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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

29 • Stronger

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

But now I'm
  Stronger than yesterday
  Now it's nothing but my way
  My loneliness ain't killing me no more
  I'm, I'm stronger
  Than I ever thought that I could be, baby.
  - Stronger / Britney Spears

  - %Milla%

  Eu e %Violet% passamos a tarde conversando.
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  Nunca imaginei na minha vida que aconselharia uma mulher a dar uma chance ao %Lance%, o libertino mais sedutor que eu já conheci. E pior?! A mulher em questão era minha melhor amiga. Contudo, lá estava eu relatando a %Violet% toda a ajuda que meu irmãozinho me deu nesse tempo, e de como ele tem se mostrado solidário à turbulência que se encontrava minha vida. Decidimos dormir no apartamento naquela noite e relembrar nossas festas do pijama, regado a pizza e chocolate. Nos divertimos à beça, principalmente com os filmes melosos que %Violet% escolhia para vermos, com gosto de nostalgia e depressão. Ao final da noite, eu e %V% fizemos um juramento de resolvermos nossos problemas o mais rápido possível, além de nunca mais brigarmos novamente.
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  — Eu juro resolver todos os meus conflitos sentimentais e lutar pela minha felicidade — dissemos em coro, com nossos dedos mindinho cruzados — e que sempre serei sua melhor amiga até a morte!
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  — Prometo levar isso a sério desta vez — assegurei me sentando novamente no sofá.
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  — Hum… Você sempre quebra os juramentos, exceto na questão da amizade. — %Violet% riu de mim e se sentou ao meu lado, logo pegou seu celular e abriu no blog da G’G. — Olha só.
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  Ela mostrou a última postagem para mim.
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  — Parece que alguém sabe da nossa noite das garotas — comentou ela.
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  — Bandeira branca a postos e muita fofoca em dia, ao que tudo indica, as amigas mais amadas e invejadas de Upper East Side cessaram fogo para desfrutar de uma tradicional noite do pijama. — Li em voz alta a citação que acompanhava minha foto e da %V% entrando nesse prédio. — Já havia me esquecido dessa parte de voltar à elite.
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  Soltei um suspiro.
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  — Além das loucuras que foram os últimos meses, como foi ficar alguns dias no anonimato? — perguntou ela com um olhar curioso.
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  — Apesar de sempre ter um post da GG indagando onde seria meu refúgio real, não foi tão ruim assim, mas confesso que senti falta disso.
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  — Nós duas sabemos que você nasceu com essa coroa na cabeça — afirmou ela, com razão. — Querendo ou não, você também pertence à elite, nasceu entre nós.
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  Disso eu não discordaria.
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  — Ainda assim, foi bom o que aconteceu, não aparecer — admiti, me lembrando dos meus dias em um certo apartamento. — Há males que vêm para o bem.
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  — Está falando de um anfitrião cozinheiro? — indagou ela com o olhar curioso. — Quem diria que meu conselheiro na cozinha se tornaria seu affair anjo da guarda.
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  — Eu é que estou chocada por ter tanta intimidade assim com ele. — Cruzei os braços, meio chateada.
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  — Não me olhe assim, ele é um velho conhecido do Matt que tem me ajudado muito com minha escolha pela gastronomia — comentou ela, ao voltar o olhar na tela do celular.
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  Eu tentei abstrair meu lado ciumento para não estragar o restante de nossa noite, que seria embalada por mais fofocas como diria nossa G’G.
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  Os dias passaram e, quinta pela manhã, resolvi encarar de frente meu passado. Eu e Allison merecíamos uma conversa definitiva, sem fugas, sem mentiras e sem nossa mãe manipulando tudo. Segui de táxi até o prédio do seu escritório, a primogênita favorita havia se formado em direito na mesma universidade em que %Joseph% cursou gastronomia, Princeton. E algo que me parecia, a advogada da família e orgulho da mamãe, era uma profissional bem requisitada em seu meio profissional. Respirei fundo ao descer do carro e, reunindo minhas forças, segui para porta de entrada do prédio, nem mesmo precisei me anunciar à recepcionista, pois meu olhar ao se voltar para a direção do elevador, observei o mesmo se abrir revelando %Joseph% e ela dentro.
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  Era nítido a surpresa em seu olhar para mim.
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  — %Milla%? — sussurrou ele mantendo o olhar fixo em mim.
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  — O que faz aqui? — perguntou ela, no seu habitual tom arrogante.
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  Após nossa pequena briga no brunch da construtora, ignorei totalmente a presença de Allison na mansão e recusei as chamadas de %Joseph%. Até mesmo da clínica me ausentei para não cruzar com ele nos corredores. E confesso que aquele olhar intenso para mim era como um ímã que me confundia a mente e estremecia o corpo.
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  — Estou aqui para falar com você, Allison. — Voltei meu olhar para ela, mantendo a seriedade.
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  — Agora você quer conversar? — Ela olhou para %Joseph%, depois para mim. — O que aconteceu para agir com tanta cordialidade e educação?
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  — É um assunto familiar. — Voltei meu olhar para ele, como uma indireta.
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  Vê-lo ao lado dela, e, sabendo de sua proximidade, me dava um misto de raiva e ciúme nunca sentidos antes. Por fim, ele percebeu minha irritação sutil e discreta, dando um passo para se afastar.
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  — Já estou de saída, obrigado pela ajuda, Allison — disse ele, ao voltar-se para ela e olhando para mim. — Boa tarde.
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  — Depois me diga se deu certo, %Joe% — disse ela, forçando uma demonstração de intimidade ao chamá-lo pelo apelido.
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   %Joseph% deu um sorriso fechado, seu olhar aparentemente frustrado pela frieza de minha parte. Assim que ele desapareceu do nosso campo de visão, Allison gesticulou para que eu a seguisse e me conduziu para o jardim de inverno do prédio. Segundo ela, o melhor espaço para termos qualquer tipo de conversa, privacidade regada a conforto e frescor, apenas para os condôminos de alto padrão como ela. E sim, ela fez questão de enfatizar seu prestígio em meio à elite de advogados da cidade.
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  Seguimos para o jardim.
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  — Estamos aqui, irmãzinha. — Ela sorriu meio irônica, ao se sentar em uma das poltronas, mantendo o celular na mão.
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  — Não vim para brigar com você, se foi o que imaginou — me pronunciei ao me sentar na poltrona de frente para ela, mantendo minha postura firme diante da sua arrogância.
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  Ela elevou o braço esquerdo para conferir as horas no relógio em seu pulso, então me olhou novamente.
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  — E o que você quer falar comigo? — indagou, razoavelmente impaciente. — Não disponho de muito tempo, sou uma mulher ocupada.
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  — Inicialmente, queria entender como conseguiu fingir estar morta todo esse tempo, mas te olhando agora e me lembrando de como sempre foi e continua sendo, desisti. — Minha voz soou cansada e num tom baixo. — Quando achei que tinha morrido, eu realmente me senti culpada… Já que havia ficado doente por minha causa, mas é claro que nossa mãe jamais deixaria a filha favorita para trás, vivendo à própria sorte.
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  — Então o ponto central é o fato de estar chateada por não ter sido escolhida para ficar com a mamãe? — Supôs ela, erroneamente.
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  — Pelo contrário, apesar de tudo o que passei para sobreviver e não desejar isso a ninguém — respondi respirando fundo para manter a classe, ponderei a entonação de minha voz —, estou feliz por ter passado, provou que eu não era a garotinha fraca e medíocre como sempre me chamou. Não precisei de nenhuma das duas para conseguir chegar onde estou…
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  — Ah sim, a rainha de Manhattan. — Ela soltou uma gargalhada. — Fico pensando como conseguiu isso… Certamente deve ter treinado muito sua habilidade de manipulação e claro, puxar o tapete das pessoas.
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  Allison desviou seu olhar para o lado, segurando um pouco mais seu riso.
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  — Uma amizade por interesse, alguns homens aos seus pés, cartões de crédito sem limites… E claro, uma influencer fofoqueira para te ajudar na ascensão ao trono — continuou ela, agora num tom amargo.
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  — Está falando tão rispidamente assim porque deseja estar no meu lugar? — indaguei, agora sorrindo de canto com prepotência. — Você nunca conseguiria chegar onde cheguei se tivesse ficado no meu lugar.
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  Mantive o tom pacífico, o olhar empoderado com o ar de vitória pairando entre nós duas. Neste momento, meu celular tocou, era uma ligação da dra. Charlot dizendo que tempos nebulosos tinham chegado lá na clínica. Aproveitei a situação para mostrar à Allison a parte que ela não sabia da história, a parte que nossa mãe nunca havia lhe contado sobre o fato de nossa família ter chegado à ruína. Liguei para %Violet% também, minha amiga precisava descobrir a última parte do meu segredo.
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  Inicialmente ela se opôs a ir, porém, bastou eu lhe mostrar uma simples imagem para que toda a sua pose de filha do ano desfalecer como a neve no verão. Ela não sabia de toda a verdade, apenas o que nossa mãe achou que lhe convinha.
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  — Então… — Allison sussurrou ao ver aquela pessoa pelo vidro da porta. — Não foi a única vítima de mentiras aqui…
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  — Parece que não… — disse ao girar a maçaneta, respirando fundo e abrir a porta. — Por que não entra?
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  Ela assentiu e deu alguns passos entrando no quarto, o lugar estava todo quebrado mais uma vez, para mim era uma rotina, porém para ela uma revelação delicada que a deixou perplexa.
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  — Pai — sussurrou ela, ao se aproximar dele, ajoelhando ao seu lado, segurando o olhar emotivo.
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  — Allison. — Ele a reconheceu de imediato, vi as lágrimas se juntarem em seus olhos, juntamente com o brilho. — %Milla%, é a Allison.
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  — Sim, pai. — Segurei minhas emoções.
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  Metade de mim ainda tinha raiva por, mesmo tendo-o abandonado, ela ainda ser sua filha preferida, a planejada e esperada. Quanto a mim, a que nasceu sem nenhuma motivação e desejo, fui a pessoa que ficou ao seu lado todo aquele tempo cuidando para que não se machucasse ainda mais.
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  — Ela voltou, como o senhor disse — sussurrei, perplexa.
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  Sim. A pessoa que me dava tanta preocupação e, mesmo por um curto espaço de tempo e sanidade, um pouco de amor, era ele, principalmente quando se esquecida da Allison. Após minha mãe nos abandonar à própria sorte, falido, em depressão e com outras doenças físicas, além das duas filhas para criar, nosso pai tentou ser forte até que Allison também ficou doente, e tudo foi ficando ainda mais difícil quando achamos que ela tinha morrido. Ou melhor, quando eu achei que ela tinha morrido e curiosamente, começo a pensar que de alguma forma ele sabia que ela estava viva. Talvez por algum acordo oculto com minha mãe para salvar a vida de Allison ou algo do tipo.
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  O fato é que meu pai tinha alguns transtornos de bipolaridade que se agravaram com todo o sofrimento que passamos, misturado à depressão, sua mente foi ficando ainda mais atordoada até que ele precisou ser internado por causa dos seus ataques de agressividade de tempos em tempos. Aproveitei o momento para deixar Allison com ele, ambos precisavam daquele tempo para colocar a conversa em dia e meu pai matar a saudade da primogênita.
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  Precisavam de um tempo a sós.
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  — %M% — disse %Violet% ao se aproximar e me abraçar. — Não imaginava que esse fosse o motivo dos seus desaparecimentos.
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  — Sim. — Soltei um suspiro cansado. — Bem-vinda ao meu mundo oculto.
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  — Como consegue suportar tudo isso? — perguntou ela.
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  — Da mesma forma que está suportando as verdades da sua família — expliquei soltando um suspiro fraco. — Não posso deixá-lo, mesmo que eu não seja a filha favorita.
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  — E por isso não foi para Yale — constatou ela.
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  — Sim e não… Yale sempre foi o sonho da Allison e, curiosamente, ela cursou em Princeton — respondi. — Eu achava que ir para lá era uma coisa a se fazer em sua memória.
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  — Mas agora sabe que ela está viva — concluiu.
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  — Mesmo se não tivesse, eu entendi que Manhattan é meu lar e não posso deixar meu pai sozinho — voltei meu olhar para a dra. Charlot —, mesmo tendo pessoas tão maravilhosas cuidando dele.
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  — E como vai ficar tudo? Ele vai ficar bem? — perguntou minha amiga.
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  — Já tive dias piores. — Voltei meu olhar para o vidro, os observando no quarto. — Com certeza ficará bem melhor do que antes, agora que Allison está de volta.
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  — Sua mãe sabe dele? — Ela me olhou, curiosa.
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  — Provavelmente, %Lance% já contou a ela — respondi.
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  — Hum… No final, %Lance% sempre sabe de tudo sobre todos — comentou, reflexiva.
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  — Acredite, ele tem sido um bom amigo para mim, ou melhor, irmão. — Voltei meu olhar para ela com um sorriso malicioso.
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  — Não me olhe assim. — Ela se encolheu um pouco. — Já prometi que vou resolver todos os meus problemas.
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  — Não disse nada.
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  — Mas pensou.
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  Nós rimos.
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  — Sinto falta da época que as provas de literatura eram nossas maiores preocupações — brincou ela.
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  — Eu também. — Suspirei fraco.
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  — Estou pensando em ir para Vegas, só não sei quando.
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  — Quanto antes resolver, melhor — aconselhei.
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  — Espero não me arrepender, seja lá qual for minha decisão. — Ela suspirou.
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  Eu a abracei forte. Ela precisava de mais coragem que eu.
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  Passei o restante do dia na clínica. Mesmo com minhas diferenças com Allison, declaramos uma trégua pelo nosso pai. Já à noite, ao voltar para casa, fui parada no meio do caminho por um rosto inesperado.
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  É o que eu sempre digo: Uma verdadeira amizade jamais acaba. E me parece que nosso grupo de amigos aos poucos está se juntando novamente. E, apesar de algumas verdades estarem sendo reveladas... A elite de Manhattan sempre terá aquele segredinho guardado na gaveta ou escondido debaixo do carpete, prontos para serem descobertos por mim.  
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E quem sou eu?
  Esse segredo eu não conto para ninguém!
  - Xoxo, G’G.

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Lelen

Ai, sen-or, TÁ ACABANDO ;-;
Gente, como assim, essas famílias da elite são muito conturbadas, pelamooor! Eu achei que a pessoa no hospital/clínica tava morrendo, mas que bom que não é o caso (NÃO É O CASO, NÉ? K). Eu adoraria saber um pouco mais sobre esses tempos da Milla achando que a irmã tava morta, o pai internado e a mãe sumida HEHEHEH
SÓ MAIS UM CAPÍTULO PROS CASAIS FINALMENTE TEREM SEUS FELIZES PARA SEMPRE, VEMK, FINAL! <3

Pâms

Turbilhão na vida da M

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