Halloween Party

Escrita porRay Dias
Editada por Lelen

  Nota da autora: Olá leitora ou leitor! Este aviso é para informar que: 1. A fanfic é interativa apenas para você, os demais personagens foram mantidos fixos para manter a fidedignidade com o universo apresentado. 2. As conjugações verbais do pronome “Tu”, não estão de acordo com a linguagem padrão, eu sei. Mas, este é um recurso da fala coloquial dos personagens, para dar mais veracidade à língua falada pelos cariocas. Achei importante esclarecer, pois outras vezes, já recebi mensagens sobre “ter conjugado errado os verbos referente aos pronomes”, mas, como sabemos, a Língua Portuguesa é viva, e quando se imprime coloquialidade às falas dos personagens, nos aproximamos da realidade. Enfim, concessões da literatura e da liberdade poética. Espero que adorem esta leitura e encontro vocês no fim da página, de preferência nos comentários. Os comentários nos motivam a continuar, e minimamente nos passam a ideia de valorização do nosso esforço, então, agradeço muito se puderem comentar. Beijinhos!


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3 • Gostosuras ou Travessuras?

Tempo estimado de leitura: 24 minutos

O grupo continuou conversando, bebendo e se divertindo. Marcel arrumou uma garota para trocar saliva que não era ninguém menos do que, a garota por quem Gasparzinho se apaixona no filme. Outra personagem de cinema, e aquilo foi tão cômico que os amigos nem acreditavam. Era literalmente o par do Gaspar. E Marcel não desgrudou da garota a festa toda.
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  Samanta não dizia quem era o rapaz com o qual, ela havia trocado uns beijos quando desapareceu misteriosamente na festa, mas Moska não deixou de tentar expor a situação. Marcela estava com o namorado na festa, e uma das fantasias mais bonitas era a dela, de Coraline. Victor alucinou, e em dado momento, Van Helsing estava sem camisa, apenas com a peruca e o chapéu e claro, as calças, embora Felipe não soubesse precisar por quanto tempo. Victor tinha que tratar aquela mania de nudismo!
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  Obviamente o humor de Felipe começou a dar sinais de quase psicopatia, o rosto sem qualquer expressão, a figura de quem só acena pra tudo o que dizem. Bruno notou que a bateria social do amigo estava quase no fim. Então perguntou ao Moska o que havia acontecido com Felipe e Buffy.
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  — Sei lá, quando Sam e eu chegamos ele ficava olhando a Buffy dançar, parado igual uma estátua, aí veio o Drácula. Bem, entre Edward e Drácula, quem venceria? No caso de hoje, eu diria que o Cullen ficou pra trás.
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  — O Drácula? — Bruno pensou a respeito: — Alto, atlético, e de olhos azuis?
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  — Sei lá Bruno, deve ser.
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  Bruno sorriu de lado, discreto, e olhou para Felipe emburrado. Olhou em seu relógio de pulso e notou que estava quase na hora do que ele havia programado com alguns de seus amigos como atração para a festa e teve uma ideia. Aproximou-se dele pedindo:
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  — Felipe, me faz um favor?
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  — Não.
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  — Pô cara deixa de ser chato. Eu sei que você nem quer mais ficar aqui.
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  — Fala Bruno! Que saco!
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  — Ajuda a Buffy pra mim? Ela está na cozinha terminando de colocar as bebidas que foi buscar no freezer. Mas é muita coisa e eu tenho que ver uma parada agora.
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  Felipe arqueou a sobrancelha tão bem demarcada sem entender. Estava com humor realmente afetado e negaria quando o Bruno percebendo, disse:
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  — Deixa, eu peço ali p’ro Drácula.
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  — Não, Bruno! Pare de incomodar as pessoas, cara! Eu vou.
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  Felipe largou seu copo e começou a andar em direção à cozinha, passando entre as pessoas começando a se sentir ansioso e sufocado. Queria ficar em qualquer lugar que não fosse cheio. Chegou à cozinha e a %Laryssa% estava terminando de colocar algumas bebidas no refrigerador.
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  — Posso te ajudar?
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  Ela olhou para ele e estava surpresa. Não achou que ainda o veria ali. Havia saído uma hora atrás e retornado há pouco, a missão que Bruno lhe incumbiu: buscar a bebida que acabou antes do previsto e o gelo seco que ele também não achou que acabaria rápido; deu mais trabalho do que imaginou. %Laryssa% praticamente precisou sair da Barra para encontrar o gelo, e a sorte foi que o lugar onde Bruno comprou anteriormente, topou reabrir enquanto fechava e fornecer mais só porque sabia da festa e o conhecia.
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  — Olha só! Achei que já estaria no seu caixão!
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  — Eu também! Mas... Que sacos são esses? — perguntou quando a viu pegando uns sacos do freezer.
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  — Eu estou tirando esse resto de gelo aqui para colocar mais bebidas e...
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  — Eu faço isso! Deve estar pesado!
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  Felipe se aproximou a afastando do refrigerador horizontal locado, e tirava os sacos dando espaço pra ela encher com as bebidas. E tirando pela quantidade, ele se preocupou.
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  — Em nome de Jesus, com toda essa bebida, até que horas o Bruno vai levar essa festa, Buffy?
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  A gargalhada animada dela, o fez dar um sorriso de canto. Que merda.
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  — O Bruno não vai controlar isso. Ele está abastecendo para a festa durar até acabar tudo. Pode me fazer outro favor? Leve esses sacos de gelo aí p’ro meu irmão, por favor. Ele está espalhando o gelo seco pela casa, e está vestido de...
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  — Acabei lá, Buffy, me dá os que estavam aí e pode subir.— Um rapaz vestido de Drácula surgiu.
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  — Ah! Ele aí! Felipe, esse é o meu irmão Caio.
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  — E aí cara, tudo bem? Pô, eu me amarro no seu trabalho! — falou o Drácula apertando a mão de Felipe empolgado.
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  Felipe sorriu sem graça e sentia-se um idiota. Um tolo total, e a coisa só piorou quando %Laryssa% revirando os olhos falou:
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  — Ah é, o Caio é meio que seu fã... — informou e então riu fechando o freezer e apontou os sacos de gelo perto de Felipe. — Aqui estão Caio.
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  O irmão começou a pegar e Felipe ainda estava observando a situação um tanto imóvel. Ele era irmão dela! E eles saíram não para se pegar como Felipe havia pensado, mas para buscar bebidas e seja lá mais o que!
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  — Você me parece meio sufocado, né? — %Laryssa% perguntou sabendo o histórico de Felipe.
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  Ele concordou, embora estivesse constrangido pelo que havia pensado a respeito da situação ao ponto de fechar a cara e ficar emburrado aquele tempo todo. Ela sorriu e espontaneamente pegou a mão dele o puxando para segui-la explicando:
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  — Então vem comigo, porque você não vai querer ficar aqui no escuro! Caio, ‘tô subindo!
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  — Juízo vocês dois! Não aproveitem o escuro e estraguem tudo!
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  O irmão dela zoou e Buffy lhe lançou um dedo do meio enquanto puxava Felipe pela festa para o andar superior. Felipe não entendia porque estavam indo em direção aos quartos ou que papo era aquele de escuro. Se fosse o que estava pensando, depois de jogar o corpo de %Laryssa% na parede, precisaria rebobinar os fatos até o ponto em que alguma mensagem específica sobre se pegarem tivesse sido dita. Entretanto, quando Buffy abriu a porta do estúdio de gravação do Bruno, ele não só sentiu que a garota não tinha outras intenções, quanto entendeu menos ainda.
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  %Laryssa% sentou-se à mesa com um computador no canto, as câmeras do estúdio estavam desligadas, mas havia um controlador junto ao PC em que ela agora iniciava algum tipo de programa. Pelo monitor auxiliar, Felipe notou que a casa estava sendo filmada.
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  — Câmeras ligadas. — Ela murmurou.
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  — Espera... O que é isso? — Felipe perguntou se aproximando e sentando do lado dela.
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  — O Bruno me pediu pra preparar um esquema de câmeras escondidas e controlar o acionamento delas quando as travessuras começassem.
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  — Travessuras?
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  — Você vai ver... — Ela disse sorrindo para Felipe e informando: — Apagando as luzes...
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  As luzes de todos os cômodos em que a festa acontecia se apagaram e as câmeras modernas de movimento captavam a galera sem entender nada.
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  — Holograma acionado.
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  Felipe assistia junto com ela ao rosto de uma espécie de inteligência artificial surgindo no meio da sala principal no andar térreo e ouviu a narração saindo de uma caixa de som, onde o monstro ali espelhado, dizia que a caçada dos mortos ia começar. Os olhos de Buffy brilhavam com a brincadeira, e Felipe achou aquilo tudo muito louco. Criativo, a cara do Bruno, e muito irado.
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  — Microfone do Bruno aberto.
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  — Por que você está falando o que vai fazer?
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  — Eles estão com escuta pra saber os passos, oras.
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  “Eles” provavelmente eram as pessoas envolvidas. Então depois do microfone aberto, Bruno narrava que as pessoas precisariam ter cuidado, pois um Serial Killer estava à solta na festa, e talvez alguns zumbis...
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  — Música. — Buffy informou.
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  “Thriller”, era um clássico e não poderia faltar, não é mesmo? A galera convidada começava a ficar mais agitada.
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  — Luzes de efeito. Pessoal, a fumaça.
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  Algumas luzes começavam a piscar nos ambientes dando aos convidados alguma visão de minuto em minuto, e a fumaça do gelo seco começou a surgir do chão. Depois, o primeiro grito soou.
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  — Que isso, cara?! — Felipe perguntou surpreso.
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  “Uma vítima fatal na cozinha”; a voz de Bruno ecoava no microfone fazendo o que seria a contagem das vítimas.
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  A partir dali, Bruno ia dando dicas de como os colegas podiam se proteger dos assassinos, e continuou-se a brincadeira de caça às cegas pela casa. Buffy fazia o controle dos efeitos especiais e câmeras, e o Felipe se divertia vendo tudo aquilo.
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  — O Bruno me pediu para te trazer comigo, porque ficou preocupado com o gatilho que você poderia ter com a brincadeira.
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  — Sério? — perguntou quando ouviu a garota dizer com tom de orgulho pela atitude do Bruno. — Escuta... Você...
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  %Laryssa% o olhou entre um atalho digitado no teclado e outro; e Felipe ficou ainda mais ansioso para beijar a garota. Seria pela aura de quem parecia uma mulher madura inteligente e ao mesmo tempo uma nerd fofa? Ou era o maldito sorriso naquela boca tão bem contornada por um batom vermelho sangue?
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  — Você pensou nisso tudo?
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  — Eu, Caio e o Bru. Ele queria muito uma atração de Halloween, e pediu pra gente...
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  — Por que vocês? Eu ‘tô percebendo que você parece dominar bem essas tecnologias.
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  — A Buffy do filme também tem uma vibe meio nerd, não acha? — Ela riu ironizando. — Eu me especializei em efeitos especiais. Sou formada em Cinema e TV, e domino algumas áreas entre roteiros e vídeos.
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  — Caramba, você é tão carismática, linda e inteligente! Você é um risco sério em “se apaixonar”.
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  — Obrigada por reconhecer. Eu também reconheço que você me parece bem mais o que o Bruno conta sobre você, do que, o que eu ouvia da Mirella.
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  — A Mirella? Ela é a sua amiga? Ela me odeia!
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  — Sabia que o Bruno e ela quase marcaram um encontro para me apresentar a você? Mas era a trabalho! Não pensa besteira!
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  Felipe riu colocando a mão na cabeça e apoiando o braço à mesa, virando-se na cadeira giratória de frente para %Laryssa%, que ainda mantinha a atenção bem dividida entre a conversa e os teclados.
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  — Eu não pensei. Mas, não seria uma ideia ruim correr o risco.
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  — Você trai? Porque, você namorava na época! E bem, para essa ideia passar na mente do Bruno...
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  — A Mirella nunca me apresentaria uma amiga se fosse para um namoro! Ainda mais se eu namorava na época.
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  — Verdade, mas você não respondeu a minha pergunta... — observou Buffy, e Felipe franziu o cenho se explicando:
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  — Se for para trair termina! Diálogo existe, se a pessoa quer ficar com outras numa relação, é melhor conversar e decidir se termina ou se abre a relação.
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  — Sei... — riu descrente, e continuou a história passada: — Ela estava reticente que eu fosse trabalhar com você na época, porque já tinha o Bruno e ela não curtia muito a forma como você tratava ele. Palavras dele.
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  — É... Eu sei... — suspirou revirando os olhos e então desconversou sobre a ex do melhor amigo, focando no que realmente o interessava: — Por que não fomos apresentados então?
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  — Consegui uma bolsa na América. Fui executar um trainee por lá.
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  — Entendi... E desde aquela época você é amiga do Bruno então. Ele me deve boas explicações! Eu não namoro mais há algum tempo e ele sabe disso, canalha!
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  %Laryssa% entendeu a indireta e sorriu. Mais algumas coisas aconteciam pela casa e ela finalizaria tudo, então pediu um tempo para Felipe, antes de terminar o já tão nítido flerte e por ela correspondido, embora talvez, ele não tivesse notado:
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  — Está acabando aqui, espere.
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  Felipe não entendeu o que exatamente ela pedia a ele para esperar. Acompanhou-a voltar a desligar alguns efeitos especiais e luzes, a fumaça de gelo seco dispersou um pouco menos pela quantidade que diminuiu, as pessoas notaram que a brincadeira acabava, e os gritos e sustos eram menores assim como a música voltava ao normal. As luzes da casa iam se acendendo e o Bruno falava alguma coisa no microfone, que Felipe não se atentou. Ele só ficava olhando para a expressão de orgulho próprio de Buffy com seu trabalho.
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  — Os vídeos da gravação ficaram muito bons! Agora é só ele editar e curtir os likes do canal dele.
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  — Essa ideia foi muito boa! O conteúdo vai ficar bem legal.
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  Buffy assentiu ainda risonha, e Felipe continuava a olhando. A troca intensa de olhares entre os dois mesclou-se a um silêncio que não era constrangedor, mas confortável.
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  — Você namora? — perguntou Felipe, de repente, puxando a cadeira dela para mais perto da sua.
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  — Não.
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  — Você e o Bruno tem alguma coisa a mais?
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  — De onde tirou essa ideia, Neto?
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  — Não me chama de Neto. Não é que eu não tenha gostado de te ouvir falando, mas cria uma distância e não é o que eu quero.
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  — Cuidado Edward, eu tenho estacas aqui... — Buffy advertiu sorrindo zombeteira e sentindo que a cadeira dele também se aproximava mais da sua. Um encarava os lábios do outro sem disfarçar.
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  — Eu sou um vampiro que brilha, acha mesmo que uma estaca funcionaria, Buffy?
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  E sorrindo, Felipe aproximou o rosto ao dela encurtando mais a distância, ainda hesitando ao ver que o sorriso continuava no rosto dela, como se a mulher lhe tirasse sarro. Seria aquilo parte de uma pegadinha e ele se desarmou daquela forma para vê-la rir e dizer que tudo era um plano do Bruno e sua festa maluca? Ele até mataria aquele moleque por tantas vergonhas já passadas numa só noite, contudo, seria pior se aquele sinal de sorriso dela fosse uma armadilha planejada como a sua fantasia.
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  — Você está me esperando responder a sua pergunta, Felipe?
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  — Eu posso te beijar?
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  — Minha nossa! Você é mesmo um vampiro que brilha...
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  %Laryssa% o zombou como se dissesse que ele era fresco até mesmo para ter atitude em beijá-la. E como se fosse ela a pessoa fantasiada de criatura sanguinária, a mulher puxou o rosto de Felipe de encontro ao seu, iniciando um beijo urgente.
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  O engraçado, é que diferente das amigas que estavam bebendo e tagarelando em sua rodinha, %Laryssa% não sentiu a menor vontade de beijar o rapaz quando o viu na festa. Não era alguém que nutria um fanatismo ou atração platônica por ele. Porém, percebeu o jeito que ele a olhava durante a festa e talvez o álcool misturado à sensação de poder que a mulher sentia quando se via sendo desejada; e claro, o fato de que conversar com ele era agradável apesar de ter sempre escutado que “o Felipe não fala, é frio e tosco”... Talvez a soma daqueles fatores tornasse o momento, um tanto quanto curioso e interessante.
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  Quando os lábios dele direcionaram-se ao pescoço dela, %Laryssa% retirou a escuta que estava em seu ouvido e desligou o dispositivo. Sentiu-se puxada por Felipe a sentar em seu colo, onde eles puderam se beijar e se pegar com mais vontade. E as coisas foram ganhando calor e desejo, mas um pouco depois, a porta do estúdio batia em murros altos os interrompendo, e Felipe praguejou com a certeza de que era Bruno. Dito e feito, quando Buffy abriu a porta.
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  — Vão para um quarto! No meu estúdio não, né! Essas porras são caras! — Bruno ria ao entrar no cômodo zombando e percebendo que Felipe poderia lhe dar um tiro, se o nome dele fosse Zambelli, é claro.
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  — Que inferno! Você veio sabendo que estávamos aqui, só pra interromper? — Felipe reclamou.
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  — Não exatamente, eu vim saber se a Buffy gravou tudo certinho e sim, eu quis te impedir de começar o que não deveria no lugar errado.
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  — Tudo certo, Bru! Agora você só tem que editar e eu vou aguardar isso sair no canal, ansiosa! Não estrague o meu trabalho tanto quanto estragou o fim da minha noite!
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  Buffy informou brincalhona, e Bruno a abraçou agradecendo. “Fim da noite”? Ela realmente disse aquilo? Por quê? Ia embora? Felipe perguntaria se não fosse o alvoroço conjunto das vozes dos seus amigos gritando pelo corredor e invadindo o estúdio. Todos estavam entrando e falando mil e uma coisas ao mesmo tempo, eufóricos, com Bruno. Marcel gritava bêbado:
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  — Bruno! O Felipe sumiu! O Felipe foi sequestrado! Alguém chama o Jarbas!
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  — Quem é Jarbas? — Moska perguntou lento e em dúvida como os restantes.
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  — Jarbas. — O eco de Victor ouviu-se entre Marcel pilhado e Moska igualmente bêbado em preocupação.
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  — Bruno, o Felipe sumiu no meio da sua algazarra! — Samanta falava menos descontrolada do que os outros, mas também estava em posse de muito álcool, não mais que Marcela que embolava a língua para dizer qualquer coisa que ninguém entendia.
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  — Será que o Jarbas levou ele pra casa?
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  — Porra Marcel, quem é Jarbas?! — Moska ria descontrolado.
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  — Pânico. — Mais um eco aleatório de Victor.
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  Felipe e Buffy um pouco atrás do círculo humano alcoolizado observavam a cena; Bruno só conseguia rir e não servia nem para apontar Felipe ali, sentado à cadeira da mesa de controle. E o influenciador também não prestava, achou divertido assistir o caos entre eles do que apenas dizer: “gente, eu estou aqui”.
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  — Esses são os meus amigos. Eu sei, é assustador e às vezes muito irritante. Mas, é divertido também... — Felipe falou baixinho para Buffy que se aproximava ao seu lado.
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  — Eles ainda não te viram. — %Laryssa% ria do Bruno dizendo que eles precisavam se acalmar porque o Felipe estava bem. — Eu tenho que ir. Foi legal te conhecer, Edward. Acho que a Buffy pode deixar ao menos um vampiro vivo, não é?
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  — Pode, porque eu nem sou vampiro de verdade. — zombou junto — Mas por que você vai embora? Eu posso te ligar ou...?
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  — Felipe! Seu canalha! Você ficou escondido enquanto a gente se cagava lá embaixo!?
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  Samanta gritou preocupada, sem se dar conta de que interrompia a conversa entre ele e Buffy, que até então, ela não havia notado.
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  — Estava tão assustador assim? — Bruno perguntou alegre.
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  — Claro que não! A gente estava se cagando de perder o Felipe, de ele ter sido sequestrado no escuro, sei lá!
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  Os amigos engataram numa conversa que nem viram Buffy sair, e o Felipe também não viu a garota atendendo o celular e saindo apressada para a porta. Caio estava ali esperando ela, os dois chamaram o Bruno num aceno. Ele foi até a porta do estúdio trocando palavras com os dois e os abraçou agradecido. Buffy acenou para Felipe, que não conseguiu a alcançar porque os amigos estavam todos em sua frente, enquanto ele tentava sair do cômodo. Chegou à porta e Bruno disse:
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  — Ela me pediu para passar o número dela pra você, se você quiser.
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  — Claro que eu quero! Mas por que ela saiu correndo assim, pelo amor de Deus!? Ela é uma caçadora e não a Cinderela!
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  — A Buffy tem um voo daqui a quatro horas pro Canadá.
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  — Ah... — assentiu.
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  Apesar de pouca intimidade e momentos trocados juntos, e apesar de nem saber se gostaria de estender aquele lance realmente para mais do que uma noite, Felipe ficou frustrado por ter acabado daquele jeito. Uma coisa ele sabia: queria ter encerrado a noite de um jeito melhor, com ela e longe da barulheira que seus amigos faziam. Sentiu-se idiota por ter perdido tempo mais cedo, e no final ter curtido tão pouco a presença da amiga do Bruno.
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  — Relaxa! Ela não achou o seu beijo ruim não. Se não ela ameaçaria a minha vida quando eu perguntei se poderia te dar o número dela.
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  Bruno riu e Felipe revirou os olhos dando um soquinho no braço do amigo. Ficou olhando para o corredor por onde a garota saiu apressada com aquele rabo de cavalo de lado, e aquela fantasia que ele nunca esqueceria, e nem o beijo. Tal como esperava vê-la de novo em breve, torcia por beijar de novo a caçadora de vampiros que aquela festa maluca o fez conhecer.
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Malfeito Feito.

  Nota de Autora: Eu estava devendo uma fanfic com o Felipe Neto há algum tempo para a minha amiga Lica, e foi assim que essa história surgiu no ano passado. Aliás, em mais de 15 anos como escritora e falando para um público feminino jovem, me assustei quando percebi que eu não havia escrito nada com influenciadores e youtubers, em todo este tempo! Enfim, eu entrego essa shortfic esperando que, mesmo quem não seja fã do Youtuber, curta a história. Espero que a narrativa tenha ficado legal, não se esqueça de comentar se você chegou até aqui! Isso me motiva muito a continuar! ♥

  PS: Será que o Marcel lê a história e conta para gente quem é Jarbas? xD Queria muito que essa fanfic chegasse no Felipe ou em algum de seus amigos só pra tirar a impressão ruim que eles tem de fanfic, e claro, saber o que eles achariam do enredo! Quem sabe vocês me ajudam com isso?

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Lelen

Gente, ainda bem que o bonito do Drácula era quem era KASPODASMDOAPSD
Não vou me importar se surgir uma continuação (podemos focar no Natal, qtal? HEHEHEH) e também se rolasse um spin-off dessa prank do Bruno, pena que não é real, porque eu muito queria ver o resultado desse vídeo kkkkkk
O que a bonita foi fazer no Canadá? Também aceito o pov dela disso tudo. Tô esperando e não tenho a menor vergonha de ficar fazendo pedidos por aí NASOIDNASOID

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Ray Dias

Leleeeeeeeeeeen! KKKKK O Drácula atacando a ansiedade do Felipe, impagável né? Nossa, mas quantas continuações huh? SUHASUAHAU Vou tentar, se sair eu mando pra você aqui no site, sem o menor problema. Não tinha pensado no spin-off dessa gravação confesso, mas se o Bruno fizesse seria um vídeo BOMBADÍSSIMO no canal dele, eu tenho certeza! (Netolab já pode me contratar de roteirista, huh)?
Sobre a ida dela pro Canadá, então… Eu tenho um enredo maior desses pps na gaveta sabe? Ela “mora” entre Canadá e Brasil, porque ela está se especializando lá. A outra história seria sobre a volta dela pro Brasil e como esse grupo se reencontrava com a Buffy depois. Mas, confesso, deixei na gaveta. kkkkkkkk Já vi que se não sair mais histórias de Felipe Neto por aqui, sempre terei a Lelen pra dizer “e aquele spin off hein?”.
Obrigada por seu trabalho de betagem e sua leitura, queridona! ♥

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