Genie

Escrita porPams
Editada por Jubs

Capítulo 28

Tempo estimado de leitura: 14 minutos

  * %Suho%

  Eu ainda ainda sentia uma leve sensação de já tê-la visto em algum momento de minha vida, %Jenie% ou %Jenn%, como meus filhos a chamavam era doce e delicada, muito atenciosa e demonstrava um cuidado ainda mais reforçado comigo, o que me deixava um tanto curioso por isso. Seu sorriso singelo me cativava sem esforço e sempre quando se aproximava de mim para me examinar, meu coração acelerava de repente sem explicações, até mesmo minhas mãos suavam um pouco.
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  Seria loucura dizer que estava criando algum tipo de afeto por ela... Em tão pouco tempo.
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  — Está bem melhor hoje, estou feliz com sua recuperação acelerada %Suho%, a pressão voltou ao normal e já poderá voltar aos passeios pelo hospital. — ela sorriu ao guardar o estetoscópio no bolso do jaleco, ainda analisando o prontuário — Mas faça isso com moderação, você ainda está em observação.
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  — Sim senhora. — brinquei fazendo continência — Novamente agradeço por todo o cuidado que está tendo comigo. — mantive meu olhar nela.
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  — Esta é minha obrigação como médica. — ela suspirou com suavidade — E também, acabei prometendo a duas lindas crianças que cuidaria bem do pai delas.
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  — Está cumprindo muito bem sua promessa. — sorri de leve para ela.
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  — Bem. — senti que ela havia ficado um pouco tímida por meu sorriso — Tenho que visitar outros pacientes, mas voltei mais tarde para ver se está tudo bem.
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  — Esperarei com paciência. — disse num tom suave.
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  Ela sorriu novamente e se retirou.
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  Desde que acordei já haviam se passado cinco meses, todo aquele tempo ainda no hospital me recuperando por ordens médicas. O lado bom disso foi poder conhecer um pouco melhor %Jenie%, que sempre passava horas conversando comigo nas madrugadas que estava de plantão, nosso lugar nada secreto era o jardim do terraço que havia no hospital. Era um lugar muito estimulante para os pacientes internados.
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  As outras horas do meu dia, ou estava lendo ou dormindo, era tedioso quando meus filhos não iam me visitar ao final da tarde, porém contava com a silenciosa companhia do meu pai ou de John, que insistia em ficar no hospital de acompanhante nos dias em que não queria trabalhar.
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  — O paciente está acordado? — disse John ao abrir a porta do quarto, dando alguns toques.
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  — Estou sim. — eu ri já imaginando sua presença aqui — O que aconteceu desta vez? Não quis trabalhar hoje?
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  — Meu amigo, confesso que aquela empresa sem você não é a mesma. — disse ele dando um suspiro cansado — Mas como está se sentindo hoje?
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  — Bem. — respondi rapidamente.
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  — Tem certeza?
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  — Sim, ontem passei mal por que exagerei no sol com meus filhos, era uma bela manhã de domingo, mas eu deveria ter apreciado com moderação. — expliquei.
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  — Hum, que bom que está consciente disso.
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  — O lado bom foi a presença da minha médica durante toda a madrugada. — brinquei rindo.
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  — Uahhhh…. Está mesmo encantado por essa doutora. — comentou ele — Devo lhe incentivar, pois ela é realmente encantadora.
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  — Sim, até meus filhos concordam. — desviei meu olhar para a janela.
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  — Verdade, estou admirado que Jullie tenha ficado tão próxima da doutora Miller, ela que sempre foi desconfiada e não gostava nem mesmo da Penny. — John observou.
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  — Por que diz isso, meus filhos nem conhecem a Penny. — o olhei confuso.
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  — Eles a conheceram enquanto você estava em coma. — explicou.
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  — Ah. — aquilo era uma novidade que meus filhos não haviam me contado.
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  — Achei que Jullie tivesse te contado, todos da construtora vieram ver você. — completou ele.
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  — Minha filha só conta coisas que consideram relevantes. — eu ri de leve — Uma criança com mente de adulto.
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  — Verdade. — ele riu junto — Ao contrário da doutora encanto, que mais parece uma criança no corpo de um adulto.
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  — Você vem observando muito a minha médica. — o olhei desconfiado.
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  — Yah, não me olhe assim. — ele riu — Está com ciúmes?
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  — Não é isso… — me enrolei nas palavras.
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  — É isso sim. — ele deu uma gargalhada alta — Mas eu não estou a observando tanto assim, foram momentos aleatórios em que a vi brincando com as crianças no terraço.
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  — Brincando? — agora estava surpreso.
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  — Sim, devo admitir que para uma desconhecida que nunca os conhecia, ela era a única que conseguia fazer seus filhos sorrirem em meio a tristeza do seu coma. — ele encostou na parede cruzando os braços — Se magia fosse real, certamente diria que ela tem o dom.
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  — Hum. — por algum motivo meu olhar ainda estava desconfiado.
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  — Mas pode ficar tranquilo meu amigo, não vou roubar sua garota. — ele riu ainda mais.
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  — Ela não é minha garota, nem estou pensando nessas coisas. — o olhei sério.
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  — Ah por favor, tem quanto tempo, sete anos? Já está na hora de refazer sua vida, Mary iria apoiar isso. — ele piscou de leve — Além do mais, o mais difícil já aconteceu de uma forma milagrosa.
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  — O que? — fiquei curioso.
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  — Ela conquistou seus filhos sem esforço ou intenção. — respondeu ele tranquilamente.
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  Aquilo era surpreendente, ainda mais pensando em Jullie que sempre desconfiava dos adultos e sabotava constantemente o trabalho das babás que ficavam com eles. Saber sobre isso deixava meu coração aquecido e um pouco inquieto, até aquele momento não havia pensando em algo como tentar recomeçar de novo no amor.
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  Confesso que sempre me sentia bem e confortável, quando ela passava algumas horas do seu plantão conversando comigo, somente ter a sua presença já transformava o meu dia de ruim para alegre, o que me fez simplesmente desejar sua amizade.
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  — Está muito pensativo. — disse John chamando minha atenção.
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  — Hum, estava viajando em meus pensamentos. — sorri sem graça.
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  — Sei. — ele fechou o jornal que estava lendo e se levantando, o colocou na cadeira — Que tal uma volta?
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  — Minha doutora disse para não abusar. — o alertei.
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  — Não será abuso nenhum. — ele riu pegando a cadeira de rodas — Para não se cansar, hoje não te deixarei andar muito.
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  — Não acho que…
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  — %Suho% pare de desculpas. — ele veio até mim e me ajudou a levantar — Pelo que soube você pode passear novamente, não o deixarei ficar cansado, pode confiar em mim.
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  — Vou confiar. — me mantive apoiado nele até que me sentei na cadeira.
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  — Muito bem, além do mais, daqui a pouco seus filhos passam aqui para te ver. — ele deu um sorriso largo — Seria bom que te encontrassem saudável e fora desta quarto.
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  Tinha que dar alguma razão ao meu amigo, seria mesmo muito bom e esperançoso para meus filhos me verem bem, após ter desmaiado na frente deles. John me levou para o terrado em meio a algumas novidades que contava sobre o escritório, a última delas foi a que mais me chocou e deixou impressionado.
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  — O que? Você e a Penny saindo juntos? — o olhei impressionado.
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  — Sim. — respondeu ele tranquilamente — Confesso que no início quando descobri que ela estava mesmo era interessada em você, quase desisti de tentar…
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  — Mas conhecendo você como conheço, não desistiu. — ri dele assim que o elevador abriu.
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  — Claro que não, você já viu como a Penny é atraente? — ele riu junto, empurrando a cadeira para a lateral leste do jardim.
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  Estava feliz por meu amigo, porém minha atenção se desviou dele com facilidade ao ver a cena mais acolhedora que já havia presenciado, meus filhos estavam mais à frente correndo por entre os arbustos que compunham o espaço ornamentado com as flores brancas. Logo um sorriso surgiu em minha face ao perceber aquele brilho singelos em seus olhos, foi neste momento que %Jenie% apareceu no meu campo de visão.
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  Minha doutora encanto estava sorrindo, um sorriso que me deixava querendo paralisar aquele momento, ao vê-la naquele momento de descontração com Jullie e Mike, tinha que concordar com John que %Jenie% parecia mesmo uma criança como eles.
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  — Papai! — Mike me avistou e veio correndo ao meu encontro.
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  — Oi querido. — sorri para meu filho.
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  — Estávamos preocupados. — disse ele ao me abraçar.
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  — Estou melhor hoje. — disse deixando meu olhar em Jullie que se aproximava com %Jenie%.
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  — Que bom papai. — Jullie me deu um abraço apertado — A %Jenn% nos contou que estava melhor quando chegamos.
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  — Hum, %Jenn%. — desviei meu olhar para ela — E mesmo preocupados comigo você vieram brincar com a minha médica, ao invés de me visitarem?
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  Confesso que estava sentindo um pouco de ciúmes, só não sabia se era dos meus filhos ou da minha doutora encanto.
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  — Deixe de ser ciumento papai. — Mike riu.
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  — Juro que só os trouxe para o terraço, pois precisava descansar após o almoço, porém logo os levaria para seu quarto. — %Jenie% explicou um pouco tímida.
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  — Agradeço o cuidado com eles também. — mantive meu olhar nela.
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  — Para mim é um prazer passar algum tempo com essas crianças lindas, seus filhos tem muita energia. — ela olhou para Jullie e piscou discretamente para ela.
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  — Doutora Miller. — uma enfermeira veio correndo ao nosso encontro — A senhora está sendo solicitada na ala de emergência.
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  — Me desculpem, mas preciso ir agora. — ela sorriu de leve e seguiu correndo com a enfermeira em direção ao elevador que estava parado a sua espera.
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  — Uau, nossa doutora é muito solicitada. — comentou John.
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  — Muito me admira você não ter falado nada. — olhei meu amigo.
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  — Estava mais observando sua cara de bobo. — ele riu de mim — Então crianças, estão com fome? O tio John vai comprar algo para você.
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  — Eu estou. — Jullie riu.
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  — Eu também. — concordou Mike — Quero sorvete.
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  — E desde quando sorvete é saudável para uma criança em crescimento? — o olhei.
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  — Por favor papai. — ele me olhou.
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  — Tudo bem, sorvete, mas me prometa que vai jantar direito quando chegar na casa da vovó.
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  — Vou sim. — assentiu ele — Posso ir com você tio John?
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  — Claro. — John sorriu — Cuidado os dois.
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  — Não confia em mim? — John me olhou desconfiado.
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  — Não. — respondi tranquilamente.
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  — Assim me ofende. — ele me olhou indignado porém começou a rir como sempre — Vamos Mike.
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  Eu ri olhando ele se afastar com Mike, depois voltei meu olhar para minha filha, Jullie estava me olhando séria e segurando o riso.
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  — O que foi espertinha. — sorri de leve a puxando para me sentar no meu colo — Te conheço mocinha, desde o dia em que nasceu.
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  — Papai, o que acha da %Jenn%?! — perguntou ela.
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  — Hum, ela é uma boa médica, cuida de mim com muita dedicação. — respondi.
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  — Não quis dizer assim. — ela me olhou — Eu ouvi o tio John falando para o vovô que vocês dois combinam, que o senhor está encantado por ela.
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  — Jullie, sabe como são os comentários do John. — desviei meu olhar para frente.
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  — Eu concordo com ele, o Mike também. — retrucou ela.
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  — Concordam com o que? — voltei meu olhar para ela.
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  — Que a %Jenn% e o senhor ficam bem juntos. — seu olhar tranquilo para mim, me fazia perceber o quanto minha filha estava crescendo — Seria legal se ela se tornasse sua namorada.
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  — Não acredito que vocês estão confabulando essas coisas. — estava admirado.
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  — Não estamos confabulando. — ela riu de leve — Só queremos ver duas pessoas que se completam juntas.
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  — E como você sabe que a %Jenn% me completa?! — e olhei curioso.
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  — Porque o senhor sempre fica fora de órbita quando vê ela sorrindo, e ela sempre sorri quando está perto do senhor ou falamos o seu nome.
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  Eu realmente não esperar ouvir aquelas palavras ditas com tanta sinceridade.
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“Olhando para o céu sem fim enquanto o cenário muda,
Eu respirei fundo de repente quando eu ouvi sua voz
Não importa o quão longe estivermos um do outro, se fechar meus olhos,
Veja, nossos corações estão conectados.”

- All My Love Is For You / Girls' Generation

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