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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

30 • The End?

Tempo estimado de leitura: 29 minutos

Conte-me seu desejo.
Conte-me esse pequeno sonho que você tem dentro de você
Desenhe a pessoa ideal que você tem dentro da sua cabeça
E então olhe para mim, eu sou sua.
- Genie / Girls' Generation

  - %Violet%

  Eu ainda estava estática com toda a história que %Milla% havia me contado sobre o passado de sua família. E pensar que recentemente eu achava minha vida um caos e minha família repleta de hipocrisias e mentiras, entretanto, sempre dá para piorar. E meu pós briga familiar seguia delicado, traumático e silencioso, principalmente após minha decisão de sair de casa, e passar meus dias de adaptação a nossa realidade no apartamento do Matt. Felizmente, tinha meu irmão para me dar apoio e abrigo político, já que minha decisão final acadêmica resultou na transferência de Paris para o Donatelli Culinary Art Institute, o melhor de todo o país. Bastou apenas uma carta indicação direta do meu amigo cozinheiro, após nossa empolgante descoberta sobre minha aptidão para a área de confeitaria.
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  — Toc, toc… — disse ao bater na porta de acesso dos funcionários da cozinha.
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  Como de costume, %Joseph% já estava concentrado na lista de cardápio do dia, certamente já avaliando o cronograma de atividades diárias de seu restaurante. Sexta-feira era o dia de maior movimento e lá estava eu, pronta para acompanhar a rotina de Franklin, o confeiteiro chef responsável pelas sobremesas famosas do restaurante.
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  — %Violet%. — Ele voltou sua atenção para mim, pouco surpreso em me ver. — O que faz aqui?
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  — Hum… Você esqueceu do nosso combinado? — Tombei a cabeça estranhando sua falha de memória.
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  — Ah, me desculpe, fiquei tão distraído com os problemas do restaurante que me esqueci. — Ele sorriu meio sem graça. — Frank ainda não chegou, para ser honesto, está um pouco cedo para os cozinheiros chegarem.
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  — Eu sei. — Ri de leve, me aproximando dele atenta às folhas em cima da bancada. — E já imaginava que estivesse aqui na cozinha dos sonhos.
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  — Como já te disse, essa cozinha é minha segunda casa — afirmou ele, soltando um suspiro fraco.
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  — Mas você não parece animado para cozinhar hoje… E não é por problemas jurídicos com o restaurante — analisei seu olhar baixo e triste. — Eu te vi na clínica… %Milla% me contou que a dra. Charlot é sua mãe, sobre como ela tem ajudado muito com… Tudo.
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  — Sim. — Assentiu ele, voltando o olhar para as folhas. — Mas não quero falar disso, não quero estragar o jantar.
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  — Não precisa me responder se não quiser, mas… Você gosta da %Milla%? — indaguei curiosa.
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  Desejava a felicidade da minha amiga.
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  E se ele gostasse da Allison, tudo iria pelo ralo.
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  — O que você acha? — Ele me olhou de volta, com uma ponta de brilho nos olhos extremamente significativa ao meu ver.
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  — Que se pensar nela hoje à noite, será o melhor jantar de todos. — Joguei minha suposição no ar, arrancando um sorriso disfarçado dele, em meio àquele semblante sereno e sutil.
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  Mais uma vez, me diverti muito acompanhando toda a movimentação daquela cozinha, porém, sempre focada na bancada das sobremesas. A parte positiva da experiência, é que pude ver toda a prática antes da teoria, assim, mesmo diante das situações difíceis, não iria desistir com facilidades diante dos desafios. E mesmo estando nas primeiras semanas de aula de uma graduação que levaria quatro anos de dedicação da minha vida, já projetava em minha mente, no futuro, uma possível abertura da minha própria pâtisserie ou boutique de tortas e biscoitos.
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  As semanas que seguiram, tentei ao máximo manter minha mente ocupada de pensamentos inoportunos, sempre me desviando das postagens da G’G, também. E quanto mais dias passavam, mais pareciam estranhos, vazios e monótonos, me fazendo sentir solidão em meio às pessoas que me cercavam. Como se algo estivesse faltando em minha vida, faltando em Manhattan. E esse algo tinha nome e sobrenome: %Lance% Village. Desde o nosso casamento ele não havia retornado a Manhattan, por uma decisão repentina mudou-se para Vegas e sob a aprovação de seu pai e todo o corpo de acionistas, tornou-se o responsável geral pelos hotéis Royal da região.
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  — Hum… — Olhei para o celular, assim que retornei do closet.
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  O céu curiosamente estava nublado naquela manhã, com um toque de brisa gelada, mesmo não havendo rumores de chuva na previsão do tempo do dia anterior. Mantive o olhar na tela acesa, a última mensagem que tinha recebido de %Lance% foi no dia seguinte ao nosso casamento, perguntando se eu estava bem. Fico me perguntando como a G’G conseguiu descobrir sobre o matrimônio, e só de lembrar como todos ficaram surpresos e ao mesmo tempo estáticos com a notícia. Nem sei como Matt lidou da forma mais pacífica e tranquila de todas, talvez por suas muitas experiências com as mulheres mais velhas de Harvard, seu olhar para relacionamentos entre pessoas de personalidades divergentes tenha se expandido. Me afastei da janela e caminhei até a cama, me sentei na beirada e fiquei olhando as postagens recentes do blog da G’G.
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  Ela é a única que teria informações do sedutor Village.
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  “Já está a caminho de Vegas?”

  Logo a mensagem de %Milla% invadiu a tela do meu celular.
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  “Não me pressiona.”

  “ %Violet%?!”

  “Ainda estou pensando sobre meus próximos passos”

  “então desistiu de ser uma mulher casada?”
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  “não sei dizer.
  não acha que sou muito jovem para estar casada?”

  “não…
  e já quero os herdeiros para ser a tia babona
  kkkkkkkk”
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  Revirei os olhos.
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  “e você? já foi se refugiar no apartamento do %Joseph%?
  a G’G te flagrou pegando carona em uma moto misteriosa outro dia”

  “foi apenas uma carona”
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  “sei.
  e foi com ele?”

  “…”

  Eu ri de leve e deixei o celular em cima da mesa de cabeceira, me espreguiçando um pouco em direção ao banheiro, talvez um banho de espumas e algumas experiências de confeiteira na cozinha do apartamento pudessem me distrair um pouco. As horas foram passando comigo forçando uma concentração impossível na cozinha, pois meus pensamentos seguiam mais fortes do que poderia imaginar, tanto que nem mesmo me toquei que havia trocado o pote de açúcar refinado pelo de sal. O pior erro de um confeiteiro e já estava na terceira tentativa de uma simples massa de cookie que havia aprendido com Franklin; e foi neste momento que entendi o óbvio. A imagem do olhar de %Lance% fazia meu coração acelerar automaticamente, uma brisa, um arrepio no corpo, mesmo não sabendo ao certo como definir, eu tinha que me decidir de uma vez por todas.
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  — Droga… — sussurrei para mim mesma ao soltar um suspiro fundo. — Pare de se enganar, %Violet%… Você o ama.
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  Retirei o avental, o deixando em cima da bancada e corri até o quarto, peguei minha bolsa e conferi meus documentos dentro da carteira e retornei à sala. Chaves nas mãos e a única coisa que faltava era a coragem para continuar em direção à minha escolha. Nem mesmo liguei para roupas e malas, nada que pudesse me fazer pensar ou refletir, se demorasse mais um pouco, correria o risco de perder a coragem que demorou para encontrar e desistir no meio do caminho. Então, segui de táxi até o aeroporto e por sorte ainda tinha um lugar no avião que seguia para Vegas, o lugar em que precisava estar naquele momento.
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  E por qual motivo, um voo de quarenta minutos parece durar uma eternidade? E foi esta a sensação até que finalmente o avião aterrissou e pude pegar outro táxi até meu destino final.
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  — Senhora Village — disse Lilly ao me cumprimentar na recepção do Hotel Royal, com o olhar visivelmente surpreso.
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  Senhora Village? Fiquei estática por um tempo, tentando absorver aquelas palavras.
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  — Boa noite, Lilly — disse, respirando fundo e tentando lidar com o pronome: senhora.
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  — Veio ao encontro do senhor Village? — perguntou ela, atenta à minha resposta. — A senhora possui um motorista à sua disposição para qualquer ocasião, poderia ter nos ligado assim que chegou.
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  — Bem eu... — Respirei fundo me recompondo. — Digamos que minha vinda à Vegas não estava no planejamento, porém, aqui estou e… O senhor Village? Onde posso encontrá-lo?
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  — Ele está em uma reunião no momento — disse ela, prontamente. — Mas posso acompanhá-la até sua suíte.
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  Ela apontou para o elevador que espantosamente abria as portas no mesmo instante.
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  — Agradeço. — Assenti de imediato seguindo em frente.
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  Lilly era uma mulher bonita, discreta e, nas palavras de %Lance%, muito eficiente. Sendo considerada a melhor gerente de um hotel Royal, ficando atrás apenas da Isla de Manhattan. Não consegui evitar pensar sobre todos os segredos que ambas gerentes sabiam sobre a família ou o próprio %Lance%. Seu passado era recheado de escândalos e aventuras sexuais das quais, a maioria, elas certamente ajudaram a encobrir. E este era o passado que eu deveria me esforçar para não me importar, apenas deixá-lo distante da nossa realidade atual. Permaneci em silêncio no caminho, ainda reflexiva mesmo desejando fazer algumas perguntas à ela, principalmente sobre a conduta de %Lance% durante todas essas semanas distante de todos.
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  Entretanto, minha coragem não chegava a este nível.
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  — Quando eu preciso da minha gerente, tenho que buscá-la em minha suíte? O que faz aqui, Lilly? — %Lance% entrou no quarto com alguns papéis nas mãos, concentrado em sua funcionária.
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  — O senhor tem visita — disse ela com tranquilidade, apontando discretamente para mim.
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  — %Violet%?! — Ele me olhou surpreso, pareceu engolir seco.
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  Talvez por nunca esperar me ver ali. E de certa forma, considerando minha timidez e todo meu histórico sentimental, a %Violet% do colegial jamais estaria ali. Mas também, olhando pelo ângulo correto da situação, certamente ela também nunca teria se embebedado com o libertino da turma e se casado de verdade em Vegas.
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  — Vou deixá-los à sós. — Ela pegou os papéis da mão dele. — Deixe que resolverei isso para o senhor.
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   %Lance% assentiu para ela com o olhar, então o voltou para mim, permanecemos em silêncio até que Lilly se retirou do quarto, fechando a porta. O olhar confuso e curioso de %Lance% para mim era nítido, o que me deixava um pouco mais nervosa e ansiosa por estar ali.
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  — Em que posso te ajudar? — Contudo, seu rosto permaneceu inexpressivo, com as mãos nos bolsos da calça.
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  — Acha que vim aqui só para te pedir uma ajuda? — perguntei admirada com sua reação inicial, dando alguns passos até ele.
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  — Não é somente para isso que eu sirvo? Um ombro amigo? — O tom áspero e o olhar avaliativo, nem mesmo parecia o amor que me apoiou nos momentos difíceis.
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  — Hum… — Mantive meu olhar firme, tentando lidar com minhas confusões internas diante daqueles olhos frustrados.
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  Ele ainda estava chateado comigo, em níveis desconhecidos, contudo, eu também estava em surtos internos com meus sentimentos, tentando entender o que realmente queria.
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  — %Violet%, se veio aqui para pedir o divórcio…
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  Eu o interrompi com um beijo de surpresa, uma ação que nem mesmo eu esperava ter. E sua reação foi retribuir o beijo de imediato sendo o mais intenso possível, enquanto trazia meu corpo para mais perto ainda.
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  — Existem advogados que cuidam disso — disse ele, após o beijo, dando um riso sarcástico. — Tenho ótimos advogados, posso te indicar um.
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  — Não acho que queira se livrar assim de mim tão fácil… — Neste momento, ele me interrompeu com outro beijo.
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  Estranho e ao mesmo tempo acolhedor. Surreal admitir que estava com saudades daquele Village sedutor e provocante, que me fazia esquecer o mundo ao meu redor. E por algumas horas, foi exatamente isso que aconteceu, tudo que existia do outro lado da porta desapareceu e apenas nos concentramos um no outro, da forma mais intensa e apaixonada que existia. A noite tornou-se madrugada e quem se importava se ele teria outras reuniões na agenda, a manhã seguinte seria quinta-feira e nem mesmo os artigos sobre nutricionismo na confeitaria me fariam perder o foco no homem que acariciava meu corpo de uma forma tão dedicada. Não precisou de muito para perceber o quão profundo era seu desejo por mim, que ia além da saudade que eu carregava daqueles braços fortes e calorosos.
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  — %Lance%… — quebrei o leve silêncio que pairou pelo quarto, erguendo de leve meu corpo para olhá-lo.
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  — Sim? — Ele abriu os olhos, os direcionando para mim com suavidade, um sorriso discreto surgiu no canto de seu rosto.
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  Aquele sorriso nebuloso que me estremecia, me deixando com receio de conhecer seus pensamentos maliciosos e obscuros.
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  — Por que não podemos conversar como pessoas normais? — indaguei tentando não encará-lo, sem sucesso.
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  — E nós somos pessoas normais? — Ele ergueu seu corpo e me puxou para perto, segurando em minha cintura, deixando a malícia transparecer um pouco mais em seu sorriso.
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  O que me fez encolher um pouco, mantendo a seriedade em meus olhos.
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  — Somos o senhor e a senhora Village. — Ele se aproximou mais e encostou seus lábios em meu pescoço, em seguida manteve nossos rostos mais próximos. — Jamais será algo a ser considerado normal, você sabe quem eu sou.
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  — %Lance%. — Eu toquei de leve meu dedo indicador em seus lábios, me afastando um pouco e puxando o lençol para me cobrir.
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  Ainda existia a parte tímida em mim. Aquela era minha segunda vez oficialmente. Não estava acostumada com o fato de ser casada, menos ainda tudo o que incluía no pacote de intimidade de um casal. Já para ele, certamente era mais do que natural estar na cama com uma mulher.
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  — Hmmm… — Ele se afastou de mim com um olhar frustrado, então se levantou e caminhou até o closet. — Não deveria apertar o play se não quer jogar.
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  — Então isso — eu mantive a atenção nele, um pouco chateada por sua forma de agir — é somente um jogo para você?
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  Ele retornou para o quarto com uma toalha na cintura e um sorriso de canto, seguiu em silêncio até a pequena adega de sua suíte. %Lance% tinha muitos lados, mesmo sendo um perfeito cavalheiro e curiosamente romântico, seu olhar de predador como nos tempos de libertino estava ali. E internamente eu seguia num misto de medo e curiosidade em saber como seria minha vida casada com um homem como ele.
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  — Este sou eu… Nunca menti sobre quem sou. — Ele tomou um gole do Bourbon que despejou no copo — Sou %Lance% Village.
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  Meu coração acelerou com aquele olhar, que senti até meu corpo aquecer.
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  — Que seja então. — Eu me levantei da cama e me aproximei novamente dele e o beijei mais uma vez com intensidade que da primeira vez.
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  — Senhora Village… — %Lance% me lançou um sorriso malicioso. — Isso é um game over?
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  — Como poderia ser, se estamos apenas no começo? — Sorri de volta.
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  Se a vida estava me propondo um amor intenso e nem um pouco ortodoxo, talvez devesse mergulhar de cabeça e deixar fluir. Cem por cento sóbrios e certos do que queríamos, e com níveis extremos de malícia e desejo por parte de meu marido. Era o início da nossa tão aguardada lua de mel, e aquele hotel ficaria pequeno demais para nós dois.
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  Principalmente pelas carícias de %Lance% que afastava toda a minha timidez.
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  - %Milla%

  — Posso entender desde quando você tem uma moto? — disse ao ser passada por %Nick%.
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  — É uma longa história. — Ele riu, esticando o capacete para mim. — Que tal uma volta?
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  — E para onde vai me levar? — indaguei pegando o capacete dele.
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  — Pra longe dos problemas — respondeu ele, com um sorriso bobo.
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  Eu precisava mesmo me afastar dos problemas, então assenti sem pensar duas vezes. Ele pilotou livremente pelas ruas, o que me ajudou a ter nuances de sensações de liberdade, até que finalmente chegamos em uma Starbucks, e finalmente entendi o propósito de nosso passeio.
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  — Não quero que ache que te enganei — disse ele, com o olhar inocente —, mas achei legal você conhecê-la, já que estamos na cidade.
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  — Não precisa se desculpar, para ser honesta, preciso mesmo de uma boa noite de conversa com meu melhor amigo e a namorada dele — brinquei, fazendo-o rir. — E estava curiosa pela garota do passado.
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  — Vem… — Ele pegou em minha mão e me levou até a mesa em que a california girl estava sentada. — %Mia%, quero que conheça uma pessoa.
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  — Oi — disse, ao soltar a mão dele e esticar para ela. — Prazer, eu sou a %Milla%.
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  — Prazer, %Mia%. — A garota apertou a minha mão com confiança e olhou para ele. — Não me disse que seria um encontro a três.
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  — Ah, fique tranquila que não será um triângulo amoroso, eu aqui estou mais pra castiçal — brinquei, ao me sentar na cadeira de frente para ela.
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  — Queria que se conhecessem antes de voltarmos para Stanford — explicou ele, se sentando ao lado dela. — %M% é minha melhor amiga.
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  — Acredite quando ele diz, apenas amiga — reforcei, para que ficasse claro para ela que jamais haveria alguma disputa entre nós.
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  — Eu sei, nas poucas semanas que estamos juntos, %Nickolas% me contou muitas coisas sobre ele e você, de como se tornaram amigos — comentou ela, com o olhar despreocupado, parecia ser mais confiante do que imaginei.
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  — Queria dizer o mesmo, mas ele não me contou nada sobre você e a amizade do passado. — Voltei meu olhar para ele. — Quero muito ouvir.
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  — A história é longa. — Ele desconversou.
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  — Que legal, pois estou com tempo e sem sono — brinquei rindo.
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  — Eu vou adorar contar a você — disse %Mia%, demonstrando empolgação.
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  Alguns dias passaram.

  Fui pega de surpresa ao ver a foto de %Violet% no aeroporto, estampada na postagem recente de G’G. Parece que minha amiga tinha seguido meu conselho, e acho que já estava na hora de eu seguir o dela também. Logo à noite, fui para o prédio onde %Joseph% morava, coincidentemente o céu nublado e chuvoso, assim como quando o conheci. Um frio na barriga passou por mim, pensando se deveria mesmo estar ali, e mesmo com as roupas superficialmente molhadas, não me importava com o frio ao esperar até que ele retornasse do restaurante.
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  — %Milla%…? — perguntou ele, com o olhar surpreso em me ver.
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  Notei sua atenção ao observar minha roupa molhada.
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  — Não quero ter outra discussão com você, %Joseph%. — Mantive a seriedade no olhar.
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  — Não deveria estar aqui — sussurrou ele ao passar por mim, para seguir em direção ao elevador.
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  — Espera… — Segurei em seu braço. — Só queria...
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  — Saber se minha casa ainda é um refúgio para vossa majestade? — perguntou ele, tentando completar minha frase.
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  — Só quero conversar. — Tentei ser o mais honesta possível naquelas poucas palavras.
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  Senti um frio na barriga, pois seu olhar firme fazia meu corpo estremecer. Após ele assentir e comentar das minhas roupas, subimos para seu apartamento. Assim que entramos, ele apontou para a escada dizendo silenciosamente para que eu me trocasse, logo que entendi o recado, e enquanto ele se dirigiu até a cozinha para preparar algo quente para mim, segui para o andar de cima.
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   %Joseph% era como um lorde britânico, e seu gosto para chá era bastante apurado.
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  — Aqui — disse ele, me entregando uma xícara, assim que terminei de descer as escadas.
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  Assim que peguei, soprei de leve e tomei um gole. Tentei reunir toda coragem que possuía.
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  — Me desculpa — disse, quase em sussurro.
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  — Pelo quê? — indagou, felizmente tinha ouvido.
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  — Tentar te fazer ciúmes através do seu irmão — expliquei, expondo a realidade da minha aproximação com o Tenebrae primogênito.
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  — Presumi que estivesse chateada comigo pela Allison — afirmou ele, com seu olhar observador. — E Victor sempre se mostrou interessado em você.
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  — No início eu estava mesmo chateada, mas reconheço os motivos que te levaram a não me contar — continuei ainda relutante internamente. — E vendo o quanto você e a Allison são próximos…
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  — Só porque eu a conheci na universidade e ela trabalha para o meu pai, achou que eu tinha algo com ela? — indagou.
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  — Sim. E isso me fez ficar com raiva de você — admiti.
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  Era doloroso pensar que mais uma vez perderia para Allison. Porém, desta vez eu queria lutar de alguma forma, mesmo que tivesse que lutar contra o meu orgulho.
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  — Por quê? — Ele manteve o olhar fixo em mim.
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  — Eu te amo — confessei direta e honesta. — Não sei quando aconteceu… Mas desde que te conheci, toda vez que você se aproxima de mim, meu coração acelera de uma forma inexplicável…
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   %Joseph% me interrompeu com um beijo intenso, envolvendo seus braços em minha cintura. Pela primeira vez me senti amada de verdade por alguém. Alguém além da pessoa que sempre me preocupava.
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  — Eu também te amo — sussurrou ele, sorrindo de canto depois.
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  — O quê?! — O olhei.
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  — Está surpresa? — perguntou, curioso.
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  — Posso dizer com propriedade que… Sim. — Estava mesmo.
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  — Ouvi minha mãe falando sobre você tantas vezes, que me fez ficar curioso sobre quem seria %Milla% Sollary — explicou ele. — E quando te vi pela primeira vez naquela escadaria, senti meu coração acelerar também, me apaixonei por você antes mesmo de te conhecer.
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  — Devo agradecer à minha futura sogra por isso? — brinquei.
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  — Acho que sim — disse rindo.
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  Ele me abraçou forte.
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  Como sempre, %Joseph% me cedeu sua cama e preferiu dormir na sala. Nossa relação estava iniciando, não tinha o porquê forçar um avanço desnecessário, apesar da nítida atração que sentíamos um pelo outro. Contudo, já estava satisfeita apenas por estar agora em seus braços e oficialmente no seu coração.
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  — Você está mesmo incrível — elogiou %Joseph%, assim que desci do carro.
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  — Agradeço. — Sorri de leve. — Mais ainda pelo vestido.
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  — Que bom que gostou. — Um sorriso de canto discreto apareceu em seu rosto, que me olhava serenamente.
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  — Você tem um bom gosto — brinquei.
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  — Confesso que tive ajuda — disse, agora segurando o riso.
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  Parecia lembrar de alguma cena engraçada.
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  — De quem? — indaguei curiosa.
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  — Sua amiga — respondeu prontamente.
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  — %Violet%? — presumi.
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  Ele assentiu com o olhar.
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  — Eu deveria me surpreender, mas como sei da amizade de ambos — disse com naturalidade, afinal, %Violet% parecia querer se apropriar da cozinha de seu restaurante como sua segunda casa.
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  — Sua mãe e Allison vão estar lá dentro — comentou ele ao segurar minha mão.
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  — Eu sei, mas isso não importa — disse confiante ao olhá-lo. — Não vou entrar como filha dela e sim, como sua namorada.
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  — Estou feliz por isso. — Ele abriu um largo sorriso.
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  O lugar onde entraríamos era a recepção do Dia de Ações de Graças, oferecido este ano pelo hotel Royal e lá estaria toda a elite de Manhattan, ou seja, meu habitat natural. Seria mais uma confirmação de que o trono de Upper East Side era meu. Porém, não mais como Mistery Queen. Agora como %Milla% Sollary, acompanhada de %Joseph% Tenebrae.
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  Sem mentiras.
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  Sem armações.
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  Sem medo.
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  — Preparada? — perguntou ele, voltando o olhar para frente, para a porta diante de nós.
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  — Sim. — Assenti fazendo o mesmo.
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  Ao passarmos pela porta…
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  Todos os olhares do salão vieram para nós, e fazia tempos que não via aqueles rostos, no entanto, reconheci a maioria das pessoas naquele evento. O governador Donson e sua esposa, seu filho Charlie com a noiva da Noruega. Alguns antigos alunos da Jude’s e do Constance, assim como os diretores. Matt acompanhado por sua nova namorada, que de mais velha só tinha a idade, pois seu rosto jovial a fazia se passar muito bem por uma caloura universitária. Camille, a garota dos convites, tinha conquistado um estágio na empresa dos Tenebrae e, por ser assistente do primogênito, estava devidamente acompanhada de Victor. Rose, minha pupila, de braços dados com James Bale, nosso candidato a vereador, e até mesmo Britani Collins estava lá, curiosamente conversando com um empresário da bolsa de valores.
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  As famílias anfitriãs, Village e Bellorum, estavam devidamente presentes, assim como obviamente minha mãe e Allison. %Nickolas%, como presumi, estava acompanhado da sua garota da Califórnia, havia sido divertido conhecê-la e muito me impressionou a história de que se conheciam da infância. Ambos conversavam com Victor Tenebrae. O casal Vidal também estava presente, mantendo suas aparências.
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  Meu olhar passou por todos até chegar em %Violet% e %Lance%, discretamente de mãos dadas e alianças na mão esquerda. Eu sabia que minha amiga faria a escolha certa, inusitada, porém, certa. Desejava a sua felicidade tanto quanto a minha.
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  — Tudo bem? — perguntou %Joseph%.
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  — Sim. Por um momento, comecei a pensar em tudo que passei para chegar até aqui. — Eu o olhei. — De tudo, o que me deixa mais feliz, é você ao meu lado agora.
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  — Eu acabei de entrar em sua vida. — Ele sorriu. — Ainda temos muitas aventuras para viver.
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  — Estou contando com isso.
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  Ele me beijou de leve, sem receio das pessoas à nossa volta. Meu coração se aqueceu no mesmo momento. Senti que aquela noite era o início de muitas outras.
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  Entre os altos e baixos da vida, sempre temos várias surpresas pelo caminho. Para nossa %M%, a maior delas foi encontrar seu amor no momento mais improvável da sua vida. Para nossa %V%, foi descobrir a segurança nos braços do homem mais inesperado de todos. E para mim é saber que ainda que pareça ser o final, esta história tem muitas fofocas para me render. Não pensem que vão se livrar de mim, Upper East Side respira segredos que precisam ser revelados.
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E quem sou eu?
Esse segredo eu não conto para ninguém!
- Xoxo, G’G.

  “Amizade: No final, entre mentiras e segredos, o que importa é ter força e perseverança de seguir em frente sem medo, assim, perdoar é necessário para que se possa construir um futuro sem os fantasmas do passado, sabendo que verdadeiros amigos jamais nos deixam e sempre retornam.” - by: Pâms
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Fim

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Lelen

Gente, eu confio TANTO no Lance (sinta a ironia) que a hora que ele apareceu no quarto eu fiquei “o vadio vai tá com outra” kkkkkkkkkk
PERDÃO, DEUS, MAS EU SOU MUITO DESCONFIADA KKKK
Amei que teve um final feliz para todo mundo, mas vou dizer, acho que não tô pronta pra dizer adeus? Eu não me importaria de ler uma continuação ou mais histórias dentro do mesmo universo HHEHEHEHEH
Talvez um especialzinho com umas cenas fofinhas dos três casais? 😀 HEOIHEOIEHO parei, mas se quiser considerar, eu deixo HAOISHAOISHAOS

AI, EU TÔ ÓRFÃ DE FICS, E AÍ? PRECISA RESOLVER ISSO AÍ, DONA PÂMS u.u

Pâms

O que mais tem é fic minha no site ❤❤❤❤❤

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