Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 29

Tempo estimado de leitura: 17 minutos

  * %Jenie%

  Após dias de trabalho duro e muitos pacientes dando entrada, finalmente estava encerrando o meu plantão, a partir de alguns minutos eu entraria de férias premium e só retornaria daqui quinze dias.
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  — Ahhhh… — murmurei me espreguiçando da cadeira do meu consultório.
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  — Animada para as férias, dra Miller? — perguntou a enfermeira Joy ao aparecer da porta.
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  — Nunca sonhei tanto com elas, mas agora que chegou o dia, sinto que vou sentir mais falta dos meus pacientes. — respondi tentando mostrar conformidade em me ausentar.
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  — Falta dos pacientes, ou de um certo paciente? — insinuou ela se referindo ao pai das minhas crianças preferidas.
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  — Se está falando de %Suho%, ele está prestes a receber alta. — retruquei segurando o riso — Além do mais, minha preocupação está em outra ala.
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  — Urgência e emergência. — constatou ela — Não é somente você, todos estão horrorizados com o aumento de entradas.
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  — Tem havido muitos acidentes por imprudência. — comentei ligando a causa ao motivo.
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  — Sim. — concordou ela — Bem, aqui estão os últimos prontuários para sua última avaliação.
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  — Obrigada. — eu peguei os prontuário de sua mão e dei uma olhada superficial — Vou começar a visita aos pacientes mais crônicos primeiro e depois verei os que serão liberados.
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  — Quer que eu te acompanhe? — se ofereceu ela.
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  — Não precisa, será uma avaliação rápida. — respondi — Depois passarei as informações ao dr. Brown que ficará em meu lugar.
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  — Essa é a única parte boa que suas férias. — comentou ella com um sorriso malicioso.
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  — Ai de você se ficar suspirando por ele e esquecer meus pacientes. — a adverti para seu dever profissional — Se não, da próxima vez eu coloco a dra. Lira em meu lugar.
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  — Ah não, ela não. — Joy fez uma careta engraçada — A dra. Lira é mandona e mau-humorada.
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  Eu ri um pouco dela gesticulando em uma imitação da dra. Lira, Joy era o lado mais engraçado do hospital, sempre me distraindo com seus comentários aleatórios e indiretas maliciosas. Saí do meu consultório na ala sul do hospital e segui em direção a ala onde meus pacientes estavam, como definido visitei cada quarto onde estavam os pacientes mais crônicos, depois passei para os pacientes em que já iria prescrever a alta hospitalar.
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  — Bom dia. — disse ao entrar no quarto do último paciente, o mais esperado por mim.
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  — Bom dia doutora. — logo que me viu %Suho% deu um sorriso largo com naturalidade.
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  — Acordado, que novidade. — ri de leve adentrando mais o quarto — E sozinho.
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  — Minha mãe foi tomar um café. — respondeu ele mantendo seu olhar em mim — E… Estou tão ansioso por hoje que não consegui dormir direito.
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  — Hum. — retirei meu estetoscópio do pescoço — Imagino, passar tanto tempo no hospital não é tão animador, mas quando chega o dia de ir embora a ansiedade fica mais em evidência.
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  — Sim. — concordou ele — Existe o lado positivo e o negativo.
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  — Sério? — agora estava curiosa — E qual seria o lado negativo?
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  Ele se manteve em silêncio com o olhar fixo em mim, a intensidade no seu olhar fez meu corpo estremecer de leve, meu coração acelerou de forma repentina me fazendo sentir um pouco tímida e envergonhada. Apesar de não me responder, de alguma forma eu sabia a resposta.
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  — %Suho% querido… — disse a senhora Hana ao entrar no quarto — Voltei… Dra. Miller.
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  — Bom dia, senhora… — a cumprimentei.
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  — Senhora não, pode me chamar de Hana ou ajumma. — disse ela dando um sorriso gentil, vindo me abraçar.
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  — Tudo bem. — assenti retribuindo o abraço.
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  — Veio liberar nosso %Suho%? — perguntou ela, dando ênfase na palavra nosso.
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  — Bem, felizmente sua recuperação está completa e agora o repouso poderá ser feito em casa. — disse caminhando até a cama que ele estava — Só passei para ver se está tudo ok, antes de assinar a alta hospitalar.
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  — Espero estar bem, apesar de tudo o que passou. — disse ele.
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  — Em vista de como chegou aqui, acredite, você está 99% melhor. — respondi confiante.
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  — E os outros 1%? — perguntou ele.
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  — Somente quando ir para casa e voltar ao trabalho. — brinquei.
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  — Aish, até minha médica está me mandando trabalhar. — reclamou ele, nos fazendo rir.
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  — Você tem sentido algum tipo de dor ou desconforto? — perguntei.
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  — Não.
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  — Sua visão ainda está doendo como há duas semana? — insisti.
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  — Não, felizmente melhorou. — respondeu novamente.
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  — Pelo visto era o remédio mesmo. — constatei — Que bom que descobrimos a tempo de reverter.
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  Eu medi sua pressão arterial e analisei seus batimentos, aparentemente estava tudo ok, li atentamente seu prontuário, juntamente com o restante dos exatamente pedido. %Suho% estava mesmo pronto para ser liberado, então sem mais delongas assinei a alta para que ele pudesse voltar para casa.
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  — Entregarei sua alta na recepção para que os procedimentos oficiais sejam feitos, a enfermeira trará os papeis para vocês. — disse assim que terminei de assinar — Foi um prazer cuidar de você.
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  — O prazer foi meu. — disse ele sorrindo de canto.
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  — E agora? — perguntou a mãe dele — Não vamos te ver mais?!
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  — Bem, estou entrando de férias hoje também. — respondi — Minha última função era assinar a alta de %Suho%.
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  — Ah. — Hana pareceu um pouco decepcionada e olhou para seu filho como se tivesse querendo dizer algo a ele.
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  — Bem, eu tenho que ir agora. — disse me afastando da cama dele e colocando meu estetoscópio no bolso do jaleco.
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  — Espera. — disse %Suho% — Eu gostaria de te agradecer melhor.
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  — Não precisa, foi meu dever como médica. — disse meio sem graça.
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  — Precisa sim. — interviu Hana — Que tal um jantar?!
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  — Jantar?! — a olhei surpresa.
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  — A menos que tenha outro compromisso. — observou ela — Poderia jantar conosco amanhã que é sábado, as crianças iriam adorar isso.
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  — Bem, não esperava pelo convite, mas… — desviei meu olhar para %Suho% discretamente, vendo que seu olhar ainda estava em mim — Acho que posso.
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  — Então está combinado. — Hana sorriu — Você pode pegar nosso endereço na ficha de %Suho%.
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  — Claro. — eu dei dois passos para trás — Agora tenho mesmo que ir.
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  Me despedi brevemente deles e saí do quarto, percebi que até aquele momento meu coração continuava acelerado com tudo o que estava acontecendo, era algo diferente porém bom ao mesmo tempo. Após deixar os prontuários com as altas de %Suho% e mais dois outros pacientes na recepção, passei no consultório do dr. Brown, para entregar as fichas dos meus pacientes que ficariam sob seus cuidados, depois me dirigi ao administrativo para assinar os documentos das férias premium.
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  Pensei em voltar no quarto de %Suho% para me despedir novamente, porém ele e sua mãe já estavam na recepção assinando os papeis da liberação. Permaneci de longe e escondida os observando, até que Joy se aproximou de mim sorrateiramente, claro que ela não perderia a oportunidade de fazer seus comentários.
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  — Seu olhar está exalando saudade, e olha que ele nem saiu direito do hospital. — ela segurou o riso mantendo seu olhar na mesma direção que eu.
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  — Você perde a amiga, mas não perde a piada. — retruquei rindo baixo.
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  — A mãe dele me convidou para o jantar amanhã. — comentei.
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  — Olha só, já conquistou a sogra. — Joy brincou.
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  — Ai, pare de dizer bobagens, é somente um jantar de agradecimento. — expliquei.
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  — E desde quando que famílias nos convidam para jantar após salvarmos os pacientes? — indagou ela — No máximo um muito obrigado na saída do hospital.
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  — Não é bem assim. — retruquei.
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  — %Jenie%, por favor, pare de se iludir, ou de achar que me ilude. — ela me olhou — Está na cara que tanto você como ele, estão interessados um no outro.
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  — Não. — neguei inutilmente — Isso seria falta de ética, ele é meu paciente.
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  — Primeiro, ele não é mais seu paciente. — faz sentido — Segundo, isso pode acontecer com qualquer profissional.
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  As palavras dela eram sábias, mas ainda assim eu estava relutante por algum motivo que eu não entendia. Ao final da tarde, deixei minha sala organizada e me reuni com a equipe que eu era responsável na sala dos enfermeiros, tinha o dever de passar formalmente minhas responsabilidades ao dr. Brown. Joy como sempre não deixaria passar em branco, acabou organizando uma pequena recepção para mim, já que não era sempre que eu recebia feŕias premium e uma bonificação pela dedicação que sempre tinha com o hospital e os pacientes.
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  — Um brinde a médica mais carismática e gentil do nosso hospital. — disse o dr. Brown ao erguer o copo de suco.
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  — Um brinde. — disseram todos erguendo seus copos.
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  — Finalmente. — comentou o enfermeiro Calton.
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  — Agradeço a todos pelo carinho, em especial a Joy por sua amizade. — disse ao tomar um gole do suco de uva que estava no meu copo — E queria fazer um pedido, que todos minha equipe linda, posso continuar trabalhando com a mesma dedicação e amor aos paciente, enquanto o dr. Brown estiver em meu lugar.
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  — Se essa não é a médica mais fofa que existe no mundo, não sei quem é. — disse Joy tentando me elogiar, mas jogando uma indireta bem discreta para a dra. Lira que estava mais ao fundo da sala, perto da porta.
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  Eu sorri sem jeito e sem saber o que dizer, a festinha não podia demorar muito, pois os pacientes aguardavam pelo atendimento. Surpreendentemente o dr. Brown me acompanhou até meu carro no estacionamento, ele parecia um pouco receoso e estranho, mais que de costume.
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  — Está tudo bem? — perguntei.
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  — Sim, está. — ele suspirou fraco, mantendo seu olhar em meu carro.
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  — Tem certeza? Você é mais animado, já está sentindo a pressão de ficar no meu lugar. — brinquei.
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  — Confesso que não tenho a mesma competência que você. — disse ele meio sem graça.
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  — Claro que tem, é tão competente quanto eu. — sorri de leve — Além do mais, tem a atenção e admiração de todas da enfermaria.
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  — Não de quem eu gostaria. — ele desviou seu olhar para mim.
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  O que me fez lembrar do olhar de %Suho%, porém o do dr. Brown não tinha a mesma intensidade. Nós dois já éramos colegas há pouco mais de quatro anos e passamos por diversas situações no hospital, podíamos contar um com o outro e eu o considerava um bom amigo. Mas somente conseguia vê-lo assim, como um amigo, apesar de saber que ele sempre esteve interessado em mim.
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  — Vou indo agora, aproveitar minhas férias. — sorri de leve para ele e o abracei com carinho — Fique bem e se cuide, soube que estava com a voz rouca semana passada, médicos também ficam doentes.
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  — Sim, estou me cuidando. — ele sorriu — Obrigado por se preocupar.
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  Eu entrei no carro e segui em direção ao meu apartamento. Assim que cheguei meu primeiro pensamento foi me jogar na cama e ser feliz, porém mesmo sentindo meu corpo cansado, minha mente estava elétrica cheia de pensamentos. A maioria de resumia a %Suho% e seus filhos, não conseguia entender como duas crianças me conquistaram de forma tão rápida e simples, meu coração sempre saltava de felicidade quando estava perto deles.
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  Já não sabia se era eu que os fazia sorrir, ou se era eles que me faziam sorrir, a única coisa que tinha certeza é que sentia uma enorme vontade de tê-los por perto.
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  As horas se passaram e consegui adormecer, na manhã seguinte já acordei na hora do almoço com meu corpo descansado, me espreguicei um pouco na cama e voltei meu olhar para o celular na mesa de cabeceira ao lado. Sua pequena luz no canto superior estava piscando, era uma mensagem que havia chegado, para minha surpresa e era uma mensagem do meu ex paciente preferido.
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  “Aceita um café?” - %Suho%
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  Como ele havia conseguido meu número? Só tinha uma resposta para isso: Joy. Certamente aquele cupido em forma de amiga havia feito alguma coisa, ri de leve e caminhei até o banheiro, demorei um pouco para me arrumar e senti que meu corpo estava de fato acordado, nem água fria no rosto estava adiantando muito. Após uma forte rotina de trabalho, era mesmo merecido um pouco de descanso e folga.
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  — Eu não tomo café. — disse assim que cheguei na portaria e o encontrei na recepção me esperando — Mas se em troca for um chocolate quente...
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  Ele sorriu de forma aliviada.
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  — Bom dia. — disse ele num tom mais baixo.
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  — Bom dia. — surpreendente mesmo vê-lo naquela manhã — Senhor paciente, não deveria estar em casa repousando?
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  — Sim. — ele riu baixo, sabia que estava errado em vir — Me desculpe a desobediência.
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  — Espero que não tenha vindo dirigindo. — cruzei os braços me mantendo séria.
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  — Ah não, peguei um táxi. — ele voltou seu olhar para a rua — Sei que não posso abusar.
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  — Então o que faz aqui? — perguntei curiosa.
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  — Hoje pela manhã quando acordei, achei que ficaria tudo bem… — sua voz ficou um pouco mais triste — Pensei realmente que estava tudo bem, mas não estava, percebi que não somente minha manhã, mas todo o meu dia não estaria completo se eu ficasse sem te ver.
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  Aquela palavras foram como uma flecha em meu coração, o fazendo acelerar de imediato, me deixando sem reação e sem palavras.
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  — %Suho%… — sussurrei timidamente — Não deveria dizer essas coisas.
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  — O que mais posso dizer, se é assim que estou me sentindo?! — seu olhar profundo transmitia a pura sinceridade — Desde que acordei não consigo pensar em mais nada além disso, até meus filhos começaram a me fazer lembrar você de forma espontânea.
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  — Não sei o que dizer. — sussurrei sentindo minhas pernas meio bambas.
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  Era a primeira vez que meu coração reagia de forma positiva e proporcional a declaração de alguém para mim, pela primeira vez eu desejava retribuir aquela declaração.
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  — Não precisa dizer nada agora, apenas tome um café comigo, ou melhor, um chocolate quente. — ele riu de leve, me fazendo rir também.
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  — Será um prazer.
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  Eu respirei fundo e sorri.
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  Por mais louco que parecesse, em meu coração tinha a certeza que aquilo não era o início de algo, mas a continuação de um sentimento desconhecido por nós dois. E eu estava determinada a entender e viver este sentimento da melhor forma, me permitindo estar próxima não somente das crianças como desejava, mas também estar ao lado de %Suho% para sempre.
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"Eu ainda não posso dizer que estou completamente apaixonado,
Tremendo para dizer aquelas palavras: amo você mais do que ninguém,
Apenas você e eu, e eu, e eu, e eu
Eu estou realmente feliz nesse momento, realmente grato por você ter vindo a mim,
Obrigado por ser quem me ama, apenas você e eu, e eu, e eu, exatamente você."

- All My Heart / Super Junior

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