mulher, os olhos começaram a marejar também. Será? Não podia ser!
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  - Sou eu! Sua mãe!
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  Os olhos de Namjoon se arregalaram com a notícia e então ele encarou a mulher. Os olhos de Hoseok marejaram ainda mais, com ainda mais intensidade. Ele engoliu seco mais algumas vezes e então cerrou os punhos. Aquilo deveria ser alguma brincadeira de mau gosto, a mãe dele havia sumido! Ela não voltaria assim do nada, voltaria? Porque?
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  - Meu Deus! Eu sempre quis saber… - ela pausou deixando suas lágrimas caírem por seu rosto - Como você seria quando crescesse!
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  Agora eram as lágrimas de Hoseok que desciam por sua face e então ele bagunçou os cabelos, desarrumando-os completamente quase. Namjoon engoliu seco encarando o químico.
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  - Você ficou muito melhor do que eu imaginava! Olha só para você! Quem homem bonito você se tornou Hoseok-ah!
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  Namjoon encarou o chão enquanto Hoseok apenas chorava e sentia o peito ser rasgado outra vez. Era como se alguém tivesse simplesmente enfiado uma faca na ferida! A mãe estava finalmente ali, frente a ele. Nunca em um milhão de anos ele imaginou ver o rosto dela! Voltou a bagunçar os cabelos e então tapou brevemente o rosto, se entregando mais um pouco ao choro. Depois encarou a mãe, que atrevidamente ergueu a mão e passeou pelo rosto quente dele. Hayun limpou as lágrimas do rosto do filho enquanto chorava também. O toque das mãos da mãe também era quente, e ela tremia. Hoseok nunca havia sentido aquilo: o toque da mãe. E ele não sabia explicar exatamente quais eram os sentimentos e sensações que ele estava sentindo no peito com aquilo. Não adiantou muito, logo mais lágrimas escorriam pelas bochechas dele. Namjoon sentiu os próprios olhos marejarem de leve.
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  O advogado, pigarrou, mas os dois continuaram um encarando o outro. Bom, o convite para o almoço certamente teria que ser adiado, Hoseok precisava agora conversar com a mãe. Quem sabe um jantar? Ele certamente precisaria conversar com alguém…
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  As mãos de Hoseok tremiam, então ele optou por esconder elas por baixo da mesa. Os olhos dele fitavam o prato que havia acabado de chegar, a mãe pedira já que ele não havia dito muita coisa desde que eles haviam chegado lá. O coração dele não parava de bater rápido e o raciocínio dele parecia lento. Toda aquela raiva que ele sentia pela mãe, ainda estava lá, mas de alguma forma ele não conseguia externá-la! Ele simplesmente não conseguia ter nenhuma reação, nem boa, nem ruim. Ainda parecia que ele estava tendo um sonho, ou alguma alucinação, estava numa espécie de transe. Parecia dopado, ele queria reagir, queria gritar com ela! Dizer para ela sobre toda a dor que ela havia causado e ainda causava, ele queria berrar na cara da mãe que ela havia o destruido, que ele era má, que ele a achava uma pessoa ruim e sem coração, que ele tinha medo de construir relações por culpa dela, que ele era sozinho por causa do abandono dela… mas ele não conseguia!
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  - Eu estava perdida! Essa cidade cresceu muito! Aí eu encontrei aquele moço do outro lado da rua do prédio do seu trabalho, e por sorte ele era seu conhecido! Vocês são próximos? Ele foi muito gentil!
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  A simples menção à Namjoon fez o beijo dos dois voltar a ecoar na mente bagunçada de Hoseok. Ainda tinha aquilo para ele resolver! Além da situação com %Aline% e agora a mãe! Hoseok resolveu apenas fazer que sim para a mãe com a cabeça.
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  - Você já comeu? - Hoseok ergueu o rosto e encarou a mãe -
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  Ele fez que não para ela, em silêncio. A mãe assentiu.
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  - Eu não estou com fome! - Hayun voltou a assentir, meio sem saber o que dizer também -
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  - Ok! - ela abaixou os olhos rapidamente - Como está o trabalho? Está tudo bem?
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  Hoseok voltou a encher os olhos de água com força e balançou a cabeça.
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  - Está tudo bem, eu acho! - foi o que ele conseguiu dizer -
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  - A propósito… - ela pausou rapidamente, sem jeito - Isso aqui…
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  Hayun abaixou o braço e levou uma das mãos até a grande sacola que estava no chão do restaurante, pegando-a. De lá ela retirou um embrulho, relativamente grande, os olhos de Hoseok ainda marejados foram para lá.
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  - É para você! Eu não sabia muito bem o que você precisava, visto que você é um homem feito agora… - ela soltou um riso nasalado - É um par de tênis! Eu pensei que poderia ser útil! Espero que eles sirvam em você! Tomara que eu tenha adivinhado o seu tamanho. Pega, por favor!
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  Hoseok meio no automático pegou o embrulho, rasgando-o devagar para não atrair a atenção do restaurante que estava silencioso até demais. Abriu a caixa e vislumbrou o par de tênis cinza que a mãe havia comprado. Como aquilo era estranho! Especialmente porque, ele havia gostado! Tanto do tênis, quanto do gesto.
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  - Obrigado! Vou fazer um bom uso deles!
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  - Enquanto eu comprava o presente, eu pensei muito em você Hoseok! - os olhos da mãe voltaram a ficar cheios de água - Eu me perguntei o quão alto você poderia ser… eu perguntei como seu rosto deveria ter mudado! Sinto muito Hoseok!
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  Hoseok abaixou a cabeça lentamente enquanto sentia a vontade de chorar lhe invadir outra vez.
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  - Eu deveria ter vindo mais cedo para te ver! Mas eu estava muito ocupada…
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  Hoseok balançou a cabeça para ela, com raiva, mas de novo ele não reagiu.
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  - Tudo bem!
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  O telefone de Hoseok tocou dentro do bolso e quando ele retirou o aparelho de lá, era o pai. Hoseok se perguntou se ele sabia que a mãe havia reaparecido… mas ele sabia que sim e que provavelmente ele havia dado o endereço do trabalho dele.
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  - Oi pai! - engoliu o choro e viu a mãe abaixar a cabeça - Sim! Eu estou com ela… Não! Está tudo bem… eu te ligo depois! Pode ser?
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  A porta foi aberta por uma mulher quase da idade de Hayun, vestida de branco e as duas se encararam. Sung Hoon havia se casado de novo?
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  - Pode entrar! O senhor Sung Hoon está aqui na sala esperando a senhora já!
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  Ela adentrou a casa, passeou os olhos pelo local que era simples, mas a casa era grande pelo que ela podia ver. Não se lembrava muito de lá… mirou Sung Hoon. Os olhos dele marejaram e então Hayun abaixou a cabeça. Já bastava toda a dor que ela havia encontrado nos olhos de Hoseok.
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  - Senta! - ele pediu apontando para o sofá em frente a ele -
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  Hayun se sentou e os dois se encararam.
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  - Agora que estamos aqui frente a frente Hayun… porque apareceu?
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  - Seu irmão não te contou pelo visto… nem que eu ligaria, e nem o resto…
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  - Não! Ele não contou! Mas você mesma pode contar!
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  - Só não conte ao Hoseok, por favor! Ele me odiaria ainda mais se soubesse… e eu não suportaria vê-lo me odiar ainda mais!
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  Sung Hoon sentiu o peito doer, o filho já sofria tanto! O que ele pudesse fazer para que o filho não sofresse, ele faria.
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  - Não contarei!
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  - Meu filho Sung Hoon! Está doente e precisa de uma cirurgia! É uma cirurgia cara, da qual eu já tenho boa parte do dinheiro, mas não tudo! E a doença…
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  Sung Hoon a interrompeu.
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  - Eu não quero saber da doença do filho que você ama e cuida, enquanto você nunca se importou com o Hoseok! Quanto você precisa?
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  As mãos de Hoseok suavam, e ele as limpava na blusa de moletom hora ou outra. Ele e o pai se encararam, em silêncio. Quando Hoseok falou com o pai no telefone depois do almoço com a mãe, eles não conseguiram conversar muito, Hoseok só conseguia chorar. O pai tentou a todo custo acalmá-lo, mas não conseguiu. Então eles conversaram quando Hoseok, mais cedo, chegou em casa. Ele chegou informando que não sabia o porquê, mas havia chamado a mãe para jantar lá, e Sung Hoon não soube definir se aquilo era bom ou ruim. O pai não mentiu para ele, disse que ela havia ligado, disse que ela insistiu com o encontro, que ele não teve nada haver com a decisão de Hayun e que a única coisa que fez foi passar o endereço. Hoseok se aninhou no colo do pai nesse momento e voltou a chorar. Ele confessou que queria conseguir externalizar toda a raiva que sentia da mãe, mas que não conseguia! Ele confessou também que estava começando a ficar feliz por Hayun ter voltado, e que sentia raiva de si mesmo por isso… o pai disse a Hoseok que não precisava se sentir daquele jeito, que ele era humano e podia sim ficar feliz por ver a mãe e que ele precisava agora, viver os momentos com cautela, mas que não precisava se culpar.
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  Então Hoseok havia encomendado o jantar num restaurante tipicamente coreano do Rio, que já havia chegado, e os dois esperavam Hayun aparecer.
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  - E se ela não vier? E se ela fugir de novo? Sem ter me dado nenhum contato dela…
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  - Calma meu filho! Ela não está atrasada, ainda falta um minuto para a hora combinada com ela!
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  Hoseok soltou todo o ar preso em seus pulmões e então o pai sorriu para ele. Hoseok observou os olhos marejados do mais velho e sorriu de volta. Ele sabia que a cabeça do pai estava tão confusa quanto a dele e que provavelmente ele era o mais machucado agora! Quando a campainha da casa tocou, Hoseok se levantou num supetão e apressado ele foi receber a mãe, deixando o pai ainda sorrindo ao observar a cena.
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  O jantar correu bem! Hoseok falou para a mãe que ele não era dos melhores na cozinha e que havia encomendado a comida, o que a mãe disse que ele provavelmente havia então a puxado, já que ela não tinha esse dom também, mas que a comida estava realmente boa. Comeram em silêncio boa parte do tempo, depois conversaram algumas amenidades sobre o Rio de Janeiro, sobre o trabalho de Hoseok. Hayun havia ficado encantada ao saber que o filho havia se tornado químico, então ela quis saber todos os detalhes. Depois, o pai resolveu que iria se deitar e Hayun acabou ajudando Hoseok a levar o pai para o quarto. Ela se sentiu mal por ver o estado de saúde do ex marido daquele jeito e pensou que a vida realmente não devia ter sido fácil para os dois.
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  Depois ela e Hoseok ajeitaram as louças e então se encararam. Ela quis tocar o rosto dele outra vez, mas não teve coragem.
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  - Bom! Eu já vou… está ficando tarde e amanhã você trabalha cedo não é?
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  - Sim! Eu entro cedo… - Hoseok colocou as mãos nos bolsos da calça de moletom -
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  A mãe sorriu para ele, na esperança que ele sorrisse de volta, mas Hoseok abaixou a cabeça. Hayun engoliu seco e então pegou a bolsa, retirando o celular de dentro dela para pedir seu carro.
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  Os dois foram juntos para fora da casa esperar pelo carro da mãe, fazia frio na cidade e Hoseok se preocupou, já que Hayun vestia apenas uma blusa de frio fina.
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  - Posso esperar o carro sozinha! - ela olhou para Hoseok -
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  Ele ficou em silêncio e então a mãe passou delicadamente a mão sobre a dele… logo as duas mãos estavam entrelaçadas. Hoseok sentia o coração acelerar gradativamente dentro do peito com o quente da mão dela. Eles apertaram a mão um do outro e Hoseok quis chorar. Olhou então para as mãos entrelaçadas e depois para Hayun. Silêncio, e as mãos continuavam entrelaçadas, com força.
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  - Está chegando! - ela olhou para Hoseok -
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  Quando o carro parou em frente a casa, Hoseok soltou a mão dela e engoliu seco. O químico se aproximou do carro e abriu a porta do mesmo para a mãe.
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  - Por favor, entre! Está frio!
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  A mãe sorriu com a gentileza do filho e o respondeu com um baixo “ok”, antes de entrar no carro prata. Ela impediu delicadamente que Hoseok fechasse a porta para ela:
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  - Hoseok! - ela umedeceu os lábios - Você quer me ver amanhã? Antes que eu parta de volta para a minha cidade…
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  Então ela não morava no Rio? E já ia embora amanhã mesmo? Hoseok sentiu o coração querer partir de novo…
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  - Queria almoçar com você de novo! Se você estiver livre…
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  Hoseok a interrompeu.
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  - Eu vou! - ele engoliu seco - Pode ser no mesmo horário?
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  Hayun sorriu satisfeita para Hoseok e balançou a cabeça para ele.
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  - Poderia me dar o seu número? Para combinarmos melhor…
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  - Ok! - ela pegou o celular de Hoseok e deixou seu número lá - Até amanhã, meu filho!
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  O coração de Hoseok saltou no peito ao ouvir Hayun dizer “meu filho”! Durante quanto tempo ele quis ouvir aquilo? Hoseok fechou a porta do carro para ela.
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  - Vá para casa em segurança! - ela, ainda sorrindo, fez que sim para o filho -
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  - Tchau! - os dois acenaram um para o outro antes do carro dar partida -
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  Achou melhor não incomodar o pai, que já dormia. Hoseok ficou observando-o dormir durante alguns segundos, pensando no quanto amava o pai… depois foi para seu próprio quarto. Ele pensou em mandar uma mensagem para Jimin, mas o amigo certamente estaria na balada, já que ele estava indo basicamente todos os dias. Balançou a cabeça. Não podia falar com a %Aline% também…
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  O celular vibrou em suas mãos com uma mensagem de Namjoon… ele bloqueou o celular para não encarar a notificação. O celular vibrou e a tela voltou a ficar brilhante com mais uma mensagem de Namjoon. Desbloqueou o celular e as leu:
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  “Você está bem?”
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  “Quer conversar sobre o que aconteceu mais cedo?
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  Hoseok respirou fundo. Sim, ele queria conversar sobre a mãe… mesmo que fosse com Namjoon! Antes que ele pudesse responder, outra mensagem:
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  “Que tal irmos jantar? Acho que pessoalmente pode ser melhor de conversar, não?”
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  “Bom! Eu já jantei!”, Hoseok sorriu ao enviar a mensagem.
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  “Mas você pode me acompanhar, e tomar uma cerveja! Certeza que está precisando!”
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  Hoseok exitou por alguns segundos.
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  “Pode ser!”, se levantou e procurou pelas chaves da moto e de casa e as encontrou sobre a escrivaninha. Outra mensagem: “Vem aqui para casa! Daqui vamos ao bar Jobi, pode ser?”
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  Namjoon observou Hoseok se livrar do capacete e depois ajeitar os cabelos e não pôde evitar pensar em como ele ficava atraente fazendo-o. Mas agora não era hora para pensamentos como aqueles! Hoseok provavelmente precisava de um ombro amigo, e os dois agora pareciam ter apenas um ao outro, o que era bizarro!
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  Os dois se cumprimentaram com um aceno de cabeça e então entraram no carro de Namjoon. Dez minutos e eles estavam no tal bar. Se sentaram em uma mesa que pareceu estar reservada para Namjoon, já que ele cumprimentou o garçom com um toque de mãos.
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  Se encararam, depois Namjoon voltou os olhos para o cardápio, como se não soubesse exatamente o que pediria. Alguns segundos depois, os dois voltaram a se encarar.
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  - Ela era mesmo sua mãe?
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  Hoseok balançou a cabeça.
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  - Sim! A própria!
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  - E como isso aconteceu? Como ela achou você?
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  - Ela entrou em contato com um tio meu! - Hoseok continuava balançando a cabeça - Esse tio passou o telefone do meu pai, e meu pai o endereço do prédio!
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  - E ela foi encontrar justamente comigo? - Namjoon sorriu sem graça -
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  - O que você estava fazendo por lá, aliás?
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  O garçom se aproximou rapidamente assim que Namjoon levantou a mão. Namjoon mostrou a ele no cardápio o que desejava e então pediu dois chopps.
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  - Não vai comer nada? - Hoseok fez que não para ele - Só isso então!
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  O garçom deixou os dois sozinhos de novo. Hoseok ainda esperava a resposta do advogado.
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  - Eu estava visitando um cliente que tem um estabelecimento bem perto do seu trabalho! E aí na saída encontrei sua mãe. Ela não sabia direito onde ficava o prédio e me pediu ajuda! E aí você já estava do lado de fora do prédio e enfim… - ele fez um gesto com as mãos para dizer “e o resto você já sabe” -
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  - Que coincidência! - Hoseok soltou um riso nasalado -
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  - Sim! Mas o que aconteceu depois?
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  - Nós fomos almoçar! - Hoseok engoliu seco sentindo vontade de chorar de novo -
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  - E como foi esse almoço? - Namjoon alongou os braços atrás da cabeça, parecendo cansado -
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  - Não sei definir! - Hoseok voltou a balançar a cabeça e aí encarou o advogado - Foi estranho! Eu não conseguia falar! Não consegui colocar as coisas para fora!
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  Ele levou a mão até o próprio peito e Namjoon acompanhou a mesma.
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  - Que coisas exatamente Hoseok? Sua raiva?
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  Hoseok sorriu de canto enquanto olhava para Namjoon.
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  - Sim! Eu não consegui explodir, como sempre imaginei que seria se um dia eu a visse de verdade, apesar de acreditar que isso nunca aconteceria! Eu travei, não sei explicar!
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  - Acho que é normal! A gente sempre fala que agiria de tal forma ou que falaria tal coisa em determinada situação, mas tudo é hipoteticamente falando! Até acontecer…
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  - Exatamente! A minha cabeça, uma confusão! Ainda está! E um misto de sentimento muito grande! A raiva ainda tá aqui, a dor também! Mas ao mesmo tempo, parece que eu tô feliz?
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  - E qual o problema de ficar feliz porque sua mãe voltou? - Namjoon deu de ombros -
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  Os chopps foram depositados sobre a mesa. Hoseok deu um longo gole do mesmo, seguido por Namjoon.
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  - Ela não voltou! Só veio me ver, ao que tudo indica! Amanhã a noite ela já vai embora!
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  - E isso te magoou? - os dois se encararam por alguns segundos - Não minta! Eu sou bom em identificar essas coisas!
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  Hoseok gargalhou e depositou o copo sobre a mesa outra vez. Era bom conseguir rir mesmo com a vida e a mente uma bagunça.
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  - Me esqueci que você é advogado, e que vira e mexe no meio das conversas você ativa esse modo! - foi a vez de Namjoon rir - Eu fiquei chateado sim! Achei que ela morasse aqui, ou que fosse ficar mais tempo…
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  - Achou que ela quisesse recuperar todos esses vinte e tantos anos que perdeu! - Namjoon assentiu como se adivinhasse os pensamentos de Hoseok -
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  - É! Achei que ela quisesse, sei lá… - ele abaixou a cabeça outra vez - Mas que ingenuidade né? Pelo menos ela veio me ver!
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  - Tá tudo bem ficar feliz com isso Hoseok!
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  - Hoje ela jantou lá em casa também! Comigo e com meu pai!
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  - E como seu pai está com tudo isso?
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  - Ele não falou muito sobre! Eu sinto que ele está sofrendo… por vê-la de novo! Acho que assim como comigo, as memórias se desbloquearam para ele também. Mas ele pareceu feliz por nós dois termos nos encontrado!
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  - Que bom! Você cuidou muito bem dele, esse tempo todo! Ela chegou a te pedir desculpas? Ou explicar o que fez da vida durante esse tempo?
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  - Não! - eles se olharam enquanto bebiam - Ela só disse que sentia muito não ter vindo antes, e que estava ocupada…
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  A comida que Namjoon havia pedido, chegara. Ele ofereceu a mesma para Hoseok, que educadamente recusou e então ele se pôs a observar Namjoon comer. Hora ou outra, Hoseok sorria, quando Namjoon demonstrava que a comida estava boa ou algo do gênero.
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  Depois que Namjoon terminou sua refeição, os dois acabaram mudando de assunto e tomaram mais alguns chopps. Já dentro do carro de Namjoon de novo, o advogado olha para o semblante abatido de Hoseok e tem uma ideia.
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  - Acho que precisamos de um ar fresco! - Hoseok olhou para ele -
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  Os olhos de Hoseok brilharam delicadamente quando ele desceu do carro e admirou a bela paisagem que a lagoa Rodrigo de Freitas proporciona aos cidadão da cidade. Logo, lado a lado os dois começaram a caminhar em volta da mesma. Pelo horário o lugar estava relativamente vazio, já que estava tarde.
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  - Eu vou vê-la novamente amanhã, antes que ela vá mesmo! E também, na hora em que esperávamos pelo carro que ela pediu, ela segurou a minha mão. E me chamou de meu filho!
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  Os dois se olharam e Namjoon sorriu para Hoseok, feliz por ele! Hoseok esboçou um sorriso de volta.
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  - E qual foi a sensação?
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  - Foi boa! A mão dela é quentinha! Que nem mão de mãe mesmo sabe? Pelo menos eu sempre imaginei assim!
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  - Estou ficando com inveja! Mas deixa isso para lá!
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  - Inveja? - Hoseok aumentou o sorriso -
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  - Acho que sua mãe sentiu muito a sua falta! Ela veio até aqui, só para ver você! Afinal de contas, porque ela não ia querer ver um filho assim como você! Bonito, bem sucedido, que conseguiu vencer mesmo não tendo ela ao lado! Ela sabe que perdeu você virando um homem incrível!
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  Silêncio enquanto os dois caminhavam e se olhavam. As bochechas de Hoseok ficaram vermelhas e ele desviou o olhar. Será que Namjoon achava tudo aquilo dele mesmo?
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  - Eu não devia estar com inveja! - Namjoon passou as mãos pelo rosto, atraindo a atenção de Hoseok outra vez - Eu adoraria que minha mãe fosse atrás de mim no meu escritório! Mas esquece isso! São situações diferentes! Eu não tenho o direito de sentir inveja de você! Aliás, estou feliz por isso estar acontecendo e sinto muito que ela tenha que ir embora…
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  Os olhos de Namjoon marejaram e Hoseok percebeu. Subitamente ele parou de andar e grudou os braços em Namjoon, juntando o corpo dos dois num abraço totalmente inesperado pelo advogado. O corpo dele tenciona num primeiro instante com o súbito contato, mas conforme as mãos de Hoseok descem por suas costas, num afago, Namjoon relaxa e acaba se entregando ao abraço dado pelo químico. O nariz dele acabou se encostando na curva do pescoço de Hoseok e imediatamente o cheiro bom do químico invadiu suas narinas. Namjoon apertou o corpo de Hoseok ao seu enquanto o abraçava de volta e Hoseok apenas fechou os olhos. O corpo de Namjoon agora estava sendo balançado com delicadeza por Hoseok, como se o químico estivesse fazendo-o dormir e Namjoon sorriu.
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  - Você tem seus amigos! Mesmo que não tenha sua mãe com você, tem seus amigos! E tem o Hoseokie!
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  O sorriso nos lábios de Namjoon se alegraram mais um pouco e eles se soltaram. Agora, parados perto da lagoa, os dois admiravam a mesma em silêncio. Namjoon retirou o celular do bolso e então se afastou o suficiente para conseguir tirar uma foto de Hoseok, com a lagoa de fundo.
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  Quando Namjoon colocou o carro na garagem de casa ele observou Hoseok com o capacete da moto no braço.
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  - Você quer entrar? - ele engoliu seco -
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  Hoseok acompanhou o movimento que o pomo de adão dele fez e então subiu os olhos para o advogado.
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  - Melhor não!
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  Namjoon entendeu o recado e então o acompanhou até a calçada onde estava a moto de Hoseok. Os dois se encararam, meio sem saber como se despedir, mas acabaram optando por outro abraço. As mãos de Namjoon continuaram segurando a cintura de Hoseok quando os olhos se encontraram depois do rápido abraço e então as pontas dos narizes se tocaram. Os olhos de Hoseok baixaram para os lábios de Namjoon, que provocativamente passou a língua pelos mesmos.
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  Hoseok encostou os lábios nos dele, numa espécie de teste… o advogado fechou os olhos. Hoseok pressionou os lábios nos de Namjoon e fechou os olhos também vendo o advogado deixar o beijo acontecer. Quando a língua de Namjoon pediu passagem, Hoseok cedeu e o beijo tomou forma. As mãos de Hoseok subiram para a nuca de Namjoon que apertou com delicadeza a cintura dele, não queria assustá-lo com um toque muito firme, porque não queria que esse beijo fosse tão rápido quanto o primeiro. A língua dos dois dançava uma com a outra e então Namjoon se atreveu a deixar uma leve mordida no lábio inferior de Hoseok e então os dois se separaram com as respirações agora descompassadas.
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  - Boa noite! - Hoseok colocou o capacete sobre o rosto com as mãos na Namjoon ainda em sua cintura - Tchau!
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  As mãos de Namjoon ficaram no vácuo por alguns segundos enquanto o químico subia em sua moto e saia em disparada. Mais uma vez Hoseok fugia da conversa que eles definitivamente teriam que ter em algum momento e aquilo fez Namjoon se sentir frustrado, mesmo confuso. Quando o advogado se deitou para dormir, ele finalmente viu a notificação de %Aline% no Instagram. Namjoon havia postado nos stories a foto que havia tirado de Hoseok e marcado o mesmo na publicação… %Aline% havia respondido a publicação com um simples emoji com a carinha pensativa. Os três precisavam dar um jeito…
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  “É Spring Residence, quarto número 1803, certo?”
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  “Isso mesmo Hoseok-ah!” - a mãe sorriu -
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  “Estou saindo agora, vou levar uns vinte minutos!” - ele pegou as coisas sobre o balcão -
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  “Certo! Até daqui a pouco! Ah!” - ela riu - “Teria como você trazer um álbum de fotografias? Se você e seu pai tiverem um é claro! Eu quero ver suas fotos… de quando você era criança!”
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  “Vou passar em casa para pegar alguns então! Uns trinta minutos e tô aí!”
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  Quando ele entrou em casa, a mesma estava silenciosa, aparentemente, até que ele caminhou devagar até a varanda, a enfermeira então arregalou os olhos com a presença dele.
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  “Certo! Isso mesmo, o nome dela é Hayun Lee!” - o pai não viu Hoseok já que estava concentrado ao telefone - “Então ela deve já ter recebido o dinheiro? Está tudo certo? Obrigada! Qualquer coisa se ela alegar não ter recebido eu entro em contato!”
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  O coração de Hoseok apertou dentro do peito, como se fosse um pressentimento ruim.
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  - Que dinheiro? Com quem estava falando pai?
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  A enfermeira pediu um breve “licença” e passou por Hoseok, deixando os dois sozinhos. Sung Hoon fechou os olhos com força. Agora não tinha como ele fugir daquele assunto, pediu aos Céus que aquilo não machucasse o filho como ele temia que machucaria.
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  - Hayun teve outro filho Hoseok! E ele está doente, precisa fazer uma cirurgia urgente e sua mãe não tem todo o dinheiro! Ela achou que um de seus irmãos pudesse lhe ajudar, mas ele precisaria vender uma terra, e isso levaria tempo! Acho que se ela tivesse outra escolha não teria pedido esse dinheiro para nós! Para mim na verdade!
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  - E aí ela nunca teria voltado…- os olhos de Hoseok pesaram com a água que agora se formava lá - Não é? Não é pai?
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  Ele agora falava mais alto e Sung Hoon voltou a fechar os olhos. Depois ele se levantou com ajuda da bengala. Ele sabia o quanto aquilo poderia destruir o filho ainda mais.
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  - Fala! Pode falar! Ela só voltou porque precisava desse dinheiro! - ele passou as mãos pelo rosto, exasperado - Só por causa do dinheiro, não foi por mim! Não foi por saudades, não foi por arrependimento… meu Deus como eu fui burro!
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  - Hoseok! - o pai chamou - Ela quis ver você, não fui eu que propus, nem nada do gênero, ela realmente quis! Ela precisa do dinheiro, sim, precisa, mas…
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  - Mas o que? Ah pai, por favor pare de querer defendê-la! Até hoje! Você é bobo! Até mais do que eu! Ela só está usando nós dois!
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  - Ela quer salvar a vida do filho!
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  - E eu? - ele apontou para si mesmo enquanto as lágrimas caiam - Eu não sou filho dela? Eu não preciso dela? E eu pai? O que eu faço com toda essa dor de novo? Você não vê? Você nunca entendeu, não é? Meu Deus, dinheiro! E você deu! Você deveria ter falado comigo!
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  - Para você ficar nesse estado outra vez? Você acha que eu gosto de ver você assim? Tudo o que eu pude fazer para manter você longe dessa notícia, eu fiz! E sim, eu dei! O seu irmão não tem culpa!
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  - ELE NÃO É MEU IRMÃO! - Hoseok berrou, fazendo o pai se desequilibrar e se sentar novamente na cadeira de balaço - ELE NÃO É NADA MEU CARAMBA! VOCÊ E EU NÃO TEMOS NADA HAVER COM ISSO! VOCÊ É UM BOBO, E ELA FAZ O QUE QUER DE VOCÊ!
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  Os olhos de Sung Hoon marejaram pesadamente com a resposta do filho. Hoseok balançava a cabeça freneticamente enquanto as lágrimas apenas escorriam por seu rosto.
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  - Se acalma! Bebe uma água meu filho!
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  Hoseok nada disse, apenas saiu da casa deixando o pai sozinho e preocupado com quais seriam seus próximos passos. E se ele fizesse alguma besteira?
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  O vento cortava seu rosto enquanto ele acelerava a moto. Hoseok não sabia para onde iria, ele só sabia que queria ir para longe, bem longe!
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  Escorado em sua moto ele apenas olhava o horizonte com o celular nas mãos. A mãe já havia ligado uma porção de vezes, mas ele não atendeu. Ele tinha um irmão? A mãe havia tido outro filho… e tinha cuidado dele! Estava inclusive preocupada e com medo que ele morresse, enquanto havia deixado Hoseok ao léu por vinte e sete anos! Nunca havia se importado em saber se ele estava vivo ou morto, nunca havia se questionado como havia sido o crescimento dele, a vida dele… ela não importava! Para ninguém…
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  As vozes das crianças voltaram a ecoar em sua cabeça, dizendo que ninguém se importava com ele, que a mãe havia o abandonado porque ele não era querido o suficiente, que ela nunca o havia amado. E eles tinham razão… um filho! Um homem, como ele… e ele era amado! Hoseok não…
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  Quando a porta se abriu Sung Hoon sentiu o coração se aliviar instantaneamente! Ele deveria estar dormindo, afinal de contas já era bem mais de meia noite, mas sem notícias do filho ele não conseguia! Os olhos do mais velho bateram direto na grande sacola com o nome de uma farmácia escrita lá…
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  - Graças a Deus você apareceu meu filho! O que é essa sacola? Está passando mal?
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  Hoseok não respondeu, apenas subiu as escadas e deixou o pai chamando seu nome. Ele já tinha se decidido.
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Centésimo Décimo Primeiro Capítulo
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