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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Gotham

Escrita porPams
Revisada por Luba

4 • Hate That I Love You

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Acordei sentindo uma dor estranha em meu corpo, assim que abri meus olhos e me deparei que estava sentada na poltrona da biblioteca, me lembrei que havia pegado no sono em local inapropriado.
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  — Não acredito que dormi aqui — sussurrei para mim mesma me levantando. — Acho que estou sentindo as consequências disso.
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  Olhei para o chão e peguei o livro que havia caído de minha mão enquanto dormia, dei alguns passos até a estante para colocar o livro no lugar. Assim que peguei um dos livros para deslocar para o lado, ouvi um barulho estranho de algo destravando e uma fresta se abriu entre as prateleiras.
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  Eu coloquei meu dedo de leve e puxei, descobrindo ser uma porta escondida, de início eu não entendia o que era, mas adentrei me deparando em um estreito corredor que dava a uma escada ainda mais estranha. Desci as escadas silenciosamente, até que comecei a ouvir algumas vozes, reconhecendo de imediato.
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  — Ela estava aqui — disse Bruce ao se aproximar de uma mesa. — Não sei como conseguiu sair sem que eu visse.
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  — Patrão Bruce, aconteceu algo entre vocês dois?
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  Bruce ficou em silêncio por um tempo, até que seu olhar se desviou para minha direção, eu estava um pouco estática ao ver e ouvir aquilo. Quem seria essa de quem falavam? Quem era ela? Bruce estava me traindo?
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  — O que é tudo isso? — perguntei descendo o último degrau vendo todas aquela coisas que compunham o lugar.
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  — %Nalla%. — Bruce se afastou da mesa e veio em minha direção.
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  — Se afasta de mim — disse esticando minha mão. — Você…
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  Eu olhei para todo o lugar, tentando não ficar desnorteada, mas não tinha outra explicação para o que eu estava vendo. Havia uma caverna embaixo da mansão da família Wayne e nesta caverna tinha um segredo, agora algumas coisas começavam a fazer sentido para mim.
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  — Me deixe explicar, por favor. — Ele deu mais um passo.
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  — Não — gritei recuando um pouco. — Não há o que explicar.
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  Desviei meu olhar para o lado, vendo todos aqueles uniformes do Batman, meus olhos percorreram novamente as ferramentas que estavam no chão, até chegar no batmóvel. Eu me lembrava daquele carro, o tinha visto várias vezes nos jornais e na televisão, parecia surreal, mas estava confirmado que meu marido Bruce Wayne era o Batman. Estava ainda mais confusa naquele momento. Será que Bruce aproveitava sua vida noturna de herói para conhecer outra mulheres?
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  Eu segurei as lágrimas, não sabia o que sentir naquele momento. Me virei para trás e subi as escadas correndo, passei pela biblioteca e segui em direção ao meu quarto. Minha mente estava fervendo de perguntas e questionamentos, principalmente sobre a tal mulher da qual falavam.
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  — %Nalla% — disse Bruce ao bater na porta. — Abra, por favor, vamos conversar.
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  — Não temos nada para falar. — Desviei meu olhar para a janela respirando fundo, tinha deixado a porta trancada — Me deixe sozinha.
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  — Eu preciso me explicar — insistiu ele.
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  — Meus olhos já viram tudo — gritei me virando para a porta do banheiro.
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  Eu não queria mesmo vê-lo naquele momento, estava me sentindo traída e enganada, não sabia se estava com mais raiva por ele ser o Batman, ou por ter me enganado tão bem. Entrei no banheiro e me joguei na banheira cheia de espumas, precisava relaxar meu corpo e minha mente.
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  O tempo foi passando comigo trancada no quarto, a maior parte fiquei sentada ao lado da janela de roupão, pensando em tudo que tinha acontecido naqueles últimos dias. O que me fez pensar na noite que Bruce chegou em casa machucado, certamente não era um assalto a ele e sim a outra pessoa.
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  Suspirei cansada voltando para o closet e coloquei roupas mais confortáveis, acho que estava pronta para abrir a porta. Assim que abri, Bruce estava encostado na parede de braços cruzados, com seu olhar fixo em minha direção.
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  — %Nalla%… — se pronunciou ele descruzando os braços.
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  — Se for para negar o que meus olhos viram, nem comece a falar — alertei mantendo minha voz baixa, porém firme.
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  — Não vou, o que você viu é real. — Ele deu dois passos até mim. — Aquele é o motivo para eu não comparecer ao jantar, chegar sempre de madrugada.
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  — Quem é ela? — perguntei — Eu ouvi você falando com o Alfred sobre alguém, era uma mulher?
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  — Sim — assentiu ele.
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  — Quem? — insisti.
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  — Alguém que me ajudou uma vez e eu ajudei ontem — explicou ele superficialmente.
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  — E você a levou para a caverna?
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  — Sim, ela havia se ferido. — Ele desceu seu olhar. — O que aconteceu com sua boca?
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  — O quê? — perguntei sem entender.
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  — Sua boca está machucada. — Erguendo sua mão ele tocou em meus lábios. — O que aconteceu?
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  — Eu escorreguei no banheiro — respondi me afastando dele. — Não mude de assunto, eu ainda não voltei a confiar em você.
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  Me desviei dele e segui em direção as escadas, assim que entrei na cozinha, Alfred estava preparando uma bandeja de café, provavelmente para mim.
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  — Senhora %Nalla%, eu já ia levar seu café — explicou ele pegando a bandeja.
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  — A quanto tempo você sabe, Alfred? — perguntei tentando não ficar com raiva dele, ele era uma pessoa legal.
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  — Desde o início, senhora. — Ele colocou a bandeja sobre a mesa e se aproximou de mim. — Me desculpe por não ter dito nada antes, mas eu não poderia contar um segredo que não é meu.
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  — Eu entendo os seus motivos. — Me sentei na cadeira suspirando um pouco.
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  — Que bom. — Ele parou ao meu lado. — Eu peço que entenda os motivos do patrão Bruce, vocês são casados a pouco tempo, se ele manteve isso em segredo era para a proteção da senhora.
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  — Estou tentando levar por esse lado. — Eu o olhei. — Mas preciso de tempo para digerir tudo isso.
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  — Se precisar de algo, basta chamar.
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  Assim com um sorriso e desviei meu olhar para a bandeja, estava me decidindo se iria ou não comer, estava com a sensação de ter perdido a fome.
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  Horas depois, no meio da tarde, recebi uma visita inesperada, era um repórter do jornal Planeta Diário, chamado Clark Kent, que estava ali para me entrevistar sobre o bazar beneficente que a empresa do meu pai estava organizando em Metropolis. Eu não consegui prestar muita atenção nas perguntas, e na maioria delas dei respostas rápidas e curtas.
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  Aquele bazar era alvo de dois interesses: o do meu pai de fazer o marketing de suas empresas naquela cidade e do meu interesse, que pegaria toda a quantia arrecadada para doar aos dois orfanatos de Gotham. E como eu era a esposa do bilionário Bruce Wayne, o jornal Profeta Diário não poderia deixar passar uma matéria dessa.
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  — Senhora Wayne — disse o repórter. — Como a senhora vê seu projeto social vinculado a imagem da empresa do seu pai?
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  — Como deveria ver? — O olhei sem entender. — Instituições privadas tem a total liberdade para apoiar este projeto e ajudar a divulgá-lo, pertencendo ou não ao meu pai.
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  — O mesmo vale para as Indústrias Wayne?
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  — Sim, provavelmente vão apoiar a causa.
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  — E quanto aos orfanatos, a senhora conhece as crianças de lá?
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  — Sim, conheço cada uma.
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  — O que levou a senhora a querer ajudar essas crianças?
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  — Eu tive uma amiga de infância que cresceu em um desses orfanatos.
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  Já estava até imaginando o título da manchete: “Pai ganancioso promove empresa às custas te boa ação da filha.” Jornais são realmente sensacionalistas. Soltei um discreto suspiro de alívio quando a entrevista acabou e o repórter foi embora.
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  — Está tudo bem? — perguntou Bruce ao entrar na sala.
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  — Agora sim — disse voltando meu olhar para a xícara de café. — Nunca vi alguém tão desastrado quanto esse repórter.
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  — Qual o nome dele?
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  — Clark Kent, eu acho — sibilei um pouco. — Estranho que a voz dele me pareceu familiar.
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  — Você acha? — Bruce agiu com naturalidade. — Talvez tenha esbarrado nele em Metropolis e não se lembra.
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  — Talvez. — Eu me levantei do sofá.
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  — Posso te fazer uma pergunta?
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  — Sim.
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  — Ainda está zangada comigo? — perguntou ele com ar de receio.
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  — Talvez. — Eu me virei em direção as escadas e subi até meu quarto.
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  Ao final da tarde, Bruce bateu de leve na porta do meu quarto, após um silêncio de minha parte, ele disse que estaria na biblioteca se caso eu quisesse conversar com ele, prometendo não sair naquela noite.
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Selina Kyle on

  Eu ainda me lembrava da noite passada de forma vívida e prazerosa, porém apesar de tudo ter acabado bem, eu ainda estava com raiva por ter sido atraída para uma armadilha. Eu não costumava me vingar de ninguém, mas Dimitri merecia algo a altura do que ele tinha feito comigo.
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  — Perdoe-me, pois eu pecarei — sussurrei olhando para a cruz que estava no altar da igreja.
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  Eu estava no mezanino do salão onde celebrava a missa, saí dali e fui para o telhado da igreja, olhei para o céu e o símbolo do Batman já estava iluminando o céu, era sinal de que alguém já estava rondando pela cidade. Eu me sentei no beiral do telhado da igreja e fiquei olhando para o céu, estava deixando que ele viesse até mim.
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  — Ando me perguntando sobre como você conseguiu sair sem que eu a visse — disse ele ainda nas sombras.
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  — Gatos são silenciosos — disse me virando e levantando.
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  — Você leva isso muito a sério — disse ele saindo do escuro e aparecendo em minha frente.
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  — Acredite, eu já tive sete vidas — expliquei.
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  — E agora tem quantas? — perguntou ele.
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  — Apenas duas, por assim dizer.
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  — Quem realmente é você? — insistiu ele.
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  — Você está mesmo me fazendo essa pergunta? — retruquei dando alguns passos até ele.
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  — Só quero confirmar algo. — Ele se manteve parado.
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  — Sabe de uma coisa, acho que nossa história merece ficar um pouco equilibrada. — Eu elevei minha mão até minha máscara. — Assim como eu sei quem é você, acho que merece saber quem sou eu.
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  Retirei minha máscara lentamente para ele, consegui perceber seu corpo paralisado, seus olhos fixos em mim e sua respiração descoordenada.
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  — %Nalla% — sussurrou ele. — Não.
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  — Sim e não — disse tranquilamente. — Mesmo sendo ela por fora, existe outra pessoa aqui, pode me chamar de Selina Kyle.
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"Isso é o quanto eu te amo,
Isso é o quanto eu preciso de você,
E eu não suporto você,
Tudo o que você faz me faz querer sorrir,
Eu posso não gostar de você por um instante? (Não)."

- Hate That I Love You (feat. Ne-Yo) Rihanna

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