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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Gotham

Escrita porPams
Revisada por Luba

8 • Silence

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

Na manhã de quarta feira me espreguicei na cama e senti o vazio ao meu lado, o que significativa que Bruce havia ido a empresa. Levantei e caminhei até o banheiro, tomei uma ducha quente. Parei em frente ao espelho e fiquei olhando meu reflexo, por mais que houvesse um profundo silêncio entre nós duas, pois ela estava me ignorando, algo surpreendente.
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  — Selina, nós ainda precisamos conversar — disse dando um longo suspiro. — Você não pode me ignorar assim.
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  Tudo continuou silencioso até que Alfred bateu na porta.
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  — Senhora Wayne?
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  — Alfred. — Saí do banheiro enrolada no roupão de banho. — Por favor me chame de %Nalla%.
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  — A senhora prefere tomar seu desjejum no quarto novamente ou no jardim? Hoje amanheceu um pouco nublado.
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  — Pode me servir na biblioteca — respondi. — Vou descer em alguns instantes.
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  — A senhora está com o olhar triste, já tem alguns dias. — Seu olhar de preocupação era nítido. — Tem algo que posso fazer?
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  — Infelizmente não.
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  Ele deu um sorriso reconfortante e se retirou. Caminhei até o closet e fiquei olhando por algum tempo os vestidos nas araras, pensando em que roupa eu usaria no coquetel de sexta feira. Logo meu celular tocou, era uma mensagem anônima.
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  “Hello velha amiga, eu sei quem é Selina Kyle.
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  - H.”
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  Engoli seco, não entendendo, mas um pouco temerosa.
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  — H?! — sussurrei.
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  Quem seria esse H? Talvez a própria Selina pudesse ter suas desconfianças de quem pudesse ser. Respirei fundo e deixei o celular em cima da mesa, então troquei de roupa colocando um macacão de moletom preto e um all star branco, peguei o celular e coloquei no bolso, então desci para a biblioteca. Depois que tomei meu café da manhã, liguei para a senhora Barbara Kean Gordon, ela havia me convidado para o almoço com a intenção de tratarmos de assuntos do meu interesse. Fiquei um pouco curiosa e confirmei nosso encontro no restaurante Louie's in Gotham.
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  Deixei que as horas passassem. Pedi ao Alfred que chamasse um táxi para mim, antes de sair coloquei o casaco bege e peguei minha bolsa. Ainda não tinha tido nenhuma notícia do meu marido, aparentemente hoje ele iria visitar algumas fábricas como uma inspeção de rotina. Quanto a mim, precisava encontrar alguma coisa além dos livros da biblioteca, que pudesse ocupar as longas e ociosas horas do meu dia. Assim que cheguei na porta do restaurante, avistei Barbara sentada à mesa já me esperando, uma mulher muito elegante e com algumas ambições na vida, segundo ouvi o comissário Gordon dizer em uma de suas visitas.
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  — Boa tarde, senhora Gordon — a cumprimentei com cordialidades.
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  — Por favor, prefiro que me chame trate pelo sobrenome de solteira. — Ela deu um sorriso compreensivo.
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  — Ah, me desculpe. — Sentei-me um pouco constrangida.
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  Havia me esquecido que ela e o comissário Gordon estavam em processo de divórcio, pelo que me lembrava do comentário de Alfred, ele havia traído ela com uma parceira da polícia.
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  — Como está o pequeno Junior? — perguntei.
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  — Esperto como nunca — ela riu. — As crianças de hoje em dia não perdem tempo para travessuras.
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  — Imagino que não — concordei.
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  — Mas o que nos trás aqui não são notícias de minha família. — Seu olhar ficou sério, ela sabia ser uma mulher direta em seus assuntos.
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  — Diga-me então, o que trás aqui?!
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  — Independência feminina — explicou.
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  — Independência feminina. — Meu olhar curioso se intensificou. — Poderia me explicar melhor?
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  — Eu ouvi por acaso você comentando com algumas senhoras na última recepção do governador sobre sua vontade de investir em negócios à parte das Indústrias Wayne. — Seu olhar continuava fixo em mim, porém suas mão direita se movimentava pelo cardápio. — Estou certa?
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  — Sim, está. — Suspirei um pouco. — Apesar de estar casada com o herdeiro Wayne, não me sinto dona do seu império, menos ainda tenho essas ambições, possuo meus próprios projetos.
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  — Claro que você também possui o patrimônio da sua família — instigou.
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  — As empresas do meu pai estão muito bem nas mãos dos meus irmãos, não precisam de mim.
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  — Bem, soube que já fez sua parte se casando com o jovem Bruce.
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  — Aonde exatamente quer chegar com todas essas informações sobre mim reunidas? — A observei atentamente.
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  — Tenho uma proposta de sociedade, só estava curiosa para saber se poderia acreditar que realmente é uma mulher de fibra que vai ao trabalho, ou somente uma menina mimada que se esconde atrás do dinheiro dos pais. — Mais do que sincera em suas palavras.
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  — Se eu quisesse mesmo me esconder atrás do dinheiro da minha família, não teria organizado um bazar beneficente em favor do orfanato de Gotham — retruquei. — Não aceitei nem mesmo uma simples doação do meu marido.
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  — Foi um ato genuíno e de classe, o que me deixou encantada com seu caráter.
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  — Bem, o que seria esta sociedade que me propõe?
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  — Sou agora uma mãe divorciada que precisa superar as barreiras e criar o filho, você é uma recém-casada que precisa provar para Gotham que não vive à sombra de Bruce Wayne… — seu tom ficou meio melodramático. — Mas juntas podemos construir um grande império também.
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  — Que império? — perguntei.
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  — Soube por boas fontes que sempre gostou de moda, e até cursou em uma das melhores escolas de Paris. — Ela parecia saber mesmo sobre mim. — Não deveria deixar seu talento guardado.
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  — E nossa sociedade teria como foco a moda?
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  — Não somente a moda, mas a arte, não sei se sabe, mas eu já fui dona de uma galeria de arte, Gotham City's Art District, claro que muitas coisas aconteceram depois e acabou não dando certo, mas sou uma excelente mulher de negócios, com minhas habilidades, seu talento e nossa influência — seu argumento parecia plausível —, poderíamos ter uma grife de sucesso, ditar a moda em Gotham e quem sabe no país.
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  — Você me parece ter muitas expectativas sobre isso — comentei.
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  — São minhas expectativas que me motivam — disse em reconhecimento. — O que me diz?
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  — Bem, devemos então tirar essa expectativa da imaginação e transformá-las em palavras, um plano de negócios mais precisamente, aí sim podemos chegar a um nível em que poderá se concretizar — concordei ainda que indiretamente.
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  — Eu sabia que iria concordar. — Ela abriu um largo sorriso.
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  Não era exatamente uma ideia má. Era a junção do útil ao agradável, eu precisava de uma ocupação saudável e poderia voltar a minha paixão que era os croquis de moda, além de tudo, ainda ajudaria uma mulher a se reerguer financeiramente após o divórcio. Seria uma boa sociedade e eu já estava com mais expectativas fervilhando em minha mente. Depois do rápido almoço, seguimos até o escritório de um amigo do meu pai, eles nos ajudaria e entender melhor nossa ideia e a planejar com clareza e segurança. Foi uma tarde produtiva, que me levou a chegar em casa pouco antes do jantar.
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  — Boa noite, Alfred — disse ao entrar na mansão.
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  — Ah, patroa %Nalla%. — Ele veio me recepcionar. — Que bom que retornou em segurança.
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  — Sim, minha tarde foi um pouco movimentada — comentei. — Mas o que houve? Que olhar preocupado é esse?
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  — Acabaram de falar no noticiário que ocorreu um ataque a um dos laboratórios das Indústrias Wayne — explicou ele. — Exatamente no momento em que o patrão Bruce estava fazendo sua visita.
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  — Ele está bem? — perguntei já me dirigindo a biblioteca.
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  — Sim, senhora %Nalla%. — Alfred veio me seguindo. — Ele ligou para saber se estava tudo bem com a senhora.
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  Eu me aproximei da estante e retirei o livro que abria a porta, então esperei até que abrisse. Por mais que tivesse prometido não invadir aquela parte do mundo sombrio do Bruce, eu precisava ver com meus próprios olhos.
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  — Bruce — o chamei descendo as escadas para a caverna.
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  — %Nalla%? — Ele já estava vestido com seu traje, próximo ao computador com uma pasta nas mãos. — O que faz aqui?
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  — Eu precisava… — me aproximei dele.
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  Aquela era a minha segunda vez naquele lugar, não havia observado anteriormente a grande tela que mostrava as imagens fixas enviadas do computador. Olhei de relance para as duas prateleiras de ferro com suas armas, até que meu olhar encontrou o dele.
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  — Precisava? — indagou ele.
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  — Precisava te ver — completei. — Por mais que Alfred dissesse que estava bem, eu precisava te ver.
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  Não deixava de ser verdade. Ele sorriu de canto e me beijou de leve, era estranho por ele estar com sua roupa de homem morcego.
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  — Não vai hoje — pedi insegura no que poderia acontecer. — Por favor.
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  — Preciso saber quem foi que provocou a explosão. — Ele segurou em minha mão com carinho. — O comissário Gordon vai me ajudar na investigação.
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  — Só desta vez, não pode mesmo deixar com os policiais?
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  — Hoje foi comigo, amanhã podem tentar algo contra você — esse era seu único argumento.
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  Então me lembrei da mensagem em meu celular, pensando se deveria ou não contar a ele, talvez pudesse ter alguma ligação.
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  “Você não vai dizer” — ouvi a voz de Selina em minha mente — “Esse é o nosso segredo.”
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  — Agora você aparece — sussurrei.
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  — O que disse? — perguntou ele.
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  — Nada, apenas tome cuidado.
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  Se aquela mensagem era problema da Selina, ela que resolveria então.
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  A quinta se passou sem grandes notícias. Finalmente sexta à noite, meu marido teve que parar sua incansável investigação para estar ao meu lado no comentado coquetel beneficente oferecido por Thomas Elliot. Que parecia aguardar ansioso nossa chegada, na porta de entrada de sua casa na parte nobre de Gotham.
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  — Tommy. — Eu o abracei no impulso, pois o considerava um amigo de infância. — Que bom vê-lo novamente.
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  — Digo o mesmo, %Nalla%, ou melhor, senhora Wayne. — Eu percebi uma olhar cruzado dele para Bruce ao meu lado.
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  Ambos não se davam bem, mas não sabia que era para tanto.
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  — Sim — confirmei ao segurar na mão de Bruce.
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  — Que surpresa seu retorno a Gotham, Dr. Elliot, o prodígio de Harvard.
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  — Bem, agradeço o elogio, Bruce, não é sempre que se torna um cirurgião renomado antes dos 30 — brincou ele. — Mas deveria ter feito como você, assim agora estaria casado com uma bela e fascinante mulher.
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  Eu senti uma certa fúria crescer ao meu lado, então apertei minha mão na dele.
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  — Tenho certeza que você ainda tem tempo para encontrar o amor da sua vida — intervi quebrando a tensão. — Afinal, como disse, ainda nem chegou nos 30.
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  Nós dois rimos, porém Bruce continuou sério, mantendo seu olhar nele.
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  — Sejam bem-vindos e aproveitem a noite. — O olhar sarcástico dele estava tão afiado quanto o tom de sua voz.
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  Talvez seus comentários tivessem mesmo o propósito de atacar Bruce indiretamente, e se fosse mesmo isso, havia conseguido sem muito esforço.
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  — Você não consegue disfarçar? — perguntei assim que nos afastamos e entramos mais na casa, para chegar ao jardim.
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  — Eu não gosto dele, Gotham inteira sabe disso, estou aqui por que sei atuar — um leve tom irônico fluiu em suas palavras.
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  Respirei fundo não me deixando levar por seu ciúme bobo.
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  — Que tal irmos cumprimentar o prefeito Cobblepot? — sugeri quase o puxando comigo.
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  Ele assentiu ainda relutante. Não estava com a intenção de passar a noite ao lado do ciúmes em pessoa, então assim que o comissário Gordon se aproximou, saí estrategicamente, o deixando com os cavalheiros. Para minha surpresa, encontrei Barbara no coquetel, que após uma trégua, aceitou o convite de ir acompanhando seu futuro ex marido.
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  — Veio socializar? — brincou ela.
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  — Como disse, não quero estar à sombra de Bruce — respondi. — Há várias mulheres interessantes aqui que podemos conhecer e analisar, não quero ficar seleta a um público alvo só, mas se temos que começar de algum lugar, que seja as socialites de Gotham.
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  — Muito bem pensado.
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  Talvez uma noite que pudesse ser tediosa com o mau humor de Bruce, começou a se reverter a meu favor. Um coquetel razoável contendo as pessoas mais influentes e ricas de Gotham, é claro que alguma coisa poderia acontecer.
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  — Que mulher pensativa — comentou Thomas ao se aproximar de mim.
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  — Só estou me lembrando de alguns momentos da infância — expliquei mantendo meu olhar no quadro que estava na parede central da sala. — Me lembro da primeira vez que vim aqui, antes de mudar para Metrópolis.
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  — Eu e bruce não fomos cavalheiros com você — reconheceu ele.
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  — Não, não foram — concordei. — Acho que só tenho duas lembranças com vocês, não três, me lembro de ter ido ao enterro dos pais do Bruce.
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  — Sim… Mas acho que se tivesse continuado em Gotham, teríamos sido muito amigos.
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  — Mas eu te considero um velho amigo de infância, apesar de ter jogado… O que era mesmo aquela gosma que jogou no meu cabelo?
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  — Nem me lembro mais.
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  Nós começamos a rir.
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  — Mas quem diria que cresceríamos e você se casaria com o Bruce, o maior playboy da cidade. — Conseguia sentir seu olhar em mim.
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  — Não posso negar que nosso casamento inicialmente foi de um acordo entre famílias, mas agora… — minha voz continuava suave, e flashes começaram a vir na minha mente.
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  — Agora está apaixonada pelo Wayne.
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  — A vida tem seus surpresas. — Voltei meu olhar para ele e sorri.
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  — É uma pena que nem sempre são boas. — Ele tocou de leve em minha face.
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  E antes que eu pudesse reagir ou me afastar, Thomas me beijou. Eu ergui minha mão para afastá-lo, porém Bruce o puxou e socou sua cara antes, derrubando-o no chão.
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  — Bruce. — Eu o segurei no impulso.
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  — Então é assim? — Ele me olhou como se estivesse decepcionado.
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  Eu estava indignada demais com seu olhar para mim para retrucar e iniciar qualquer discussão. Saí correndo da casa de Thomas sem direção, entrei e saí de ruas que não conhecia e nem imaginava que existiam em Gotham, até que virei em um beco qualquer e senti estar sendo seguida por alguém. Meu coração acelerou no desespero.
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  — Ora ora… Se não é a senhora Wayne — disse um homem saindo da sombra e aparecendo em minha frente.
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  — Me desculpe, mas está me confundindo com alguém — disse tentando me esquivar dele, sem sucesso. — Por favor, me deixe passar.
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  — Que isso, só queremos nos divertir um pouco. — Outro homem apareceu atrás de mim e tocou em meu cabelo. — Você não quer se divertir com a gente?
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  — Não — sussurrei já quase entrando em pânico.
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  “Selina, por favor…” — pensei pedindo socorro.
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  Eu nem precisei continuar a frase. Senti meu corpo reagir de forma involuntária àquele homem e dei uma cabeçada nele seguida de um chute, o homem da frente se moveu para me agarrar e me abaixando usei sua altura a meu favor o fazendo tropeçar no seu companheiro. Olhei para o chão e propositalmente uma garrafa de vidro estava ao lado do latão de lixo como se me esperasse, sem pensar em mais nada peguei e quebrei na cabeça de um deles que caiu desmaiado, enquanto o outro saiu correndo.
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  Um som de aplauso surgiu no lado escuro. Eu não me importava mais quem pudesse ser, meu corpo se moveu contra a pessoa, trocamos alguns movimentos loucos de luta até que ergui minha perna direita e encaixei perfeitamente meu sapato em sua garganta, prendendo-a contra parede.
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  — Ok, você ganhou — disse a voz, que era feminina. — Selina… Você ganhou, me solte.
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  Meu corpo estremeceu de leve.
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Selina Kyle

  — Selina?! Por favor, está me enforcando — suplicou a mulher.
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  Mantive-me como estava e arrastei seu corpo pela parede até chegar a um feixe de luz.
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  — Ivy? — a reconheci e logo me afastei a soltando. — O que faz aqui?
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  — Nossa. — Ela tossiu um pouco, recuperando a estabilidade. — Você ainda está em forma.
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  — Do que está falando? — Mantive-me na parte escura, não queria que ninguém me visse.
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  — Pode fingir para todos, mas não para sua melhor amiga — retrucou ela. — Senhora Wayne.
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  — Repete isso e será enforcada por suas plantas — a ameacei.
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  — Nossa, não precisa exagerar. — Ela riu e retirando uma máscara do bolso. — Coloque.
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  Respirei fundo e peguei a máscara, colocando em seguida.
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  — O que faz aqui? — perguntei.
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  — Não vai agradecer? — perguntou ela.
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  — Você já me deve muitos favores, considere menos um na conta, agora responda.
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  — Nossa, está mais amarga que nunca — brincou soltando uma gargalhada boba. — Eu estava negociando com um cliente que queria dar férias ao pai, quando vi você passar correndo, sabia que tinha algo errado quando virou neste beco sem saída, afinal você conhece as ruas de Gotham melhor que a polícia.
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  — Isso é verdade — tive que concordar.
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  Conhecia a cidade melhor até que o morcego.
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  — Então, fiquei no canto esperando até que reagisse e batesse neles homens fedorentos — continuou. — Você demorou hein, amiga.
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  — Estava dormindo — expliquei.
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  — Então é real, você e ela são pessoas diferentes. — O olhar de espanto estava estampado nela. — Que loucura.
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  — Uma loucura que você vai guardar a sete chaves e não perderá nenhuma.
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  — Claro que não, eu prezo nossa amizade, se estou livre daquela prisão é graças a você, e jamais a trairia.
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  — Bom saber. — Cruzei meus braços avaliando seu olhar.
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  Eu sabia quando Ivy mentia para mim.
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  — Ah, uma novidade, agora todos me conhecem como Hera Venenosa — comentou ela com ar de conquista.
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  — Para mim, continuará sendo a mesma Ivy boba e fascinada de sempre. — Eu ri da careta que ela fez. — E por falar nisso, cuidado com o patrulheiro da noite — disse me referindo ao Batman. — Não estamos muito bem ultimamente, se ele te pegar não poderei ajudar.
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  — Pode deixar, meus negócios são discretos e sem rastros — garantiu.
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  — Assim espero. — Encostei-me na parede e olhei para a início do beco. — Por que mandou aquela mensagem? Eu deveria saber que aquele H era coisa sua.
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  — H? De que mensagem está falando? — ela riu.
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  — Não tem graça, eu sei que foi você, %Nalla% pensou que pudesse ter ligação com a explosão do laboratório das Indústrias Wayne.
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  Ela deu um salto e subiu na escada do prédio, se sentando nela.
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  — Como eu disse, não tive nada a ver com isso — repetiu pela milésima vez.
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  — Eu sei.
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  — Mas, andei ouvindo algumas coisas sinistras no beco do crime — comentou. — Envolvendo seu amigo Hush.
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  — O que o Hush está fazendo? — perguntei.
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  — Ele quer a todo custo descobrir quem é o Batman, ele sabe que você viu o rosto do morcego.
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  — Parece que Gotham inteira sabe disso.
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  — A culpa é do Dimitri, que saiu espalhando para todos, quando me lembro do que aconteceu com ele, fico até feliz.
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  — Que mulher vingativa.
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  — Ele colocou a minha cabeça a prêmio, não se lembra? — a olhei séria.
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  — Bem, Hush não vai descansar até descobrir. — Ela tinha razão. — Então, tome cuidado.
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  — Eu sei, e por isso, preciso de outra roupa — pedi. — Pois essa é da %Nalla% e será vista por todos nos jornais de amanhã.
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  — Vai deixar ela jogada nesse beco?
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  — Talvez, seria um ótimo susto para seu marido — eu ri.
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  — Se não for muito desconforto, tire o vestido e vem comigo, tenho um lugar aqui perto que vai gostar de passar a noite — disse ela.
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  Assenti sem o menor pudor e a segui pelos dutos do esgoto, fazia tempos que não passava por caminhos tão “tortuosos” assim. Chegamos a uma velha loja de ferramentas que pelo que me lembrava, tinha pegado fogo ano passado, e ninguém requereu o imóvel. Entramos e Ivy me guiou até uma porta que dava para um porão subterrâneo.
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  — Nossa — disse após terminar de descer as escada e me surpreender com o lugar luxuoso e limpo que encontrei. — Por esse não esperava.
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  — Achou o quê? — ela riu de mim. — Que eu vivia mesmo no esgoto?
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  — Não exatamente — ri junto. — Preciso de um banho.
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  — Segunda porta á direita — direcionou.
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  Seu banheiro também era bastante confortável, me lembrava o da mansão. Fiquei alguns minutos em sua clássica banheira vitoriana, aproveitando da água quente até meu corpo relaxar. Quando saí enrolada no roupão de banho, reconheci peças de roupas minhas em cima do sofá.
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  — Onde achou isso? — perguntei.
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  — Esqueceu que deixou algumas roupas suas comigo antes da sua viagem de férias?
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  — Verdade.
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  Tinha me esquecido de muitos detalhes de antes do casamento.
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  — Selina. — Ela me olhou séria.
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  — O quê?
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  — O que eu te disse foi sério, não foi eu quem te mandou aquela mensagem. — Seu olhar estava fixo em mim e sincero.
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  — Se não foi você… Quem é o outro H?
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  Somente um nome vinha em minha mente… Hush.
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"Enquanto a noite me cega
Você entra novamente sem ser notada."
- Obsession / EXO

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