Centésimo Décimo Oitavo Capítulo • Lay me down
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- Afinal de contas, o que há de errado com o Seokjin? Você tem falado com ele, Eui? Tem quase três dias que ele não aparece e nem manda mensagem!
Eui e Eun trocaram olhares e a mais velha limpou os lábios com o guardanapo azul de pano. Com o silêncio, Si-Woo encarou a esposa diretamente nos olhos. Eun, já satisfeita, se levantou, mas antes de deixar a mesa ela comentou:
- Última vez que o vi, quando ele dormiu aqui aquela madrugada, ele não parecia nada bem! Parecia chateado…
Dentro do carro da mãe, Eun retirou a cópia da chave do apartamento do irmão e entregou para ela.
- Talvez uma visita fosse interessante! Você não é só minha mãe! Deveria demonstrar interesse pelos problemas do Seokjin também! Ele pode estar precisando de um colo de mãe…
Eui pegou a chave com um chaveiro de astronauta e colocou dentro da bolsa antes de dar partida no carro. Enquanto as duas iam em silêncio, Eui pensava no que a filha havia falado. Há quantos anos ela não ia até o apartamento do filho? E se ele realmente estivesse precisando de ajuda ou apenas precisando conversar?
Abriu a porta bem devagar, e como o esperado o filho parecia não estar em casa, provavelmente estaria no trabalho. Os olhos de Eui percorreram o apartamento do filho, ela buscou na memória e acabou se lembrando que depois da reforma feita pelo filho, ela nunca mais havia estado lá. O apartamento tinha o cheiro do filho, e Eui sorriu. Passou a mão pelo sofá, observou o painel com a TV, cheio de pequenas esculturas, depois passeou os olhos pelos quadros… será que eles haviam sido pintados por Seokjin?
Se atreveu então a caminhar pelo apartamento, adentrando o corredor que levava até os quartos, passando as mãos pelas paredes. Uma das portas estava aberta, e Eui vislumbrou o filho deitado lá na cama. Franziu a testa, se preocupando… ele não deveria estar trabalhando? Caminhou até ele, bem devagar ao perceber que ele dormia. Se assustou um pouco mais ao ver que o filho suava e então colocou uma das mãos sobre sua testa, constatando que ele estava com um pouco de febre.
Eui resolveu voltar para a sala e dentro de sua bolsa ela pegou um remédio, foi até a cozinha e pegou um copo de água. Voltou para o quarto, depositou a água e o comprimido na mesinha ao lado da cabeceira da cama e então acariciou os cabelos do filho. Não quis acordá-lo… saiu do quarto outra vez e voltou a caminhar pelo apartamento. Até que encontrou a salinha onde os trabalhos do filho ficavam com a porta aberta. Entrou, e então finalmente viu o trabalho do filho. Os quadros para a nova exposição estavam todos dispostos por lá. Por anos, ela havia ignorado os esforços artísticos de seu filho, incapaz de compreender sua paixão pela arte. Sempre acreditou que uma carreira artística seria incerta e instável, e desejava que ele seguisse um caminho mais "seguro" e convencional, como assumir as empresas da família, por exemplo. No entanto, a distância entre eles havia criado uma lacuna de desconexão que agora, vendo as artes do filho a perturbava.
Lá ficou momentaneamente paralisada, sentindo uma mistura de culpa e tristeza diante da realidade de nunca ter reconhecido o talento do filho antes. Cada pincelada, cada cor vibrante parecia um grito silencioso, implorando por atenção e aceitação. Uma sensação de arrependimento apertou o coração de Eui. Ela refletiu sobre as muitas vezes em que havia desdenhado as ambições artísticas do filho, ignorando seu entusiasmo e talento inato. A compreensão tardia de seu erro era avassaladora, e uma onda de tristeza a invadiu ao perceber que havia perdido momentos preciosos de conexão com seu filho.
Seokjin acordou, com certa dificuldade ele se livrou dos edredons e se sentou na beirada da cama. Encarou o copo com o comprimido que estava sobre sua mesinha de cabeceira e então franziu o cenho, confuso. Poderia ser Eun… só ela tinha a chave de seu apartamento. Jin tomou o comprimido e bebeu quase toda a água do copo.
- Há quanto tempo eu estou assim? - perguntou a si mesmo depois de esfregar os olhos -
O apartamento silencioso fez ele chamar por ela, mas sem resposta. Quando Seokjin chegou até a sala, encontrou a bolsa da mãe sobre o sofá e então percebeu que a sala onde suas obras ficavam, estava aberta. Será que a mãe estaria lá?
A encontrou sentada em um dos banquinhos que haviam por lá, perto de uma bancada cheia de esculturas feitas por ele, ela parecia estar com os pensamentos longe… as feições um pouco tristonhas.
-
Eomma! - ele chamou, atraindo a atenção de Eui -
A mais velha olhou para ele, parecendo sair de um transe e então ela se ajeitou melhor no banco.
- Venha aqui… me deixe ver se sua febre abaixou!
Seokjin caminhou até a mãe, juntou o restante dos bancos e então aproveitou para se deitar sobre eles, com a cabeça sobre o colo da mãe. Os olhos dele marejaram, há quanto tempo uma cena como aquela não acontecia? Ele sentiu o peito apertar ainda mais de saudades de momentos como aquele…
Eui lhe acariciou os cabelos pretos.
- Já está abaixando graças a Deus! Você fica com febre alta sempre que pega um resfriado. Você tem tomado as vitaminas que te dei da última vez?
- Sim! - ele balançou a cabeça enquanto sentia os carinhos da mãe -
- Mesmo Seokjin? Tenho certeza que você só tomou uma e parou, certo? Ouvi dizer que você ficou encharcado por causa da última chuva que tomou…
- Eu deveria arrancar a boca da Eun!
A mãe sorriu enquanto continuava acariciando os cabelos de Seokjin, e depois voltou a olhar os quadros do filho.
- O que a senhora tava fazendo aqui?
- Acho que é a primeira vez que vejo seus quadros de perto assim!
- Você e o
appa nunca foram a nenhuma exposição minha! - Seokjin colocou uma das mãos sobre a perna da mãe, perto do próprio rosto -
Eui, sem saber o que responder ao filho, deitou o corpo levemente sobre o dele e então encarou o perfil bonito de Seokjin, numa espécie de abraço.
- Quando foi que você cresceu tanto, meu filho?
- Que? Já sou um homem adulto há um bom tempo
eomma! - ele sorriu -
A risada da mãe invadiu o lugar e seus ouvidos.
- Porque você cresceu sozinho?
Os dois ficaram alguns segundos em silêncio, o peso das palavras pairando entre eles. Seokjin sentiu um turbilhão de sentimentos se agitarem dentro de si. Havia uma mistura de ressentimento e mágoa por ter se sentido desamparado ao longo dos anos, lutando para se afirmar em suas escolhas. Mas também havia um traço de esperança, uma vontade de algum dia se conectar verdadeiramente com seus pais e superar as barreiras que os separavam.
- Deve ter sido difícil para você! - Eui quebrou o silêncio - Não tente carregar todos os fardos sozinho! Você não tem que fazer isso meu filho! Eu acho que eu e seu
appa, ainda somos muito carentes para você depender de nós…
- Não é isso! Aliás, não se preocupe
eomma… eu estou apenas mais confortável sozinho!
- Mãe, está tudo bem! Gosto da maneira como as coisas estão agora.
Seokjin pensou em como era normal para ele estar sozinho desde o início, mas que ficar sozinho depois de estar com alguém, não era algo que ele queria experimentar novamente. Fechou os olhos pensando em como faria para conseguir se explicar com %Vivian% e fazê-la acreditar nele!
***
A mesma cafeteria de sempre, lá estava ele com o notebook aberto esperando por ela. Quando %Jaqueline% se aproximou de Taehyung, ela percebeu como ele estava abatido e se preocupou. Havia alguns dias que eles falavam apenas o básico e ela julgou ser por causa da correria dele com a viagem para Paris e etc. Mas olhando para ele ali, agora, não parecia ser só aquilo.
Se sentou ao lado dele, e então V levou o olhar até ela. Sorrindo sem mostrar os dentes, ela lhe beijou rapidamente a bochecha.
- E aí? Como andam as coisas?
- Corridas! Aliás, acabei de pedir demissão do trabalho para poder ir para Paris e finalmente abrir o restaurante quando voltar!
%Jaqueline% sorriu, mais abertamente dessa vez, e depois lhe acariciou as costas.
- E porque você não me parece feliz?
Ele suspirou e então passou as mãos pelos olhos e rosto. Taehyung precisava contar a ela sobre o que ele se lembrava do ocorrido na boate. Embora agora fossem apenas amigos, ele achava melhor ser honesto.
- O que você sabe sobre o que aconteceu naquela noite na boate?
- Eu sei o que o Jin contou. Que uma garota o beijou, mas ele não correspondeu e disse a ela que já tinha alguém... Também sei que a %Vivian% testemunhou tudo e foi embora com você. Eu até vi vocês dois saindo juntos...
Taehyung balançou a cabeça em negativo.
- Você não acredita no Jin?
- Acredito! Só que… - ele pausou, olhou para %Jaque%, buscando as palavras -
- Eu acabei fazendo o uso de bom… você sabe… - %Jaqueline% assentiu para ele - E a %Vivian% também! Daí quando fui levar ela em casa…
Taehyung parou de novo, respirou fundo e fechou os olhos. Como ele contaria para %Jaqueline%? E se aquilo magoasse tanto ao ponto de afastar os dois novamente? E além do mais, ele sentia vergonha do que havia feito.
- Vocês se beijaram? - %Jaqueline% perguntou enquanto o coração começava a acelerar -
- Não! - Taehyung abriu os olhos e se apressou em responder - Não! Quero deixar isso bem claro:
não nos beijamos! Mas, como estávamos os dois meio confusos, sem saber direito o que estávamos fazendo ou falando, acabou acontecendo algo... Eu não sei explicar direito... Só sei que Jin viu tudo! Ele estava na casa dos pais dela, provavelmente esperando para se explicar, e aí virou um caos. Ele não me deu a chance de explicar, e naquele momento eu também não estava falando com muita coerência por causa dos efeitos da droga... e agora ele não fala comigo!
%Jaqueline% sentiu um misto de emoções quando ouviu a confissão de Taehyung. Seu coração acelerou, um leve ciúme borbulhava em seu peito, mas, ao mesmo tempo, um sentimento de alívio tomou conta dela. Ela sabia que a amizade deles era preciosa e que não poderia suportar perdê-lo novamente.
Enquanto processava suas emoções conflitantes, %Jaqueline% tomou uma respiração profunda para acalmar sua mente e se concentrar em ser a amiga que Taehyung precisava naquele momento.
- Taehyung… - começou ela suavemente, colocando sua mão sobre a dele, e pausou por um momento, buscando as palavras certas para confortá-lo - Vamos pensar de uma forma racional agora. Vocês não se beijaram, ok! Mas vocês quase… então é normal que o Jin tenha reagido mal, afinal de contas vocês são melhores amigos!
Taehyung assentiu para ela, concordando.
- E você sempre soube dos sentimentos dele por ela! Entendo que a situação tenha sido complicada, especialmente com o efeito da droga e a confusão naquela noite. Agora uma pergunta importante…
Taehyung balançou a cabeça para ela, indicando que ela podia perguntar.
- O beijo não aconteceu porque o Seokjin não deixou que acontecesse, ou não aconteceu porque vocês dois pararam antes que acontecesse?
- Não! Nós dois começamos a rir segundos antes do Jin aparecer… não ia acontecer nada, mesmo que ele não aparecesse %Jaqueline%!
- Então se isso nunca aconteceu enquanto vocês dois estavam sóbrios, significa que não tem a possibilidade de acontecer de novo e que vocês não sentem nada um pelo outro que seja suficiente para algo mais acontecer! Porque o pior cenário que poderíamos ter, seria esse!
Taehyung voltou a concordar com ela, ainda abatido e descrente.
- Em relação ao Jin, acho que pode levar algum tempo para ele processar tudo isso. Ele está magoado, e talvez precise de espaço para entender as próprias emoções. Mas isso não significa que as coisas não possam se resolver entre vocês! Vocês dois têm uma amizade forte, e acredito que com diálogo e paciência, poderão superar esse obstáculo. Mas você precisa dar espaço a ele, precisa esperar ele esfriar a cabeça para aí sim tentar novamente.
Taehyung suspirou pesadamente, voltou a esfregar os olhos. Por mais que ele soubesse que %Jaque% tinha razão, ele tinha medo de perder o melhor amigo para sempre.
- Você queria que o beijo tivesse acontecido? Se arrepende e lamenta por não ter acontecido nada?
- Claro que não! Eu não sinto nada pela %Vivian%! Não nesse sentido! Nunca senti… mesmo se o Seokjin não existisse nessa história toda! Na verdade, eu me arrependo de ter perdido o controle e ter deixado que isso acontecesse!
%Jaqueline% colocou uma das mãos sobre a dele, apertando-a logo em seguida. Depois ela se atreveu a chegar mais perto de Taehyung, puxando-o para mais perto, abraçando o moreno.
- Vai ficar tudo bem, V! Tempo ao tempo, hum?
***
O advogado, sentado no sofá, segurava a carta em suas mãos. Seu olhar está fixo nela, mas ele hesita em abri-la. Há uma mistura de ansiedade e expectativa em seu rosto. Aquele era finalmente o resultado do concurso, ele estava há alguns segundos de descobrir se havia conseguido ou não... Ele respira fundo, toma coragem e rasga o envelope. Ele abre o papel, que estava dobrado, e começa a ler.
Seus olhos passam rapidamente pelas palavras, e então, um sorriso de pura alegria se espalha em seu rosto. Ele larga a carta sobre o sofá e se levanta, soltando um grito de felicidade. Os sócios então, olham assustados para ele, que dá um giro de 360 graus em volta do próprio corpo, e os encara, ainda com o sorriso no corpo.
- Passei! Eu passei no concurso público para promotor!
Ele começa a andar de um lado para o outro, a excitação tomando conta dele. Seus pensamentos se aceleram, e ele mal consegue conter a empolgação. Os sócios se levantaram de suas cadeiras, indo até o amigo para cumprimentá-lo pela grande realização que ambos sabiam, ser o sonho de Namjoon.
- Isso é incrível! Todo o esforço, os anos de estudo... valeu a pena! Você conseguiu!
Depois de aceitar os cumprimentos dos sócios, ele fechou os olhos.
- Obrigado! Obrigado por esta oportunidade. Prometo que vou fazer o meu melhor para ser um promotor justo e defender a justiça! Eu preciso contar para a minha mãe!
Se despediu dos amigos enquanto arrumava as coisas dentro da mochila, de qualquer jeito, tão empolgado ele havia ficado.
Quando chegou no hospital, antes de descer do carro, ele observou algumas chamadas não atendidas no celular, que vinham de lá… o que teria acontecido? Namjoon caminha apressadamente pela recepção do hospital, o coração acelerado pela ansiedade. Com a mente repleta de temores, ele se aproxima do balcão de recepção. Recebeu o crachá de visitante e foi avisado que a médica de dona Yuna aguardava por ele em sua sala, depois de receber as instruções ele foi até lá, já temendo pelo pior.
Com a respiração trêmula, ele bate suavemente na porta e entra após ouvir a autorização da médica.
- Namjoon, por favor, sente-se! Há coisas que precisamos discutir sobre a sua mãe…
Ele caminha lentamente até a cadeira em frente à mesa da doutora e se senta, lutando para manter a calma. Seus olhos fixam-se nos dela, buscando respostas.
- Certo, o que aconteceu com a minha mãe? Por que recebi tantas chamadas? - a voz trêmula de Namjoon não passou despercebida pela doutora -
Ela respirou profundamente, tentando se preparar para dar a notícia a Namjoon, já que ela sabia de todo amor e dedicação que ele dedicava a Yuna há tantos anos!
- Namjoon, sinto muito ter que te dar essa notícia! O quadro de saúde da sua mãe se deteriorou rapidamente nos últimos dias, especialmente nas últimas horas…Os exames revelaram que ela está desenganada e seu tempo conosco pode ser curto…
As palavras da médica atingem Namjoon como um soco no estômago. Ele sente lágrimas surgindo em seus olhos, mas tenta se manter forte.
- Desenganada? Mas... mas ainda há alguma coisa que possa ser feita? Alguma esperança? A pneumonia não regrediu nenhum pouquinho nesses últimos dias?
- Você sabe que infelizmente não é só a pneumonia, não é querido? Lamentavelmente, já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, Namjoon. Neste momento, a prioridade é garantir que sua mãe esteja confortável e rodeada de amor e apoio! Estamos fazendo o possível para controlar a dor e garantir que ela esteja bem cuidada.
As palavras da médica ecoam nos ouvidos de Namjoon, sua mente luta para processar a realidade. A dor da notícia se mistura com o desejo desesperado de passar mais tempo com sua mãe.
- Eu... eu preciso vê-la. Estar ao lado dela. Por favor, me deixe vê-la agora!
Suavemente a médica se levantou, sorriu sem mostrar os dentes para o advogado e caminhou até a porta, abrindo-a.
- Claro, Namjoon! Compreendo sua necessidade de estar presente. Vou acompanhá-lo até o quarto de sua mãe, ok? Mas, por favor, esteja ciente de que é um momento delicado. Precisamos respeitar o bem-estar dela e fornecer todo o apoio necessário.
Namjoon se levanta da cadeira, a tristeza estampada em seu rosto. Ele segue a doutora pelo corredor do hospital, seu coração pesado de antecipação e dor.
- Eu sei que o horário de visita de vocês vai até daqui a pouco, mas seria possível que eu passasse a noite com ela?
Ele perguntou antes que a médica pudesse abrir a porta do quarto da mãe, e recebeu uma resposta positiva da mesma. Quando a porta finalmente é aberta, Namjoon respira profundamente antes de entrar e fechar a porta atrás de si.
Yuna, está deitada na cama, parecendo frágil e serena. Ela olha para Namjoon com um sorriso triste e cansado. Namjoon se aproxima lentamente, segurando a mão de sua mãe com carinho. Ele sente um misto de tristeza e gratidão por estar ali ao lado dela.
- Oi mãe! - a voz embargada dele apareceu outra vez -
- Meu querido... estou feliz que você tenha vindo! - a voz sussurrada da mãe fez Namjoon marejar os olhos outra vez -
- Eu amo você! Sempre amei e sempre vou amar… Você é a pessoa mais importante da minha vida, sabe disso não sabe?
Com ternura, Yuna assentiu para ele, com dificuldade.
- E você, meu filho, é meu orgulho!
Namjoon aperta a mão de sua mãe com mais força, seus olhos fixos nos dela, capturando cada detalhe de seu rosto. O silêncio preenche o quarto enquanto eles compartilham finalmente um momento de profunda conexão.
- Sabe o que eu recebi hoje? - ele observou a mãe abrir os olhos -
- O resultado do concurso!
A mãe pareceu confusa, como se não se lembrasse muito bem do que Namjoon falava, mas ele deu alguns segundos para ela..
- Você pode refrescar minha memória? - ela respirou com dificuldade -
Namjoon se ajeitou na poltrona, sem soltar a mão dela.
- Claro! Eu sou advogado… fiz o concurso para conseguir virar promotor! Hoje recebi o resultado!
Esforçando-se para sorrir, Yuna fechou os olhos e depois os abriu outra vez.
- Ah, meu querido, estou tão orgulhosa de você!
Namjoon sorriu, sentindo-se abençoado por ter o apoio da mãe nesse momento, mesmo em meio a circunstâncias tão difíceis.
- Eu passei, mãe! É um grande passo na minha carreira. Eu queria tanto compartilhar essa notícia com você! - apertou a mão da mãe com delicadeza -
Yuna olha para Namjoon com ternura, seus olhos cheios de amor e admiração.
- Sei que você será um promotor brilhante, lutando pela justiça e fazendo a diferença na vida das pessoas!
Namjoon abaixa a cabeça, lutando para conter as lágrimas de gratidão e tristeza que ameaçam transbordar. Até que uma crise bem forte de tosse se iniciou, fazendo Namjoon se levantar com certo desespero, sem saber muito o que fazer.
Quando finalmente a mãe começou a se acalmar e a crise foi passando, os olhos de Namjoon quase transbordavam. A mãe tentou apertar a mão dele com carinho, mas já não tinha forças.
- Meu filho… - ela fechou os olhos - Eu acho que não tenho mais muito tempo, viu? To sentindo que não vou mais aguentar…
O gatilho havia sido apertado. Namjoon fechou os olhos e levou a mão de Yuna até os próprios lábios, depositando um beijo demorado na pele enrugada de lá. Depois, ele finalmente liberou as lágrimas presas desde que havia recebido a notícia…
- Se você quiser ir… - a voz embargada dele mal deixava que o som saísse com clareza de seus lábios - Eu quero que você saiba, que está tudo bem!
Ele pausou, deixando as lágrimas quentes escorrerem por seu rosto.
- Tudo bem,
eomma! Eu entendo! - voltou a beijar demoradamente sua mão -
- Fica aqui comigo então?
Mais tosses. Namjoon se sentou ao lado dela, apertando sua mão com todo o amor que ele tinha.
Quando ela voltou a encarar Namjoon, já sem as tosses, mas respirando com dificuldade, Namjoon respirou fundo. Como aquilo doía! Era como se ele tivesse uma faca cravada ao coração.
- Claro! Sempre! Tenta descansar um pouquinho!
As mãos grudadas uma na outra, ele acariciava a mão da mãe enquanto observava as feições dela outra vez. A respiração fraquinha… o peito de Namjoon doía. Aos poucos ela foi adormecendo…
A luz suave do sol entrava pelas cortinas. Namjoon desperta devagar, ainda se sentindo um pouco entorpecido pela tristeza que o rodeia. Ele olha para o lado e percebe que a cama de sua mãe está vazia.
Seu coração aperta e ele sente um nó na garganta enquanto a realidade da perda começa a se instalar. Ele olha em volta, procurando desesperadamente por qualquer sinal de Yuna.
Ele se levanta desesperado, e sai do quarto, percorrendo os corredores do hospital, procurando por Yuna, ou pela doutora. Mas nada! Nesse momento, as lágrimas já embaçavam seus olhos, e ele chega à recepção. Ele fala com a recepcionista, cujo semblante reflete compaixão.
Antes que a recepcionista pudesse lhe dar qualquer informação, a doutora aparece, colocando uma das mãos sobre os ombros de Namjoon e se colocando ao lado do advogado logo em seguida. Os olhos dela, também estavam vermelhos e levemente inchados.
- Sinto muito, querido! Sua mãe faleceu durante a noite… A minha equipe e eu fizemos todo o possível para garantir seu conforto! Eu não quis acordar você de madrugada para dar a notícia! Na verdade, eu não consegui Namjoon! Fiquei tão abalada, que não soube como te dar a notícia!
Namjoon sente seu mundo desmoronar ainda mais ao ouvir as palavras da doutora. Ele fica paralisado por um momento, processando a notícia devastadora. Suas lágrimas caem livremente, suas mãos tremem de dor e choque.
- Eu sinto muito, Namjoon! A perda de uma mãe é uma dor insuportável! Mas saiba que você trouxe conforto e amor a ela durante todo o tempo em que esteve presente. Mesmo ela não se lembrando de você o tempo todo em que ela esteve aqui! Vocês compartilharam momentos preciosos juntos…
A médica envolve Namjoon em um abraço reconfortante, permitindo-lhe chorar em seu ombro. Namjoon se afasta do abraço da Dra. Lee, olhando para ela com olhos marejados.
- Eu... Eu só queria ter tido mais tempo com ela… Havia tantas coisas que eu queria dizer... tantas coisas que eu gostaria de ter tido tempo de fazer com ela!
Namjoon enxuga as lágrimas e respira fundo, tentando encontrar alguma calma em meio à tormenta emocional.
- Obrigado doutora Lee! Obrigado por tudo que vocês fizeram pela minha mãe e por estar aqui por mim agora!
- É parte do meu dever como médica, mas também como amiga da sua mãe. Por favor, não hesite em me procurar se precisar de qualquer coisa!
Namjoon assente, sentindo-se grato por ter alguém como a Dra. Lee ao seu lado durante esse momento difícil.
***
O salão funerário está preenchido por uma atmosfera de pesar. Flores brancas adornam a sala, e velas acesas criam uma luz suave e solene. As pessoas se reúnem em pequenos grupos, conversando em sussurros, enquanto expressões de tristeza são vistas em seus rostos.
O semblante de Namjoon está carregado de dor e saudade. Ele se sente perdido e desamparado pela primeira vez em anos, diante da realidade de que sua mãe se foi! Pessoas se aproximam para prestar suas condolências, mas o som ao seu redor se transforma em um borrão indistinto. Sua atenção está fixa na figura de sua mãe, imóvel dentro do caixão. Tristeza, saudade, gratidão e amor, era o que havia em seu peito. Uma lágrima escorre pelo seu rosto enquanto ele continuava se despedindo da mãe silenciosamente.
A primeira dos amigos a chegar, foi %Ludmilla%. Afinal de contas, ela também sentia um carinho gigantesco por Yuna, e foi correndo para se despedir e claro, apoiar o amigo. Os dois se abraçaram demoradamente, e %Ludmilla% chorava quase que copiosamente. Namjoon, arrumou forças em seu âmago, e limpou as lágrimas da amiga.
%Ludmilla% se afasta um pouco do abraço, com os olhos começando a ficar inchados e vermelhos. Ela olha para Namjoon com um sorriso triste, apreciando o gesto de cuidado dele.
- Eu sinto tanto pela sua perda! A sua mãe era uma pessoa maravilhosa, e eu sempre vou me lembrar dela com carinho. Eu não consigo imaginar a dor que você deve estar sentindo! - a voz dela embargou, denunciando que ela logo logo voltaria a chorar - Eu estou aqui por você! Você sabe! Sempre!
Namjoon segura as mãos de %Ludmilla%, transmitindo seu apoio e gratidão.
- Eu também agradeço por você estar aqui, %Lud%! Sua presença significa muito para mim, e sei que a minha mãe tinha um enorme carinho por você. Ela sempre demonstrava o quanto gostava de você e de como você era especial para ela! Muito obrigada por tudo o que você fez por nós dois!
Foi a vez de Namjoon sentir que ia chorar, e assim ele o fez, sendo abraçado outra vez por %Ludmilla%.
%Aline% entrava no salão, com os olhos marejados também. Se aproximou dos dois, e então passou as mãos pelas grandes costas de Namjoon. Assim que ele e %Ludmilla% se soltaram, o advogado puxou %Aline% para si, a abraçando com força e enterrando o rosto no pescoço cheiroso dela. As lágrimas molhavam a pele dela, que apertava o corpo de Namjoon com força, enquanto fechava os olhos.
- Você não imagina o quanto eu sinto pela sua perda! Especialmente agora! Estou aqui para você, seja como amiga ou como qualquer outra coisa que você precisar… Nós vamos passar por isso juntos!
Namjoon ergue o rosto e olha nos olhos de %Aline%, agradecido por sua presença e pelo apoio oferecido por ela naquele momento.
- Significa muito para mim ter você ao meu lado neste momento difícil. Acho que é você que não imagina o quanto significa para mim!
%Aline% sorri, acariciando o rosto de Namjoon com ternura.
- Você nunca estará sozinho, Namjoon! Estou aqui para você, não importa mais o que aconteça. Você vai superar essa dor e encontrar forças para seguir em frente… Namjoon sente seu coração se aquecer com as palavras de %Aline%, e os dois se abraçam outra vez.
- Você é uma mulher incrível… Obrigado por tudo o que você faz por mim! Seja como for, eu valorizo nossa amizade e tudo o que já compartilhamos até aqui!
%Aline% sorri, uma mistura de tristeza e esperança em seus olhos.
- Tô do seu lado independentemente de onde o destino nos leve.
Namjoon assente, sentindo um misto de emoções e esperanças se entrelaçarem em seu coração. Ele sabe que a vida é cheia de surpresas e que o futuro pode reservar muitas possibilidades.
Hoseok abraçava %Ludmilla% enquanto esperava Namjoon e %Aline% se soltarem. Os olhos de Namjoon pousaram em Hoseok, que tinha as bochechas vermelhas, o bom e velho capacete em mãos, e um semblante que misturava tristeza e preocupação. Hoseok olha nos olhos de Namjoon, vendo a tristeza refletida neles. Os dois se abraçam, com força.
- Namjoon, eu sinto muito por sua perda! Sei que esses são tempos que tem sido difíceis para você. Estou aqui para o que precisar, da mesma forma que você esteve para mim quando tudo desmoronou!
Namjoon respira fundo, sentindo-se reconfortado pela presença de Hoseok.
- Obrigado, Hoseok. Você sabe que significa muito para mim ter você aqui, não sabe?
Hoseok assentiu repetidamente para ele com a cabeça quando se soltaram dos braços um do outro.
- E eu espero que saiba que você não está sozinho, que não tem que passar por esse luto sozinho! - Hoseok acaricia gentilmente as costas de Namjoon, tentando transmitir conforto e apoio -
Os olhos de %Aline%, nos dois.
Logo em seguida %Amanda% e V se aproximaram do amigo. Os dois sabiam exatamente como era a dor que Namjoon estava sentindo… os olhos de V marejados se encontraram com os de Namjoon. Os dois se abraçaram.
- Eu sinto muito! Muito mesmo! Sei o quanto você estava feliz com a volta da memória dela! E fico feliz que isso tenha acontecido antes de ela partir meu amigo!
Namjoon apertou os olhos, segurando a vontade de chorar no peito. Aquelas palavras de Taehyung eram tão significativas!
- Obrigada por terem vindo! - ele se soltou de Taehyung e abraçou %Amanda% -
- Eu sinto muito! Espero que você passe por esse período da melhor maneira o possível, e se nós pudermos te auxiliar de qualquer forma, não exite em nos chamar!
Namjoon solta um suspiro profundo, sentindo-se grato pela presença e pelo amor incondicional dos amigos.
- Obrigado por compartilharem essa dor comigo!
Os amigos, se sentaram ali por perto de Namjoon, enquanto ele não saia de perto do caixão da mãe, em sua despedida silenciosa.
%Jaqueline% foi a próxima a passar delicadamente as mãos pelas costas de Namjoon, fazendo-o se virar frente a ela. Um abraço apertado lhe foi dado.
- Eu lamento muito sua perda, Namjoon! De verdade! Espero que você consiga se lembrar da sua mãe sem dor com o tempo, aliás, eu tenho certeza que isso acontecerá!
- E agora, você tem a gente para te ajudar a passar por todo esse processo! - %Paloma% completou abraçando Namjoon em seguida - Eu sinto muito!
Namjoon agradeceu %Paloma% pelo apoio e carinho e então Yoongi e ele deram as mãos, num aperto enquanto Yoongi passava as mãos com ternura pelas costas do amigo. Também sabia o que ele sentia…
- Você pode contar com a gente Namjoon! Esse processo é muito doloroso para ser vivido sozinho! Então, não se esqueça da gente!
Namjoon voltou a marejar os olhos pesadamente enquanto agradecia Yoongi.
Quando %Vivian% apareceu, ela também já tinha os olhos pesados de lágrima, era outra que compreendia os sentimentos de Namjoon perfeitamente bem. Os dois se abraçaram, e ela se lembrou de quando ele havia a ajudado na lanchonete com o suco de maracujá… nutria muito carinho por ele por causa dessa atitude.
- %Vivian%... Obrigado por estar aqui!
- Namjoon, eu sinto muito pela sua perda…. Sei o quanto sua mãe era especial para você. E eu sei que você sempre esteve lá por ela! Assim como esteve comigo quando precisei de apoio na lanchonete! Aquela atitude ficará para sempre no meu coração!
Namjoon se afasta do abraço e olha nos olhos de %Vivian%, com gratidão em seu olhar.
- Eu também nutro um carinho especial por você! Obrigada mais uma vez por estar aqui!
%Vivian% se junta aos amigos e momentos depois, é a vez de Jungkook se juntar à eles, não sem antes falar com o advogado… Ele coloca uma mão reconfortante no ombro de Namjoon, transmitindo seu apoio.
- Hyung, eu sinto muito! Tenho certeza que sua mãe era uma mulher incrível,assim como você! E tenho certeza de que ela estava extremamente orgulhosa de você antes de partir! Estamos aqui para apoiá-lo!
Namjoon se vira para Jungkook, apreciando a presença do amigo em um momento tão difícil. Eles se abraçam.
- Jungkook, obrigado por suas palavras. Significa muito para mim ter você ao meu lado nesse momento!
- Hyung, eu não posso imaginar a dor que você está sentindo, mas estarei aqui para você. Seja para conversar, para chorar ou simplesmente para estar presente. - Namjoon assente, agradecido pelo apoio sincero de Jungkook -
Quando Seokjin entra no salão, %Vivian% engole seco. Taehyung, sente o coração apertar no peito ao ver o melhor amigo ali… %Amanda% observa %Vivian% e o irmão e depois Seokjin. Ela respira fundo.
Seokjin abraça Namjoon demoradamente, e então quando eles se afastam, ele segura Namjoon pelos ombros.
- Força meu amigo! Eu sei que você é um homem forte! Vai conseguir voltar a viver quando tudo isso passar, e até lá, conte comigo para o que precisar!
Namjoon sentiu o peito inflar ainda mais em gratidão. Mesmo com toda a confusão que havia acontecido na noite da boate, Seokjin havia ido ao velório para confortá-lo. Se sentiu especial…
- Agradeço por estar aqui hoje e por seu apoio hyung!
- Não precisa me agradecer! Pode contar comigo!
Namjoon sente uma mistura de gratidão, alívio e esperança. Ele sabe que pode contar com Seokjin, mesmo após os desafios que enfrentaram.
Quando ele encara os amigos e caminha na direção deles, sente o peito ser rasgado. %Vivian% desvia o olhar, evitando encará-lo, já com Taehyung… ele mal olhou na direção do amigo, que quis falar, mas foi interrompido por %Amanda%, que puxou o irmão para perto de Jin, que já se aproximava de %Vivian%.
- Vocês três! Não façam nenhuma cena aqui por favor! Deixem para resolver o que quer que tenha que ser resolvido depois, em outro momento! Respeitem o Namjoon, tudo bem?
Os três se entreolharam, parecendo crianças emburradas e assentiram para %Amanda%, afinal de contas, ela tinha toda razão!
Namjoon estava sentado entremeio os amigos quando o pai apareceu, caminhando calmamente em direção ao caixão de Yuna. Namjoon se levantou abruptamente, não esperava que ele fosse aparecer… resolveu avisá-lo, por desencargo de consciência. Mas definitivamente, não esperava vê-lo. Deixou o pai sozinho com a mãe, pela última vez. Os olhos dele buscavam algo, e aí pousaram no filho.
Caminhou até ele, encarou o filho pensando no quanto ele estava diferente. Um completo adulto agora…
- Não esperava ver você, pai!
Os dois se abraçaram silenciosamente, nenhuma palavra fora proferida até que os dois se soltassem. Os amigos, acompanhavam a cena, surpresos.
- Descansa meu filho! - ele encaixou uma das mãos no rosto de Namjoon - Você lutou demais por ela! Agora descansa, tá bom?
O pai deu duas batidinhas leves no rosto de Namjoon e então saiu. Os olhos dele marejaram pesadamente e ele fechou os olhos.
***
Namjoon segurou a mão de Hoseok enquanto se sentava na beirada da cama, depois de sair já vestido do banho.
- Eu não quero ficar sozinho! Tá doendo demais…
Hoseok olha nos olhos de Namjoon, percebendo a sinceridade e a vulnerabilidade em seu olhar. Ele aperta a mão de Namjoon com carinho, transmitindo conforto e apoio.
- Namjoon, você não precisa ficar sozinho! Eu vou ficar aqui com você, o tempo que for necessário. Claro que durmo aqui!
O advogado sente um misto de alívio e gratidão ao saber que Hoseok vai ficar.
- Sua presença significa muito para mim! Eu não sei o que faria sem você! Obrigado por ser meu porto seguro…
Eles se levantam da beirada da cama e se ajeitam juntos debaixo dos lençóis, encontrando um conforto mútuo no contato próximo. Hoseok envolve Namjoon em um abraço reconfortante, e o advogado sente-se protegido e amado.
- Eu me sinto sortudo por ter você ao meu lado.
Hoseok acaricia os cabelos de Namjoon com carinho, apreciando a proximidade e a intimidade compartilhada.
- Namjoon, você tem sido muito importante para mim. Estou aqui para você, não importa o que aconteça! Essa conexão que estamos criando, é especial, e eu quero continuar sendo seu porto seguro, seu apoio constante.
Hoseok fechou os olhos, sentindo as bochechas corarem, por falar com tanta sinceridade o que estava sentindo.
Namjoon se aconchega ainda mais em Hoseok, sentindo-se envolvido por seu calor e amor.
- Obrigado! Por ser meu apoio, meu conforto…
Hoseok beija delicadamente a testa de Namjoon, transmitindo seu afeto e comprometimento.
- Agora descansa! Dorme, hum? Eu não vou sair daqui, prometo!
A respiração de Namjoon foi se acalmando, e então os dois fecharam os olhos. Enquanto o silêncio tomava conta do quarto, os corações de Namjoon e Hoseok encontraram um ritmo harmonioso, embalados pela ternura e pela promessa de apoio mútuo. Juntos, eles mergulharam no sono, encontrando paz e consolo um no abraço do outro, prontos para enfrentar os desafios que estavam por vir.
❮Centésimo Décimo Oitavo Capítulo
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