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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

17 • Ratatouille

Tempo estimado de leitura: 26 minutos

A whole new world
A new fantastic point of view
No one to tell us no
Or where to go
Or say we're only dreaming.
- A Whole New World (2019) / Aladdin

  - %Violet%

  %Lance%, com seu bom cavalheirismo, me levou ao lugar mais inusitado que eu poderia imaginar. Um piquenique casual e improvisado no Central Park, com um belo passeio no lugar de um simples café da manhã no hotel. Village tinha mesmo seus mais surpreendentes métodos para deixar uma mulher sem palavras, e a cada olhar intenso dele para mim, um arrepio diferente em meu corpo.
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  — Eu não consigo me lembrar qual foi a última vez que fiz isso — comentei, ao pegar um dos morangos que estava na cesta de frutas e levar à boca. — Geralmente, era sempre o Alfred que nos proporcionava essas aventuras; meu pai sempre trabalhando e minha mãe com suas aversões para natureza, nunca tinham tempo para programas em família no Central Park.
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  — Eu me lembro bem da minha última vez — comentou ele com o tom nostálgico em sua voz, provavelmente voltando às memórias de sua infância. — Minha mãe sempre fazia isso, mas nosso piquenique era no terraço do hotel e geralmente à noite, quando meu pai estava se divertindo com alguma amante.
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  — Hum… — eu não sabia o que dizer a ele, mas me atrevi a perguntar. — Você sente falta dela? Da sua mãe?
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  %Lance% Village parecia um livro aberto à primeira vista. 
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  Nunca foi de esconder sua vida recheada de aventuras sexuais e algumas travessuras também, ou negar suas infrações de trânsito sempre mencionadas pela G’G, ou as muitas festas que transbordavam escândalos que quase mancharam a imagem de seu pai, e menos ainda tentou subornar as pessoas para falarem bem dele. Entretanto, a única parte de sua vida que sempre omitia, era voltada à mãe. Minhas memórias relacionadas à senhora Mercedes eram escassas, contudo, seu sorriso gentil e a forma atenciosa que tratava todos era notório. Uma mulher maravilhosa, segundo as palavras do meu pai. A recordação mais marcante foi do dia em que ele recebeu a notícia da doença dela e sua internação, uns cinco anos após o divórcio dos pais.
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  A fase mais escura e fria de sua vida.
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  — Hum… — Ele pareceu não saber o que responder.
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  — Que pergunta a minha, claro que você deve sentir saudades dela — tentei contornar a situação para não lhe causar desconforto. — Acho que até eu sentiria falta da minha mãe se algo assim me acontecesse, mesmo ela sendo como é.
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  — Agradeço por entender. — Ele manteve o olhar fixo em mim, me observando com profundidade.
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  Aquilo sim me constrangia, mesmo quando eu me esforçava a olhar para a paisagem e agir com naturalidade. Contudo, a intensidade que vinha dele era extremamente perceptível e conseguia sentir com o menor esforço, o que me causava certa insegurança e timidez. 
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  Afinal, estamos falando do %Lance%.
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  Aquele %Lance% que sempre joga charmes para as mulheres à sua volta.
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  Aquele que depois de muito tentar, conseguiu arrancar um beijo da minha amiga.
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  O libertino mais obstinado que eu conhecia.
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  — Que tal esquecermos do passado e falar do futuro? — pronunciou ele, dando um sorriso de canto bobo.
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  — E que futuro vamos falar? — perguntei, me fazendo a inocente.
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  — Seu futuro acadêmico — respondeu ele, me observando. — A não ser que queira falar sobre outro.
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  Ele não desistia mesmo em suas provocações. Mas não me contive em soltar um suspiro aliviado. Quanto àquilo eu já sabia a resposta.
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  — O que quer saber sobre meu futuro acadêmico? — indaguei, ajeitando de leve a blusa em meu corpo que estava estranha.
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  — Você já tem o curso, já escolheu a universidade? — continuou ele.
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  — %Milla% me aconselhou a Le Cordon Bleu — contei a ele. — Dizem que é a melhor em gastronomia.
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  — E você pensa em se mudar para Paris? — indagou, voltando o olhar para frente e tombando o corpo para trás, deitando-se na grama.
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  — Eu não sei, se for pensar, eu já estava quase de malas prontas para Yale — respondi pensativa na ideia.
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  — É um pouco diferente você ir para outro estado e ir para outro país — argumentou ele. — Tem certeza que é esse o curso?
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  — Por que está me perguntando isso? Não acha que posso seguir essa carreira? — aquilo me deixou chateada com ele.
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  — Não é isso. — Ele respirou fundo, mantendo o olhar no céu. — Só pergunto porque é uma área bem extensa, com várias especialidades, não precisa se limitar à gastronomia francesa se não quiser… Se posso dar a minha opinião, acho que deveria conhecer melhor o que quer para descobrir aquilo que vai te deixar feliz.
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  — Agradeço o conselho e vou levá-lo em consideração. — Eu o olhei com um sorriso discreto no rosto e voltei meu olhar para o lago em nossa frente.
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  — Eu não falo apenas do seu curso — reforçou ele.
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  Eu o senti movimentar ao meu lado e ficando sentado novamente, em instantes o toque de suas mãos acariciando meus cabelos me fez arrepiar involuntariamente, me deixando meio assustada.
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  — Não vai terminar o café? — perguntou ele, após um longo silêncio entre nós.
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  — Estou satisfeita, agradeço o convite. — Eu voltei meu olhar para ele e sorri com gentileza. — Foi a minha melhor manhã deste ano.
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  — Fico feliz em te proporcionar isso. — Ele sorriu de volta.
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  Me deixando ainda mais estática com tamanha sinceridade e serenidade em seu olhar.
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  — Que tal uma caminhada para a digestão? — brincou ele, se levantando.
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  — Acho que seria legal… Mas e essas coisas? — Eu olhei para a cesta de alimentos e o tecido em cima da grama.
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  — Fique tranquila, virão buscar — assegurou ele, esticando a mão para que o deixasse me guiar. — Não acha que temos muito a aproveitar nesta manhã ensolarada?
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  Assenti com o olhar e segurei em sua mão, logo iniciamos a caminhada. Nossa localização era próxima ao lago da região sudoeste do parque. Um dos locais menos movimentados do lugar e mais tranquilos em questão de poluição sonora dos carros ao entorno.
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  — Para o final da primavera, estou surpresa pelo tamanho calor que está fazendo hoje — comentei, mantendo meu olhar para os canteiros de flores que tinha próximo.
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  — Bem, eu poderia te refrescar se quiser — brincou ele, que de braço dado comigo deslizou sua mão até segurar minha mão de repente, nos parando ao lado de uma das árvores.
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  O sol da manhã não estava tão forte e tinha as sombras das árvores, porém parecia um daqueles dias quentes e abafados de verão. Frente a frente com ele, parecia que o clima entre nós estava ainda mais caloroso que o final da estação. Lembrando de como foi o verão passado, eu jamais imaginaria estar em um momento como aquele com %Lance%. Contudo, aqui estamos nós, e seu corpo a cada instante se aproximando mais do meu, e já havia lhe barrado mais cedo, ele sabia dos meus pensamentos sobre suas brincadeiras comigo. 
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  Mas por que sua voz me transmitia tanta sinceridade assim? 
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  Se ele se manteve interessado em %Milla% por todo aquele tempo, por que brincar comigo daquela forma?
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  — Está com medo? — sussurrou ele, ao deixar seu rosto bem próximo.
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  — %Lance%… — sussurrei de volta, sentindo um frio passar por mim, com o toque mais acentuado dele na minha cintura. — Somos amigos… Não somos?
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  — Talvez eu queira ser mais do que isso. — Ele puxou meu corpo para mais perto e sem que eu pudesse pensar em reagir, seus lábios encostaram nos meus em um toque doce e suave.
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  Meu corpo estremeceu de leve e meu coração acelerou de imediato, talvez por %Lance% deixar o momento mais intenso, ou por simplesmente eu não conseguir pensar em mais nada, pois minha mente em branco apenas conseguia se limitar a mover os músculos do meu corpo em retribuição ao beijo. A forma delicada com que me aninhava em seus braços e me fazia sentir como a única pessoa naquele lugar, em total segurança e proteção. 
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  Droga! 
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  Seria maluco dizer que ele estava mesmo me deixando confortável como se estivesse me refrescando? 
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  Não, eu não posso continuar com isso. 
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  %Violet%, volte à realidade.
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  — O que você fez?! — sussurrei, ao forçar minha sanidade voltar ao eixo e olhá-lo estática por tudo.
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  — Apenas abri seus olhos. — Ele sorriu de canto dando dois passos para trás, olhando o relógio em seu pulso. — Adoraria continuar a te acompanhar, mas tenho a organização de uma festa para supervisionar.
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  Eu não consegui retrucar suas palavras, apenas me acalmei internamente.
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  — Te espero para esta noite? — perguntou ele, mantendo a serenidade no rosto como se não tivesse acontecido nada momentos atrás. — Na White Party?
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  — Provavelmente não, mas tenho certeza que não farei nenhuma falta — respondi prontamente.
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  Meu clima para festas e recepções estava consideravelmente baixo.
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  — Engano seu. — Ele apenas piscou de leve e se afastou com um sorriso de canto discreto, me deixando ainda mais chocada.
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  Foi difícil não passar o dia com o beijo de %Lance% em minha mente. 
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  O gosto doce e malicioso dos seus lábios, misturados à profundidade do seu olhar. O que aquele libertino estava pensando? Como pode fazer isso comigo? Eu não queria concordar com a %M% sobre esse lado sedutor e envolvente dele, mas era real e estava me deixando em surtos internos. Ele conseguia despertar em mim algumas sensações desconhecidas que me deixavam assustada. Sensações que nem mesmo %Nick% me despertava. Que nem mesmo o Charles, com todo o seu cavalheirismo regado a lord britânico, me inspirava. E isso me deixava com medo.
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  À noite, deitada em minha cama com os olhos no teto, não resisti a refletir sobre as palavras dele sobre meu curso. Será que teria algum espaço na gastronomia que me fará feliz? Respirei fundo e me levantei da cama, dando alguns passos até a janela do meu quarto, em segundos avistei %Milla% chegando em casa, acompanhada de Matt. Estranho meu irmão ainda estar em casa, afinal, já deveria ter voltado a Harvard para planejar sua viagem com a tal professora. Não me importei muito com a famigerada amizade colorida dos dois, e já não fazia tanta questão de ambos ficarem juntos e sermos uma linda família feliz. Considerando que nem uma família os Vidal não eram mais e possivelmente não voltaríamos a ser.
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  Contudo, lá estava eu, no meio de um turbilhão de coisas acontecendo em minha vida, pensando no olhar daquele libertino para mim.
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  — Como eu faço para parar de pensar em você? — sussurrei fechando meus olhos e respirando fundo novamente. — Por que me beijou, %Lance% Village?
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  Minha sorte é que estávamos em um lugar tão reservado do Central Park que ninguém nos viu. E se tivessem registrado aquilo e enviado a G’G? Suicídio social? Seria uma catástrofe para mim. Não que eu desejasse reatar meu namoro com %Nick% e, sendo honesta, nem mesmo pensava sobre ter um futuro com ele como no início quando me pediu em namoro no meu baile de debutantes. As pessoas crescem, nós mudamos e novos sentimentos vão aparecendo, além de descobrir a fraqueza dos que tínhamos. Em algum momento eu realmente amei de verdade o %Nickolas%? Ou apenas queria tê-lo ao meu lado por um amor platônico de criança? Eu não me sentia segura o bastante para perder minha virgindade com ele e certamente estava relacionado aos reais sentimentos que tinha.
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  Flagrados a sudoeste do Central Park selando o primeiro beijo oficial do casal. Se nossa doce %V% acha que eu não estou sabendo de suas aventuras amorosas com o nosso libertino favorito, aqui estou eu para testificar que esta amizade está cada vez me deixando mais sedenta pelo seu desenrolar. Será que nosso %Lance% será capaz de despertar os mais profundos sentimentos de nossa delicada Dream Princess? Que os sonhos continuem…
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- Xoxo, G’G.


  Me afastei da janela e segui até a porta. 
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  Precisava de um bom chá para conseguir dormir. Ou pelo menos encontrar equilíbrio entre meus pensamentos e organizar minha mente. Saí do quarto e continuei pelo corredor até descer as escadas e cruzar com minha amiga aos risos com meu irmão. %Milla% ficou um pouco mais séria assim que me viu, depois ele. Confesso que tentei agir com naturalidade. Meses atrás, eu estaria em cólicas com desejo de contar tudo o que tinha vivido esta tarde para ela, mas olhando agora as coisas que descobri a seu respeito, eu apenas não me sentia mais motivada a compartilhar minhas inquietações.
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  — Não parem por minha causa — anunciei seguindo para a direção que pretendia —, só estou indo à cozinha em busca de um chá.
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  — Acho que Alfred ainda está acordado — comentou %Milla%, me analisando discretamente com o olhar. — E eu vou me recolher também.
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  — Já?! — Matt a segurou pela cintura. — É minha última noite aqui.
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  Ele se impulsionou para beijá-la, porém foi barrado.
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  — Você precisa pegar seu voo logo cedo e eu tenho um baile de formatura para organizar — retrucou %Milla%.
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  Eu apenas ignorei aquilo e segui para a cozinha. 
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  Alfred estava mesmo acordado e curiosamente preparando o chá de todas as noites. Eu ainda não sabia como, mas ele sempre parecia pressentir quando eu tinha minhas noites de insônia. Era o mordomo que mais parecia um pai atencioso, sempre cuidando de mim a todo momento. Permaneci em silêncio, o observando por um tempo, parecia estar se divertindo com o preparo.
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  — Senhorita, %Violet%. — Ele parou e me olhou com gentileza. — Precisa de algo?
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  — Você sabe que sim — assenti, me aproximando da bancada.
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  — Um chá quente para finalizar bem a noite… — Ele cantarolou um pouco e me serviu uma xícara, logo depois colocou um prato em minha frente. — Acompanhado de cookies com gotas de chocolate branco, seus favoritos.
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  — Isso está me lembrando as noites que me levava chocolate quente no quarto, quando criança — confessei, me sentando na banqueta e tomando o primeiro gole. — Você sempre fez o melhor chá do mundo.
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  — Minha querida, fico feliz que sempre goste do meu chá. — Ele manteve um sorriso no rosto e o olhar sutil. — Agora que te alimentei, vou me retirar para dormir, o Felix já deve ter se apossado de metade da minha cama.
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  — Aquele seu gato persa é um folgado — comentei.
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  — Verdade, mas é família — brincou ele, rindo um pouco.
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  Eu voltei meu olhar para a xícara, encarando-a um pouco enquanto controlava meus fixos pensamentos em um certo libertino, o que mais uma vez trazia o gosto do beijo a minha boca. Minha submersão em meus pensamentos não demorou muito, pois meu irmão entrou na cozinha, o que me surpreendeu. Não que eu tivesse ciúmes dele com a %M%, pelo contrário, nossa cumplicidade de irmãos aumentou muito após a chegada dela em nossas vidas. E Matt sempre foi meu melhor amigo e confidente em alguns momentos da infância.
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  — Olha só quem foi expulso de um quarto — brinquei, tomando outro gole.
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  — Engraçadinha. — Ele fez careta e se aproximou de mim, puxando outra banqueta para sentar ao meu lado. — O que faz aqui? Não deveria estar em uma White Party?
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  — Não tenho a vocação da nossa mãe — respondi prontamente, pegando um cookie para comer. — E não estou animada para festas, já basta o baile de formatura que terei que tirar forças para comparecer.
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  — Não é todo dia que você se forma no ensino médio — reforçou ele.
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  — Isso é verdade — concordei.
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  — Todo esse desânimo é pelo rompimento com o %Nickolas%? — indagou ele ao pegar um cookie também e dar a primeira mordida.
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  — Não, não é pelo %Nick%, vocês precisam parar de achar que minha vida e meus sentimentos são ligados a ele e giram em torno dele — desabafei um pouco, soltando um suspiro fraco. — São tantas outras coisas envolvidas.
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  — Como a briga dos nossos pais? O amante da mamãe? E nossa família em ruínas? — expôs ele, suas conclusões.
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  — Como sabia sobre isso? — perguntei a ele, em choque.
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  — Acha mesmo que sou inocente nessa história? — Ele reforçou seu olhar sério. — Não queria admitir, mas você foi a última a saber sobre isso e queria que não tivesse descoberto.
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  — Você já sabia? — Eu me senti um pouco traída por ele não ter me contado antes, porém, eu meio que tinha feito o mesmo relacionado ao ocorrido no aniversário de casamento dos nossos pais.
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  — Sim, descobri cinco anos atrás e não foi da forma mais legal. — Ele soltou um suspiro fraco, parecia se recordar
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  — Por que ela faz isso com o papai? — indaguei a ele. — Por que continuar em um casamento falido? Se ela não o ama mais, que vá embora. 
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  — Eu não sei o motivo dos dois, sinceramente nem quero saber, mas nosso pai sabe sobre o amante dela e se ele não se importa… — Matt voltou o olhar para frente. — Apenas não se desgaste com o problema deles, de certa forma, eles não vão deixar de ser nossos pais.
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  — Queria ficar tranquila como você, mas não consigo. — Voltei meu olhar para a xícara, o chá já estava morno. — Eu realmente não conseguiria viver um relacionamento assim.
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  Mas talvez eu já viva um relacionamento assim com o %Nickolas%. E por mais que ele não me traia fisicamente com a %Milla%, é nítido que ele ainda sente algo por ela.
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  — Não acho que vale a pena falar sobre esse assunto, o que importa é que no próximo semestre letivo você não estará aqui — continuou ele, tentando suavizar a conversa. — Estou feliz que tenha se resolvido com o seu curso, mesmo sendo algo que eu nunca imaginei para você.
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  — Acredite, eu também, nos dois sentidos — concordei, rindo baixo.
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  — Vai mesmo na gastronomia? — Ele manteve o olhar atento a mim.
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  — Sim, por mais insano que possa parecer, é algo que me enche os olhos — confessei. — E mesmo que ninguém acredite de fato, é o que eu quero.
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  — Eu acredito em você. — Ele manteve o sorriso no rosto. — Acredito tanto que pedi a um amigo para te ajudar a reforçar sua escolha.
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  — O que você está tramando? — Reforcei meu olhar desconfiado para ele.
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  — Nada. — Riu de leve. — Mas, você se lembra do %Joseph%?
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  — Sim, seu amigo que vimos naquele dia — assenti.
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  — Ele é dono do Moonlight, nós conversamos um pouco sobre gastronomia um outro dia e eu mencionei sobre você escolher esse curso — explicou.
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  — E o que tem? — Não estava entendendo suas intenções.
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  — Eu meio que considerei as falas do %Lance% quando diz que aprendemos na prática e pedi ao meu amigo para te apresentar a cozinha dele — completou Matt, me deixando embasbacada com o seu incentivo. — Não tenha isso como uma forma de te fazer desistir, mas quero que minha irmã vá para a faculdade segura do que quer. O que acha?
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  — Um dia com um chef de cozinha? — perguntei confirmando se eu tinha entendido certo.
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  — Sim. — Ele riu baixo — Você topa?
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  — Claro! Obrigada, Matt. — Eu me impulsionei e o abracei apertado.
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  — Me agradeça só depois que tiver seu diploma na mão — brincou ele, retribuindo o abraço. — Eu te amo, irmãzinha.
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  — Eu também te amo — disse, sentindo uma ponta de felicidade dentro de mim.
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  Eu não sabia o que iria fazer em meu dia na cozinha do Moonlight, não sabia como reagir ao gesto do meu irmão, mas sabia que estava empolgada. Matt me passou o contato do amigo e, após algumas mensagens, combinamos de ir na segunda-feira ao restaurante, pois era o dia menos movimentado e ele poderia me dar uma atenção mais especializada. Quando acordei cedo pela manhã, meu coração já estava em plena ansiedade para minhas atividades naquele dia. E foi tão relevante para meu currículo, que nem mesmo a diretora Queller se opôs à minha ausência nas aulas daquela manhã.
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  — Bom dia, senhorita, estamos fechados, o restaurante não abre para o almoço às segundas e terças — disse a recepcionista assim que eu passei pela porta do hall de entrada.
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  — Ah, eu… — Eu tentei formular uma explicação para ela, até que um homem passou por mim.
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  — Ela está comigo, Hill. — Reconheci a voz dele, era o amigo do Matt, logo seu olhar se voltou para mim, estava com um jaleco branco no braço. — Venha, vou te levar para conhecer minha cozinha.
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  Eu assenti prontamente e cheia de entusiasmo o segui até a entrada dos funcionários. Se eu já tinha me encantado com a arquitetura geral do salão, quando passei pela porta e me deparei com a cozinha do chef, fiquei ainda mais impressionada com tamanha perfeição. Uma estrutura impecável, a mistura do moderno minimalista e funcional, com mobiliário e eletros todos em aço inoxidável, milimetricamente organizados em suas prateleiras, as bancadas de trabalho identificadas com etiquetas e alguns folhetos de regras de higiene e trabalho espalhados em pontos estratégicos. Me deixou impressionada logo no início.
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  — %Violet%, não é? — perguntou ele, sobre meu nome.
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  — Sim, você é o %Joseph% — assenti. — Eu quase não acreditei quando o Matt me disse que tinha te pedido para abrir minha mente sobre a gastronomia.
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  — Ah, sim, ele me falou da sua decisão e de como chegou nela, foi bem inusitado — confessou ele, mantendo seu olhar bem longe de mim, e totalmente concentrado nos ingredientes que estavam na bancada a sua frente. — Não quero desanimá-la, mas não pode basear seu futuro em uma animação da Pixar, por isso concordei em te apresentar a minha cozinha.
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  — Para me mostrar que a gastronomia é coisa séria? — disse, fazendo referência à fala do personagem Ego.
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  — Não. Para te mostrar que a gastronomia é a melhor escolha que você pode fazer. — O olhar dele se manteve sério para mim, porém tinha um toque sutil de brilho e inspiração.
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  Além de toda magia que envolvia o universo daquela cozinha, foi bastante óbvio notar que ele é uma pessoa bem silenciosa e expressiva com o olhar. E por mais que não dissesse muito o que estava fazendo com todos aqueles ingredientes, em alguns momentos ele me explicava a parte criativa de suas atividades. E de como se sentia livre naquela cozinha. Uma característica que não sabia que eu tinha e acabei encontrando? Posso ser bastante observadora quando preciso e aprendi muito só de apenas olhá-lo.
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  — Quando você soube que era isso que te fazia feliz? — perguntei curiosa ao finalmente sentir minhas pernas cansadas e puxar uma banqueta para sentar. 
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  — Quando eu tinha seis anos e fiz minha primeira fornada de cookie com minha avó materna — respondeu ele, mantendo a atenção no risoto que preparava. — Foi quando percebi que podemos transmitir o que sentimos através da comida.
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  — Sério? — Fiquei impressionada.
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  — Jamais cozinhe quando estiver triste, os alimentos sentem e a comida não fica boa — reforçou ele.
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  — E como você faz para controlar o que sente? Nem todos os dias acordamos de bem com a vida — argumentei.
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  — Um chef nunca revela o seu segredo — ele brincou e, pela primeira vez naquele dia, pude ver um fragmento de sorriso no canto do seu rosto. 
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  O que me deixou fascinada.
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  De um passeio refrescante a um dia com o chef, as movimentações na vida de nossa Princess estão intensas e cheias de surpresas. E agora temos a magia que a gastronomia lhe apresenta da forma mais inesperada que se teve. E fico me perguntando… Será que esta fascinação se restringirá apenas à cozinha, ou o nosso querido libertino terá um rival Tenebrae em potencial pela frente?
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E quem sou eu?
Este segredo eu não conto pra ninguém. 
Xoxo, G’G.

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Lelen

POR FAVOR, TENHA UM RIVAL, LANCE. EU ACEITO.

A espera pelo Joseph valeu a pena, apenas digo HAHAHHAH

Eu claramente sou a pessoa que gosta de ver o parquinho pegando fogo e ainda assiste com gosto, né KKKKKK

Ok, admito, o Lance tá conquistando seu espaço no meu coraçãozinho. Mas não sei, acho que desde o começo meu interesse tá no Joe, né, vamos ver pra quem eu vou torcer mais HEHEHEHEH

E o Nick? Cadê Nick com suas novas escolhas? Talvez eu passe a gostar dele com essas mudanças HAAAAAAAAAAHAOHSOAHSOPAS

Pâms

Lance é um mimo nessa fic ❤❤❤❤

bru

Nossa, você escreve mto bem. Maratonei sua fic em um dia. Ansiosa por mais

Pâms

Obrigada por ler e comentar ❤❤❤❤❤❤ que bom que está gostando

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