Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 3

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

  * %Jenie% POV

  Felizmente não precisei ficar esperando por muito tempo, como prometido Jullie abriu minha garrafa novamente e eu pude sair para a luz. Me espreguicei um pouco após voltar a minha forma normal, quando olhei para eles ainda estavam meio espantados com o que viam.
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  — Então, o que vamos fazer agora? — perguntei a eles ansiosa para me divertir com meus novos amigos, era meio cedo para isso, mas já considerava eles meus amigos.
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  — Vou te ensinar o que é xbox one. — disse o menino.
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  — Não Mike. — a menina o olhou — Temos coisas mais sérias para nos preocupar, depois ela te concede um xbox.
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  — Mas Jullie… — resmungou ele.
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  — Não se preocupe Mike. — eu sorri para ele — Vou te dar um xbox one, seja lá o que for isso.
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  — Viva. — ele vibrou com isso como se fosse uma festa.
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  — Bem, temos que trocar sua roupa, você não pode ficar assim. — disse Jullie.
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  — E como eu tenho que me vestir? — perguntei a ela, e pensando um pouco estalei os dedos e logo uma roupa romana apareceu em meu corpo — Assim?
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  — Não. — disse Mike rindo de mim — Você parece mais estranha ainda.
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  — Não nos vestimos assim hoje em dia. — explicou Jullie — Espere aqui. — ela saiu correndo do quarto.
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  — Para onde ela foi? — perguntei curiosa, tudo que eu conhecia era aquele quarto que mesmo não sendo tão grande, era maior que minha garrafa.
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  — Vai saber. — respondeu Mike levantando os ombros de leve.
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  — Pronto. — disse Jullie ao entrar no quarto com uma coisa estranha na mão.
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  — O que é isso? — perguntei olhando meio receosa.
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  — Isso é uma Vogue, uma das melhores revistas de moda do mundo. — explicou ela abrindo a tal revista e olhando as folhas.
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  — Uah, esse papel é diferente. — disse tocando de leve para sentir, tinha uma espessura fina e meio escorregadia, brilhava conforme a direção da luz, era interessante.
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  — É o que chamamos de modernidade. — disse Jullie — Acho que você vai ter que aprender muita coisa, mas agora quero que vista essa roupa. — ela apontou para a imagem de uns pedaços de tecido diferentes.
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  — Tem certeza que isso é o que vestem atualmente? — eu a olhei confusa.
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  — Sim, e vai combinar muito com você. — afirmou ela com muita segurança.
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  Eu não poderia fazer nada além de concordar e trocar para a roupa que ela tinha sugerido, afinal não conhecia nada daquele novo mundo que estava fazendo parte. Estalei os dedos, assim uma roupa igual à da revista apareceu no meu corpo, as crianças fizeram um som de surpresa e riram um pouco.
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  — Isso é tão legal. — disse Mike.
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  — Eu também acho. — concordei com ele animada, era a primeira vez que eu me identificava com alguém à primeira vista e essas crianças pareciam tão legais.
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  — Agora você precisa se passar por nossa nova babá. — disse Jullie.
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  — Como assim? — perguntei — O que é babá?
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  — Babá é uma pessoa que cuida de criança, nossa babá está vindo para nossa casa, mas não gostamos muito dela. — explicou Jullie.
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  — É. — concordou Mike — Ela não nos trata bem.
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  — Ah, como assim? — eu olhei para eles, ambos faziam uma cara de tristeza — Como não gostar de vocês?
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  — Então, como você não quer ficar na garrafa e não podemos falar para o nosso pai que você é um gênio, poderia se apresentar como nossa nova babá.
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  — Legal, gostei dessa coisa de babá. — eu me empolguei ainda mais, não iria precisar ficar na garrafa já era legal isso.
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  — Mas não vai poder fazer nenhum desejo perto do nosso pai e nem virar fumaça, se não ele surta. — Jullie me olhou séria, mesmo sendo criança ela parecia muito adulta para mim.
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  — Sim, prometo que vou fazer tudo isso. — assenti sorrindo.
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  — Legal. — Mike sorriu junto e olhou para a irmã, eu vi uma ponta de felicidade em seu olhos.
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  Logo a campainha tocou e descemos, Jullie iria distrair a velha senhora que estava com eles, enquanto Mike me levava para os fundos da casa. O plano era simples, eu teria que ir para frente da casa e aparecer dizendo que era a nova babá das crianças, não foi tão difícil fazer isso, porém a garota que ficaria com eles não aceitou muito no início e com muita insistência de Jullie, a garota foi embora. A velha senhora deixou as chaves da casa comigo e voltou para sua casa que ficava do outro lado da rua, eu e as crianças seguramos o riso, assim que entramos na casa eles começaram a festejar.
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  Eu fiquei por um tempo sem entender o porquê de tanta felicidade, mas estava começando a absorver este sentimento e sentir também, era uma sensação boa que nunca tinha tido antes. Eles me levaram por todos os cômodos da casa, explicando tudo sobre a família e sobre como o pai deles gostava de manter a organização da casa, a única parte que senti tristeza na voz deles foi quando me mostraram as fotos da família de disseram que faltava um membro muito importante, a mãe deles havia falecido.
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  Para quebrar aquele clima, sorri com brilho nos olhos e pedi para Mike me mostrar o que era aquele xbox one de que tanto tinha falado, a face dele logo melhorou e corremos para seu quarto. Tinha vários brinquedos espalhados e a cama estava bagunçada, ele pegou aquela coisa chamada revista nas mãos, porém era diferente da revista da Jullie, tinha vários desenhos na capa que me deixaram interessada, na explicação dele, aqueles desenhos eram de animes que passava na televisão. Eu não sabia o que era anime e nem televisão, mas ele estava tão empolgado e falava tudo tão rápido, Jullie ria do irmão e me explicava com calma, tudo que ele falava com tanta euforia.
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  — Tudo bem, vou te conceber. — eu fechei os olhos e estalei os dedos, quando abri seu xbox one já estava em nossa frente em cima da mesa que eles chamavam de escrivaninha.
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  — Meu precioso. — disse ele com uma voz esquisita ao abraçar o xbox.
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  — Pare com isso Mike. — Jullie começou a rir dele — Só não pode deixar o papai ver isso.
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  — Não vou. — ele pegou o xbox e abriu o grande objeto de madeira que chamavam de guarda-roupas, mas que guardava mais que isso — Papai jamais verá meu precioso.
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  — Vamos %Jenn%, temos que pensar o que vamos preparar para o almoço, por que o papai certamente virá assim que a antiga babá ligar avisando da mudança.
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  — %Jenn%?! — eu a olhei e apontei para mim — Eu?!
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  — É, é um apelido que acabei de pensar para você. — assentiu ela tranquilamente.
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  — E o que é apelido? — perguntei.
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  — É uma forma de chamarmos uma pessoa que é próxima e que a gente gosta, pode ser um resumo do nome ou algo que combine. — ela sorriu — E como já gostamos de você, vamos te chamar de %Jenn%.
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  — Tudo bem. — eu sorri de leve — Mas e o que é almoço?
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  Ela riu um pouco e me explicou que cada refeição do dia tinha um nome diferente, tinha o café da manhã, o brush, o almoço, o café da tarde, o jantar, a ceia e em alguns momentos o coffee break, mas para quem trabalhava. Eu estava admirada com a mente de Jullie, ela era uma garotinha de dez anos que pensava em tudo, esperta e muito inteligente, a observando um pouco pude perceber que tinha os olhos do homem que era seu pai e o sorriso singelo igual ao da sua mãe. Deixamos o Mike no quarto brincando e descemos para a cozinha, seria um desafio para mim cozinhar, mas não queria usar magia para isso, então Jullie pegou um livro de receitas que tinha na gaveta da cozinha, era de sua mãe e segundo ela, tinha muitas anotações precisas nele.
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  — Tem certeza que é assim que se faz? — perguntei em lágrimas enquanto cortava a cebola, parecia até que estava triste.
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  — Sim. — assentiu ela — A cebola nos faz chorar mesmo, mas você está acabando.
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  — Tudo bem. — eu lavei minha mão e a faca, colocando-a no escorredor de vasilhas e enxuguei minhas lágrimas — E agora.
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  — Sua voz está engraçada. — ela riu — Tudo por causa da cebola?
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  — É que aprendi que as lágrimas representam a tristeza, então tenho que ficar triste. — expliquei.
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  — Não exatamente. — ela riu mais ainda de mim e esticou um papel para que eu enxugasse as demais lágrimas que escorriam — Às vezes nós temos lágrimas de alegria.
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  — Sério? — aquilo era novidade para mim, eu e minhas irmãs sempre ouvimos que lágrimas são para a tristeza e o sorriso para a alegria.
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  — Sim.
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  — Legal, o seu mundo é totalmente diferente do que eu imaginava. — suspirei fraco desviando meu olhar para a cebola.
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  — Bem, acho que no tempo em que viveu nele foi bem distante desse. — ela caminhou até o armário e abriu ele — Acho que temos molho de tomate pronto, papai ama espaguete.
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  Eu tentava o máximo decorar essas palavras novas que iam surgindo pelo caminho de nossas conversas, tinha perdido tanto avanço e mudança durante o tempo que fiquei presa em minha garrafa, que não queria que Jullie parasse de contar as histórias. Demoramos um pouco para conseguir idealizar nosso espaguete, mas felizmente após três tentativas mal sucedidas, conseguimos fazer algo que ficasse agradável ao paladar. Jullie me deixou na cozinha colocando a mesa e foi buscar Mike no quarto, passou alguns minutos sem que ela retornasse, achei estranho sua demora e fui até a sala.
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  — Ops. — sussurrei ao ver as crianças sentadas no sofá e aquele homem me olhando meio furioso com os braços cruzados.
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“Você definitivamente tem truques
Em algum lugar na sua manga.”

– Magic / Super Junior

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