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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

23 • Cry in the Rain

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

Eu nunca deixarei você ver
Como o meu coração partido está me machucando
Eu tenho meu orgulho e sei como esconder
Toda a minha tristeza e sofrimento
Eu vou chorar na chuva.
- Crying In The Rain / A-Ha

  - %Milla%

Noite do baile de formatura…

  Eu não tinha forças nem mesmo para me mover e sair dali. Com a chuva escorrendo pelo meu corpo, as lágrimas sem pedir licença rolavam junto pelo meu rosto. Meu coração machucado e meu orgulho ferido. Eu sabia que aquela cena toda não tinha saído da %Violet%, quem havia orquestrado era a Collins. Mesmo triste, não culpava minha amiga, eu realmente tinha mentido para ela, mas por ora, a deixaria acreditar que eu era realmente a Allison Sollary
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  — Não deixarei que fique na chuva — uma voz firme soou, e logo alguém se colocou ao meu lado.
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  Ergui minha face para ver a quem pertencia. Seu olhar profundo para mim, fez meu corpo estremecer, talvez pelo frio trazido pela chuva ou não… Ele estava com o guarda-chuva nas mãos, nos cobrindo por instante, então me entregou. Assim que segurei o objeto, ele me pegou em seu colo sem se importar por eu estar totalmente molhada, me levou até seu carro e me colocou no banco da frente, com o cuidado de encaixar o cinto de segurança. Estava tão paralisada com tudo que tinha acontecido, que somente o permiti cuidar de mim sem contestar nada. 
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  Mesmo sendo uma menina má e mentirosa, um anjo tinha me salvado da forte correnteza da vida que queria me afogar. Se era minha segunda chance eu não sabia, mas deixaria ele cuidar de mim. Assim que ele ligou o motor do carro, voltei meu olhar para a janela e vi %Nick% de longe. 
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  Será que ele sabia o que tinha acontecido comigo?
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  Seguimos pelas ruas de Manhattan, até chegar a um edifício residencial simples e modesto. Após desligar o carro no estacionamento do prédio, ele novamente veio até mim. Abrindo a porta do carro, me pegou no colo novamente. Se eu tinha forças para andar? Não sabia. Mas estar em seus braços me fazia sentir tão segura que não queria sair dali. 
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  A porta do seu apartamento se abriu. Me deparei com um lugar arrumado e confortável à primeira vista. Poucos móveis, estilo industrial e bastante contemporâneo também. O anjo me levou até o quarto no segundo andar. Pelo que entendi, ele morava na cobertura. Pois tinha uma porta que dava para o terraço.
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  — Aqui está segura — disse ele, com sua voz séria ao me colocar sentada na poltrona ao lado da janela. — Tem toalhas limpas no banheiro, pode pegar uma roupa minha… — ele apontou para a direção correta, indicando o caminho. — Precisa se trocar, se continuar molhada pode ficar doente.
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  Seu olhar sereno fazia meu corpo estremecer novamente. Aquelas ordens de pai preocupado me deixava ainda mais impressionada.
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  — Obrigada — foi a única palavra que consegui dizer.
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  — Vou preparar um chá para te manter aquecida — disse ele, se afastando.
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  Eu não sabia quem ele era, mas sabia que estar ali era a melhor coisa que tinha me acontecido em anos. Respirei fundo e me levantei. Senti uma leve dor em meu tornozelo, meu tropeço na escadaria tinha sido sério. Caminhei lentamente até seu guarda-roupa e abri, encontrando a mesma organização da casa ali dentro. Algo que me constrangeu um pouco. 
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  Olhei por um tempo, tentando conhecer aquele homem através do seu estilo. Tinha alguns jalecos de cozinheiro dependurado, me chamando atenção. Abri uma das gavetas e, curiosamente, encontrei roupas femininas. Será de alguma namorada? Me deixei ficar triste pela indagação, mas logo voltei a mim e peguei uma blusa de moletom dele. Fui ao banheiro e tomei um banho quente. A parte ruim é que teria que me contentar com minha lingerie meio molhada. Fiquei somente com a calcinha e coloquei a roupa dele em meu corpo. Após ficar longos minutos encarando meu reflexo no espelho, saí do quarto. 
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  O rapaz misterioso estava encostado na bancada da cozinha, com uma xícara ao lado que parecia me esperar. Seu olhar atento a mim, me deixava ainda mais curiosa sobre ele.
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  — Tentei não demorar muito no banho — disse num tom baixo. — Não quero abusar da hospitalidade.
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  — Fique à vontade. — Ele se manteve sério.
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  Observei de leve que ele também havia trocado seu terno molhado, por uma t-shirt preta básica e uma calça de moletom cinza.
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  — É para mim? — perguntei me referindo à xícara.
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  — Sim. — Ele pegou a xícara e me entregou. — Cuidado ao tomar, está quente — advertiu.
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  — Obrigada — disse ao pegar.
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  Dei alguns passos até o sofá e me sentei. Senti uma leve dor no tornozelo, mas reprimi. Não estava em condições de abusar ainda mais de minha hospedagem.
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  — Seu tornozelo — observou ele. — Eu a vi caindo, está machucado?
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  — Sim — assenti —, mas vai ficar bom logo.
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  — Não quer ir ao médico?
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  — Não. — Tomei o primeiro gole. — Se eu puder, gostaria de ficar inativa aqui por um tempo.
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  — Fique o tempo que precisar — disse ele.
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  — Obrigada — sussurrei.
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  Voltei meu olhar para à televisão que estava desligada. Minha mente tão cansada estava lutando para me manter acordada a tempo de terminar o chá. Nem mesmo me atentei que ele me conhecia, mas eu mesma nem sabia seu nome. Eu poderia ter aproveitado para perguntar, e levando em consideração os homens que conhecia, todo aquele mistério por trás do meu anjo salvador era tão atraente. Minhas pálpebras ficaram mais pesadas após o último gole e me fizeram adormecer sentada no sofá. 
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  Foi uma noite tranquila de sono, como não tinha há anos. E pela manhã, acordei me esticando na cama. Cama?! Abri meus olhos de imediato e me vi deitada na cama dele, no quarto dele. De fato, meu anjo era mesmo um cordial cavalheiro que tinha me cedido seu conforto. Me espreguicei e levantei da cama, voltei meu olhar para um bilhete deixado por ele na mesa de canto. 
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  — Espero que tenha tido uma noite tranquila, deixei o café servido, fui para meu restaurante — sussurrei lendo, admirei um pouco por sua letra ser tão bonita. — Então ele tem um restaurante, está explicado aquela roupa de cozinheiro.
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  Entrei no banheiro e lavei o rosto. Fiquei um tempo olhando meu reflexo no espelho. Quem diria que há dois dias eu estava cem por cento confiante do sucesso que seria meu baile de formatura. Quem diria que tudo terminaria daquela forma. Só tinha uma coisa a fazer, seguir em frente. Mesmo não sabendo como, eu tinha que seguir em frente. De repente, um som estranho vindo do andar de baixo despertou-me dos meus pensamentos. Saí do banheiro e ouvi uma voz masculina, a pessoa estava subindo as escadas. 
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  — %Joseph%? Está em casa? — Ouvi o homem dizer, parecia uma voz meio conhecida — %Joseph%…
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  Ele parou ao subir o último degrau e me ver. Seu olhar foi discretamente do meu rosto até os pés. Certamente reconhecendo as roupas do dono da casa em meu corpo.
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  — Você não é o %Joseph% — disse ele, num tom de brincadeira, com o olhar curioso como se me reconhecesse. — Você é a aluna do Constance… %Milla%, não é?
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  — Sim, e você é o Victor Tenebrae, o representante de Yale. — Confirmei me lembrando dele também.
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  — Então se lembra de mim. — Ele sorriu de canto, mantendo seu olhar curioso, certamente se perguntando o motivo da minha presença ali. — Eu posso entender o que faz no apartamento do meu irmão, %Joseph%?
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  — Seu irmão?!
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  Então seu nome completo era %Joseph% Tenebrae. Suspirei fraco. 
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  Que mundo pequeno, não?!
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  — Sim. O que faz aqui? — insistiu ele.
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  — Ah… Bem, é uma longa história — disse, um pouco sem graça.
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  História essa que tive o prazer de contar sentada na mesa do café. Victor fez questão de me acompanhar, demonstrando atenção a cada palavra que eu dizia. Para minha surpresa ele não sabia sobre o site da G’G. Quem não conhecia ela?! Todas as fofocas de Manhattan eram reveladas por ela. Mas enfim, ao entrar em seu site e passar as postagens, ele viu a minha foto sendo resgatada por seu irmão.
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  — Eu lamento que algo assim tenha te acontecido — disse ele, ao desligar a tela do celular e guardar no bolso da calça.
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  — Algo assim mancharia meu currículo em Yale? — perguntei de imediato.
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  — Hum… Não sei dizer. Talvez não, já que sua carta de recomendações foi muito bem escrita pela diretora Queller — respondeu ele prontamente. — Ainda está interessada nessa universidade?
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  — Sim, com certeza. — Sorri de leve. — Mas, por que nessa universidade, como se não pertencesse a ela?
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  — Infelizmente tenho que lhe informar que não sou mais o representante de Yale — comentou ele.
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  — Por quê? — indaguei curiosa.
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  — Assuntos de família — respondeu ele, sem detalhes.
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  Se para ele era um encerramento, para mim Yale seria mais do que nunca meu passaporte para um novo começo. Seria complicado deixar aquela pessoa para trás. Talvez eu devesse pensar mais sobre o assunto, afinal essa universidade nunca foi exatamente meu sonho. 
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  — Vai ficar aqui por mais tempo? — perguntou Victor.
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  — Até minha carta de Yale chegar, talvez — respondi. — Por quê?
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  — Estou admirado por meu irmão tê-la abrigado, ele não é muito sociável. — Ele riu baixo. — Principalmente com quem ele não conhece.
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  — Percebi — comentei.
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  Do pouco que observei, %Joseph% se mostrou um homem silencioso. Tinha um charme nisso que me chamava a atenção. Passei mais algum tempo conversando com Victor até %Joseph% chegar pouco tempo depois de anoitecer. Pensei que ele demoraria mais em seu restaurante em um dia de movimento. Fiquei um tanto quanto intrigada por voltar tão cedo.
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  — Victor, o que faz aqui? — perguntou ele ao ver seu irmão com uma toalha na mão enxugando os pratos.
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  — Vim conversar com meu irmão, mas acabei encontrando outra pessoa em seu lugar. — O olhar de Victor para mim, seguido de um sorriso malicioso que foi notado por seu irmão.
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  — Você abriu a porta para ele? — Traços de aspereza na voz saíram dele.
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  — Não — Victor se colocou em minha frente. — Esqueceu que eu tenho a cópia da chave?
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  %Joseph% manteve seu olhar em mim. Eu não tinha culpa da presença do seu irmão. E não iria tratá-lo com indiferença só por não ser a minha casa.
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  — Eu… Vou deixar vocês a sós — disse um tom baixo, me movendo com certa dificuldade até a escada.
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  Não entraria no meio de um relacionamento visivelmente conturbado entre irmãos. E que irmãos… Fiquei no quarto de %Joseph% olhando o movimento da rua pela janela. Foram minutos em completo silêncio até que meu anfitrião entrou pela porta.
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  — Me desculpe por agir daquela forma — disse ele, num tom mais brando agora.
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  — A casa é sua. — Tentei não me importar com seus bons modos diante do irmão.
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  Mas era novidade saber que ele tinha um lado assim.
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  — Não gosto muito de receber visitas do Victor — confessou. — Mesmo sendo meu irmão, temos pensamentos diferentes…
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  — Então por que ele tem a chave daqui? — Interrompi, o confrontando com a realidade.
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  — Comprei esse apartamento dele e me esqueci de trocar a fechadura — respondeu.
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  — Hum…
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  — Sei que não quer sair daqui, mas posso te levar a um lugar? — perguntou ele, mudando de assunto.
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  — Eu serei vista por alguém? — perguntei com receio.
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  — Te asseguro que não. — Seu tom sincero me convenceu.
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  — Então tudo bem. — Sorri de leve para ele.
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  %Joseph%, mesmo com seu rompante, ainda me passava segurança. Foi um tanto surpreendente quando eu desci do carro dele e reconheci o lugar para onde tinha me levado. Aquela clínica tão amigável de todos os dias. Se estávamos ali, então significava que %Joseph% sabia sobre meu verdadeiro segredo.
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  — Dra. Charlot? — disse quase estática.
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  — Oi, querida. — Ela sorriu e me abraçou com carinho. — Que bom que aceitou vir. Obrigada por trazê-la, querido.
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  Querido? Pensei comigo, tentando não ficar estática.
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  — Não foi nada demais, mãe — respondeu %Joseph%.
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  Mãe?! Eu a olhei mais surpresa ainda.
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  — Ele é seu filho? — perguntei em quase sussurro.
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  — Sim — explicou ela, se sentando na cadeira. — %Joseph% é o presente que a vida me deu.
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  — Então… Foi por isso que ele apareceu na escadaria? — Olhei para ele, tentando decifrar sua presença naquela noite.
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  — Sim, foi por um pedido meu e que bom que ele foi. — Ela sorriu com a mesma doçura de sempre. — Assim pode te ajudar.
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  %Joseph% se afastou de nós para atender uma ligação.
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  — Mas por que pediu para ele ir? — Me aproximei mais dela.
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  — Pedi a %Joseph% para ir ao seu baile e tirar umas fotos para mostrar àquela pessoa — disse ela. — Hum… Eu estou no meu intervalo, que tal irmos à lanchonete?
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  Assenti sem problema e segui com ela. Sentamos em uma mesa e começamos a conversar.
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  — Fiquei surpresa quando %Joseph% me disse que você tinha passado a noite no apartamento dele. Ele é um estranho para você — comentou ela.
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  — Se todos os estranhos fossem respeitosos e cavalheiros como seu filho, o mundo seria bem melhor — admiti, soltando um suspiro cansado. — Mas confesso que estava tão paralisada ontem que nem mesmo raciocinei direito, só queria desaparecer.
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  — E conseguiu — ela riu baixo. — Todos estão se perguntando para onde você foi, quem é o seu cavaleiro salvador.
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  — Queria que se esquecessem de mim por um tempo — confessei.
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  — %Milla%, você marcou a todos com sua presença forte, não tenho certeza que vão te esquecer assim. — Errada ela não estava.
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  — Ainda assim, não sei se eu quero voltar. — Soou como um desabafo. — Tenho pensado em recomeçar longe de todo esse alvoroço que Upper East Side nos proporciona.
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  — Vai mesmo para Yale? — perguntou ela.
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  — Estou pensando… Ao mesmo tempo que quero ir, também sinto que não posso me afastar daqui, daquela pessoa. — Admiti.
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  — E já pensou em uma segunda opinião?
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  — A essa altura do ano letivo, não conseguiria nada melhor que a Universidade de NY — respondi. — É pública, não vou precisar depender de ninguém e poderei morar no dormitório, posso tentar um estágio ou algo assim no segundo semestre. E não seria uma má ideia fazer um bazar com as roupas que não uso mais.
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  — A cada dia fico mais admirada com sua força — elogiou ela.
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  — Às vezes, eu também — confessei.
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  Ficamos mais algum tempo conversando. 
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  Não demoramos muito, pois %Joseph% tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Só de lembrar que ele era filho de uma mulher maravilhosa com a dra. Charlot, me deixava ainda mais curiosa. Eu não o conhecia, mas ele sabia quem eu era, sabia sobre minha vida. Nunca imaginei que a dra. Charlot pudesse ter filhos já mais velhos. Que ela era divorciada eu já sabia, mas com filhos não. 
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  Os dias seguiram, comigo em sua casa e vendo meu anfitrião somente em seu retorno à noite. Ou melhor, eu não o via, pois quando ele retornava, eu já estava adormecida no sofá à sua espera. E misteriosamente, eu sempre acordava na cama no dia seguinte, o que me deixava ainda mais fascinada.
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  — %Joseph% — disse ao descer as escadas de manhã e o ver encostado na bancada da cozinha com as mãos no bolso da calça.
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  Sério e sereno como sempre. Fazendo meu corpo estremecer apenas com o olhar.
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  — Bom dia — disse ele.
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  — Bom dia — respondi. — Não vai trabalhar hoje?
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  — Vou. — Ele respirou fundo. — Só esperei que acordasse para dizer que não precisa me esperar chegar.
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  — Me desculpe, me levar para cama todas as noites deve ser muito… — eu tentei me colocar no lugar dele. — Estou sendo inconveniente.
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  — Apenas não me espere — disse ele com suavidade na voz. — Tenho tido dias intensos no restaurante, por isso estou chegando tarde.
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  — Não precisa se explicar — disse meio sem graça.
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  — Eu preciso ir agora. — Ele sorriu de canto, discretamente.
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  Então se retirou. 
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  Tomei meu café da manhã normalmente como todos os dias. Mesmo tentando desviar das notícias do site de fofocas ou de qualquer outra coisa. Era mais forte do que eu. Sentia uma imensa vontade de ligar para %Nickolas% e perguntar como estava sua vida em Stanford e quem era a tal California Girl que a G’G tanto mencionava ser a nova dona de sua atenção. Entretanto, eu precisava entender o que faria com a minha vida, focar na direção que seguiria agora que estava completamente sozinha. 
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  Segui meu dia à espera do funcionário de %Joseph% que levaria meu almoço. Pouco antes do final da tarde, recebi uma visita inimaginável.
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  — %Lance%?! — disse ao abrir a porta. — O que faz aqui?!
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  — Olá mistery queen. — Ele sorriu debochadamente. — Não vai me convidar para entrar?
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  — Não sou mais uma rainha. — Abri mais a porta, para que ele entrasse.
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  — Eu não acho — disse ele, com sua voz suave.
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  — Como me achou aqui? — perguntei, fechando a porta e voltando meu olhar para ele.
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  — Tenho amigos que têm amigos, que me conseguem informações — explicou do seu jeito %Lance% de ser.
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  — O que quer aqui? — Fui direto ao ponto, sem paciência para seus jogos.
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  — Vim buscá-la e te levar para casa. — Ele devolveu sem rodeios.
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  — Não tenho casa, %Lance% — retruquei. — E estou muito bem aqui.
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  — É claro que você tem uma casa — insistiu ele — A minha.
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  — O quê? — Ri da cara dele.
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  Porém, assim que %Lance% começou a contar o que estava acontecendo e o motivo dele estar ali. Meu riso desapareceu e mais uma vez senti o mundo caindo sobre mim. Minha mãe, que havia me abandonado, estava de volta em Manhattan. Pior, estava casada com o pai do %Lance%. Pior ainda, ela queria que eu morasse com eles.
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  — Espera, deixa eu ver se entendi — respirei fundo. — Minha mãe e seu pai, com direito a meia irmã mais nova?!
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  — Isso mesmo. — Seu olhar estava tão sereno que não tinha como ser mentira.
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  — Minha mãe?! Penny Allen??
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  — %Milla%, como acha que descobri todos os seus segredos? — Ele riu com ironia. — Nós dois sabemos que você não é a Allison. Sua mãe está viva e casada com meu pai, isso é um fato.
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  — Mas o que você disse a Collins? — retruquei.
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  — A Collins interpretou errado — explicou ele, aparentemente cansado de toda onda de segredos. — Mas ela não importa agora, o que importa é que estou aqui para te levar para casa.
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  — E se eu não quiser? — retruquei.
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  — Aí, eu é que estarei em uma má situação — disse ele, colocando as mãos nos bolsos da calça, um tanto pensativo. — E eu a terei que persuadir. Se é que me entende.
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  — %Lance%?! — Era difícil de acreditar naquilo.
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  — %Milla%, sendo sincero, eu fiz um acordo com meu pai — confessou. — E você vir morar conosco faz parte desse acordo. 
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  — Não sei se conseguiria, nem mesmo sei se tenho forças para encarar minha mãe. Sinto que o mundo caiu sobre mim. — Eu fui honesta com ele, estava mesmo cansada de tudo aquilo.
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  — Você terá, eu estarei ao seu lado. — Ele estendeu sua mão. — Estamos no mesmo barco, minha cara.
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  — Você acha?
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  — Meu pai com a sua mãe. — Ele sorriu de canto. — O único jeito de sobreviver a isso, é nos unirmos. 
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  Assenti, mesmo insegura e segurei em sua mão. Eu já estava totalmente desabada e pior não poderia ficar. No caminho em direção à minha nova realidade inesperada, nós começamos a conversar um pouco sobre assuntos aleatórios e as histórias do lado homem de negócios dele.
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  — Um presente não pode ser reivindicado, não é mesmo? — Ele riu ao contar sobre sua ferrari quase ser confiscada pelo pai.
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  — De fato — concordei rindo.
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  — Então vendi meu carro e comprei o Vitrola — contou ele.
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  — Você vendeu seu carro para comprar um bar? — O olhei impressionada.
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  — Vendi meu carro para realizar um sonho — corrigiu ele e explicou. — Reerguer o Vitrola neste um ano que ganhei de férias foi um dos acordos do meu pai para que eu provasse meu valor para os negócios.
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  — Quem te viu e quem te vê, %Lance% Village. — Boquiaberta eu estava.
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  O libertino havia amadurecido mais do que imaginava.
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  — Uma hora temos que crescer, não é mesmo? Não dá pra continuar a vida como adolescentes vivendo apenas de festas — admitiu ele.
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  — Eu não vivia apenas de festas, apesar de organizar muitas — brinquei.
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  Ele me olhou sério, então riu um pouco.
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  — Uma rainha não pode negar diversão aos seus súditos — brinquei.
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  — Nisso, tenho que concordar. — Ele sorriu de canto.
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  Nunca imaginei tal situação, mas daquele dia em diante, eu e %Lance% seríamos parceiros de sobrevivência.
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  Mais um segredo revelado seguido de novidades em Upper East Side.
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  Nossa querida mamãe retornou como a senhora Village e quer se reencontrar com a filha abandonada. Será que nosso querido %Lance% vai mesmo conseguir assegurar a presença de %M% na mansão da família perfeita? E o que dizer do Tenebrae, %Joseph%, o anjo salvador que já está despertando o interesse da nossa mistery sempre queen.
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E quem sou eu?
Esse segredo eu não conto para ninguém!
- Xoxo, G’G.

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Lelen

EU ACHO que a Allison é a irmã da Milla? /hummm
Mas eu tinha a sensação de que as duas não eram a mesma pessoa. Vamos ver o que vamos descobrir sobre essas personagem, né?
E meu santo Deus, esse povo adora se encontrar em situações inusitadas, Lance e M são quase irmãos agora, GZUS!
Eu espero que a Violet perceba logo a burrada que fez e ela e a Milla voltem a ser BFFs, sdds já da amizade delas.
PRECISAMOS SABER QUAL O GRAU DE ENVOLVIMENTO DO JOSEPH COM O PASSADO DA MILLA, JÁ NA MINHA MESA, SENHORITA PÂMS!
Quero guardar o Joseph num potinho, ele é precioso demais pra esse mundo feio 🙁

Pâms

Olha as teorias kkkkkkkkkkkk

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