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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

24 • California Girl

Tempo estimado de leitura: 16 minutos

“I know a place
Where the grass is really greener
Warm, wet and wild
There must be something in the water.”
- California Girls / Katy Perry

  - %Nick%

  Assim que %Lance% se retirou da minha suíte, voltei para o closet e coloquei uma calça de moletom, permanecendo sem camisa. Por mais que tentasse, não conseguia tirar da minha mente a imagem de %Milla% sendo levada por um estranho, isso se realmente era um estranho e não alguém que faz parte do lado oculto de sua vida. Me espreguicei um pouco e joguei meu corpo sobre a cama, tinha que me concentrar na nova rotina que teria em Stanford, afinal, curso de medicina era um dos mais sanguinários quando o assunto era sugar a sanidade mental dos alunos.
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  Permaneci olhando para o teto por um tempo, e não conseguia controlar meus pensamentos numa chuva de imagens de tudo o que tinha acontecido nos últimos meses. Desde a viagem para Havana eu seguia me sentido estranho, como se todo o tempo as pessoas estivessem decidindo minha vida por mim. Meu namoro com %Violet% partiu de %Milla%, dois semestres de administração em Harvard jogados fora partiu do meu pai. É complicado quando se para e percebe que seus dias estão mal direcionados.
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  — Preciso parar de pensar em você, %M%, urgentemente — sussurrei para mim mesmo, fechando os olhos tentando esvaziar a minha mente.
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  Meus pensamentos haviam paralisado na cena da escada mais uma vez, não quero ficar doente por causa de alguém. Decidi passar as últimas horas em Manhattan totalmente off-line de todas as redes sociais e com o celular desligado. Assim como minha amiga, aquele seria o meu momento de desaparecer de toda essa loucura de Upper East Side. A noite passou com rapidez, assim como o tempo de voo até a Califórnia, fui recebido no aeroporto por meu amigo de fraternidade, Dean.
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  — Olha só quem finalmente chegou — disse ele, com um sorriso bobo no rosto e um olhar orgulhoso. — Nosso novo doutor, destruidor de corações.
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  — Não estou aqui para destruir o coração de ninguém — assegurei a ele, ajeitando a alça da mala de mão no ombro. — Com sorte, apenas conseguir boas notas.
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  — Ah, %Nickolas%, você está solteiro agora, precisamos aproveitar seu novo status — brincou ele, me ajudando a carregar uma das malas.
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  — Pare de pensar em farras, agora terei um relacionamento sério com o estetoscópio — brinquei de volta, já imaginando o que me aguardava no primeiro semestre letivo.
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  — Eu ainda não entendo o que você viu em medicina, é o curso mais complexo que existe — comentou ele, me indicando o caminho até a saída do aeroporto.
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  — E você faz o que? Engenharia? Seus números não são complexos, não? — Eu ri da careta dele, o seguindo.
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  — Mil vezes meus algoritmos que um bisturi — afirmou ele, com convicção. — E viva a tecnologia.
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  Eu continuei rindo. 
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  Continuamos até chegar em seu carro em frente ao aeroporto no qual ele me levou até minha nova morada, ao leste da praia de Poplar na cidade de Half Moon Bay, a exatamente 32 minutos da universidade. E não, eu não queria morar tão perto assim de Stanford, menos ainda em meio a agitação do centro comercial próximo ao campus. Queria privacidade, tranquilidade e paz para meu recomeço.
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  — Está entregue — disse Dean, ao estacionar o carro em frente a uma singela casa com estrutura de madeira e vidro. — Tem certeza que ficará bem?
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  — E por que não ficaria? — Eu olhei para meu amigo, retirando o cinto de segurança.
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  — Você está bem longe do campus e só trouxe duas malas — explicou ele.
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  — Te asseguro que a casa está bem abastecida — garanti a ele. — Trouxe nada além do necessário e ficarei bem assim.
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  — Se você diz. — Ele assentiu, me observando descer do carro. — Ah, antes que me esqueça, vai ter uma festa das fraternidades hoje à noite, um boas-vindas aos calouros do próximo semestre.
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  Enquanto ele falava, aproveitei para tirar minha mala do banco de trás, então o encarei novamente.
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  — Deixa eu adivinhar, você quer que eu vá? — constatei, ao debruçar na janela do carro.
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  — Não preciso nem dizer que seu nome está na lista vip — reforçou ele, com um olhar de intimação. — Tire um cochilo e te vejo mais tarde.
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  Eu assenti, fazendo um sinal de continência e me afastei rindo, indo em direção à casa. Já fazia um tempo que eu não visitava aquele lugar, minhas memórias de infância na praia de Poplar foram boas por um tempo, até que só restou saudades dentro de mim, da época mais feliz da minha vida. 
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  Ao passar pela porta, sorri de canto percebendo todo o ambiente milimetricamente organizado para minha chegada, desde as flores no vaso ao lado da escada, até as almofadas em tons de verde pastel no sofá da sala. Refrescante e aconchegante, que me remetia à primavera. 
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  — Margo sempre pensando em cada detalhe — sussurrei, ao deixar as malas ao lado do sofá e seguir até a cozinha.
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  Senti meu estômago reclamar de início. Nem me lembrava qual havia sido minha última refeição. Abrindo a porta do microondas, lá estava uma refeição pronta me esperando, um spaghetti ao sugo bem caprichado. Não me contive em saborear a refeição, sentado na varanda do quarto principal que dava vista para o mar. Deixando a louça suja no bojo da pia após entrar novamente em casa, retornei para o quarto agora levando minhas malas junto.
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  Abri a primeira mala e comecei a ajustar as roupas no closet, não demorou muito tempo até que meu celular tocou, havia até esquecido que tinha ligado o aparelho no caminho do aeroporto para casa. Olhei para o visor, uma chamada de Daisy, estava me perguntando quando ela ligaria para saber se já cheguei aqui.
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  — Não estou surpreso da ligação — disse, num tom sério porém tranquilo, ao atender.
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  — Olá, irmãozinho, já chegou? — disse ela, no seu habitual estilo receptivo. — Você esteve incomunicável nas últimas horas, fiquei preocupada.
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  — Estou bem, Daisy, e já cheguei aqui — confirmei a ela, dando alguns passos para dentro do quarto.
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  — Tem certeza que vai mesmo ficar nesta casa velha? Já disse que meu apartamento no centro está à sua disposição — assegurou ela, ainda desaprovando minha decisão.
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  — Não quero outro lugar a não ser este, já disse que agora sou eu quem toma as decisões da minha vida, mas agradeço pela ajuda — reforcei minha decisão. — Além do mais, esta casa não está velha, a reformei há poucos meses e me sinto bem melhor aqui.
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  — Quanto apego — comentou ela, bufando em seguida —, mas já que insiste.
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  — Esta casa foi da minha mãe, mais respeito — pedi com mais seriedade na voz.
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  — Me desculpe se soou ofensivo — disse ela. — O que importa é estar aí.
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  — Sei que não está me ajudando só por bondade — comentei me aproximando da janela e olhando o mar.
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  — Meu querido, o mundo gira em torno de interesses próprios — confessou ela, com uma risada rápida. — Todo mundo sabe disso.
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  — O que mais o meu tio quer? — perguntei, já entendendo o motivo da ligação.
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  — Não é nada com o seu tio, fique tranquilo, é mais um favor para sua irmã — revelou ela.
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  — Que favor? — indaguei.
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  — Quero que me acompanhe em um jantar — pediu ela, agora com uma voz mais melosa.
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  — Com que propósito? — perguntei.
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  — Só não quero ir sozinha e você está na Califórnia — explicou. — Por favor, sei que agora vai ficar comprometido com Stanford, mas...
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  — Tudo bem, me diga quando e onde, vou com você — assenti, não tendo paciência para suas insistências caso eu recusasse.
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  — Vou te mandar o endereço e horário, será daqui dois dias. — Ela pareceu contente com minha aceitação.
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  Assim que encerrei a ligação, coloquei o celular no silencioso e o joguei em cima da cama, retornando para o closet. Meu lado organizado me faria passar as próximas horas desfazendo as malas e ajeitando minhas roupas nas prateleiras. Quanto mais organizava, mais os pensamentos reflexivos iam surgindo, principalmente aqueles referentes à minha nova condição financeira. Ter ganhado a bolsa de estudos foi um presente dos céus, não teria preocupações com mensalidades, entretanto, os custos com livros, instrumentos da área, dentre outros, seriam por minha conta, além dos meus gastos pessoais. 
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  A vida adulta me foi apresentada sem pedir licença e de forma violenta, o que me remeteu ao dia em que %Milla% adentrou em minha vida com seu universo de mistérios. Sua realidade difícil e de como foi forte e corajosa por enfrentar os obstáculos que o mundo lhe apresentou. Se ela conseguiu, era bem possível que eu também conseguiria. Fiquei tão concentrado que nem mesmo me dei conta do passar da hora, minha atenção foi despertada pela insistente ligação de Dean, com suas mais de seis chamadas. 
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  — Dean? — disse ao atender a chamada.
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  — Finalmente — disse ele —, achei que tivesse desistido da nossa noite de liberdade.
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  — Eu sei que você não me deixaria em casa hoje. — Ri de leve, ao caminhar de volta para o closet.
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  — Que bom que sabe disso. — Ele soltou uma gargalhada. — Se apronte que eu passo aí em vinte minutos.
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  Eu assenti em risos e me aproximei da arara das camisas, passando o olho superficialmente para escolher a que mais me chamasse a atenção. Tomei uma ducha rápida e vesti a roupa, não demorou muito para que Dean buzinasse do lado de fora, pouco depois que terminei de me vestir. Seu Mustang vermelho era bem chamativo, assim como seu jeito despojado. Ao chegarmos em frente a outra casa à beira mar, o lugar já se encontrava bem movimentado, mais do que imaginei para final de semestre. Em Harvard, todos os alunos desaparecem nas férias e só retornam no primeiro dia do semestre letivo, mas em Stanford certamente era tudo diferente graças à vida praiana agraciada pelo litoral do país.
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  — Aqui está, finalmente chegaram! — Um veterano veio nos recepcionar, assim que entramos na casa.
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  O lugar era visivelmente maior do que onde eu estava, três níveis de estruturas de container, com um terraço certamente privativo para a suíte master. Muito espaço e trabalho de iluminação natural com a presença das largas portas e janelas de vidro, uma arquitetura que nem parecia uma residência na praia. Na varanda da parte leste, era visível da sala a Jacuzzi com direito a vista para o mar. De causar inveja em qualquer universitário de Stanford.
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  — Agradecemos pelo convite — disse a ele, observando as pessoas à nossa volta com discrição. — Você deve ser o Jacob Nolan.
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  — O próprio, e que bom que veio, seu nome tem sido o assunto do próximo semestre letivo. — Ele soltou uma risada rápida. — A casa não é minha, mas a festa sim, então fiquem à vontade e aproveitem a noite.
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  — Não só a noite, como também as próximas semanas de férias — completou Dean, animado com o anfitrião.
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  O homem se afastou de nós e seguiu para outro grupo de garotas que também chegava à festa. Voltei meu olhar para Dean que já se remexia discretamente ao som da música que tocava.
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  — Tô sentindo que essa noite vai ser um arraso — comentou ele, olhando uma garota passar por nós.
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  — O que ele quis dizer com o meu nome sendo o assunto da universidade? — perguntei ao meu amigo, intrigado com a revelação.
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  — Ah, você sabe, os hotéis da sua família são bem famosos na Califórnia, então todos conhecem seu sobrenome, deve ser por isso — disse ele, com sua atenção em outro lugar. — Fica tranquilo e vamos curtir, a noite é uma criança.
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  Eu voltei meu olhar para o outro lado e por um vislumbre de tempo, pensei ter reconhecido um rosto em meio às pessoas que dançavam na pista improvisada ao centro da sala. Esticando um pouco mais meu corpo, para encontrar o melhor ângulo, finalmente meus olhos se fixaram no rosto que tanto procurava.
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  — É ela… — sussurrei, sentindo minhas pupilas dilatarem.
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  Seu olhar veio de encontro ao meu, e parecia me reconhecer também. O que ela estava fazendo aqui? Me devia respostas. Eu aproveitei a distração do meu amigo e me impulsionei para ir até ela, porém, a mesma deu as costas e começou a adentrar mais a casa como se estivesse fugindo de algo ou alguém. Não me dei por vencido e o que inicialmente era um encontro casual por coincidência, se transformou numa perseguição sutil e persistente de minha parte. Mesmo sendo ampla de conceito aberto, o lugar cheio de pessoas dificultou minha locomoção, que por alguns instantes me senti perdido, o que de fato constatei ao chegar no terraço.
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  — Te achei — sussurrei, ao vê-la debruçada no guarda-corpo de vidro, aparentemente observando o mar.
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  — Achei que nunca conseguiria chegar até aqui — comentou ela, num tom baixo.
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  Pude notar seu sorriso de canto.
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  — Quem é você? — perguntei, me aproximando.
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  — E isso importa? — Ela manteve sua atenção onde estava.
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  — Considerando o bilhete que deixou pela manhã, sim, importa muito — continuei a me aproximar, mantendo o tom sério para ela. — O que levou de mim?
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  — Ainda não descobriu? — Finalmente ela voltou seu olhar para mim.
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  — Acho que terá que ser bem mais clara e direta — retruquei, a encarando.
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  Senti meu corpo arrepiar com aquele olhar intenso que emanava dela. O que me atraiu desde o início. Ela girou o corpo para se manter totalmente de frente para mim.
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  — Por que escolheu medicina em Stanford? — indagou ela, era notório sua surpresa em me ver ali. — Todos sabem que Harvard é bem melhor.
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  — Se me responder, eu te respondo — disse com mais serenidade no olhar.
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  — Hum… — ela sorriu de canto. — Pode me chamar de garota da Califórnia.
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  Antes mesmo que eu pudesse reagir, ela deu impulso e iniciou um beijo doce, envolvente e cheio de malícia. Era notório que eu não conseguiria obter as respostas do meu jeito, então apenas me deixei ser guiado pelo seu jogo de sedução que certamente renderia a noite toda naquele terraço. E quem ligava para a casa cheia no andar de baixo, era certo que estar ali sob as estrelas, era estritamente proibido para os convidados.
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  Sorte a minha.
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  A vida adulta não tem sido fácil não é mesmo, meu querido %Nick%? Ser independente tem seu lado da liberdade e ao mesmo tempo a realidade dos boletos. Mas estando de volta ao lar de sua infância, certamente nosso famoso Bellorum terá as mais inusitadas experiências acadêmicas. Pelos menos, no que depender de nossa misteriosa California Girl.
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E quem sou eu?
Esse segredo eu não conto para ninguém!
- Xoxo, G’G.

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Lelen

OOOOWN, as coisas estão começando a se encaixar na vida do Nick <3
Fico feliz, apesar de saber *especulando* que o final feliz ainda tá meio longe pra todo mundo. Agora todo mundo tem seu parzinho KKKKKKKK
Agora precisamos fazer Violet ver a merda que fez e M e V voltarem a conversar e ser melhores amigas e PRECISAMOS DESCOBRIR OS SEGREDOS DO PASSADO DE MILLA, OK? OK. OBRIGADA.
Aguardando a atualização <3

Pâms

Uma hora a gente chega no final feliz

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