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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Girls’ Generation

Escrita porPams
Revisada por Lelen

16 • White Party

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

"Hold on tight, it's a crazy night
Get your party on and scream it out loud."
- Party / Demi Lovato

  - %Lance% 

  Meu dia parecia que iria ser parcialmente tranquilo. Me encontrava sentado no sofá olhando a janela, saboreando meu velho amigo Chateau Mont Blanc, não existia vinho melhor que a reserva especial de Toscana. Apesar de ser logo de manhã, contudo, eu precisava beber algo para esquecer meus conflitos familiares. Principalmente os baseados no relacionamento do meu pai com a bastarda. Fechei os olhos por um instante. Fiquei tentando não pensar na cena que poderia estar acontecendo naquela casa. 
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  Imaginar que o mesmo homem que nunca foi presente em minha vida, nunca demonstrou nenhum afeto por mim, estava sendo o pai do ano para uma garotinha que nem deveria existir. Ao longe, ouvi uma movimentação no segundo andar. Achei um pouco estranho, pois Matt já havia saído. Então me lembrei que ele parecia estar acompanhado no seu quarto. Então, já imaginava que sua noite tinha sido proveitosa. 
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  Ao contrário da minha. 
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  — Bom dia — disse aquela voz surpreendente descendo as escadas.
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  — Queen?! — Por ela eu não esperava mesmo.
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  — Não me olhe com essa cara de surpresa. — Ela arrumou de leve seu cabelo.
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  — E como eu te olharia, apesar de não ser segredo que Matt é o primeiro da fila e aparentemente o único com chances. — Saboreei outro gole do vinho em minha taça.
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  Ela fingiu não se importar com meu comentário.
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  — Já bebendo logo pela manhã? — Riu um pouco.
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  — Para esquecer os problemas.
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  — Uau, %Lance% Village tem problemas. — Soou sarcástico.
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  — Todos temos. — Suspirei um pouco. — Mas e você? Como foi a noite? Andei ouvindo alguns sussurros ávidos.
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  — Não deveria ouvir atrás das portas. — Ela cruzou os braços, me olhando séria.
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  — Eu juro que não foi intencional, mas passei pela porta e ouvi algo caindo, então fiquei curioso. — Ri da cara dela. — Mas se soubesse que era você, talvez teria me oferecido para participar da festa.
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  — Eu realmente tenho cara de quem participa de orgias? — Ela bufou de leve.
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  — Você não tem cara de quem mente o tempo todo e mente. — Ri em provocação.
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  — Não tem graça. — Ela se espreguiçou indo em direção a cozinha. — O que tem para o café?
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  — Bem, seu acompanhante saiu há um tempo e não deixou nada para você — respondi tranquilamente.
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  — E como se explica essa mesa toda arrumada? — Ela me olhou surpresa.
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  — Jamais deixaria uma dama faminta, seja ela quem for, e mesmo não estando comigo — expliquei.
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  — Bem, eu vi ele saindo, acordei alguns minutos antes. — Ela se sentou à mesa e começou a se servir. — Não vai me acompanhar?
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  — Claro, é uma honra te fazer companhia, majestade. — Me levantei do sofá e caminhei até a mesa, me sentando na cadeira à sua frente. 
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  Fiquei a olhando se alimentar, até que ela parou e me olhou de volta. 
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  — O que foi? — perguntou.
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  — Nada, te olhar me fez pensar em algumas coisas — respondi.
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  — Coisas? Hum, o que por exemplo?
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  — A festa dos veteranos, você sumiu tão rápido dela.
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  — Tive um contratempo — explicou ela, voltando a atenção ao café.
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  — Ah, sim, pensei que fosse pelo James, mas depois que ele retornou para a festa e a senhorita desapareceu por alguns dias, já imaginei o que seria. — Desviei meu olhar para o lado. — Pena que não tivemos tempo para falar sobre as coisas que aconteceram naquele dia.
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  — Bem, podemos falar sobre isso agora, o que está na sua mente?
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  — Tenho que confessar que fiquei surpreso por ter me beijado naquele jogo — comentei.
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  E confesso que esperava um pouco mais daquele beijo, apesar de ter sido algo que imaginava há tempos. Mas claro que quando o assunto é %Milla%, eu sempre espero algo a mais, faz parte de sua natureza me surpreender.
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  — Às vezes posso ser bem imprevisível. — Ela sorriu de canto, desviando seu olhar de mim.
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  — Tenho que concordar — sorri de volta —, mas não pense que vou me dar por satisfeito.
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  — Sei que não. — Ela riu baixo. — Sabe, eu também fiquei surpresa com uma coisa.
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  — A presença de Collins? — presumi.
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  — Não, Britany não foi uma surpresa, %Violet% estar curiosa para saber quem é Allison Sollary, foi. — Seu olhar de desconfiança veio em minha direção.
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  — Não me olhe assim — ri de leve. — Mas estou curioso para saber, quais teorias da conspiração sua mente está fabricando.
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  — Não estou pensando em teorias, entretanto, é meio estranho esse nome estar andando na boca de muitas pessoas ultimamente, e só você sabe o que ele significa em minha vida. — Ela foi direta e precisa.
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  — Bem, digamos que eu tenha compartilhado alguns pensamentos sobre isso com uma grande amiga — expliquei num tom irônico.
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  — Você disse algo à %Violet%?
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  — Não, mas para outra amiga, uma certa rainha destronada.
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  — Collins — concluiu ela. — Pensei que quisesse usar sua descoberta para ficar comigo.
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  — E quero, acha mesmo que contei toda a história para ela? — perguntei continuando no meu tom casual de ironia. — Achei que este jogo estava um tanto desigual, já que em um momento dele, você soube de algo sobre ela.
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  — E achou que deveria contar algo sobre mim?!
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  — Basicamente, assim tudo fica mais interessante. — Sorri de canto. — Mas, se neste percurso de informações, ela acidentalmente disse algo a nossa princess, já não é do meu controle.
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  — Você sabe que Collins quer me derrubar — retrucou ela num tom amargo.
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  — Sei, por isso contei a ela, quero ver quais serão seus próximos movimentos, certamente conseguirá sair de tudo com a cabeça erguida.
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  — Está levando nossas vidas como uma partida de xadrez? — supôs ela, parecia indignada.
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  — Quem sabe. Você não é a rainha? — a provoquei.
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  — Se prepare para o xeque-mate então, mesmo com sua ajuda indireta, ela nunca vai me derrubar. — A confiança exalava de sua voz, o que me deixava ainda mais curioso para ver o que aconteceria no baile de formatura.
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  — Estou contando com isso. — Sorri de canto, mantendo meu olhar nela. 
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  Como oferecido, permaneci a acompanhando no desjejum. 
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  — Teremos o prazer da sua presença na White Party de amanhã? — perguntei a ela ao despejar mais vinho em minha taça. — O hotel Royal está promovendo este ano.
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  — Igual a última que participei? Não gosto muito dessas recepções, like a clube do livro — brincou ela.
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  — Não diga isso — eu ri descontraído. — Desta vez será para um projeto filantropo, arrecadaremos livros para doar às bibliotecas públicas da cidade.
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  — Adoraria participar, mas tenho outros planos — disse ela tranquilamente, enquanto saboreava a taça de salada de frutas.
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  — Interessante… — me sentei novamente na cadeira. — É uma pena.
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  — A elite de Manhattan não vai sentir a minha falta, ainda existem nomes mais requisitados que o meu, como o de Mary Vidal. — Ela suspirou, como se imaginasse no mesmo estilo de vida. — Quem sabe depois da formatura eu conquiste este nível. Mas por que a pergunta?
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  — Queria lhe apresentar uma pessoa, ou melhor… — ponderei minhas palavras. — Esqueça.
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  — Como vou esquecer, agora estou curiosa. — Ela me olhou, arqueando a sobrancelha direita. — %Lance% Village, agora é você que está de mistérios por aí?!
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  — Aprendo a cada dia com a melhor. — Pisquei de leve para ela e sorri.
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  — Se realmente sabe o motivo, deveria me apoiar — retrucou ela.
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  — Eu te apoio, por isso ninguém descobriu realmente a verdade — assegurei com firmeza. — Você não imagina o quanto temos em comum.
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  — Tirando o fato de você ter um cartão ilimitado a seu dispor. — Uma gargalhada espontânea soou dela.
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  — Como se você também não tivesse.
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  — Do que está falando?
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  — Acha mesmo que não tenho acesso às faturas do cartão do meu primo? — A olhei de forma debochada. — Tenho bons funcionários.
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  — Ha... Ha... Ha… Não quer dizer nada. — Ela deu de ombros e continuou com sua atenção voltada para a salada de frutas. — Apesar de que… Sinto que logo terei que me mudar novamente.
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  — Está se tornando complicado morar no castelo dos Vidal?!
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  — Talvez — concordou em partes. — O fato é que toda rainha precisa do seu próprio palácio. 
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  Não deixava de estar certa.
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  — E já tem algo em mente? — perguntei curioso.
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  — Ainda não, mas não importa também, depois da formatura estarei em Yale. — Ela parecia segura de seu futuro. — Então não preciso me preocupar por agora.
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  — E já recebeu a resposta de Yale?! 
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  — Ainda não, a carta deve chegar na próxima semana, mas minhas malas seguem prontas para isso.
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  — Mal posso esperar para lhe dar os parabéns oficial.
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  — Estou curiosa sobre você agora, não se matriculou em nenhuma universidade esse ano e nem prestou vestibular… Pelo que sei, você só conseguiu um ano de liberdade — ela me olhou com curiosidade. — O que pretende fazer depois?
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  — Estou convicto que se aprende fazendo e não atrás de livros — respondi. — E pretendo provar isso ao meu pai no próximo ano, tenho muitos planos para meu futuro empresarial.
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  — Olha só, %Lance% Village é um homem de negócios. — Ela sorriu.
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  — Tenho que mostrar aos diretores minha capacidade. 
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  — Devo dizer que estou admirada por sua confiança — ela pegou o copo de suco e ergueu de leve —, espero que consiga.
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  — Agradeço. — Ergui minha taça também. 
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  Ficamos mais algum tempo sentados à mesa. 
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  Assim que ela voltou para o quarto para tomar seu banho, peguei minha carteira e desci para o hall do prédio. Ao chegar na rua, o carro da empresa já estava à minha espera. Meu compromisso da manhã no hotel me aguardava. Eu teria que enfrentar uma reunião com a diretoria. Aparentemente, meu pai estava com a súbita vontade de se afastar oficialmente da empresa. Ao mesmo tempo que eu estava feliz por ele ficar longe e me deixar em seu lugar... Eu estava com uma certa raiva por saber que o afastamento dele seria por causa da sua nova família. 
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  — Olha quem está aqui em Manhattan — disse ao me aproximar de Daisy, assim que entrei no hall do hotel.
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  — Primo querido — disse ela com um largo sorriso. — Pensei que já estivesse aqui.
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  — Estava acompanhando uma certa dama no café da manhã — respondi olhando-a de baixo para cima. — Você fica bem melhor de azul.
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  — Agradeço o elogio, fazia tempos que não me animava a usar vestidos assim, estava mesmo precisando colocar uma cor no meu corpo.
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  — Claro que é bem mais interessante te ver com algo mais sensual — brinquei indo em direção ao elevador.
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  — Isso até eu concordo. — Ela riu pousando sua mão em meu braço. — Estou com um bom pressentimento para essa reunião.
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  — O que te faz sentir isso? — perguntei ao adentrarmos o elevador.
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  — Acabo de desembarcar do jatinho da empresa, estava em Harvard conversando com %Nick%.
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  — O que te levou a ver ele?
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  — Você.
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  — Eu?! — Olhei seu reflexo no espelho do elevador.
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  — Sim, fui garantir que a substituição do seu pai por você seja permanente — explicou ela — e que somente você esteja à frente da empresa no futuro.
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  — Sinto que vou ficar em dívida com você — afirmei sorrindo de canto.
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  — Acredite, já fez muito mais por mim. — Ela se virou e a porta do elevador se abriu.
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  — Está falando da visita que meus velhos conhecidos fizeram ao seu ex-noivo em Dubai? — perguntei a seguindo.
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  — Basicamente. — Ela riu.
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  Caminhamos pelo corredor da área administrativa até chegar na sala de reuniões.
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  — Devo presumir que meu primo não se sentará em nenhuma cadeira, então — constatei.
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  — Não — assentiu ela. — Eu o convenci a fazer o que quer e não o que seu pai manda, tudo acabou perfeitamente como esperava.
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  — %Nickolas% vai desistir do curso de administração? — perguntei em confirmação.
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  — Já desistiu — assegurou ela.
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  — Nossa, por essa eu não esperava, mas fico satisfeito.
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  — Espero não me decepcionar com sua administração — disse ela ao parar na frente da porta.
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  — Não se preocupe, querida, eu não preciso de uma universidade para saber como irei administrar isso, além do mais, jamais darei a chance de minha madrasta ficar no meu lugar. — Abri a porta para que ela entrasse primeiro.
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  — Você acha que isso poderia acontecer? — Daisy entrou sendo seguida por mim.
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  — A conhecendo como conheço — assim que entrei, meus olhos pararam no casal que mais me enojava no mundo todo —, não duvido em nada. 
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  Meu pai e minha madrasta estavam meio abraçados conversando com mais dois diretores. Respirei fundo tentando conter meu olhar de raiva para eles, mas acho que isso não estava ajudando. Daisy riu de mim e nos aproximamos deles. Após os cumprimentos superficiais, ela, segurando minha mão, me puxou para o outro canto da sala. Eu amava quando ela fazia isso.
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  — Vai continuar em Manhattan para participar da White Party? — perguntei tentando me manter no foco.
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  — Ainda não sei, tenho uma passagem para Monte Carlo e mais alguns compromissos em Malibu — respondeu ela mantendo seu olhar nos diretores. — Não é fácil ser uma competente mulher de negócios.
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  — Nossa, assim me apaixono, com toda essa supremacia — brinquei.
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  As horas se passaram naquela reunião chata. Infelizmente Daisy não pôde ficar para jantar comigo, senti que estaria só aquela noite. Não reclamaria muito, já que meu humor estava abaixo do nível satisfatório. Não conseguiria imaginar nenhuma companhia que poderia me motivar. 
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  — Diga — disse ao atender o telefone.
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  — %Lance%. — A voz era de Britany.
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  — O que uma mãe de família faz ligando para um libertino a esta hora da noite? — perguntei rindo um pouco.
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  — Este libertino é um velho amigo que estou convidando para o jantar — explicou ela do outro lado da linha.
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  — E você está no cardápio? — brinquei.
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  — Pare de dizer essas coisas, como disse, sou uma mãe de família. — Ela riu.
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  — Está mesmo me fazendo este convite?
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  — Claro que estou, te espero em vinte minutos — confirmou ela desligando.
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  — Interessante — sussurrei ao olhar para o celular. 
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  Me levantei da cama, estava hospedado em uma das suítes presidenciais do hotel. Collins tinha dito vinte minutos. Muita coisa poderia ser feita nesse tempo, tomei uma ducha rápida e troquei de roupa. Tinha mandado trazer um terno meu que estava na lavanderia do hotel. Desci para o estacionamento e lá estava minha BMW preta favorita, eu a chamava de Angeline. Era o meu melhor carro depois da Solary, a Ferrari vermelha que mantinha em minha garagem de Milão. Dirigi por alguns minutos até chegar em frente à casa dela. Britany estava morando na parte menos movimentada de Upper East Side, uma região mais residencial, porém na parte onde as casas eram mais simples e menores, ou seja, quase o subúrbio. Desci do carro e, ao chegar em frente à porta de entrada, toquei a campainha. 
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  — Finalmente — disse ela ao abrir a porta.
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  — Boa noite para você também. — Sorri esticando a caixa do vinho que tinha pegado no hotel para lhe dar de presente. — Algo para comemorar sua casa nova.
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  — Vamos cortar o nova e ficar só com o presente. — Ela sorriu pegando a caixa e abrindo mais a porta para que eu entrasse. — Vinho, que milagre não ser o Bourbon de hoje e sempre.
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  — Pare, eu sempre sei apreciar o que é bom — sorri entrando.
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  — Releve o lado simplista que minha casa transmite — adiantou ela meio preocupada com o que eu pensaria sobre suas novas condições.
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  — Não se preocupe com isso — a tranquilizei.
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  Comecei a observar os poucos móveis que tinha no lugar, era uma casa pequena, mas com dois andares. Uma tradicional casa americana que teria porão e sótão como sempre. Mesmo sendo simples, era muito bem organizada e decorada. Britany tinha um bom gosto inquestionável, conseguia trabalhar bem com o pouco recurso que possuía.
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  — Bem, para uma mulher solteira com filhos, sua casa está muito confortável.
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  — Uma filha — corrigiu ela rindo —, tenho que pensar na minha pequena. — Ela colocou a caixa de vinho na mesa de centro. — Não foi fácil conseguir isso, mas vale a pena, jamais daria minha filha para outra família e o aborto não era uma opção.
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  — Então seus pais aceitaram sem problemas? — A olhei curioso.
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  — Não, depois que me mandaram para o Texas, eles estavam certos que eu deixaria a criança para não manchar o nome da família, mas assim que decidi ficar com minha filha, eles... — ela respirou fundo. — Meu pai me expulsou de casa e aqui estou, lado bom é que minha mãe tem me ajudado mesmo escondido.
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  — Lamento que tenha acontecido isso.
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  — Já superei, estou mais feliz porque agora posso dar o troco na pessoa que teoricamente destruiu minha vida. — Tinha traços de amargura em sua voz.
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  — Sabe que metade dessa culpa não é dela. — Eu me sentei no sofá.
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  — Tenho que admitir isso? — Ela se sentou ao meu lado, dando um suspiro fraco. — Sei que fiz muitas coisas erradas na minha vida, mas se a ambiciosa Queen não tivesse estragado tudo, esta hora eu estaria casada com James e ele seria o pai da minha filha.
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  — Claro que seria — ri baixo. — Você ainda não me disse quem é o pai.
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  — Minha filha não precisa de um pai, ela tem um padrinho maravilhoso que é você. — Ela se aninhou a mim, como um gato manhoso.
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  — E onde está nossa princesa? — perguntei.
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  — Dormindo — ela apontou para um aparelho que estava em cima da lareira. — Deixei a babá eletrônica ligada caso ela acorde.
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  — Então, estamos a sós?! — perguntei dando um sorriso malicioso.
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  — Guarde este sorriso, minha filha está dormindo no andar de cima. — Ela se levantou do sofá. — E eu ainda nem te servi o jantar.
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  — Mas você não estaria no cardápio? — brinquei me levantando também. 
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  Era diferente estar ali com ela. 
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  Por mais que não fôssemos muito próximos como amigos no passado, atualmente ela tem encontrado muito apoio em mim. Isso me fez construir uma grande afeição pela pequena Helena, me tornando seu padrinho sem o menor esforço. Por mais que Britany dissesse que eu não era o pai da menina, nem James e nem mesmo Carl. Eu não conseguia imaginar quem poderia ser. Talvez alguém que não fosse do nosso círculo de amizades. Ou não.
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  Entre reuniões cansativas, planos para o futuro e uma vida de libertinagem, %Lance% tem se mostrado um verdadeiro amigo para todas as mulheres à sua volta. Estou admirada que sua amizade com a destronada Collins vai além de uma troca de interesses, e se estendeu até à pequena Helena. Será que nosso incorrigível sedutor possui outros tipos de charmes?
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- Xoxo, G’G.


  Poderia dizer que acordei na companhia de uma certa rainha destronada. 
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  Porém a única coisa que ela havia oferecido era o sofá recém-reformado e um cobertor velho. Era triste ver uma mulher nascida na elite ter que viver em situações mínimas, mas Collins era orgulhosa demais para aceitar minha ajuda financeira. Talvez por querer provar que ela era capaz de criar a filha sem a ajuda dos outros. A única coisa que eu estava autorizado a pagar eram os remédios de Helena e suas consultas ao pediatra.
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  Enfim, no hotel eu estava. A surpresa foi ver %Violet% sentada em uma mesa sozinha e com o olhar triste. Claro que não deixaria outra dama desacompanhada. Me aproximei sem que notasse minha presença.
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  — A que devo a honra da Dream Princess no restaurante do hotel Royal? — perguntei apoiando minha mão na cadeira à sua frente.
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  — Não estava animada o suficiente para tomar café com minha mãe… — ela soltou um suspiro fraco. — E também não acho que dream princess combine muito comigo, de sonho parece que me transformei em um pesadelo, ou pelo menos minha vida.
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  — O que houve, milady? — Me sentei na cadeira, observando-a mexer o canudo no copo de suco que permanecia cheio.
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  — A minha vida. — Ela desviou seu olhar para mim. — Você já teve a sensação de não estar vivendo como queria? Estou tendo isso agora.
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  — O que te fez ter essa sensação?
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  — Uma certa rainha que sempre consegue o que quer — respondeu em enigma.
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  — Nossa querida %M% fez algo inusitado novamente? — indaguei.
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  — Ela não precisa fazer nada, só seu olhar faz muitos caírem diante dela — ela se levantou de repente. — Não quero falar sobre isso.
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  — Espere — me levantei também e segurei em sua mão. — Acho que você precisa de um choque de realidade.
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  — Do que está falando? — Ela me olhou confusa.
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  — Acha mesmo que é somente a %Milla% que provoca os pensamentos mais maliciosos nas pessoas? — Sorri de canto. — Você consegue provocar sonhos, que é algo bem mais profundo.
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  Deixei meu olhar um pouco mais intenso, isso a fez se encolher um pouco. Aquela era a velha %Violet% se mostrando. A garota tímida com complexos que sempre me deixou intrigado. Eu não deixaria que voltasse a esse estágio novamente.
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  — Pesadelos, você quer dizer — corrigiu ela.
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  Eu ri de leve me aproximando mais dela.
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  — Existem certos pesadelos que são muito atraentes — fui me aproximando ainda mais para beijá-la —, os quais muito morreriam para ter.
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  Entretanto, barrado por sua mão direita em meu peito me afastando. Eu me aproximei mais um pouco não me importando com seu gesto, seu olhar me dizia outra coisa, que me deixava ainda mais decidido a prosseguir. Logo ela fechou os olhos automaticamente e senti sua respiração ofegar um pouco, eu deixei meus lábios bem próximos aos dela por instantes. O que me deixava sentir os arrepios do seu corpo.
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  — Basta apenas você permitir — sussurrei para ela.
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  — Você é um bom amigo, %Lance% — sussurrou ela de volta, parecia temerosa ao que pudesse acontecer entre nós.
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  — Amigo?! — Eu me afastei dela, mantendo um sorriso de canto. — Prometa que não se esquecerá do que eu disse.
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  — Prometo. — Ela riu baixo, envergonhada. — Deveria agradecer por eu não te tratar como a Queen.
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  — Hum… 
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  Eu me calei e mantive segurando em sua mão, então a puxei comigo guiando-a até o hall. Como tudo para a White Party já estava sendo supervisionado por Isla, nossa fiel gerente, então não teria problema em me ausentar algumas horas para proporcionar um momento de alegria a uma mulher. No caso, uma atual amiga e futura… 
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  Quem sabe…
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  No relógio já marcava sete horas da noite. Pontualmente eu já estava pelo salão do restaurante, fechado exclusivamente para a recepção. Fui cumprimentando todas as pessoas importantes de que me lembrava o nome. De velhos políticos a belas socialites, nossa lista de convidados era impecavelmente diversa. Mas um sobrenome estava me intrigando: Tenebrae. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes aquela família tinha recebido nossos convites e de tantos outros eventos, porém, nunca comparecido. Eu sabia que o patriarca senhor Godric Tenebrae havia renunciado ao cargo de reitor em Yale para se dedicar melhor aos negócios. Sua construtora era uma das mais rentáveis no ramo da construção.
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  — Curioso — sussurrei para mim mesmo ao checar novamente a lista de convidados.
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  — Algum problema, senhor Village? — perguntou Isla.
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  — Me diga, Isla, uma certa família que nunca aparece, estou curioso pela marcação. — A olhei. — Quem veio representando a família Tenebrae?
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  — Vieram duas pessoas, senhor, acho que os filhos do senhor Tenebrae  — respondeu ela. — Os dois homens que estão conversando com o governador Donson — apontou discretamente. — Sei que o filho mais velho, Victor, se tornou representante de Yale por indicação do pai; o filho mais novo, %Joseph%, não há tanta informação, só que possui um restaurante recém-inaugurado próximo a Columbia University.
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  — Eficiente como sempre. — Mantive meu olhar neles. — Acho que devo me apresentar apropriadamente.
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  Me afastei dela e segui até eles.
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  — Cavalheiros — disse erguendo a taça de champanhe que estava em minha mão. — É um prazer recebê-los.
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  — É impressionante como o hotel Royal se supera a cada recepção — elogiou o governador Donson.
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  — Já ouvimos muito a respeito. — O homem de terno azul marinho se pronunciou, mantendo seu olhar fixo em mim como se me avaliasse. 
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  Estava tentado a retribuir o olhar.
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  — Deixe-me apresentar, sou Victor Tenebrae, e esse é…
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  — Se apresente sozinho — disse o outro que mantinha seu tom rude, logo se afastando de nós e deixando sua taça ainda cheia na bandeja do garçom que passava.
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  — Bem, este é o Tenebrae que não deve levar a sério — continuou Victor rindo para descontrair a situação.
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  Rimos juntos discretamente.
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  — Seu irmão não gosta muito de eventos, não é? — comentou o governador.
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  — Ele não gosta do sobrenome também, mas não nos importa muito. — Ele manteve um sorriso debochado no canto do rosto. — E acho que está aqui apenas para promover seu restaurante.
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  — Ah sim, eu vi alguns comentários sobre e estou curioso para visitar o lugar — revelou o governador.
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  — Receio que me lembro de você na Ivy Week deste ano no Constance — me pronunciei —, senhor Tenebrae.
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  — Pode me chamar de Victor. — Aquele olhar de jogador já estava me deixando irritado. — E sim, eu estava.
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  Sabia que já o havia visto em algum lugar, só não consegui associar o nome à pessoa no dia. De fato, a família Tenebrae era muito reservada, principalmente quanto a notícias sobre os membros e seus patrimônios. Mas sabia que eles eram muito poderosos financeiramente falando. E eu precisava mergulhar ainda mais para descobrir tudo sobre eles, todos os seus segredos.
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  De um playboy libertino a um intenso homem de negócios. Quem diria que %Lance% Village iria amadurecer tanto assim para obter a aprovação do querido papai. Será que é mesmo para isso? Ou ele anda disposto a mudança para uma certa conquista? Os boatos dizem que é um pesadelo e tanto!
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E quem sou eu?
Este segredo eu não conto pra ninguém. 
Xoxo, G’G.

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Lelen

Acho que posso gostar do Lance como pessoa, tendo o POV dele na história, dá pra entender algumas coisas melhor. E ele é um bom amigo. Só não sei ainda se é um bom match pra Violet KKKKKKKKK

E o que rola com a V que tá tristinha? Vai conversar com a Milla. O problema de nós, seres humanos, é que não sabemos nos comunicar, aí fica essa coisa desentendida e cada um tira suas próprias conclusões.

E O JOSEPH É TODO IMPORTANTE, BISH PLEASE! E o que tem o sobrenome? Qq tem ele? Outro personagem misterioso? #help

Pâms

Nessa história, seus mistérios tem mistérios..

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