Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 5

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

  * %Jenie% POV

  Como previsto por Jullie, %Suho% havia ficado um bom tempo trancado no porão, nos dando a maior parte da noite para nos divertirmos no quarto sem problemas e interrupções. Assim que ele voltou para o andar de cima, me escondi pelos cantos da casa, queria ver como era realmente a relação que ele tinha com os filhos. Não entendia porque uma pessoa que vivia com duas crianças maravilhosas era tão sério e tão distante, então eu me lembrei do álbum de fotos, será que ele era assim por causa daquela mulher que não estava com eles?
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  Após o jantar Mike me pediu para voltar para a minha garrafa, mas quanto fomos até o quarto do pai dele não encontramos minha pequena residência, então combinamos que eu iria dormir no quarto de Jullie até encontrarmos. Me escondi dentro do guarda-roupas como de costume para mim, assim seria mais fácil sair quando as luzes fossem apagadas. Fiquei um bom tempo esperando até que %Suho% entrou no quarto com a filha, fiquei observando como eles se interagiam, ele parecia um bom pai, mas ainda um pouco distante dos filhos.
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  — Jullie, ainda precisamos conversar sobre a nova babá. — disse ele retirando a colcha que cobria a cama.
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  — O que tem a nova babá? — ela se deitou na cama e ficou olhando o pai a cobrir com um cobertor xadrez alaranjado — Não gostou dela?
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  — Não é essa a questão filha. — ele sentou ao seu lado, sua face estava mais séria do que o habitual — Eu não conheço essa moça, e fui pego de surpresa pela notícia, se vocês não gostavam da Fellícia deveriam ter me falado.
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  — Mas o senhor nunca tem tempo para assuntos pequenos. — reclamou ela.
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  — O bem estar de você e seu irmão não é um assunto pequeno. — ele sorriu de leve — Me preocupo com a segurança de vocês, por isso não fiquei confortável em saber que uma estranha estava em minha casa com meus filhos.
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  — Ela não é estranha, a %Jenn% é uma pessoa legal, somos amigas agora. — retrucou ela.
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  — Mas eu não a conhecia Jullie. — ele suspirou forte e desviou seu olhar para o chão — Você é a mais velha, conto com você.
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  — Prometo não fazer mais isso sem falar com você papai. — ela sorriu de leve — E nem vai precisar, %Jenn% é a melhor.
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  %Suho% deu um beijo na testa dela e se levantou da cama indo em direção da porta, ele apagou a luz e saiu fechando a porta. Eu estava tão emocionada por ela ter me defendido, e o fato de me considerar sua amiga me deixava ainda mais feliz, Jullie se levantou da cama e veio até o guarda-roupa. Assim que abriu eu sai, ela pegou em minha mão e me levou até sua cama, deitamos lado a lado e ficamos olhando para o teto, o abajur estava ligado e tinha furos em forma de estrelas que deixava o teto iluminado.
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  — Eu ouvi o que seu pai disse sobre mim, obrigada por ter me defendido. — disse a ela.
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  — Fiz isso porque é uma pessoa legal, nos conhecemos hoje e já te considero minha amiga.
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  — Ah. — eu sorri com emoção — É porque você é uma criança muito fofa e eu adoro crianças fofas, e faço amizade bem rápido.
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  — Não leve as palavras do meu pai a sério, ele tem um bom coração.
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  — Percebi, mas seu pai me parece ser uma pessoa solitária.
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  — Ele é assim desde que a mamãe morreu. — senti uma tristeza em sua voz também.
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  — E como era sua mãe? — perguntei meio curiosa.
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  — Não me lembro muito, tinha cinco anos quando ela se foi. — ela fez uma pausa e respirou fundo — Não falamos sobre esse assunto também, nosso pai costuma ficar ainda mais triste.
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  — Ah. — eu me virei para ela — Então não vamos falar sobre coisas tristes, amanhã vamos ao parque.
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  — Sim. — ela se virou para mim com um sorriso aberto e esperançoso — Agora que conhecemos você, poderemos nos divertir mais.
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  — Sim, estou ansiosa por isso.
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  Nossa noite foi tranquila e passou bem devagar, logo pela manhã estávamos dispostas e animadas para nossa manhã no parque. Eu teria que ficar me escondendo pelos cantos da casa para que %Suho% não me visse, seria fácil já que %Suho% já estava trancado em seu escritório no porão. O plano de Jullie para sairmos sem sermos visto era bem simples, eu iria criar uma falsa ilusão deles para quando %Suho% fosse procurar seus filhos não se deparasse com o sumiço deles. Assim teríamos todo o tempo que quiséssemos para ir ao parque, as crianças me ajudaram a arrumar a cesta com comidas que gostavam e a toalha de mesa.
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  Com todo aquele planejamento, pude perceber que Jullie era uma criança extremamente organizada e criativa, era admirável ver como uma pessoinha de apenas dez anos me surpreendia com tanta imaginação. Ela pegou um pequeno mapa da cidade e me mostrou, um ponto em que pudéssemos aparecer sem sermos visto, assim eu segurei na mãos deles e todos fechamos os olhos. Em segundos aparecemos dentro do banheiro de uma cafeteria que ficava em frente ao parque, algumas pessoas que estavam nessa cafeteria acharam estranho nossa presença, mas agimos naturalmente e fomos ao nosso destino final.
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  Fiquei maravilhada com a paisagem, de nome Central Park cheio de árvores e com muitas pessoas, nós escolhemos um lugar que tinha sombra e estendemos a toalha de mesa, assim começaríamos o piquenique sugerido por Mike. Olhei dentro da cesta e tinha vários pacotes de biscoito e salgadinhos além das latinhas de suco, para minha primeira vez estava muito bom. Comemos alguns pacotes de biscoito para começar, Jullie se encostou na árvore e pegando o livro que tinha levado começou a ler, não queria ficar olhando ela ler nada, eu queria me movimentar, então Mike sugeriu caminharmos pelo parque para procurar uma coisa chamada Pokémon. Fiquei curiosa com essa caçada e quando entendi como funcionava o jogo me animei ainda mais, memorizei onde estava nossa árvore com Jullie e seguimos por toda a extensão do lugar.
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  — Uau, essa coisinha é mesmo divertida. — eu olhei para a tela do smartphone dele — Como aprendeu a jogar?
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  — O irmão do meu amigo é gamer, ele me ensinou muitos jogos, depois posso te ensinar também. — respondeu ele pegando o aparelho da minha mão e guardando no bolso — O papai não gostou muito da ideia de termos celulares, então deu essa para Jullie, assim poderia falar conosco a qualquer hora do dia e em qualquer lugar quando viajava.
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  — Seu pai viaja muito? — perguntei olhando para o lago que estava próximo de nós.
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  — Depende, da última vez ele ficou dois meses fora. — ele caminhou na minha frente — Foi na quinta de manhã que ele chegou e trouxe você.
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  — Verdade. — só naquele momento que eu me lembrei que o pai dele é que estava com minha garrafa — Gostaria de saber como o pai de vocês achou minha casa.
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  — Ele viajou para Los Angeles, talvez tenha encontrado sua garrafa lá. — comentou ele.
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  — O que é Los Angeles? — perguntei meio curiosa, era um nome engraçado.
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  — É uma cidade muito famosa e fica do outro lado do nosso país. — ele me olhou — Nós moramos na cidade de New York.
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  — Ah, acho que Jullie me explicou um pouco sobre isso ontem. — sibilei um pouco tentando me lembrar de tudo que Jullie tinha me explicado sobre a nova geografia do mundo moderno.
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  Comecei a ficar cansada pela caminhada e Mike com fome novamente, então voltamos para nossa árvore cativa, quando chegamos tinha um senhor de cabelos brancos conversando com Jullie.
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  — Bom dia, posso ajudar? — perguntei a ele ao me aproximar.
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  — Viu, eu disse que não estava sozinha aqui. — disse Jullie ao segurar em minha mão — %Jenn%, ele é um vizinho nosso.
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  — Ah. — eu olhei para ela — E estamos com problema?
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  — Sim, ele pode contar ao papai que nos viu aqui. — explicou ela.
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  — Então não teremos mais problemas. — eu sorri e soltando a mão de Mike de leve, coloquei em meu bolso e tirando um pozinho brilhante soprei no rosto dele — Pronto, assim que ele sair do parque irá se esquecer que nos viu e não dirá a ninguém.
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  — Ah? — disse o senhor.
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  — Senhor Brum, aceita comer com a gente? — perguntou Mike — Podemos jogar bola depois.
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  — Claro. — respondeu o senhor olhando para ele de forma gentil.
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  O tal senhor Brum realmente parecia uma boa pessoa, descobri que ele era marido da vizinha que estava com eles na manhã de ontem e que estava dando umas voltas no parque até a hora do almoço. Finalizamos o restante dos pacotes de biscoito, mas eu e Mike ainda sentíamos fome, então o senhor Brum nos deu a ideia de comer uma coisa louca chamada hot-dog. Fiquei intrigada no início, porque uma pessoa comeria um cachorro? Mas me surpreendi quando compramos em uma barraquinha na porta do parque, era tão gostoso que parecia um manjar.
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  — Ah, estou tão cheia. — disse assim que voltamos para casa.
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  — Eu também. — Mike se jogou no sofá colocando a mão na barriga — Acho que nem vou almoçar.
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  — Você comeram muito mesmo. — Jullie olhou para o corredor que dava para a cozinha, e olhou para mim — Ouço um barulho, deve ser o papai.
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  Eu corri e me abaixei atrás do sofá com a cesta do piquenique na mão, respirei fundo me mantendo calma e silenciosa.
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  — Ah, aí está vocês. — a voz de %Suho% estava mais suave, era novidade para mim — Já ia chamar para o almoço, pensei que não sairiam mais do quarto.
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  — Almoço? — Mike parecia com uma voz desanimadora.
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  — Mike comeu muito biscoito no café da manhã. — explicou Jullie — Mas eu vou almoçar.
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  — Hum. — era um tom de desconfiança, aquilo não era novidade — Mesmo assim, vai nos fazer companhia.
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  — Claro papai. — senti Mike se levantando do sofá e vários passos saindo da sala.
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  Levantei minha cabeça devagar, eles já tinham ido para a cozinha, dei um suspiro de alívio e subi as escadas, tinha um problema para resolver. Onde estava minha garrafa? Era uma questão para se resolver, não procuraria no quarto das crianças, pois se estivesse com eles eu saberia. O lugar onde havia deixado ela era no quarto de %Suho%, então era lá que eu procuraria, revirei todos os cantos, sempre deixando tudo em ordem novamente e nada de encontrar minha garrafa. Era muito bom ficar ao ar livre, mas sentia falta das minhas coisas, era pequena e às vezes solitária, mas era minha casa, uma casa que eu estava a séculos.
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  Nossa manhã foi alegre e divertida, então nossa tarde seria assim também, mesmo com %Suho% em casa, não deixaríamos de nos divertir. Mike sugeriu vermos um desenho que combinava muito comigo, finalmente conheci o tal Aladim e seu gênio, achei divertido ver como um garoto pobre conquistou uma princesa. Uma história linda que me fazia lembrar do primeiro humano e até então o único, que abriu minha garrafa e me libertou, não foi tão divertido assim ter sido o gênio pessoal dele nos tempos da Grécia Antiga.
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  Foram horas de desenhos e grandes baldes de uma delícia da gastronomia chamada pipoca, conheci todos os clássicos de uma pessoa chamada Disney, era pessoa mesmo? Bem, não me lembro ao certo, mas chorei horrores quando a mãe do Bambi morreu e aquele leão maravilhoso chamado Mufasa, meu coração se rasgou. Foi emocionante nossa tarde, até eu ter que me esconder no quarto de Jullie novamente, %Suho% resolveu passar algumas horas com seus filhos, era bonito ver eles juntos.
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“Mesmo que seu coração exploda
E voe pelo vento
Nesse momento o mundo é seu.”

– Genie / Girls’ Generation

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